Um Evento Fantástico Aconteceu No Caminho Para O Futuro: Legado Final Da Humanidade
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Sobre este e-book
Michael Segedy
Michael Segedy is an award winning author. Over the years he has lived abroad in faraway places such as Taiwan, Israel, Morocco, and Peru. His life overseas has inspired him to write thrillers that include scenes set in foreign lands. Several of his works have won recognition in international book awards contests. Novels to date: Hampton Road, young adult thriller In Deep, a political thriller Cupiditas, a political thriller Evil's Root, includes In Deep and Cupiditas EMMA: Emergent Movement of Militant Anarchists, a terrorist thriller Our Darker Angel, a political, psychological thriller The Bed Sheet Serial Killer, crime thriller A Lethal Partnership, political thriller Sanctimonious Serial Killers, includes The Bed Sheet Serial Killer and A Lethal Partnership Why Blame the Stars? young adult thriller mystery Into the Twilight, social science fiction Apart from writing novels, Michael has published three non-fiction works: A Critical Look at John Gardner's Grendel Teaching Literature and Writing in the Secondary Classroom Winesburg, Ohio by Sherwood Anderson with Introduction, Notes, and Lessons by Michael Segedy He's also published numerous academic articles about literature and writing in various scholarly journals. Gwendolyn Brooks, former poet laureate of Illinois, presented him with Virginia English Bulletin's first place writing award.
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Um Evento Fantástico Aconteceu No Caminho Para O Futuro - Michael Segedy
UM EVENTO EXTRAORDINÁRIO ACONTECEU NO CAMINHO PARA O
FUTURO
POR MICHAEL SEGEDY
TRADUZIDO POR FERNANDO BERGEL LIPP
A logo of a company Description automatically generatedDireitos autorais@2022 por Michael Segedy
Todos os direitos reservados. Publicado nos Estados Unidos pela Createspace Independent Publishing Platform
Este livro é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são produtos da imaginação do autor ou são usados de forma ficcional. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, ou eventos, é mera coincidência.
66Uma Espécie de Biblioteca
A porta lateral do Maglev se abriu, revelando um amplo saguão com um teto de vidro elevado e, acima deste, um céu azul. Jacob Ladder e Emma Fine seguiram o avental esvoaçante do dr. David Sagan por um dos seis largos corredores que partiam do grande centro circular do saguão. Eles passaram por várias salas com paredes de vidro, parecendo miniauditórios, cada um com três ou quatro fileiras de assentos.
— Sim, definitivamente não há livros — disse Emma, enquanto olha através do vidro. — Essas salas são parecidas com a do meu apartamento, exceto pelas poltronas típicas de teatro, em vez de um sofá e uma cadeira.
— Eu tenho a mesma sala — comenta Jacob.
— Todo mundo tem uma sala de acesso à biblioteca — explica Sagan. — E sim, elas são basicamente as mesmas, fornecendo um acesso direto para a biblioteca de suas casas.
— Então, por que estamos aqui? Por que existem bibliotecas centrais se todos tem acesso em casa? Qual é a vantagem especial que este lugar oferece? Se podemos acessar o que quisermos em casa, isso parece desnecessariamente grande e supérfluo. — Jacob desliza os dedos para dentro da gola da camisa e dá um pequeno puxão para afrouxá-la.
— Boa pergunta. Como você pode obter materiais de biblioteca em casa, ela está, como pode ver, virtualmente vazia. Mas é aqui que você pode se reunir em grandes grupos, se assim o desejar. Observe o espaço vazio atrás das fileiras de assentos. Está lá para se adicionar mais fileiras, se necessário. Você pode acomodar confortavelmente vinte pessoas nessas salas de visualização.
— Acho que elas aparecem como cogumelos quando você precisa delas — disse Emma. — Vindos de lugar nenhum, como todos os apetrechos modernos daqui. Como na área da piscina, na Baía Tranquila.
— Podem entender dessa maneira — concorda Sagan. — Elas se materializam sob demanda. E há algo mais sobre as salas de visualização. Você pode compartilhar suas informações de uma maneira especial, que seria difícil de fazer em casa. Vou lhes mostrar em um momento.
— Certo. Então, o que acontece nessas salas? — pergunta Emma. — Eu vejo paredes nuas, três ou quatro fileiras de seis assentos em cada uma e nada mais.
— Visualização, gravação e projeção. Projeções de informações arquivadas, não apenas suas próprias projeções mentais.
— Agora estou confusa. Você quer dizer suas próprias projeções mentais? — As sobrancelhas de Emma ficam quase unidas.
— Sim, projeções de seus pensamentos.
— De meus pensamentos? — pergunta ela, ainda completamente perplexa.
— Sim, uma projeção do que sua memória visual está vendo, metaforicamente, é claro.
— Você está de sacanagem! Quer dizer, ver as imagens da minha mente. Você pode fazer isso? — disse ela, prendendo a respiração.
