Não pise no meu vazio: Ou o livro do vazio
De Ana Suy
5/5
()
Sobre este e-book
"Este é um livro escrito por gente. Gente de verdade. Gente incompleta, que se descompleta a todo instante no contato com o outro. Gente que frequenta o feminino e tem intimidade com o real. É um livro sobre excessos, sobre faltas, sobre o vaivém da vida, sobre o amor, o ódio e a dor... É um livro que acolhe o vazio com carinho, como condição necessária e fundamental da existência" – RITA MANSO, psicanalista.
"Com uma linguagem simples e profunda, cotidiana e inédita, leve e marcante, pontilhada e bem contornada, os poemas de Ana Suy percorrem caminhos sobre o que preenche, o que esvazia e o que preenche e esvazia a alma ao mesmo tempo" – DANIELLE BARRIQUELLO, psicóloga.
Leia mais títulos de Ana Suy
A gente mira no amor e acerta na solidão Nota: 5 de 5 estrelas5/5Psicose e laço social: Esquizofrenia e paranoia na cidade dos discursos Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a Não pise no meu vazio
Ebooks relacionados
Uma casa que não pode cair: Encontrando calma e coragem diante do sofrimento de quem amamos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSó: Dores e delícias de morar sozinha Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCartas de um terapeuta para seus momentos de crise Nota: 4 de 5 estrelas4/5Será que é amor?: O amor em diferentes modalidades de sofrimento na clínica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSobre viver o luto: Um guia reconfortante para enfrentar o dia após dia depois de uma perda Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFelicidade em copo d'Água: Como encontrar alegria até nas piores tempestades Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAmora Nota: 4 de 5 estrelas4/5Toda ansiedade merece um abraço Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Prateleira do Amor: Sobre Mulheres, Homens e Relações Nota: 5 de 5 estrelas5/5Um prefácio para Olívia Guerra Nota: 4 de 5 estrelas4/5Procurava o amor em jardins de cactos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLaços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Entre sessões: Psicanálise para além do divã Nota: 5 de 5 estrelas5/5O palhaço e o psicanalista: Como escutar os outros pode transformar vidas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Textos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5O sentido da vida Nota: 5 de 5 estrelas5/5Descolonizando afetos: Experimentações sobre outras formas de amar Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Autoconhecimento em Forma de Poemas: Volume 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLutos finitos e infinitos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPsicanálise de boteco: O inconsciente na vida cotidiana Nota: 5 de 5 estrelas5/5Monumento para a mulher desconhecida: Ensaios íntimos sobre o feminino Nota: 5 de 5 estrelas5/5De olhos abertos: Uma história não contada sobre relacionamento abusivo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Aurora: O despertar da mulher exausta Nota: 4 de 5 estrelas4/5Coragem é agir com o coração Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs menores histórias de amor do mundo: e outros absurdos Nota: 4 de 5 estrelas4/5Ressentimento Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPrimeiro eu tive que morrer Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Psicologia para você
Avaliação psicológica e desenvolvimento humano: Casos clínicos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAnálise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista Nota: 4 de 5 estrelas4/5S.O.S. Autismo: Guia completo para entender o transtorno do espectro autista Nota: 5 de 5 estrelas5/5Terapia Cognitiva Comportamental Nota: 5 de 5 estrelas5/5Contos que curam: Oficinas de educação emocional por meio de contos Nota: 5 de 5 estrelas5/510 Maneiras de ser bom em conversar Nota: 5 de 5 estrelas5/535 Técnicas e Curiosidades Mentais: Porque a mente também deve evoluir Nota: 5 de 5 estrelas5/5O amor não dói: Não podemos nos acostumar com nada que machuca Nota: 4 de 5 estrelas4/5O poder da mente Nota: 5 de 5 estrelas5/515 Incríveis Truques Mentais: Facilite sua vida mudando sua mente Nota: 5 de 5 estrelas5/5O mal-estar na cultura Nota: 4 de 5 estrelas4/5A interpretação dos sonhos Nota: 4 de 5 estrelas4/5Manual das Microexpressões: Há informações que o rosto não esconde Nota: 5 de 5 estrelas5/5Autoestima como hábito Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Arte de Saber Se Relacionar: Aprenda a se relacionar de modo saudável Nota: 4 de 5 estrelas4/5Minuto da gratidão: O desafio dos 90 dias que mudará a sua vida Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Interpretação dos Sonhos - Volume I Nota: 3 de 5 estrelas3/5Temperamentos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tipos de personalidade: O modelo tipológico de Carl G. Jung Nota: 4 de 5 estrelas4/5O poder da mente: A chave para o desenvolvimento das potencialidades do ser humano Nota: 4 de 5 estrelas4/5Eu controlo como me sinto: Como a neurociência pode ajudar você a construir uma vida mais feliz Nota: 5 de 5 estrelas5/5Águia Voa Com Águia : Um Voo Para A Grandeza Nota: 5 de 5 estrelas5/5O funcionamento da mente: Uma jornada para o mais incrível dos universos Nota: 4 de 5 estrelas4/5Filhas de Mães Narcisistas: Conhecimento Cura Nota: 5 de 5 estrelas5/5Vencendo a Procrastinação: Aprendendo a fazer do dia de hoje o mais importante da sua vida Nota: 5 de 5 estrelas5/5Em Busca Da Tranquilidade Interior Nota: 5 de 5 estrelas5/5Cuide-se: Aprenda a se ajudar em primeiro lugar Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Não pise no meu vazio
3 avaliações0 avaliação
Pré-visualização do livro
Não pise no meu vazio - Ana Suy
Do que preenche
Buracos
Era uma menina cheia de buracos tampados. A mãe enfiava a linha na agulha e fazia um nó na ponta. Enfiava a agulha numa narina e tirava pela outra, enfiava a agulha na ponta da língua e depois no olho direito dela. Então passava a agulha pelo olho esquerdo e o ligava ao lábio superior. Aí pensava que a menina sentia dor, coitadinha, e era assaltada por um desejo irresistível de se conectar com a criança para sentir a dor dela. Já se sabia conectada pela alma, mas a alma ela não podia ver, então ligava o ponto do lábio inferior da menina ao seu próprio lábio superior, e costurava buraco por buraco seu aos buracos por buracos dela. E assim ela renovava o cordão umbilical que um dia as uniu. E assim elas não tinham buracos que não fossem possíveis de serem tampados. Um buraco que está sempre tampado ainda seria um buraco?
Caí
Sou tão você que me confundo comigo.
Meu corpo não tem fronteiras e só quer sentir com o seu corpo.
O toque se faz insuficiente, quero me fundir a você, quero que meu corpo coincida com o seu para que eu possa descansar a minha existência.
Silêncio... está ouvindo? É a minha intuição me dando bronca.
Ela manda que eu me cale. Disse que já estamos fundidos. Aliás, você não. Eu estou fodida.
Foi naquele dia, há anos, eu sei exatamente quando. Eu estava ali com você, te olhando, você evitava meu olhar como quem sabe o risco que corre. Eu disfarçava a minha ânsia de decorar a diferença entre cada poro da sua pele, mas de repente seu olhar manteve-se no meu por mais do que um instante e eu senti um frio na barriga. Não foi um frio na barriga dessas borboletas que o povo diz que sente no estômago. Foi um frio na barriga do tipo que eu sentiria se eu pulasse de paraquedas, foi um frio na barriga do tipo neve no estômago. Um frio na barriga que é absolutamente