Onde Descansa O Coração?

De David Rodrigues

Um livro escrito para registrar uma estória bonita de amor de um relacionamento de mais ou menos três anos, o que parece pouco, mas nos dias atuais é tempo suficiente para se viver grandes momentos. Tão simples como este amor são as poesias que constroem este livro, as quais não tratam apenas sobre coisas boas, pois relacionamentos, sejam eles quais forem, tem seus altos e baixos, seus fortes e fracos. O amor é uma árvore que oferece seus frutos, nem sempre maduros, nem suculentos, nem em quantidade suficiente para suprir determinadas carências ou satisfazer expectativas. Dessa forma, amar é um risco. Um risco válido. Foi por escolher correr este risco que as consequências dessa decisão resultaram neste livro, buscando uma forma de dar descanso ao coração, se é que ele pode descansar. Onde descansa o coração?

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 11 de out. de 2016

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David A. B. Rodrigues

Onde Descansa o Coração?

Brasília, 2016

Achava belo, a essa época, ouvir um poeta dizer que escrevia pela mesma razão por que uma árvore dá frutos. Só bem mais tarde viera a descobrir ser um embuste aquela afetação: que o homem, por força, distinguia-se das árvores, e tinha de saber a razão de seus frutos, cabendo-lhe escolher os que haveriam de dar, além de investigar a quem se destinavam, nem sempre oferecendo-os maduros, e sim podres, e até envenenados

Osmar Lins, em seu livro Guerra sem Testemunhas.

Ao amor que vai e vem diversas vezes até desistirmos.

Um livro escrito para registrar uma estória bonita de amor de um relacionamento de mais ou menos três anos, o que parece pouco, mas nos dias atuais é tempo suficiente para se viver grandes momentos.

Tão simples como este amor são as poesias que constroem este livro, as quais não tratam apenas sobre coisas boas, pois relacionamentos, sejam eles quais forem, tem seus altos e baixos, seus fortes e fracos.

O amor é uma árvore que oferece seus frutos, nem sempre maduros, nem suculentos, nem em quantidade suficiente para suprir determinadas carências ou satisfazer expectativas. Dessa forma, amar é um risco. Um risco válido.

Foi por escolher correr este risco que as consequências dessa decisão resultaram neste livro, buscando uma forma de dar descanso ao coração, se é que ele pode descansar. Onde descansa o coração?

*Escolhas*

Ainda estou ligado ao que poderíamos ter sido

E escolhemos não ser.

Ainda tenho resquícios que não se apagarão

Quando anoitecer.

Eu escrevo então

Porque tal ato me liberta, me desprende dos meus medos,

Dos meus anseios, daquela possibilidade de um futuro a dois.

Ainda estou me recuperando

E arde a carne quando me noticiam um fato

De algo realizado sem ao menos pensar no que senti, sentiria

Caso descobrisse, e descobri.

E agora? Dói.

Mas continuo conectado a ti

Sentindo tua tristeza, vivendo a minha,

Sentindo a distância, sentindo os corações partindo,

Sentindo, sentindo, sentindo

Que tudo que prometemos não cumprimos

Daquilo que sonhávamos ter e nos perdemos

Sentindo ir embora a possibilidade do que poderíamos ter sido

E escolhemos não ser.

*Raposa e Dragão – O início*

A raposinha, que por pouco faleceu

Por ter o coração esmagado quase por inteiro.

Quem mandou raposa querer dragão?

Se dragão pouco lhe queria

Coitadinha! Foi pisada, queimada, massacrada,

Mas sobreviveu.

É uma história trágica

Que tinha tudo para dar certo, mas não deu.

Dragão nenhum quer amor

Um dia perderá o fogo, a força, o tamanho do corpo

E o amor? Que amor? Não tinha!

Sobrou apenas a solidão.

Triste história, triste fim

Um dia ninguém mais vai querer

Nem raposa, nem leão, nem tigre, nem cachorro,

Nem mesmo o próprio dragão.

*Meu Tempo*

Dedico a ti um dos meus bens mais preciosos:

O meu tempo.

Precioso, pois a ti entregará a minha juventude,

A minha energia de viver, os meus sorrisos sinceros.

Ele lhe contará dos meus sonhos, te mostrará meus pesadelos,

Lhe fará conhecer o meu melhor e o meu pior;

Ele me entregará a você.

Se num futuro você não me quiser mais

Não poderá me devolvê-lo

Nem poderá jogá-lo fora, pois

Estarão vivos na memória, que o tempo embaça

Porém não apaga.

Serão lembranças, mesmo que você um dia

Receba outro tempo.

O que eu dediquei a você, assim como você a mim,

Não poderá ser mudado.

Serão apenas nossas, de mais ninguém.

*Inspirado*

Escrevi um texto inspirado pelo meu amor

Que o leu e nem reparou

Que a inspiração veio do sentimento que sinto por ele

O qual acredito ser recíproco.

Meu amor, tão duro quanto pedra,

Tão quente quando queres,

Tão sensível quanto ao que sentes,

Não sinto a verdade na tua música, não consigo te decifrar.

Eu, que fico aqui, pacientemente esperando que me note

Vou-me esvaindo, sendo empurrado pelo vento,

Pouco a pouco, como areia, para longe de você.

Que posso eu fazer se não enxergas o meu brilho,

Se não me deixas te alcançar, se não desce de sua muralha,

Além de esperar que olhes para mim? (Enquanto ainda