Assédio Moral: um olhar à luz da terceirização de mão de obra
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Assédio Moral - Thiago Alves Paiva
CAPÍTULO 1 – ASPECTOS CONCEITUAIS E GERAIS DE ASSÉDIO MORAL
O assédio moral, como é atualmente conhecido, decorre das definições da pesquisadora francesa Marie-France Hirigoyen. Entretanto, antes que se possa avançar nas pesquisas dessa autora, torna-se imprescindível contextualizá-la juntamente aos seus antecessores.
Os estudos propriamente ditos sobre o assédio moral foram precedidos da análise do convívio social em outras esferas que não a do trabalho. Coube ao médico sueco Peter-Paul Heinemann, na década de 1960, iniciar os estudos voltados para a análise de situações que se assemelham ao que hoje se conhece por assédio moral.
O médico verificou a relação hostil entre crianças de um mesmo grupo que tinha por consequência a exclusão de alguma destas. A esse fenômeno Paul deu o nome de mobbing, termo este que já havia sido utilizado pelo etnólogo Konrad Lorenz, quando do estudo do comportamento de um grupo de animais objetivando a expulsão de suposto intruso ao bando (HIRIGOYEN, 2010b; ARAÚJO, 2012).
Posteriormente, o psicólogo alemão Heinz Leymann, nos anos de 1980, "introduziu o conceito de mobbing, para descrever as formas severas de assédio dentro das organizações"². O termo mobbing em si, a partir de uma análise etimológica, traz em sua própria definição a ideia de maltrato dentro de um contexto de grupo³.
Em meados da década de 1980, mais precisamente em 1984, Leymann publicou seu primeiro estudo sobre terror psicológico no ambiente de trabalho, tendo, em 1990, apresentado um artigo no Congresso sobre Higiene e Segurança no Trabalho de Hamburgo que impulsionou o termo mobbing no meio acadêmico (GONZALEZ DE RIVERA; RODRÍGUEZ-ABUIN, 2005).
Após algumas publicações de Leymann, especialmente do seu livro Mobbing, em 1993, o termo definidor de terror psicológico nas organizações foi difundido em diversos países e ganhou uma maior atenção do meio acadêmico⁴. Apesar da difusão do termo mobbing, outro termo de destaque para situações similares é o bullying⁵.
Tammy L. Shelton (2011), em sua dissertação de mestrado pela Southern Illinois University Carbondale, coleciona alguns termos relacionados a esse assunto, suas definições e seus respectivos patriarcas. No Quadro 1 apresentado pela autora é possível verificar que para o mesmo termo há definições distintas, conforme a perspectiva de cada pesquisador.
Quadro 1 – Definições e termos usados por pesquisadores nas descrições de mobbing no ambiente de trabalho
Fonte: adaptado de Shelton (2011, p. 6).
Em face de tantas denominações para fenômenos com as mesmas características, Pamplona Filho (2006, p. 53) assevera que a expressão assédio moral é a mais conhecida, porém, o fenômeno pode receber outras denominações nos diversos países do mundo em razão da língua⁶.
Destaque-se que, conforme leciona Hirigoyen (2010b), o termo harassment foi introduzido nos Estados Unidos somente em 1990, por meio do artigo "Mobbing and psychological terror at workplaces do pesquisador Heinz Leymann, em publicação na revista
Violence and victims. Porém, ela ressalta que o fenômeno já vinha sendo objeto de estudo
desde 1976 pelo psiquiatra americano Carroll Brodsky, no livro intitulado The harassed worker" (HIRIGOYEN, 2010b, p. 81), o que também pode ser visto no Quadro 1.
Dentre tantas denominações já apresentadas, faz-se necessário ainda destacar a figura do "whistleblowers", expressão que define o indivíduo que torna público os desvios ocorridos em determinados meios ou organizações e em razão disso passa a ser perseguido e assediado, tornando-se alvo de determinados