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Lições Da Alma
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E-book213 páginas2 horas

Lições Da Alma

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Sobre este e-book

Luísa Bianchi é uma bela jovem que ao ver Eduardo Marinho, os dois se apaixonam no mesmo instante, porem Luísa é obrigada por seu pai a noivar com Fausto. O rapaz chamado Fausto é obsessivo por Luisa e a impede de ficar com Eduardo em reencarnações passadas
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de out. de 2020
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    Lições Da Alma - Bruna Soares Ditado Pelo Espirito De Alvaro Luís

    Sumario

    Comemoração

    Amor

    Amizade e Afinidade

    Novas Amizades

    O sofrimento de Luísa

    A Decisão

    Enfim casados

    De volta a Belo Horizonte

    Laços entre almas

    Tragédia

    Compreensão

    Capitulo 1

    Comemoração

    20 de dezembro de 1925

    Eduardo acordou com um clarão dos raios de sol que iluminava toda a sua face, pois a governanta Matilde, abriu as cortinas da enorme janela do quarto de Eduardo, com um sorriso gentil, Matilde desejou bom dia ao Rapaz.

    – Bom dia querido, acorde ou ira se atrasar para ir ao colégio.

    Eduardo ainda com uma voz sonolenta murmurou a governanta.

    – Deixe-me dormir só mais alguns minutos por favor.

    – Sinto muito querido, Dona Lygia ficará aborrecida com você. Fiz seu café da manha preferido, ovos mexidos, venha antes que esfrie. Completou Matilde se virando e saindo do quarto.

    Eduardo, lutando contra a vontade de permanecer dormindo, finalmente levantou-se de sua aconchegante cama , fez sua higiene pessoal e trocou o pijama pelo uniforme escolar. Quando estava pronto, olhou-se no espelho ajeitando seus cabelos loiros e lisos. Os seus olhos azuis e seu sorriso encantador de Eduardo, era o que mais chamava a atenção das moças daquela pacata cidade no estado de São Paulo. Eduardo desceu as escadas de sua enorme casa e seguiu em direção a mesa para tomar café da manhã. De repente, desceu das escadas também Clara, sua irmã mais nova, a garota estava lendo atentamente mais um dos 20 livros que havia pegado na biblioteca local. Ela sempre trançava seus belos cabelos castanhos e os prendiam com uma fita azul, na mesma cor de seus olhos e do Uniforme escolar. Quando os dois se sentaram a mesa, Lygia, sua mãe comentava com Matilde ansiosa por uma suposta surpresa. Eduardo e Clara se entreolharam confusos. Clara então fechou o livro e resolveu perguntar do que se tratava essa tal comemoração.

    – Bom dia mamãe desculpe-me, mas não pude evitar ouvi-las mas, comemorarmos o que exatamente mamãe? Perguntou Clara curiosa.

    – Vocês iram saber na festa. Respondeu Lygia com um sorriso de entusiasmo.

    – Bom, O pai de vocês já saiu para a loja de tecidos e eu sairei de carro com Antônio para comprar algumas coisas para a festa, ate mais tarde meus amores. Falou Lygia beijando a testa dos filhos e saindo em seguida.

    A sala ficou em um silencio enorme enquanto Clara e Eduardo terminavam de tomar o café da manhã, de repente o silencio foi quebrado por Matilde que veio avisar os jovens que o motorista os aguardava.

    – Senhorita Clara e Eduardo o motorista os aguarda para leva-los ao colégio.

    Eduardo levantou-se da mesa junto com Clara e foram para seus quartos pegarem seus cadernos, após descerem novamente as escadas despediram-se de Matilde e saíram em direção ao carro. Quando Icaro parou o elegante carro da família Marinho, Eduardo e Clara desceram do carro e entraram pela porta do colégio. Os dois andavam pelos corredores do colégio, quando passou por Eduardo , Alice, uma bela garota de cabelos ruivos, olhos verdes e amendoados, com suas sardas alaranjadas nas bochechas e nariz. Alice é irmã de seu melhor amigo e os seus pais eram muito amigos dos pais de Eduardo. A bela garota abraçou Eduardo carinhosamente e quando se afastou, perguntou sobre a tal comemoração.

