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E-book74 páginas1 hora

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Sobre este e-book

“É para hoje?”, pergunto aos meus amigos J.P. e Zaki. Eu sou o Cauã, um adolescente no final do 2° ano do ensino médio de uma escola pública. Como estudantes medianos, nós fazemos todas as tarefas, ainda que nossas notas não se destaquem. Entretanto, hoje esqueci que tinha a apresentação do trabalho de História sobre a Independência do Brasil. Meus amigos e eu temos apenas 24 minutos de intervalo para fazermos esse trabalho antes da aula da professora Sofia começar, ou podemos reprovar! Por que a biblioteca escolar está fechada logo agora? Se junte a nós três nessa aventura, acompanhados da nossa inteligente colega Talita e do meu mal-humorado tatu-bola de estimação, o Imperador. Com a ajuda de outros colegas como o Yuri, a presidente estudantil Nádia e a Milena, vamos procurar a bibliotecária por toda a escola, entrar em situações emocionantes e desvendar um enigma surpreendente. Afinal, a Independência de um país deveria significar também a independência de cada um dos seus cidadãos para seguirem seus sonhos. Incluindo os cidadãos adolescentes, como nós.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de mai. de 2022
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    24 Minutos - Evalderiany Honorata

    24

    Minutos

    Evalderiany Honorata

    Copyright © 2022 by Evalderiany Honorata

    Todos os direitos reservados.

    Revisão: Evalderiany Honorata

    Diagramação: Evalderiany Honorata

    Arte de capa: Evalderiany Honorata

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    Ficha catalográfica elaborada por

    Débora Soares Vicente de Santana – Bibliotecária CRB-9/1914

    Índice para catálogo sistemático:

    1. Literatura infantojuvenil      028.5

    Impresso no Brasil.

    Esta obra é dedicada à minha mãe, à minha irmã e tod@s estudantes brasileir@s.

    Índice

    É para hoje?       7

    Intervalo       12

    Grupo de Trabalho       17

    Sala dos Professores       23

    Lista de Chamada       30

    Sala do Zelador       36

    Sala de Vídeo       42

    Bebedouro       48

    Quadra de Esportes       54

    Primeiro Sino       61

    Biblioteca       68

    Segundo Sino       76

    Famigerado Momento da Apresentação       83

    É para hoje?

    – É para hoje?! – exclamo assustado.

    Faltam cinco minutos para tocar o sino do intervalo.

    A escola estadual Roberto Augusto Isidoro tem turmas do ensino fundamental desde sua fundação e recentemente passou por uma grande reforma que tornou possível oferecer vagas para o ensino médio.

    Em pleno final do ano letivo, nossa turma do 2° ano do ensino médio se esforça para realizar as atividades e avaliações propostas pelos professores. É preciso ter uma boa média para se tornar um terceiranista. Ser do 3° ano do ensino médio em qualquer escola tem um grande significado para todos os estudantes.

    Primeiro: significa que nós estaremos um ano mais perto da formatura. E o segundo: é o status! O melhor motivo, na minha opinião. Sim, ter uniformes próprios com nosso nome, ir para várias viagens escolares, receber aulas extras de preparação para o Exame Nacional e liderar os projetos escolares.

    Para chegar nesse nível, precisamos concluir o 2° ano com boa média. Temos que fazer todas as avaliações de várias disciplinas diferentes sem esquecer nada. Eu anoto na capa do meu caderno cada atividade com a data para ser entregue, assim não esqueço quando tenho algum trabalho ou prova. Ou pelo menos, nunca esqueci antes... Até ontem.

    – Isso mesmo, Cauã... Acho que a professora passou um trabalho de História – diz J. P., apelido do João Pedro.

    J. P. é um dos meus melhores amigos, um cara melancólico e criativo de olhos azuis tristes.

    – A professora passou na última aula, era sobre a Independência. A turma estava falando tão alto que também não percebi – comenta Zaki, meu outro melhor amigo.

    Zaki é otimista e tem uma grande memória, conhecido pelos seus cachos grandes e estilosos.

    – A aula de História da professora Sofia será depois deste intervalo... – reflito, girando a caneta azul no ar.

    Eu sou o Cauã, meus amigos me descrevem como alguém tranquilo e esperto, e tenho covinha no queixo.

    – O que faremos? Sem apresentação, não há nota... – lamenta J. P deprimido.

    Ele está enrolando as pontas das páginas do seu caderno, um hábito estranho que faz seu material parecer mais velho do que realmente é.

    – E se a gente inventasse uma desculpa para solicitar o adiamento da apresentação? – Zaki propõe.

    A alternativa de Zaki chama minha atenção. Entretanto, a professora Sofia não dá segunda chances, exceto em caso de atestado médico. A nossa única oportunidade de apresentar o trabalho é hoje.

    Abro o meu caderno. Nossa nota foi mediana no decorrer dos bimestres anteriores. Sem esse trabalho, não alcançaremos a média final necessária então... Reprovação. Nossos pais vão enlouquecer se isso acontecer.

    – Não importa como, temos que apresentar hoje – J. P. percebe.

    – Com minha boa memória, a criatividade do J. P. e a esperteza do Cauã, nós conseguiremos – incentiva Zaki.

    Além de tudo isso, precisaremos de sorte. Muita sorte.

    – Precisamos chamar alguém que tenha estudado para nosso grupo. Que tal o Yuri? – indico o estudante de casaco verde com capuz.

    O colega em questão se senta lá na frente da fileira e não conversa muito com os demais, porém ele parece ser legal e sempre faz as atividades. Espero que aceite nos ajudar.

    Meus amigos acenam concordando, reconhecem o Yuri: o rapaz encolhido na primeira carteira, copiando a tarefa da lousa em seu caderno. Os professores geralmente notam apenas os estudantes considerados melhores ou piores. Não percebem que os estudantes medianos, como nós ou Yuri, que não nos destacamos ainda que façamos todas as tarefas, somos a maioria nas salas de aula. Uma maioria invisível para quem só vê os extremos.

    – Na hora que tocar o sino para o intervalo, o levaremos para a Toca e vamos implorar a sua ajuda – J. P. compartilha a ideia.

    – Também dá para escrever alguma coisa do trabalho nesse tempo – Zaki concorda.

    – O intervalo tem 25 minutos, e desconsiderando os segundos que perdemos para ir e voltar da sala, temos 24 minutos para cumprir essa missão – eu observo o horário marcado no relógio da sala.

    Nesse instante, o sino da escola ressoa por todos os cantos.

    A turma se levanta, ouço nos corredores o barulho dos estudantes felizes com esse pequeno momento de liberdade. Está acontecendo uma partida de futsal interescolar na quadra agora. Não poderemos assistir, devido a nossa atual missão. Colocamos as nossas mãos uma sobre a outra e as levantamos para cima com o grito de guerra do nosso anime favorito, é hora de agir!

    Vejo que o Yuri está com o capuz

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