— De certa forma posso, mas não aqui. Esse não é o objetivo de uma biblioteca. Essas salas são estritamente de visualização, gravação e projeção, para fins de arquivamento. Se quiser rever eventos passados, você receberá informações audiovisuais tridimensionais. É semelhante à época em que você assistia à história em dispositivos de vídeo, exceto que os materiais aqui são projeções holográficas em três dimensões.
— Então, basta fazer uma pergunta, dizer à… sala o que você quer ver e o sistema responde? — pergunta Jacob.
— Não, é diferente. Assim que você formula uma pergunta em sua mente que seja relevante para uma pesquisa de informações na biblioteca, sua atividade neurológica é escaneada e inserida no banco de dados do sistema.
— O quê!— exclama Emma com incredulidade. — De jeito nenhum. Quer dizer que seu maldito cérebro é escaneado?
— Os padrões de palavras que você formula em sua rede neural são escaneados e processados, o que leva milissegundos, e então o material arquivado sobre o qual você está pensando é entregue a você, por meio de suas vias neurológicas audiovisuais. E também para qualquer outra pessoa na sala que esteja pesquisando o mesmo assunto. Não se trata de uma tecnologia nova. A tecnologia de leitura de palavras por meio de escaneamento cerebral é semelhante às antigas técnicas de ressonância magnética funcional que eram empregadas em sua época. Acredito que eram empregadas na primeira metade do século XXI. Obviamente, essa tecnologia é muito mais sofisticada, fornecendo dados audiovisuais tridimensionais diretamente ao seu cérebro.
— Tudo bem, então o que estou pensando é privado? Ou qualquer um na sala pode ler meus pensamentos? — pergunta Jacob, enquanto a boca de Emma permanece aberta em total descrença.
— Não, ninguém na sala pode ler seus pensamentos indiscriminadamente. A comunicação é dupla, não múltipla. A configuração padrão é comunicação entre você e o sistema. Se quiser que qualquer outra pessoa na sala ouça suas perguntas ou pensamentos, você precisa informar o sistema. Quando tornar sua pergunta pública, todos na sala ouvirão e verão a resposta, desde que a sua pergunta ou comentário exija o acesso a dados de arquivo. Deixe-me mostrar a vocês.
Sagan sorri, vai até a parede de vidro da sala à esquerda e, antes de entrar, se vira e fala: — O futebol era popular na sua época, então vamos dar uma olhada na Copa do Mundo de 2034. Não vou pedir nada ao sistema da biblioteca quando entrarmos na sala, mas vou pedir mentalmente que nós três vejamos os momentos finais desta Copa do Mundo, especificamente os dois últimos minutos.
Quando ele se move em direção à parede de vidro, uma parte dela se dissolve instantaneamente em um emaranhado de pontos discretos que se tornam um espaço vazio, permitindo que eles acessem o interior da sala.
— Como em seu escritório — murmura Emma. — Isso é uma loucura. Como diabos isso funciona?
— Uma reorganização molecular e redistribuição de átomos, mudando parte do vidro de sólido para gasoso — responde Sagan.
— Nanotecnologia, certo? — disse Jacob, sorrindo para Emma com ares de sabedoria.
— É, mais ou menos — responde Sagan. Ele sinaliza para que entrem. — Por favor. Fiquem à vontade.
— Então, por que todas as portas não abrem desta maneira? As portas de entrada de nossos apartamentos não são assim. — Enquanto Emma pergunta, o vidro se rematerializa atrás dela.
— É uma questão de estética e tradição. Vocês devem ter notado que desejamos manter alguns dos costumes antigos, e portas que abrem e fecham nos permitem isso. Além disso, no caso de seus apartamentos, elas acrescentam um estilo ao que, de outra forma, seria uma fachada simples.
— Acredito que seja necessário mais do que portas que abrem e fecham para resolver o seu deficit estético — disse Emma, de modo irreverente.
Sagan apenas sorri e gesticula para que eles se sentem.
Assim que eles se sentam, um vídeo holográfico da Copa do Mundo de 2034 aparece diretamente em sua frente, com todo o campo de futebol reduzido a um espaço de aproximadamente dois metros cúbicos.
— Isso pode surpreendê-lo, mas não há imagens holográficas nesta sala, nem mesmo áudio — disse Sagan —, embora pareça que sim. Vocês podem achar que o jogo está sendo realizado holograficamente diante de você, mas ele está sendo transmitido diretamente para os nossos cérebros.
— Uau! — murmura Jacob. — Isso é incrível, além de um pouco perturbador. Então, acho que posso torná-lo tão grande quanto eu quiser. Fazer com que ele apareça com o dobro de seu tamanho. Vou tentar. Minha nossa! — ele grita, empurrando-se para trás em seu assento. — Acabei de fazer isso.
— Você vê a imagem ampliada, mas nós a vemos no mesmo tamanho, sem ampliação alguma. Você precisará informar ao sistema que deseja ampliá-la para nós três.
— Acabei de fazer isso — disse Emma. — Isso é realmente uma loucura.
— Se quiser, você pode aumentar a imagem e se colocar dentro dela com os jogadores, embora, é claro, você permaneça em seu assento o tempo todo. Você só verá a si mesmo dentro da projeção mental à medida que imaginar o campo de jogo com você dentro dele. Vá em frente e experimente.
