A Construção Do Futuro
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A Construção Do Futuro - Carlos A. Ottoboni Pinho
A Construção do Futuro
1ª EDIÇÃO
BRASIL
Carlos A. Ottoboni Pinho
2023
Copyright © 2023 por Carlos A. Ottoboni Pinho
Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Pinho, Carlos Alberto Ottoboni
A Construção do Futuro / Carlos A. Ottoboni Pinho ̶ 1ª ed. ̶ Vila Vleha ES : Carlos A. Ottoboni Pinho, 2023.
ISBN XXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Xxxxxxx
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Índices para Catálogo Sistemático:
xxxxxxxxxxxxxxxxx
Edição Eletrônica
ISBN XXXXXXXXXXXXXXXX
Edição
Carlos A. Ottoboni Pinho
Capa e Editoração
Carlos A. Ottoboni Pinho
Temos necessidade de homens e mulheres capazes de imaginar o que nunca existiu
John F. Kennedy
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
1 – O cenário
2 – As consequências
3 – Crise de consciência
4 – Da meditação para a ação
5 – O DNA social
6 – Todos os sistemas estão mudando
7 – O que queremos para nosso futuro?
8 – Consciência
9 – O Trabalho
10 – Lucro
11 – Economia
12 – Educação
13 – Tempo livre
14 – Funções do governo
15 – Arquitetura e Urbanismo
16 – Conhecimento
17 – Internet, a Rede
18 – Ética e Espiritualidade
19 – Tecnologias
20 – Propriedade
21 – Justiça
22 – Pensamentos
INTRODUÇÃO
Os livros de Domenico de Masi, A Economia do Ócio
e O Ócio Criativo
ficaram famosos em vislumbrar um mundo onde as pessoas trabalhariam menos e teriam mais tempo de lazer. O primeiro livro aborda as ideias de Bertrand Russell e Paul Lafargue, tentando atualizar as ideias para o mundo atual. No segundo livro, Domenico é arguido com perguntas e expõe sua própria visão das coisas.
Tanto Domenico quanto eu, no meu livro IMAGINE!
, não nos debruçamos em detalhar a evolução para este novo mundo. O meu livro lança o personagem ao futuro e ele descreve tudo que viu de mudança no ser humano, em novas tecnologias e a nova ordem social apoiada nos recursos da Rede. Nele eu abordo diversas condições que são necessárias para se chegar a este novo patamar social, mas, relendo os livros de Domenico de Masi, notei que falta pensar melhor em COMO organizar a sociedade para isso.
Então, surgiu a intenção de desenvolver essas ideias em um novo livro. Para mim é difícil porque não sou economista, sociólogo, nem engenheiro de produção. Tão somente, tenho a imaginação treinada pelo trabalho do primeiro livro, a vontade grande de ver o mundo melhorar e a vivência de engenheiro de automação que trabalhou intensamente e por longos anos na elaboração de projetos para as indústrias, resolvendo problemas técnicos e viabilizando soluções racionais para nossos clientes. Então, usarei a minha mente pragmática de engenheiro para organizar as ideias.
A minha mente está treinada para pesquisar as soluções mais viáveis economicamente, e isto tem intrínseco um fator importantíssimo, muitas vezes esquecido: a economia de trabalho humano, que tem a sigla Hh
, de homem-hora.
Tudo que o ser humano faz consome energia e tempo. O dia em que a sociedade chegar em um nível de organização e automatização muito elevado, o ser humano será libertado de consumir toda sua energia vital no trabalho e lhe sobrará tempo para si. Esta é a condição que Domenico de Masi analisa no ócio
.
O que fica bem claro, atualmente, para grande parte da população mundial, é que o trabalho para pura sobrevivência é escravizante. A grande maioria da população só tem tempo para o trabalho e para os deslocamentos até ele. E chega em casa esgotado. A sociedade, por mais moderna que se diga, não resolveu esta pressão de trabalhar para sobreviver. Quem está desempregado fica no desespero, pois não tem como alimentar sua família. E a sociedade não resolveu e não faz menção de estudar o problema do desemprego crescente causado pela automação e a robótica.
