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A Uberização Dos Meios De Produção No Brasil
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A Uberização Dos Meios De Produção No Brasil
E-book57 páginas31 minutos

A Uberização Dos Meios De Produção No Brasil

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Sobre este e-book

Na obra “Sociedade do Cansaço”, o filósofo sul-coreano Byung Chul Han afirma que passamos de uma sociedade repressiva, em que os indivíduos eram constantemente vigiados e punidos, para uma sociedade do desempenho, em que cada um acredita na ilusão de tudo poder e que para realizar sonhos bastam a determinação e o esforço individual. Assim, o sujeito contemporâneo torna-se ele mesmo o seu feitor e cobra de si a máxima eficiência em cada uma de suas ações. Para o sistema produtivo essa forma de ver o mundo e a si mesmo é extremamente vantajosa, já que aumenta a produtividade das empresas, no entanto, traz como consequência uma maré montante de deprimidos, frustrados e suicidas. Talvez seja por isso que as grandes empresas fazem uso do famoso slogan “Yes, we can”.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de nov. de 2020
A Uberização Dos Meios De Produção No Brasil

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    A Uberização Dos Meios De Produção No Brasil - José Ruiz Watzeck

    INTRODUÇÃO

    Na obra "Sociedade do Cansaço", o filósofo sul-coreano Byung Chul Han afirma que passamos de uma sociedade repressiva, em que os indivíduos eram constantemente vigiados e punidos, para uma sociedade do desempenho, em que cada um acredita na ilusão de tudo poder e que para realizar sonhos bastam a determinação e o esforço individual. Assim, o sujeito contemporâneo o torna-se o seu feitor e cobra de si a máxima eficiência em cada uma de suas ações. Para o sistema produtivo essa forma de ver o mundo e a si mesmo é extremamente vantajosa, já que aumenta a produtividade das empresas, no entanto, traz como consequência uma maré montante de deprimidos, frustrados e suicidas.

    Talvez seja por isso que as grandes empresas fazem uso do famoso slogan Yes, we can.

    Fazendo um paralelo dos prós e os contras desta novo forma de trabalho, A Uberização dos meios de 1

    produção no Brasil, podemos elencar alguns pontos positivos; segundo os aplicativos, os parceiros tem flexibilidade em seus horários e dias que gostariam de trabalhar, ficam On ou Off conforme sua vontade e ou necessidade, por tanto fica claro que é ele que decide sua jornada. Numa visão mais liberal, em que o mercado regula com mais eficácia essas relações trabalhistas que o Estado, dentro deste conceito os aplicativos estão criando uma nova modalidade de transportes e entregas mais baratas que os taxis que são regulamentados e fiscalizados, para o usuário parece ser bom no custo benefício, também, diante do quadro com quase 14

    milhões de desempregados no Brasil, essas empresas alegam que estão gerando milhões de trabalhos para a população, muitos dos desempregados no país, uma maioria sem qualquer preparo específico ou capacitação sente-se atraídos por essa falsa liberdade do exercício da profissão. Ainda dentro desta visão, a lei da oferta e procura vai definir os valores que cada um vai ganhar, se o valor pago por um determinado aplicativo for muito baixo, ninguém vai querer trabalhar com este, se os valores forem atrativos muitos irão migrar para tal plataforma.

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    Por outro lado, muitos corroboram que esta nova modalidade é a precarização do trabalho, é notório uma relação de subordinação, já que os motoristas e entregadores são obrigados a cumprir metas, como por exemplo, manter uma nota acima de 4.70 para se manter ativo nas plataformas, essa nova categoria não possui qualquer vínculo trabalhista, não há férias remuneradas, não há o 13º salário, tão pouco afastamento remunerado por acidente de trabalho, o mais intrigante é que os aplicativos entendem que esta é uma relação de trabalho autônomo, mesmo cobrando em média 25% dos valores de cada viagem e se por ventura a

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