    – Mamãe me disse que darão uma festa de comemoração, mas estão comemorando o que afinal?

    Eduardo sorriu gentilmente e respondeu a jovem.

    – Bem, eu não sei, mamãe não disse do que se trata, mas se souber de algo lhe avisarei.

    Alice sorriu para Eduardo e antes de entrar em sua sala, deu-lhe um beijo na bochecha e se retirou. Alice sabia que a família de Eduardo a queria como noiva dele, por isso não fazia questão alguma de esconder seus sentimentos pelo Jovem rapaz. Eduardo por outro lado, gostava de Alice e queria agradar os pais. O Rapaz também foi para a sua sala. Quando finalmente as aulas se encerraram, Eduardo e Clara aguardavam Icaro para leva-los de volta para casa. Eduardo permaneceu por alguns minutos de cabeça baixa e pensativo, Clara preocupada com o irmão o questionou do porque esta assim.

    – Esta tudo bem Dudu?

    – Estou apenas pensando Clara, Mamãe quer que eu me casa com Alice mas não sei se estou pronto para isso.

    – Acalme-se Dudu tudo ficará bem, somos jovens para pensarmos nisso.

    – Você é jovem Clarinha eu já tenho dezessete anos, agora que está terminando o ano, também termino os estudos e logo terei que ir para outro país me formar, você sabe como a mamãe quer que eu me forme na Inglaterra.

    – Você só irá se quiser Dudu, não é obrigado a agradar nossos pais mas deve respeita-los apenas isso.

    A conversa foi interrompida por Icaro, que estacionou o carro esperando que os jovens entrassem no carro. Eduardo permaneceu o tempo todo calado, quando finalmente chegaram em casa, Lygia os esperava ansiosamente, Lygia era uma mulher ainda jovem e bonita, com seus olhos Castanhos e cabelos loiros como os de Eduardo, porem tudo que a agradava era bens materiais. Lygia chamou Eduardo e Clara para ver os belos convites para a comemoração. Os jovens se aproximaram da enorme mesa em que Lygia se encontrava, e olharam os convites brancos com detalhes similar a renda e a escrita em dourado . Os garotos ficaram maravilhados com a beleza dos convites, Lygia por sua vez perguntou a Clara sobre o que usaria na festa.

    – Clara o que irá usar na festa filha? Podemos comprar um vestido para você.

    Clara tímida como era respondeu a mãe

    – Não precisa mamãe tenho vários vestidos que jamais usei.

    Lygia levantou-se da cadeira e veio em direção a filha.

    – Eu quero você e Eduardo mais lindos do que já são, então amanhã, iremos escolher alguma roupa bonita para você. Falou Lygia enquanto desmanchava as tranças da filha deixando o cabelo de Clara completamente solto.

    – Mamãe aqui no convite diz que a festa é amanhã, porque tanta pressa?

    – Bom, tudo que posso dizer é que vocês iram adorar.

    Eduardo e Clara se entre olharam, mas não disseram nada, apenas preferiram esperar ate o dia seguinte.

    Enfim chegou o dia da comemoração, Eduardo desceu as escadas para tomar uma xicara de café, quando sua mãe e Clara, entraram pela porta principal da casa.

    – Bom dia querido trouxe estas roupas para você espero que goste. Disse Lygia entregando-lhe as roupas sorridente.

    Eduardo agradeceu e após terminar seu café, subiu para seu quarto. Quando enfim chegou a noite, Lygia aguardava os filhos com o seu marido Theodoro ao seu lado. Ela estava usando um belo vestido prata e Theodoro com um elegante terno preto, logo desceu Eduardo com os cabelos loiros penteados para traz e trajando um belo terno marrom, em seguida desceu Clara, com um elegante vestido na cor verde claro. Lygia contente por ver seus filhos em belos e elegantes trajes, assim como ela e seu marido abriu a porta para que os quatro saíssem. Clara e Lygia foram em um carro onde Icaro dirigia e Eduardo e Theodoro foram no segundo carro onde Joaquim o segundo motorista os levavam. Quando chegaram ao Clube onde seria a comemoração, o salão estava cheio. De longe, Eduardo viu Alice que usava um delicado vestido branco, assim que viu Eduardo, Alice se aproximou e o abraçou. Clara, Lygia e Theodoro se afastaram deixando os dois jovens ali. Alice sorriu feliz e disse

    – você esta bonito.