A automação, até agora, só tirou emprego dos trabalhadores e aumentou o lucro das empresas. Por que ainda não se universalizou a automação, aliviando o trabalho braçal sem tirar o emprego? O homem fica em segundo plano nas indústrias? É evidente que isto está errado! A automação das máquinas deve ser a libertação do trabalho de sobrevivência, para toda a humanidade.
O próprio conceito de trabalho deve ser mudado. O trabalho não pode ser um peso, uma obrigação, uma necessidade pessoal escravizante. Pode até ser uma obrigação assumida, mas tem que ser prazerosa, criativa, dando vazão aos talentos de cada pessoa. Desta forma, o trabalho não será uma carga, mas uma forma de contribuir para a sociedade com o prazer de ser útil. Todo ser humano saudável tem prazer em ajudar os outros, de se sentir útil e mais ainda, se tiver dos outros o retorno do trabalho deles. Isto é o tal espírito de equipe!
Podemos pressentir que a nova era será a fase do SER humano, saindo da indústria e da pós-indústria e abraçando as causas humanitárias. Tudo convergirá para que a humanidade chegue a uma condição que permita a auto evolução das pessoas.
Pela primeira vez na história, a humanidade terá que planejar e construir o futuro que deseja. Até então, outros
planejaram o futuro do interesse deles, influenciando a massa através da mídia e dos filmes, para que aceitasse o seu domínio sem deixar perceber o quanto é escravizador. Atualmente, eles
têm o controle de toda a sociedade através do dinheiro, que compra as empresas e as indústrias, formando grandes conglomerados que mantém a humanidade na carência de alimentos, energia e tempo. Enquanto eles
ficam cada vez mais ricos!
A continuar esta situação, a humanidade será extinta! O nível de poluição está aí para todos se conscientizarem de que assim não vai acabar bem...
A nova era que temos que construir não é a era da mão de obra, mas a era da criatividade, do trabalho mental e da evolução pessoal. Para isso, teremos que nos libertar do jugo escravizante e assumir o trabalho de reconstruir a sociedade em termos humanizados e a natureza ao seu natural. Em todo o mundo.
Direitos humanos, justiça, eliminação da fome, educação humanizada, saúde plena são os primeiros alvos a serem visados na reconstrução da sociedade humana. Enquanto houver um ser humano sofrendo ou com fome, o mundo não estará bem.
Em seguida, vêm a humanização das cidades, a recuperação da natureza, a paz mundial sem fronteiras, liberdade plena e conforto para todos. Há muito trabalho de transformação a ser realizado. Mas, em poucos anos a humanidade resolverá todos esses problemas, se for uma missão assumida por cada habitante da Terra.
Então, vamos estudar COMO construir o futuro que queremos.
Carlos Alberto Ottoboni Pinho
Capítulo 1
O cenário atual
Conforme o autor Domenico de Masi, a fábrica segrega o trabalhador do mundo e cria seu próprio universo de organização, com hierarquia, mandantes e mandados. Não só nas fábricas isto acontece. Também no comércio, nos hospitais e todos os outros setores da economia. O trabalhador tem que ir até o local de trabalho, deixando o seu lar.
A internet e os softwares vieram libertar uma certa gama de trabalhadores dos muros da fábrica, e ele se tornam participantes da organização, podendo até mesmo ficar em casa e produzir sistemas imateriais para a produção material. São os analistas de sistemas, os programadores, os vendedores e compradores da empresa, os gerentes de vendas, etc.
A divisão de funções entre os sexos distanciava os membros das famílias. Muitas mulheres ficavam à toa no lar, enquanto seus maridos se matavam na fábrica e no trânsito. Atualmente, em muitas famílias, tanto o homem quanto a mulher têm obrigação de trabalhar, para somar salários e poderem ter uma vida um pouco menos limitada. Sinal de que os salários diminuíram ao longo dos anos!
O desemprego é,