Anonimato: Reflexos do Coração

De Régis Sousa

Anonimato: este anônimo é conhecido, e busca sempre mais conhecer-se, possui nome e sobrenome, endereço, whatsApp, instagram, facebook, e tantas outras redes que ora navega, ora naufraga, possui amigos, amores,  antigos e atuais, está preso em alguns desses, engana-se a si mesmo em pensar ser livre de outros, estão entranhados. Este anônimo é você, reflexo do seu coração.
Sobre a leitura sempre será única, sempre especial as vezes que adentrar estas páginas que são só suas e de mais ninguém, é você quem sente, é você quem incorpora as sensações é de você que brota os sentimentos catalisados pela poesia, pela vida.
A todo momento é você, mas você não permanece estático, porque se transforma. Ao ler de novo, porque vai ler de novo, pois poesia é liberdade e tem fome e sede de liberdade, tudo terá sentido novamente, mas diferente.
 Lembrará do amor da sua vida, que por sua vez este está com seu amor, não é você, somente a sua dor particular.
Algumas anônimas se identificam por nome Maria, Julyana, Eduarda, Izabel, Clara, Manu, Dani, Débora, Felipa, Sofhia, Helena, Alice e tantos outros.
Alguns anônimos se identificam por nome Mário, Igor, Miguel, Gabriel, Arthur, Heitor, Rafael, Theo,  Renato, Davi, Gael, Bernardo, Samuel, João, Pedro, Lorenzo, Lucas.
Este livro é pra você anônimo, a quem quero conhecer!

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 21 de jul. de 2023
• ISBN: 9786525455891

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REFÉNS

Uma mulher!

Uma mulher como todas as outras, com suas visíveis divergências que a individualizavam,

que carrega no seu íntimo a doçura de ser mulher, e se deixava ser mulher porque se sentia mulher!

(Há mulheres que não se sentem mulheres, e tudo bem também!)

No dia 21 de setembro de 2050, vi Maria, mulher doce e meiga.

Ela estava entristecida, desonrada, e ridicularizada,

Maria que, sempre alegre, sorria, contava as histórias e as belezas da vida,

e que transbordava respeito, e, como o sol, irradiava ternura!

Sempre!

Ó, Maria!

Maria é linda, mesmo com tantas feridas da vida e também de seu amor!

De sua alma gêmea!

De sua cara metade!

Que a matava aos poucos, cada vez que chegava a sua casa!

Por um longo período na juventude, Maria pensava o quão bom seria estarem juntos.

Compartilhando a mesma casa, as mesmas dores, as mesmas vontades; e pensava, eufórica, o quão bom seria seu amor chegar do trabalho e encontrá-la ali, sentada, esperando para contar como foi o dia, o seu dia, no trabalho ou, não sei, de qualquer lugar.

Só estava ali!

Para escutá-lo!

Compreendê-lo,

Aconselhá-lo,

E se não pudesse de imediato, jurou fazer o possível para