    – Obrigado Alice, você também esta. Eduardo tentando esconder a timidez e olhando para um belo jardim que havia ali continuou – Você quer ir ate o jardim comigo? Tem alguns casais dançando por lá e podemos conversar melhor.

    Alice consentiu com a cabeça e os dois foram em direção ao enorme jardim. Quando Eduardo e Alice chegaram ao jardim, sentaram-se em um banco e então, Eduardo pegou as mãos de Alice e olhando seu belo rosto desabafou.

    – Alice, eu gosto de você, tenho um carinho pela sua pessoa e o que eu quero dizer é que...

    Alice interrompeu o rapaz e o beijou. Eduardo ficou surpreso com a atitude da moça, mas achou melhor manter a gentileza, já que sua mãe fazia muita questão de que fosse Alice sua futura nora. Quando Alice se afastou um pouco de Eduardo, eles ouviram a voz de Theodoro chamando todos para dentro do salão principal onde havia um enorme palco. Eduardo pegou a mão de Alice e os dois foram para frente do palco. Theodoro se aproximou do microfone e começou a dizer com satisfação.

    – Meus queridos amigos e amigas, nós estamos fazendo esta comemoração pois a nossa renomada loja de tecidos, vai muito bem e com o novo negocio que fiz, eu e minha família vamos voltar para Minas Gerais, para nossa antiga e mais espaçosa casa. Vamos nos mudar antes do natal. Obrigado por terem vindo.

    Enquanto todos o aplaudiam, Clara e Eduardo se entreolharam assustados. Assim que Theodoro se retirou do palco e o Jazz continuou a tocar, Clara foi ate Theodoro para saber mais sobre a tal mudança.

    – Papai, iremos nos mudar quando?

    – dia 23 querida, agora deixe o papai ir procurar sua mãe.

    Eduardo não sabia o que sentir, pois estava feliz porque assim sua mãe esqueceria essa maluquice de querer que ele se casasse com Alice e triste pois a moça sentiria muito sua falta. Quando finalmente chegaram em casa, Eduardo subiu para o seu quarto e Clara também subiu para o seu. Theodoro e Lygia ficaram conversando mais um pouco e depois foram dormir também.

    Finalmente, chegou dia 23 de dezembro de 1925, a família Marinho arrumava suas malas. Matilde concordou em cuidar da casa ate o dia em que a família decidisse voltar, mas como Matilde raramente ia para sua casa, ela não se importava em ficar na casa de Lygia. Quando todas as malas estavam prontas, Clara e Eduardo olharam para a casa com um grande pesar e já sentiam saudade de todos os bons momentos que ali passaram. Os jovens abraçaram Matilde, que não pode conter suas lagrimas. Aquela gentil senhora abraçava com ternura os jovens, quando Lygia entrou os chamando para partirem. Eduardo e Clara se afastaram com tristeza de Matilde, pois ela havia os criado com todo amor do mundo, mas preferiram não irritar Lygia. Os jovens foram em direção aos carros que os aguardavam. Eduardo abraçou Clara tentando acalma-la. Já estava anoitecendo quando Finalmente chegaram a bela cidade de Belo Horizonte, os jovens não repararam muito pois estavam exaustos da viagem, assim que os carros pararam, Clara e Eduardo, ficaram boquiabertos com a casa, pois quando Theodoro e Lygia se mudaram de Belo Horizonte com Theodoro, Eduardo possuía um ano de idade. A casa era maior do que a que eles possuíam em São Paulo, havia na entrada com um belo jardim com coloridas flores, por dentro tinha um belo e espaçoso salão com uma luxuosa escada. Eduardo e Clara, se entreolharam sorrindo e subiram as escadas em direção a seus quartos, Lygia e Theodoro entraram na casa logo em seguida e de repente Leonor, uma senhora com semblante serio se apresentou a sala.

