Inferno No Paraíso
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Inferno No Paraíso - Antonio Carlos Rodrigues/cássia Rodrigue
INFERNO
NO
PARAÍSO
ANTONIO CARLOS RODRIGUES &
CÁSSIA RODRIGUES
1
Capa
Anrie da Silva Rodrigues / Cássia Rodrigues Foto da contracapa
Anrie da Silva Rodrigues
Pesquisa
Antonio Carlos Rodrigues
Revisão
Cássia Rodrigues
Autores
Rodrigues, Antonio Carlos
Inferno no Paraiso: Antonio Carlos Rodrigues / Cássia Rodrigues.
Volta Redonda, 2019.
2
FLORESTA AMAZÔNICA
A Floresta Amazônica é um berço de vida, (...). A mesma floresta que dá vida, pode roubá-la. A mesma planta que cura, se aplicada em excesso pode intoxicar e levar à morte. A mesma água que mantém a vida, ao transbordar, pode trazer a morte, é o nascer e falecer todos os dias. A Floresta Amazônica é as duas faces da moeda, nela está o início e o fim da existência.
(...) O amanhecer na floresta não é nada silencioso, são tantas vozes que, é difícil identificá-las, seja o canto dos pássaros, o comunicar dos outros animais ou brotar e falecer da mata, todos esses sons juntos formam um coral de vida extasiante e o cheiro de tanta vida embriaga a quem não está acostumada com tamanhas sensações.
(...) Na floresta a luta pela vida é um desafio constante.
Porém, é só instinto, é o matar para se alimentar ou morrer, para que o outro sobreviva. É um jogo de vida e morte para que o ecossistema se mantenha equilibrado.
3
CAPÍTULO I
Foram anos de trabalho duro, mas Dra. Anna Clara enfim conseguiu dar o primeiro passo para a realização de seu sonho de ir a campo pesquisar, desde quando optou pelo curso de Farmácia ela sabia o que queria, não passaria seus dias medindo e seguindo fórmulas já conhecidas, a pesquisa era seu destino.
Quando apresentou seu projeto de pesquisa ao então pequeno laboratório farmacêutico B & A Laboratório Homeopático, a recém-formada Dra. Anna Clara Silveira não tinha ideia, mas estava dando início a uma jornada de crescimento mútuo.
Os sócios Bartholomeu Rodrigues e Alcino José da Silva eram da velha guarda, já estavam estabelecidos, tinham uma pequena fatia do mercado com seus elixires e extratos de plantas medicinais, quando entrevistaram aquela jovem empolgada recém-formada, compraram a ideia e lá se vão quinze anos.
Ambos tinham trabalhado muito até chegar aquele ponto, porém já não tinham o ânimo dos tempos de juventude, e nenhum dos filhos de Alcino se interessaram pelos negócios e Bartholomeu não tinha filhos, aquela menina lhes deu uma visão de crescimento, um novo ânimo.
Aqueles quinze anos passaram voando, os dois filhos de Anna Clara agora já eram rapazinhos, o laboratório em nada lembrava aquele acanhado galpão suburbano, hoje tem instalações e equipamentos de última geração, os produtos apesar de serem os mesmos, se sofisticaram, então é chegada a hora de pôr em prática aquilo que um dia foi um sonho, que virou um 4
projeto científico e agora se tornaria realidade, a busca do novo, a pesquisa em campo, no maior laboratório ao ar livre do planeta, a Floresta Amazônica.
Existem coisas que são iguais para qualquer pessoa e os últimos acertos antes de uma viagem é uma delas, é sempre a mesma coisa, o corre, corre, as coisas que ninguém sabe se pôs ou não na mala, e isso não importa quem seja. A expedição duraria três meses.
Após anos de estudo Dra. Anna Clara estava muito próximo de conseguir um produto revolucionário e totalmente natural, com zero de efeitos colaterais e com resultados magníficos no tratamento de praticamente todos os problemas oncológicos, todos os estudos levaram a crer que conseguiriam, mas ela mantinha-se plácida e constante, seguindo todos os procedimentos. Ela é uma cientista e como tal precisa ter a maior certeza possível.
Quando publicou seu estudo, Anna Clara já havia identificado a enzima e detectado seu poder de ação celular, no entanto naquele momento sua maior dificuldade era o acesso ao produto, pois sua quantidade em estado natural era ínfima e só existia em um tipo de herbácea já quase extinta e de difícil reprodução, foi por intermédio de um amigo botânico, que ela soube de uma espécie endémica, porém totalmente desprezada, mas que era rica na enzima que ela estava estudando. No entanto era tratada como praga em seu ambiente natural, é como diziam os antigos o lixo de um, pode ser o tesouro de outro
.
Agora o trabalho entraria na parte empresarial, eles iriam para lá, montariam uma estufa para tentar a reprodução da planta 5
em ambiente controlado, coisa que não foi possível com a planta que deu início aos estudos, se com esta eles conseguissem a reprodução controlada, ótimo, poderiam reproduzi-la em qualquer lugar, mas plantas e animais endêmicos são caprichosos e muitas vezes não se permitem viver em outro ambiente que não seja o seu, neste caso, estavam preparados para comprar uma área no local e fazer o manuseio da espécie em questão.
Tudo estava caminhando para o sucesso do produto e quem sabe o distante Prêmio Nobel de Pesquisa Farmacêutica, a humanidade estaria enfim livre do câncer.
Quando o trabalho de Anna Clara foi publicado não causou muito espanto no meio acadêmico, passou despercebido, afinal de contas era só mais uma publicação de uma jovem cientista que ainda nutria aquela eterna mania que os jovens têm de se acharem capazes de mudar o mundo.
Quando ela passou da teoria para a experimentação naquele laboratório minúsculo e insignificante, ninguém se deu ao trabalho de observar seus resultados, afinal de