— Nossa! — exclama Emma. — É como se eu estivesse no meio do campo, vendo tudo de lá, com os jogadores. Uau, isso é incrível!
— Agora, Emma, peça para que a imagem desapareça e ela o fará. Mas faça com que ela desapareça para nós três.
— Você conseguiu, Emma, funcionou — exclama Jacob. — A sala está igualzinha a antes.
— Isso é como um alucinógeno, realmente incrível. — Emma pressiona as juntas dos dedos contra os olhos, como se estivesse tentando apagar a imagem que ainda está gravada em sua retina.
— Emma, você está bem? Você parece um pouco atordoada — pergunta Sagan. — Imagino que, na primeira vez, a experiência seja chocante. Infelizmente, não consigo me lembrar da minha primeira vez. Ela se perdeu em um rejuvenescimento.
— Eu me sinto bem — responde ela. — Talvez um pouco desorientada. Mas se você pode fazer esse tipo de coisa, como posso saber se alguém não está, por exemplo, escaneando meus pensamentos o tempo todo? Quero dizer, você deve ter tecnologia para fazer isso. Quando estou no chuveiro, por exemplo, como sei que o Grande Irmão ou seu primo pervertido não estão me espionando?
— Dados biológicos. Seu sistema domiciliar a reconhece por meio de seus dados biológicos únicos, e tudo a seu respeito é mantido em sigilo. A menos que você queira compartilhá-los, a comunicação é entre você e o sistema. Seguimos as diretrizes de nossos fundadores. Eles garantiram que o sistema fosse configurado para proteger o direito individual à privacidade.
— Creio que vamos ter que acreditar na sua palavra — responde Emma, apertando os lábios, como se estivesse pensando no assunto. —Ainda assim, isso tudo é uma loucura.
— Quando eu despertei no Centro de Vida Suspensa, a atendente olhava para o painel na parede e não falava nada — disse Jacob, olhando para Sagan —, mas as coisas estavam acontecendo, então eu presumo que ela estava meio que… enviando comandos telepáticos para o painel. Isso pode parecer loucura, mas vocês podem fazer isso uns com os outros? Enviar coisas telepaticamente. Quero dizer, transmitir telepaticamente ideias de um para outro, sem estarem em uma sala especial como esta?
— Sim. Nós nos comunicamos telepaticamente o tempo todo. Mas a comunicação é muito mais rica quando é verbalizada. Além disso, precisamos usar nossos órgãos vocais, portanto, os painéis de parede geralmente são programados para atender apenas a ordens orais.
— Sério! — exclama Emma, totalmente surpresa com essa nova revelação. — Quer dizer que vocês podem conversar uns com os outros sem falar nada?
— Sim, podemos — reponde Sagan com um largo sorriso.
— E nós? Precisamos falar, como quando queremos que o painel nos forneça qualquer coisa? Não podemos simplesmente… como você chama?
— Telepatia — disse Sagan. — Não, vocês precisam verbalizar. A menos que queiram um implante de nanochip. Ou a menos que estejam interagindo com o sistema aqui na biblioteca. Nesta sala, nenhum chip é necessário. — Ele levanta suas sobrancelhas escuras, perfeitamente cuidadas. — Eu poderia providenciar um implante de nanochip, se vocês quiserem. — Ele faz uma pausa, para ver a reação deles. — Dessa maneira, vocês poderiam escanear as palavras-pensamentos dos outros. Com permissão, é claro.
Emma olha para Jacob e balança a cabeça, com uma face de incredulidade.
— Por favor — disse Sagan, gesticulando para o painel de vidro. — Vamos sair da sala de visualização por um momento.
Sagan aguarda que Emma e Jacob passem pelo vidro que se dissolveu, seguindo-os.
— Então, todos aqui são telepatas, exceto nós — disse Jacob, virando-se para falar com Sagan. — Todos têm um chip cerebral e ninguém precisa mais ler nada, literalmente. Com toda essa parafernália de escaneamento cerebral e projeção, presumo que não haja necessidade de ser letrado.
— Não letrado da maneira antiga. Como mencionei, todos sabem ler, mas, sim, a leitura se tornou uma tecnologia antiquada de informação e comunicação. Ela não é mais tão útil como já foi.
— Sim, junto com um monte de outras porcarias — concorda Emma, olhando para Jacob e depois mexendo em seu piercing no nariz.
— Certo, vou ter que deixar vocês dois por um curto período. Voltarei em uma hora. Concedam-se uma aula de história. Vocês estão livres para explorar sobre o passado e o presente. Imagino que vocês sintam que tem muito o que aprender. Também podem fazer pesquisa em casa, portanto, não há necessidade de se apressarem. E lembrem-se que, quando eu voltar, tenho outra surpresa reservada.
— Sim — suspira Emma. — Mas ela precisa ser inspiradora, para usar sua palavra. Lembre-se que você disse extraordinariamente educativa e inspiradora
. Que se dane a educativa, mas eu gostaria de um pouco