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O museu e a escola: memórias e histórias em uma cidade de formação recente – Londrina/PR
O museu e a escola: memórias e histórias em uma cidade de formação recente – Londrina/PR
O museu e a escola: memórias e histórias em uma cidade de formação recente – Londrina/PR
E-book139 páginas1 hora

O museu e a escola: memórias e histórias em uma cidade de formação recente – Londrina/PR

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Sobre este e-book

Esta obra se insere na gama de discussões das funções educativas do museu e das representações do conhecimento histórico por professores da educação fundamental, especificamente da 3ª série da rede pública de Londrina/PR. Aponta para dilemas oriundos da compreensão dos museus históricos como espaços concebidos a partir de uma perspectiva ora como templos de memórias a serem protegidos e conservados, ora como extensões de um saber escolarizado. Nesse sentido, apresenta algumas questões sobre os debates entre história e memória e sua inserção no plano de constituição dos museus históricos. A ideia da espetacularização da memória, em concomitância ao nascimento do Museu Histórico de Londrina, é desenvolvida no contexto da passagem da museologia tradicional para a nova museologia.

O trabalho remete ainda para o estudo da função comunicadora do museu, bem como estabelece os sinais de compreensão dos professores acerca das concepções fundadoras do museu e as possíveis interações com a produção do conhecimento histórico junto a seus alunos.

A obra teve, como mote principal, um olhar sobre os saberes e práticas dos professores quanto à relação estabelecida por eles, considerando as visitas com seus alunos à exposição de longa duração, entre o universo museológico, coleções, acervo, cultura material e a concepção de história que assumem como postulado para o desenvolvimento de seu trabalho pedagógico.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de abr. de 2023
ISBN9786525246710
O museu e a escola: memórias e histórias em uma cidade de formação recente – Londrina/PR

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    Pré-visualização do livro

    O museu e a escola - Gilberto Hildebrando

    capaExpedienteRostoCréditos

    À Cláudia, ao João Bruno e à Isadora,

    meu porto seguro.

    AGRADECIMENTOS

    Este trabalho me possibilitou exercitar uma reflexão sobre o cotidiano dos museus e seus visitantes, desde o momento em que os primeiros passos da pesquisa foram dados. Entre os que me acompanharam nestes momentos, agradeço à minha grande família, ao William Meirelles (in memoriam) e à Angelita Visalli, pela orientação no mestrado e por me permitirem exercitar ações educativa no Museu Histórico de Londrina, etapas decisivas na análise dos diálogos com educadores e educandos.

    APRESENTAÇÃO

    Esta obra se insere na gama de discussões das funções educativas do museu e das representações do conhecimento histórico por professores da educação fundamental, especificamente da 3ª série da rede pública de Londrina/PR. Aponta para dilemas oriundos da compreensão dos museus históricos como espaços concebidos a partir de uma perspectiva ora como templos de memórias a serem protegidas e conservadas, ora como extensões de um saber escolarizado. Neste sentido, apresenta algumas questões sobre os debates entre história e memória e sua inserção no plano de constituição dos museus históricos. A ideia da espetacularização da memória, em concomitância ao nascimento do Museu Histórico de Londrina é desenvolvida no contexto da passagem da museologia tradicional para a nova museologia.

    O trabalho remete ainda para o estudo da função comunicadora do museu, bem como estabelece os sinais de compreensão dos professores acerca das concepções fundadoras do museu e as possíveis interações com a produção do conhecimento histórico junto a seus alunos.

    A obra teve como mote principal, um olhar sobre os saberes e práticas dos professores, quanto à relação estabelecida por eles, considerando as visitas com seus alunos à exposição de longa duração, entre o universo museológico, coleções, acervo, cultura material e a concepção de história que eles assumem como postulado para o desenvolvimento de seu trabalho pedagógico.

    PALAVRAS-CHAVE: museu histórico – memória – ensino de história – ação educativa

    LISTA DE SIGLAS

    CTNP – Companhia de Terras Norte do Paraná

    FFCLL – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Londrina

    ICOM – International Council of Museums

    MEC – Ministério da Educação e Cultura

    MHL – Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss

    PD – Plano Diretor do Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss

    PML – Prefeitura do Município de Londrina

    SME – Secretaria Municipal de Educação do Município de Londrina

    UEL – Universidade Estadual de Londrina

    PREFÁCIO

    Este livro que chega a nós, ainda enquanto dissertação, já sensibilizava interessados pelo tema das implicações sobre memória, história e museu. Lembro de ter recebido sugestões para lê-lo, com a recomendação de que se constituía em importante trabalho para refletir sobre os dilemas dos museus históricos, no tocante à concepção histórica neles existentes e a função educativa e comunicadora - em particular, no Museu Histórico de Londrina. Agora faço a pergunta, zangada comigo mesma: por que não li antes?

    Preocupado com as questões que envolvem as funções educativas do museu e as representações do conhecimento histórico por professores, Gilberto Hildebrando escolheu dialogar com professores do 3º ano do ensino fundamental cuja grade curricular propõe o estudo da história local, e analisar a interação deles com a narrativa presente na Exposição de Longa Duração do Museu Histórico. E por meio dessa escolha do autor, muitas reflexões nos são apresentadas.

