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Palavras De Hierakonpolis
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E-book194 páginas2 horas

Palavras De Hierakonpolis

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Sobre este e-book

O autor ainda não sabe se é um gênio ou um baita preguiçoso. Mas ele pegou uma coleção de artigos que escreveu ao longo dos anos, onde dá suas opiniões sobre Ocultismo, Thelema, Misticismo, Cabalá e o que mais lhe deu na telha. Para esta segunda edição ele tirou alguns artigos, colocou outros e deu um polimento em alguns. Mantendo sempre o bom humor, o cabalista e estudioso do ocultismo Paulo de Loyola traz esta coletânea para divertir e informar os interessados nos assuntos abordados.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de mai. de 2021
Palavras De Hierakonpolis

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    Palavras De Hierakonpolis - Paulo De Loyola

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    PALAVRAS DE

    hierakonpolis

    Uma Coleção de Pensamentos sobre Thelema, Cabalá, Ocultismo e Quetais

    Paulo de Loyola

    2ª Edição 2020

    © 2020 Paulo de Loyola

    Todos os direitos protegidos e reservados.

    Este livro não pode ser reproduzido ou transmitido, em totalidade ou em partes, sem autorização prévia do detentor dos direitos autorais, seja quais forem os meios empregados, com finalidades comerciais, de acordo com a Lei de Direitos Autorais (Lei federal 9.610/98).

    O detentor dos direitos autorais não assume quaisquer responsabilidades pelos usos e resultados das informações contidas nesta obra.

    Capa, editoração e projeto gráfico de Paulo de Loyola.

    de Loyola, Paulo.

    Palavras de Hierakonpolis: uma coleção de pensamentos sobre Thelema, Cabalá, Ocultismo e Quetais / Paulo de Loyola.

    –– Rio de Janeiro, 2020.

    2ª Edição

    v, 88f; 176p; 14,8cm.

    1. Thelema (sistema místico e religioso europeu). 2. Cabalá (sistema místico religioso judaico). 3. Ocultismo. I. de Loyola, P. II. Cabalá. III. Título.

    CDD 802

    __________________________________________

    Para C.F.

    Obrigado, muito obrigado à Cínthia, ao meu amigo Zé e a todos os meus Irmãos e minhas Irmãs, que me mantém no Caminho. Gostando eu ou não.

    Sumário

    Prefácio

    Altera Sacra

    Anjos Cabalísticos

    A Falácia do Ter

    A Gênese Cabalística

    A Indústria da Espiritualidade

    Sua Liberdade Não É a Minha Liberdade

    Ateísmo & Thelema

    Cartas na Mesa

    Crowley Está Morto

    Deus Está Morto

    Fazendo Sua Vontade

    A Genética e a Cabalá

    Lutando (Mesmo) Pela Liberdade

    Magia Negra

    A Mão e a Boca

    Mamãe, Quero Ser Thelemita!

    Mestres Também Vão ao Banheiro

    Nem Inferno, Nem Paraíso

    O Desafio das Ordens no Séc. XXI

    O Fim da Infância

    Os Deuses Sacrificados

    O Palhaço e o Mestre

    Os 7 Pecados Capitais

    Pecado Original

    Q.I. Demais

    Solene, Demasiado Solene

    Te Vira, Malandro

    Thelema: Esquerda ou Direita?

    Thelema: Um Aspecto Social

    Thelema e o Dia a Dia

    Thelema: Ontem e Hoje

    Thelema: Religião ou Não?

    Vamos Contar–lhe Um Segredo

    Vamos Falar de Thelema… De um jeito diferente

    Vida (Thelêmica) Longa e Próspera

    Vivendo à Meia Lei

    Posfácio: Liber AL vel Legis

    Prefácio

    Bem, para ser totalmente sincero, este é um livro de preguiçoso. Afinal como podemos chamar o ato de pegar um monte de artigos que você já escreveu e fazer uma coletânea deles só para publicação? Ou de muita preguiça ou de genial.

    Certo, prefiro que me chamem de genial.

    De qualquer forma, já houve um livro com esse nome, Palavras de Hierakonpolis, que ao menos foi escrito por mim mesmo. Mas era um livro muito antigo, com artigos que eu já não levava muito a sério. Então eu tirei alguns artigos, coloquei outros mais recentes no lugar, acrescentei um pouco de molho inglês e alho e… Pronto! Um livro para ser publicado, novinho em folha.

