O Nosso Verbo (1919-1921): um olhar sobre a imprensa anarquista revolucionária de Rio Grande
De Juliana Pino
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O Nosso Verbo (1919-1921) - Juliana Pino
PRINCÍPIOS E INFLUÊNCIAS DA EDUCAÇÃO LIBERTÁRIA
Só sou verdadeiramente livre quando todos os seres humanos que me cercam homens e mulheres são igualmente livres (...). Minha liberdade pessoal assim confirmada pela liberdade de todos se estende ao infinito" (BAKUNIN: 1983, p. 16).
Toda a educação tem um objetivo, uma pergunta que sempre antecede o ensino: Para que ensinar? Para que estudar? Nas primeiras décadas do século XX, estudar o ensino formal não era acessível para parte da classe trabalhadora urbana, e a esmagadora maioria dos trabalhadores rurais. Com um grande número de trabalhadores analfabetos, saber ler, escrever e contar, era de alguma forma ter poder, ao menos ter acesso a um pouco das tantas coisas que diferenciavam os mais pobres das classes mais abastadas.
Sendo a liberdade o objetivo da Educação Anarquista, como Educação Libertária podemos entender diversas formas de aprendizagem idealizadas para emancipação da classe trabalhadora tendo como base a não imposição de dogmas e preconceitos. A educação Anarquista não se pretendia imparcial, de fato ela é também uma educação política. Este capítulo apresenta um retrospecto de autores e autoras que influenciaram a Educação Anarquista, contemporâneos ou anteriores às primeiras décadas do século XX, para pensarmos nas possíveis fontes das quais a classe operária riograndina encontrou referências para publicar O Nosso Verbo
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A Educação Anarquista traz a ideia de liberdade como objetivo, propõe uma educação integral de ensino racionalista. Faz parte dos princípios do chamado anarquismo clássico, da ideia de uma sociedade livre em que a liberdade não é pensada como uma condição natural, e sim como uma construção social, se dá nas relações entre seres humanos que para serem livres também precisam reconhecer a liberdade dos demais indivíduos.
Essa ideia de liberdade circulava entre anarquistas na sociedade pós-industrial em um contexto em que não existiam legislações trabalhistas nas economias capitalistas. Em diversos países, incluindo o Brasil até a década de 1930. Uma das maiores lutas da classe trabalhadora neste período era pela jornada de 8 horas de trabalho diárias. Em um tempo em que as jornadas podiam passar de 16 horas diárias, os anarquistas almejavam uma forma mais racional de dividir o tempo do dia de 24 horas, sendo 8 horas para descanso, 8 horas de trabalho e 8 horas de estudo e lazer.
Neste sentido, a educação era imprescindível ao movimento anarquista, que a entendia como forma de transformar a sociedade humana. As experiências de educação anarquista eram embasadas nos conceitos do apoio mútuo, da propaganda pela ação e da autonomia. A Educação Anarquista consistia nas iniciativas dos trabalhadores e trabalhadoras para vencer os preconceitos criados pela ignorância, pela superstição e por uma educação posta a serviço das classes dominantes para manter submissa toda a