    Problematizar e refletir sobre a constituição de museus históricos e suas funções é para audaciosos. O tema é espinhoso e apresenta muitas controvérsias. Hildebrando, bravamente, embrenhou-se nesse debate e produziu uma obra que esclarece os embates e permite ponderações, sem desacreditar a importância de tais instituições.

    Entre os impasses pronunciados nos museus históricos, está a problemática que envolve a memória/história e as narrativas privilegiadas nos espaços expositivos. São muitos os dilemas apresentados ao tomarmos os museus históricos como lugar de apreensão dos significados da ação do homem no mundo, como destaca, logo no início, nosso autor. A dimensão pedagógica e educativa, esquecimentos e lembranças, apresentação do que é comunicado, território de visitantes e pesquisadores...

    Como historiadora, sempre achei espinhosa a discussão referente a dicotomia entre história e memória. Gilberto Hildebrando oferece-nos, com maestria, um rico diálogo entre autores de referência nesta temática. Entre vários estudiosos, nos traz o clássico Jacques Le Goff (1994) para mostrar que existem, pelo menos, duas histórias, a da memória coletiva e a dos historiadores. A primeira não é objetiva, mas é o vivido e apresenta-se permeada pelas imperfeições da lembrança. A outra, objetiva, configura-se em um discurso estruturado, de acordo com o ofício do historiador. Com outro clássico, Pierre Nora (1993), nos faz refletir sobre memória cuja matéria prima é a vida, constituída pelas lembranças, esquecimentos e manipulações e, a história, reconstrução, que problematiza as lembranças por meio da operação intelectual. É também, de Nora, o conceito de lugares de memória, tão importante para refletir sobre espaços museais. Outros autores, igualmente importantes, foram trazidos para dialogar e dar suporte a questão dos embates entre memória e história. Tais reflexões foram voltadas para a constituição do Museu Histórico de Londrina que surgiu entre o final da década de 1960 e o ano de 1970, no contexto de passagem da Museologia Tradicional, de caráter mais conservador, autoritário e direcionada às coleções e edifícios – ainda marcante no conceito da exposição de Longa Duração do museu -, para a Nova Museologia, mais social, democrática, participativa e reflexiva. Memória, história e concepções de museologia dialogam nessa complexa temática – mas esclarecida escrita - de Hildebrando.

    São as funções educativas dos museus que permeiam esse livro generoso. Concepção e narrativa histórica, papel educativo, dimensão pedagógica – ensino-aprendizagem, verve comunicadora... Ao mesmo tempo que museus históricos protegem e conservam acervos, também é palco e espetáculo, como nos diz o autor. Ao mesmo tempo que fazem opção por uma narrativa, outras ficam silenciadas, embora gritando essa ausência. Ao mesmo tempo que a ação de alguns homens – quase nunca das mulheres – destacam-se nas vitrines e cenários, outras vivências ficam ocultadas. Mas os museus, lembra-nos Hildebrando, é espaço múltiplo – cultural, pedagógico, de fruição e lugar de memória - que interage e comunica de várias formas, e se preocupa com todos os públicos, sejam eles estudantes, pesquisadores ou visitantes.

    A obra O museu e a escola: memórias e histórias de uma cidade de formação recente – Londrina/PR, que nos chega em mãos, vem enriquecer as discussões sobre museus históricos. Passando corajosamente por assuntos melindrosos e imprescindíveis da temática, debate conceitos, interpretações e escolhas numa linguagem clara, refinada e absolutamente deliciosa de ser lida.

    Edméia Ribeiro

    Diretora do Museu Histórico de Londrina

    SUMÁRIO

    Capa

    Folha de Rosto

    Créditos

    INTRODUÇÃO

    HISTÓRIA E MEMÓRIA: PELEJAS NO TERRITÓRIO DO MUSEU

    A ESPETACULARIZAÇÃO DA MEMÓRIA

    O MUSEU HISTÓRICO DE LONDRINA

    A GALERIA HISTÓRICA: EXPOSIÇÃO DE LONGA DURAÇÃO

    A ESCOLA NO MUSEU: UM DIÁLOGO COM PROFESSORES DAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    ANEXOS

    ANEXO A – PROJETO CONHECER LONDRINA – VERSÃO 2008

    ANEXO B – FORMULÁRIO DE PESQUISA APLICADO JUNTO AOS PROFESSORES DE 3ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL, DA REDE PÚBLICA DE LONDRINA – PARANÁ.

    Landmarks

    Capa

    Folha de Rosto

    Página de Créditos

    Sumário

    Bibliografia

    INTRODUÇÃO

    Eu queria essa arma pra mim disse o menino, diante da vitrina, no início da visita ao Museu Histórico de Londrina.

    O que você faria com ela? questionou o educador do museu.

    Eu ia matar uns índios.

    A menina, próxima dali e um pouco mais velha que o menino, contra-argumentou:

    Eu não. Eu ia matar o cara que matou o meu irmão, encerrando o diálogo, diante do silêncio inútil do educador.

    O diálogo descrito não faz parte do campo da ficção. Ocorreu em 2007, durante visita de uma escola de 1ª a 4ª

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