    Sinceramente, espero que gostem. Nestes artigos eu falo de um monte de coisa ligada à Thelema e à Cabalá, disciplinas que tenho praticado e estudado há… Digamos que há um tempinho. Também deixo minhas opiniões pessoais sobre outros assuntos ligados ao Ocultismo, Misticismo e espiritualidade em geral. Só não esqueçam que estas são as minhas opiniões pessoais. Por favor, não as tomem como verdades absolutas ou mesmo informações 100% confiáveis sobre absolutamente nada. Também o que está aqui neste livro não representa o posicionamento oficial de nenhuma organização de qualquer tipo ou de qualquer outra pessoa. É como bunda: cada um tem a sua e faz com ela o que bem entender.

    Ah, e antes que perguntem. Hierakonolis era o nome grego da cidade egípcia de Nekém, onde se situava um dos principais templos dedicados ao deus Hórus. E acontece de Hórus ser para mim uma divindade muito supimpa, desde que eu era moleque e comecei a me interessar por egiptologia e outras coisinhas mais. Aí quando eu fui fazer um livro sobre nada em específico (você comprou, agora já era) e precisava de um nome meio que não específico também, achei legal fazer essa homenagem ao meu camaradinha Hórus.

    Que deve ter ficado meio indignado.

    Altera Sacra

    Pois é, a coisa não está fácil. A sociedade brasileira já está vivendo em uma cultura de ódio, onde mais importante do que dialogar com um opositor é eliminar o opositor. Poucos, hoje em dia, se dão ao trabalho de escutar, considerar, argumentar. Parte–se logo para a agressão pura e simples; se for agressão física a turma fica ainda mais agitada. Quando começamos a falar de religiões e sacralidades, um assunto que já não se discute, a coisa tende a piorar ainda mais. Ânimos de exasperam, pedras voam e deputados berram.

    Ainda bem que essas coisas não acontecem no meio Thelêmico, não é?

    Acontece que acontecem. E de forma tão exacerbadamente idiota quanto em qualquer outro meio. Uma coisa que se entende com certa compreensão de Thelema é o respeito às escolhas do outro. Você não é obrigado a concordar ou aceitar, mas entende a responsabilidade de respeitar, independentemente de sua opinião pessoal. Infelizmente, nem sempre isso acontece. Tem muita gente por aí que é um grande defensor da liberdade: da sua própria liberdade e da liberdade dos outros aceitarem só o que ele quer e que se danem se pensarem diferente. Claro que poderíamos ficar aqui coisa de duas semanas discutindo só isso. Mas, por enquanto, vamos nos focar na questão religiosa.

    Todos têm uma forma de encarar a religião, que pode ser resumido em: a minha é a melhor. Claro, se você não achasse que a sua escolha religiosa é a melhor, por que diabo estaria seguindo aquela religião? Mas se a minha é a melhor, qualquer outra que não seja a minha é, por definição, pior,  inferior, errada, herética, histérica, feia  e  cara de mamão. Não é mesmo? Não,  Joãozinho,  não necessariamente. Afinal de contas, em termos de religião, espiritualidade, ou seja, o que for, tudo o que sustenta a validade disso é a fé. Religião dispensa a validação da prova científica, da demonstração prática. Sustenta–se apenas em sua lógica interna (até porque senão vira bagunça) e na crença dos fiéis de que aquilo é uma verdade. Ou seja, até onde podemos saber, nada impe– de que a Grande Verdade da Vida, Universo e Espiritualidade© possa ser conhecida apenas por três velhinhas octogenárias do Cazaquistulhão Setentrional e esta seja que não passamos de flocos de milho flutuando em uma grande tigela de gelatina de limão. Vai saber…? Pessoalmente, espero que não.

    Mas, voltando à vaca fria, o problema começa quando você tira do outro o seu direito ao pensamento religioso próprio. Ou mesmo o direito de ter um pensamento religioso, como fazem algumas linhas do neo—ateísmo. É muito comum vermos Thelemitas depreciando cristãos, cristãos depreciando outros cristãos, que por sua vez  depreciam o povo de santo, que olha torto para os umbandistas, que falam mal de judeus… e por aí vai. Cada um considera–se como O Dono da VERDADE e olha para o outro como um pobre coitado que não apenas não sabe de nada, mas deveria ser varrido da face da Terra. Claro que temos nossas diferenças e estas podem e devem ser debatidas: com respeito e argumentação, não com xingamentos e despeito. Claro que se os seguidores de uma determinada religião começam a nos afetar na esfera social e pessoal devemos agir em prol do direito e da privacidade. Isso são outros quinhentos. Mas mesmo isso não nos dá ao direito de rotular e entrar em um ciclo de preconceitos contra quem quer que seja.

    Ninguém é obrigado, seja por lei, seja por um posicionamento ético, a aceitar a religião ou espiritualidade alheia como sua. Na verdade, essa é uma das garantias mais fortemente estabelecidas por um estado laico: a da liberdade de crença e religião, ou ausência de. Mas a recíproca é  verdadeira. O  outro também não  é obrigado a aceitar o que você considera como sagrado. E pelas mesmas razões, ok? Isso é respeito mútuo.

