Tipo assim:: Adolescente
()
Sobre este e-book
Algumas coisas mudam, sim, mas no geral vivemos essa fase de modo muito parecido. Nessa etapa de definições, a gente sente medo, vive encanado, curte estar com os amigos, fica louco pra namorar, e cada um experimenta, a seu modo, o desenvolvimento da autonomia, da habilidade de decidir a própria vida. Não é fácil, mas é muito bom.
Jairo e Soninha contam um pouco do que viveram na adolescência e também do que veem hoje. Entre os temas de sempre (pode x não pode, primeiro beijo etc.), eles comentam os mais recentes (aids, adolescência prolongada, contato precoce com drogas, entre outros).
Além de ser uma leitura legal para adolescentes, pais e professores, ao comprar este livro você ainda vai poder apoiar uma ação muito bacana, pois os autores cederam seus direitos autorais para a Casa Bodisatva, que trabalha com pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Relacionado a Tipo assim:
Ebooks relacionados
Trabalhe 3 Horas Por Dia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMeu Pai, Meu Algoz Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSempre Existe Um Porém Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSegredos De Luciano Santos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMeus Anos 60 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMinha vida ao lado de minha vó Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEncontros Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPaciente Zero Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA trajetória de um desenhista sonhador Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVinte sonhos de rua e uma história de amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCoração De Bombeiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMediunidade Científica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnquanto Houver Você Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Colar De Contos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGuerra Dos Pesadelos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMeu irmão e eu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Licantropo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO poder da decisão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Diário De Britney Collins Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNa Calada Da Noite Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEu Não Vou Embora Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFamília: o porto mais seguro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Proteção do Roqueiro Nota: 5 de 5 estrelas5/5Eu Elas Ele Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMinha vida cor-de-rosa #SQN Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBorderline: No limite da vida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMagnata Sexual: Magnata Sexual Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desescolhas As Minhas E As Suas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Garota Dentro de Si Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA namorada do Dom Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Psicologia para você
15 Incríveis Truques Mentais: Facilite sua vida mudando sua mente Nota: 5 de 5 estrelas5/5Avaliação psicológica e desenvolvimento humano: Casos clínicos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasS.O.S. Autismo: Guia completo para entender o transtorno do espectro autista Nota: 5 de 5 estrelas5/5Análise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista Nota: 4 de 5 estrelas4/5Terapia Cognitiva Comportamental Nota: 5 de 5 estrelas5/5Contos que curam: Oficinas de educação emocional por meio de contos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Cartas de um terapeuta para seus momentos de crise Nota: 4 de 5 estrelas4/5A gente mira no amor e acerta na solidão Nota: 5 de 5 estrelas5/5A interpretação dos sonhos Nota: 4 de 5 estrelas4/535 Técnicas e Curiosidades Mentais: Porque a mente também deve evoluir Nota: 5 de 5 estrelas5/510 Maneiras de ser bom em conversar Nota: 5 de 5 estrelas5/5O poder da mente Nota: 5 de 5 estrelas5/5Manual das Microexpressões: Há informações que o rosto não esconde Nota: 5 de 5 estrelas5/5Autoestima como hábito Nota: 5 de 5 estrelas5/5O amor não dói: Não podemos nos acostumar com nada que machuca Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Arte de Saber Se Relacionar: Aprenda a se relacionar de modo saudável Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tipos de personalidade: O modelo tipológico de Carl G. Jung Nota: 4 de 5 estrelas4/5O mal-estar na cultura Nota: 4 de 5 estrelas4/5Temperamentos Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Interpretação dos Sonhos - Volume I Nota: 3 de 5 estrelas3/5Minuto da gratidão: O desafio dos 90 dias que mudará a sua vida Nota: 5 de 5 estrelas5/5O funcionamento da mente: Uma jornada para o mais incrível dos universos Nota: 4 de 5 estrelas4/5Acelerados: Verdades e mitos sobre o TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade Nota: 4 de 5 estrelas4/5Vencendo a Procrastinação: Aprendendo a fazer do dia de hoje o mais importante da sua vida Nota: 5 de 5 estrelas5/5Águia Voa Com Águia : Um Voo Para A Grandeza Nota: 5 de 5 estrelas5/5Em Busca Da Tranquilidade Interior Nota: 5 de 5 estrelas5/5Eu controlo como me sinto: Como a neurociência pode ajudar você a construir uma vida mais feliz Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Tipo assim:
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Tipo assim: - Soninha Francine
TIPO ASSIM:
ADOLESCENTE
Jairo Bouer
Soninha Francine
Recomendado para toda a galera
(e para os pais da galera)
Papirus 7 Mares>>
Sumário
Ganhando autonomia
E aí, você já beijou?
Princípios e limites
O valor da conquista
Fantasiado de alface
A escola
Ser igual ou ser diferente. Essa é a questão?
Estereótipos, drogas e sexo
É chegada a hora?
