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De Apiúna Para O Mundo
De Apiúna Para O Mundo
De Apiúna Para O Mundo
E-book167 páginas2 horas

De Apiúna Para O Mundo

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Sobre este e-book

De Apiúna Para O Mundo mergulha na trajetória inspiradora de Luciana, que saiu de Apiúna, uma cidade desconhecida para muitos, em busca de algo maior. Suas decisões, que para a maioria poderiam parecer audaciosas ou até imprudentes, revelam-se como oportunidades preciosas que a abriram para novos horizontes profissionais e pessoais. Cada desafio, cada reviravolta, não só trouxe novas chances profissionais, mas também a elevou a patamares inesperados em sua jornada. Esta obra não se limita a narrar a busca por sonhos; é um testemunho da capacidade de se reinventar e encontrar sucesso mesmo nas situações mais imprevisíveis, evidenciando que, muitas vezes, as recompensas mais gratificantes se encontram além da nossa zona de conforto.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de out. de 2023
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    De Apiúna Para O Mundo - Luciana Fistarol

    De Apiuna Para O Mundo

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    Todos os direitos reservados

    Copyright 2023 Luciana Fistarol

    De Apiúna para

    o Mundo

    50 Lições Nômade Digital

    de Sucesso

    Luciana Fistarol

    "Não preciso de um tapete mágico ou asas para voar.

    Eu simplesmente fecho os olhos e coloco minha alma contra o céu."

    — Melody Lee (Autora de Moon Gypsy)

    Este livro é dedicado a todos que têm o desejo profundo de explorar e desenhar na imensa tela que é o nosso mundo. É para aqueles que buscam ultrapassar seus próprios limites, construindo uma vida e carreira mais deslumbrantes do que as mais audaciosas das suas fantasias.

    Gostaria de expressar minha profunda gratidão aos meus pais.

    A mente sempre aberta da minha mãe proporcionou-me a liberdade de seguir meu infindável desejo de viajar. Sem sua compreensão e apoio, jamais teria vivido tantas aventuras emocionantes e desbravado novos horizontes.

    De igual modo, a firmeza e o apoio constante do meu pai foram pilares que me deram força e coragem para encarar mudanças e trilhar novos rumos.

    E a você, caro(a) leitor(a), meu sincero agradecimento por escolher esta obra. Que ela possa acompanhá-lo nas maravilhosas aventuras que o futuro reserva.

    Lição 1

    As Raízes Mais Profundas, para as Alturas Mais Altas

    Estranho: Oi, prazer te conhecer! De onde você é?

    Eu: Oi! Apiuna.

    Estranho: Quê?

    Eu: Sou de Apiuna.

    Estranho: Nunca ouvi falar.

    Eu: Fica a uns 40km de Blumenau.

    Estranho: Ahhhhhhh sim! É daquelas cidades de primeira. Engata a segunda marcha e já acabou.

    Essa piada fez parte da trilha sonora da minha infância.

    Muitos que vêm de cidades pequenas se sentem na defensiva com comentários assim. Às vezes, os visitantes podem ser particularmente insensíveis com suas observações: Você dirige trator?, Aí tem internet?, Como é viver onde nada acontece?... Mas, honestamente, nunca me senti ofendida.

    Apiuna é realmente pequena e fica em Santa Catarina. Costumo descrevê-la assim: Sabe quando você está na estrada, cercado de árvores ou vendo o vazio? De repente, surgem algumas casas, uma igreja, uma prefeitura, e logo tudo volta ao nada? Pois é, você acabou de passar por Apiuna! Estamos na BR 470. Temos duas ruas asfaltadas e, o restante, são estradas de chão. Nossa população? Cerca de 8.000 almas.

    Foi em Apiuna que eu aprendi que se eu trabalhasse duro, eu poderia ter qualquer coisa no mundo. Se eu trabalhasse duro, eu poderia ser digna de dinheiro e eu poderia ser digna de amor. Minha infância na cidade pequena me ensinou que, enquanto trabalhar era necessário para ter qualquer coisa na vida, com o trabalho tudo era possível.