    – Boa noite senhores, como foram a viagem?

    – Bem, demorou muito mas cá estamos. Respondeu Lygia entregando as malas para Leonor.

    Leonor levou as malas para o quarto de Lygia e Theodoro , em seguida foi ate o espaçoso quarto de Clara. Clara estava sentada na sacada de seu quarto lendo um livro.

    – Com licença senhorita, precisa de algo?

    Clara fechou o livro e simpática respondeu

    – Não precisa me chamar de senhorita, apenas de Clara e não preciso de nada no momento, eu já tomei um bom banho acho que irei dormir daqui a pouco.

    – se precisar de algo avise-me. Disse Leonor se retirando do quarto de Clara e indo em direção ao quarto de Eduardo. Ela bateu de leve na porta do quarto do rapaz que abriu no mesmo instante já usando pijamas.

    -Olá senhor Eduardo, como vai? Precisa de algo?

    Eduardo sorriu e com uma voz cansada respondeu. - Não, muito obrigado, no momento tudo que quero é descansar da viagem.

    - Se precisar de algo basta me chamar senhor. Avisou Leonor saindo do quarto do rapaz.

    Assim que Leonor desceu as escadas, Eduardo ouviu  Lygia e Theodoro conversando e decidiu ficar próximo as escadas para ouvir. Lygia fez uma pergunta ao seu marido enquanto tomava uma xicara de chá.

    – Ai Theodoro, nós tínhamos que nos mudar logo agora?

    – Mas é claro que sim Lygia, é uma oportunidade maravilhosa para a loja, e...mas porque a pergunta? Perguntou o marido de Lygia curioso.

    Lygia respirou profundamente e desabafou com Theodoro – Sabe, eu sempre achei que iriamos nos mudar para cá quando deixássemos a casa em que estávamos para Eduardo depois que se casasse com Alice Ferraz.

    Theodoro respondeu sua esposa com toda compreensão que pôde.

    – Querida estamos em outro estado, tem muitas jovens bonitas e de família rica. Vamos aguardar que Eduardo faça a sua própria escolha.

    Lygia consentiu com a cabeça e abraçou seu marido. Eduardo voltou para o quarto tranquilo, por saber que não precisava mais se preocupar com esse assunto e assim teve uma boa noite de sono. Passaram-se duas semanas e Eduardo nem se quer havia saído de casa, porem, nesta manhã ele quis fazer tudo diferente, Eduardo trocou o pijama por uma roupa adequada para sair naquela bela manhã de verão. Eduardo penteou seus cabelos loiros olhou-se no espelho como todas as manhãs, desceu as escadas e sentou-se a mesa para tomar seu café da manhã. Leonor colocou sobre a mesa o café do jovem rapaz, Clara também estava sentada a mesa lendo mais livros. Eduardo notando de que a irmã estava arrumada perguntou-lhe.

    – Clara você vai caminhar pela cidade?

    – Claro Dudu, é o que eu faço todas as manhãs, quero conhecer tudo aqui principalmente ler todos os livros da biblioteca. Mas porque a pergunta?

    – Eu vou junto com você Clara, quero sair um pouco também.

    Clara olhou surpresa para o irmão.

    – Nossa pensei que não iria sair para fora de casa nunca mais.

    Os dois sorriram, Clara e Eduardo além de serem irmãos, eram melhores amigos, Clara apesar de ser mais nova sempre o aconselhava. Quando terminaram o café da manhã, os jovens avisaram a Leonor sobre onde iriam e saíram para fora de casa, Eduardo e Clara notou que o céu estava nublado, mas isso não era motivos para adiar aquele passeio pela cidade. Os dois seguram conversando sobre os detalhes que viam nas ruas, como as damas que andavam elegantes pelas ruas, o cheiro de perfume similar a rosas vermelhas exalando por toda a cidade, as pessoas que passavam apressadas pelas ruas e ate mesmo os carros luxuosos que circulavam pela cidade. Clara achou melhor

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