A primeira vez
Responsabilidade e prazer
Olhando para trás
Final feliz
Notas
Sobre os autores
Para saber mais
Redes Socias
Créditos
Ganhando autonomia
Jairo Bouer – Para falar sobre a adolescência, acho que poderíamos começar contando um pouco sobre nossas próprias experiências. Fico lembrando da minha adolescência com 12, 13 anos e me vem uma sensação de que essa é uma fase muito boa da vida, talvez seja uma das melhores fases. Essa sensação de que você está rompendo com a casca da infância, de que pode começar a decidir por si mesmo, você vai ganhando mais autonomia... Enfim, ganhando asas para fazer as suas coisas, mas, ao mesmo tempo, você é muito encanado, tem muitas dúvidas. Eu era um adolescente muito tímido, tinha dificuldade de falar com as pessoas, de falar em público, de me colocar e, ao mesmo tempo, eu sabia muito bem que queria me expandir, crescer, viver as coisas. Então, acho que, talvez, o que mais tenha marcado a adolescência, na minha memória, seja essa divisão, esses dois lados da moeda. De um lado, eu posso tudo, vou em frente, alguma coisa nova está começando; e, do outro, um freio de mão que é, na verdade, seu mesmo – de medo, incerteza, insegurança, timidez, medo de não ser aprovado pelas pessoas ou pelas situações, medo de não conseguir fazer as coisas. Assim, minhas lembranças da adolescência são um misto dessas duas tendências: de um lado, o desejo de romper e, do outro, o medo, as inseguranças. Para mim, a adolescência é essa balança que oscila de um lado a outro, o tempo inteiro.
Soninha Francine – Sabe, lembro direitinho de alguns dias na minha vida em que eu percebi que tinha crescido. Era uma sensação incrível. Eu morava em uma rua sem saída, uma vila, e havia muitas crianças. As casas eram pequenas e a rua era o quintal de todo mundo. Então, passei dos 6 aos 13, 14 anos brincando na rua, jogando bola... Aquela coisa de sonho, de livro, como Uma rua como aquela.[1] Às vezes surgiam umas modas – amarelinha, por exemplo, e a gente ficava semanas jogando amarelinha. Mas o esporte oficial era queimada. Era uma delícia! Geralmente, era meninos contra meninas, já havia rivalidade, sabe? Eu, é claro, sempre tinha de pedir para a minha mãe para sair. Então, vinha a minha melhor amiga, tocava a campainha em casa e a minha mãe já dizia: Puxa, logo cedo! Já começou!
. E eu: Mãe, posso sair?
. Aí ela dava uma dificultada assim: Você já tomou café? Já fez lição? Você já arrumou sua cama, já não sei-o-que mais? Mas é muito cedo, espera mais uma meia hora
. E, finalmente, quando ela deixava, eu podia sair para brincar na rua. Pois eu me lembro direitinho do dia, acho que eu já estava na quinta série, em que abri a janelinha da porta e vi que a minha amiga estava saindo da casa dela e eu, com a maior naturalidade, abri a porta de casa e saí também. Eu não estava pensando algo do tipo: Ah, que se dane, eu não vou perguntar para a minha mãe
. Foi tão natural, sabe? Eu já tinha crescido! Tanto que minha mãe não brigou comigo. Ela não falou: Aonde você pensa que vai sem me pedir autorização?
. Sabe, foi uma virada, assim, que me dei conta na hora... Eu simplesmente abri a porta e saí. Só depois que já estava lá fora, percebi: Nossa! Eu nem pedi. Eu não precisava mesmo
.
Lembro também, mais para a frente, de um dia em que eu estava sentada na calçada conversando com a minha amiga até umas dez da noite. Em um dado momento, a gente se deu conta do que estava acontecendo: primeiro, estávamos conversando, e não brincando. Não estávamos jogando, sei lá, cinco-marias ou outra brincadeira qualquer. Ficamos durante horas conversando, conversando, conversando. Nós nos sentimos grandes, sabe? Nem falamos isso uma para a outra. Mas nos sentimos tão grandes ali, às dez da noite, conversando por tanto tempo. Aí, uma coisa que fico pensando de hoje em dia, que acho muito triste, é que quando as coisas ficam fáceis demais, perde-se o sabor da conquista. Na verdade, na minha época, eu já ouvia coisas do tipo: Ah, hoje em dia, sair, namorar, beijar é tão mais fácil do que era
. A gente dava festinha em casa, festa de aniversário, e quando tocavam aquelas músicas lentas, a gente dançava agarradinho... Isso com 12, 13 anos... Eu me lembro de as minhas tias passarem e dizerem pra minha mãe: Olha, Neide, que absurdo esses meninos! Quando eu era da idade deles, a gente não dançava assim colado! Separa, separa!
. E a gente lá, agarradinho, dançando. Tudo bem, era mais cedo do que na época da minha mãe, mas dançar abraçado era o máximo da ousadia. Colar no menino de quem você gostava... E depois vinha o beijo. Muito depois, né!? E, então, o