    Apiuna foi onde eu nasci, de onde eu sou originalmente e onde cresci até meus 17 anos. Minha infância em Apiuna teve muito a ver com trabalho.

    O supermercado da cidade, o Supermercado Fistarol, era o supermercado da família do meu pai e era muito importante para ele. Ele cresceu lá, cuidando intensamente dos negócios, e ainda trabalha lá aos 75 anos. Isso influenciou o restante da família.

    Quando criança em Apiuna, eu também tinha a minha mãe, que faleceu alguns anos atrás. Ela era forte, carinhosa e empreendedora: ela trabalhava no supermercado, cuidava da igreja, ministrava cursos de comunhão, liderava o clube de mães, organizava eventos do clube Rotary, costurava e tricotava, abrigava e cuidava de várias pessoas desabrigadas e criou a mim e meus dois irmãos.

    Pelo que eu soube, ela adorava explorar novos lugares e viajar pelo Brasil antes de conhecer e se apaixonar pelo meu pai. (Ele era da cidade – a rua asfaltada, e ela era da roça – a rua de terra). Ela se casou com ele e teve uma família.

    Mesmo antes de eu nascer, ela dizia para todo mundo: Meus filhos – eu permitirei que eles vão para onde quiserem. Se quiserem ir para a China, irão para a China.

    Não havia como nenhuma de nós saber, naquela época, que eu chegaria não apenas na China, mas também nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Tailândia, Dubai, Hong Kong, Vietnã, Macau, Etiópia, Indonésia, Espanha, Portugal, Filipinas, Malásia, África do Sul, Índia, Cingapura, Taiwan, Japão, Coréia do Sul, Myanmar, Chipre, Reino Unido, Itália, Alemanha, Bulgária, Colômbia, México... a lista é extensa. Não havia como nós sabermos que eu estudaria, trabalharia, viajaria, amaria, viveria e prosperaria nos cantos mais distantes do mundo.

    O que eu sabia lá atrás era que sairia do Brasil. Eu não tinha nada que sustentasse meu desejo de ir embora: nada de dinheiro, nada de educação, nada de contatos no exterior, nada. E, no entanto, eu tinha certeza de que iria embora.

    Você precisa acreditar no que, muito antes de saber o como.

    Eu sabia que conseguiria – e consegui.

    É preciso saber o que você quer, antes de saber como atingir o seu desejo.

    Lição 2

    O Mundo Todo é um Palco... (e Todos Nós Temos um Papel a Desempenhar)

    A questão sobre as cidades pequenas é que elas marcam profundamente em você toda uma gama de emoções humanas contraditórias.

    Há uma sensação de harmonia e equilíbrio em tudo e, ao mesmo tempo, você também desenvolve uma ética de trabalho séria. Você é leal com o lugar de onde você é, mas seu coração anseia por mais. Você cresce amado e apoiado por uma comunidade unida, mas também precisa ser extremamente responsável. Há uma familiaridade reconfortante, mas também um desejo furioso de ser independente. Geralmente há um senso compartilhado de propósito, mas cada um tem que desempenhar seu indispensável papel individual.

    Para mim, pessoalmente, talvez a qualidade mais importante que absorvi da minha infância tenha sido o senso de responsabilidade. Pude ver como a contribuição de cada pessoa realmente importava no esquema maior das coisas, não importando quão grande ou pequena fosse a tarefa.

    Meu pai e minha mãe eram muito diferentes em suas disposições, mas o que eles tinham em comum era uma ética de trabalho maluca: pude ver, de ambos, a importância do trabalho duro.

    Com meu pai, aprendi muitas coisas apenas com a observação e a experiência. Com seu supermercado, ele trabalhava sem parar, das 7h30 ao meio-dia, e depois novamente das 13h30 às 19h, com um pequeno cochilo em casa, durante o intervalo do almoço. Mas ele sempre irradiava boas vibrações. Ele arrumava tempo para a gente: chegava em casa, jantávamos juntos e assistíamos TV. Ele encontrava maneiras de nos incentivar a estudar, trabalhar duro e nos parabenizar quando tínhamos um bom desempenho. Eu ansiava mais pelo domingo porque era o dia em que meu pai estaria em casa e daria toda a atenção para nós. Jogávamos futebol, lavávamos seu carro velho (uma Belina), ou íamos com ele e as crianças do bairro para o parque da outra cidade.