    Ah, mas é tão fácil cobrar dos outros o respeito ao seu próprio Sagrado. Mas como podemos cobrar que alguém respeite o nosso Sagrado quando agimos exatamente da for– ma oposta? Como agir com dois pesos e duas medidas? Isso tem nome. E não é Vandernelson, é hipocrisia. Respeito é uma via de mão dupla. E também é Thelema: dar ao outro a mesma liberdade que desejamos para nós.

    Mas como nos podemos  dar ao direito de escolher a forma de guiar nossas vidas se não damos ao outro o mesmo direito? E quando falo isto, não me refiro apenas àqueles que simplesmente procuram o primeiro evangélico na rua para ficar falando que Jesus não existiu ou que vá a um Sabbath apenas para atrapalhar a cerimônia ou coisa semelhante. Isto é simplesmente a face mais visível do assunto. Refiro–me também ao que fazer quando alguém de outra religiosidade começa a fazer bolinho de tapioca da sua. Defenda–se, é claro! Mas faça–o mostrando respeito pela escolha alheia. Mostre ao outro que suas idéias não coincidem em um ponto sequer, mas deixe claro que você respeita o ponto de vista dele e que gostaria de ter o seu respeitado também. Não é preciso tratar o outro como se fosse um retardado mental só por suas idéias distintas da sua.

    No final das contas, tudo se resume àquela velha máxima de tratar aos outros como gostaria que os outros o tratassem. Muitas pessoas têm a ideia de que respeito é algo que se impõe. Isto é errado. Respeito é algo que se conquista agindo de uma forma respeitável. Respeitável pelos padrões da sociedade? Nem sempre. Mas sempre respeitável pelos padrões do Ser Humano.

    Anjos Cabalísticos

    Temos um grande problema quando falamos de anjos… Primeiro a Igreja Católica Romana nos veio com uma imagem deles, imagem esta que foi depois reforçada nos meios ocultistas/esotéricos por figuras como Mônica Buonfiglio. E hoje em dia nos acostumamo a pensar em anjos como um bando de cópias do Brad Pitt com asas. Alguns com um pouco mais de bom senso pensam também em cópias da Angelina Jolie com asas. Mas, de uma forma ou de outra, quando começamos a pesquisar um pouco melhor sobre o assunto chegamos à conclusão de que não é bem assim. Aliás, é bom deixar logo claro que os Anjos Enochianos são tão anjos quanto os Demônios Goethicos são demônios (no sentido cristão da coisa). Sendo assim, é melhor começarmos a colocar esta baderna em ordem.

    O conceito de anjo utilizado em nossa cultura surgiu na Cabalá e então me parece um tanto lógico que procuremos por lá o que eles são, antes de serem modificados pelo cristianismo e por doidos diversos.

    Anjos não são sujeitos com asas e auréolas. Para dizer a verdade, anjos não são nem mesmo sujeitos. Ou melhor, anjos não são seres. Outro conceito errôneo (muito popular, aliás, entre os seguidores da corrente New Age) é de que os anjos seriam forças poderosas superiores aos reles humanos. Grande, grande erro. Anjos não são superiores aos seres humanos. E, para sermos precisos, vamos passar a chamá–los por seu verdadeiro nome. Deixemos de lado o termo latino anjo (de angelus) e usemos o termo hebraico original: melachim (melach, no singular).

    Melach é a palavra em hebraico para mensageiro, pois é isto que é um anjo: um veículo para uma mensagem (exatamente isto, que nem o Messenger ou o Whatsapp). Mas o que é que estes mensageiros carregam para lá e para cá? Simples: levam luz e sombras. Pois existem tanto os melachim de luz (os que sobem) quanto os melachim de sombras (os que descem). Consideremos aqui que luz e sombra não têm nada a ver com se a lâmpada está ligada ou não. Estas luzes e sombras também não estão ligadas ao bom e velho conceito dual de bem ou mal. Elas possuem outro significado…

    Então de onde viriam estas sombras? Simples, de nós mesmos, seres humanos. Isto porque os melachim, estas forças mensageiras, nada mais são do que as palavras que emitimos. Esta é, aliás, a razão porque se diz que existem 72 anjos cabalísticos, os quais são tão somente os 72 nomes de IHVH (Deus, a seu dispor): 72 sequências de três letras (hebraicas, é claro!), que quando usadas de forma correta permitem uma conexão com determinadas energias — de proteção, cura, revelação, etc.

    Aliás, é por isto que o judaísta e o cabalista evitam usar certas palavras. Cada palavra geraria um melach e dependendo desta palavra

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