    Mas antes de podermos brincar com ele ou ajudá-lo aos domingos, tínhamos que terminar nossas tarefas semanais. As semanas geralmente pareciam comuns: eu ajudava minha mãe e meus irmãos com as tarefas domésticas quando não estava estudando. Eu geralmente secava as roupas ou a louça, e minha mãe insistia para que o trabalho fosse feito de forma correta e completa. Me lembro vividamente de não ter terminado as minhas tarefas uma semana. Aquele domingo foi o de lavar a Belina, mas não consegui ajudar meu pai porque eu não tinha terminado as tarefas domésticas. Essa lembrança ficou, porque reforçou na minha mente a conexão entre trabalhar duro, terminar o que é de sua responsabilidade e ser digno de oportunidade.

    A natureza da minha mãe era diferente da do meu pai, e enquanto em retrospectiva eu aprendi muito com ela, naquela época alguns dias foram certamente difíceis. Por exemplo, me lembro de ter feito 6 amigas nessa escola nova na cidade mais próxima chamada Ascurra, mas nunca as convidei para a minha casa porque tinha medo de que minha mãe as colocasse para trabalhar! Me lembro também de ela me dizer uma vez que, com o estresse que tinha comigo e o dinheiro que gastava, poderia ter conseguido outra ajudante/faxineira para a casa – imagina como foi doloroso ouvir minha mãe dizendo que preferia ter outra faxineira a mim como filha?

    Mas ela era mal-humorada com todo mundo. Até com o meu pai. Quando eu tinha uns 10 anos, cheguei a perguntar ao meu pai se ele já havia pensado em deixar minha mãe, e ele disse, como sempre fazia, que não víamos a verdadeira ela, que ela era leve e doce por dentro, e que ele sempre saberia derreter o coração dela. Me lembro de como ele a amava, incondicionalmente, por toda a sua vida, enquanto ela muitas vezes gritava com ele, o chamava de preguiçoso ou dizia que ele tinha feito tudo errado.

    O que papai dizia sobre a mamãe era verdade, às vezes.

    Tenho lembranças dela me surpreendendo. Eu tinha 13 anos e era meu aniversário, mas não esperávamos festas naquela época. Um dia, depois da escola, ela me pediu para entregar algo para ela, e eu me lembro de andar na rua, me sentindo triste porque pensei que ninguém me desejaria um feliz aniversário. Quando voltei para casa, todas as minhas amigas estavam lá, esperando para me surpreender! Minha mãe organizou uma linda festinha e colocou uma mesa deliciosa; todos estavam felizes, a mãe estava feliz e ela foi legal com todo mundo. Me lembro de me sentir emocionada. Ela era sempre terrivelmente carinhosa quando estávamos doentes, e solidária com pequenas coisas, como quando você precisava usar o banheiro e estava ao ar livre.

    Em retrospectiva, só agora consigo entender muitos de seus comportamentos e reações. Ela era mal-humorada e gritava com a gente por não fazer nossas tarefas, mas percebo agora que ela estava realmente com dor, com muitos traumas não processados dentro dela. Eu gostaria de ter percebido isso antes e dado a ela mais amor.

    Mas, por sua vez, ela trabalhava muito, assim como o papai, e talvez até mais. E como ficou claro que também precisávamos ajudar, crescemos aceitando nossos papéis como contribuintes do nosso mundinho e trabalhamos muito também.

    Suponho que não importa quem você é, em que fase da vida você está, ou o que você faz, se você olhar com bastante atenção, você descobrirá que você tem um papel a desempenhar no esquema maior das coisas.

    Quanto mais você se responsabilizar pela sua parte, e quanto mais você construir uma mentalidade de contribuição, mais rápido você pode crescer.

    "Todo indivíduo tem um papel único e valioso na vida, e abraçar a responsabilidade

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