Bastidores Da Luxúria
De Tony Prado
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Bastidores Da Luxúria - Tony Prado
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BASTIDORES
DA LUXÚRIA
Autobiografia do stripper
TONY PRADO
Copyright ©stefanperli
CAPA E projeto gráfico Viviana Assunção
Edição Alessandra P. Justo
Revisão Jessica Gasparini Rodrigues
IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Nononon
1ª Edição
Abril de 2020
BASTIDORES DA LUXÚRIA
Autobiografia do stripper Tony Prado
Perli, Stefan. 1976.
Rio de Janeiro: 2020.
192 p., 21 cm.
ISBN: 978-65-00-00745-9
Todos os direitos reservados ao autor. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão do autor.
Dedicatória e agradecimentos
Dedico esta autobiografia às mulheres.
Agradeço a todos que colaboraram direta e indiretamente para que essa obra se concretizasse.
Primeiramente, agradeço a uma pessoa muito especial que não convém expor aqui.
Às escritoras Madalena Costa e Marianna Kiss, que me orientaram quando dei início às escritas.
Aos amigos, vizinhos, ao Perninha (eletricista), PQD e Jonas (camelôs), que me apoiaram quando precisei. Ao amigo Alexandre Jobim, que me ajudou a idealizar o título da obra.
Às prestadoras de serviço Alessandra Justo, Viviana Assunção e Jéssica Gasparini, que tiveram paciência comigo quando resolvia alterar algo nos textos.
Ao colunista e escritor Joaquim Ferreira dos Santos por ter contribuído com a alavancada de minha carreira, com suas notas no Jornal O Globo à época.
À Karina Fernandes e Rodrigo Teixeira do Jornal Meia Hora.
Agradeço também aos credores que serão inesquecíveis, pois confiaram em meu sonho louco, sem eles esta obra não seria iniciada e muito menos finalizada.
Não sei quem tem mais peso nesta minha jornada árdua, mas quero agradecer aos meus principais motivadores, foram aqueles que me desestimularam e duvidaram de mim.
Sendo best-seller ou não esta obra, posso dizer que realizei meu sonho.
FOTO%202%20EBOOK.jpgPrefácio
Minha adolescência foi pautada pela curiosidade sobre o que acontecia nas casas de shows mais badaladas da Praça XV, no coração da cidade do Rio de Janeiro, das quais as filas para entrar sempre dobravam o quarteirão.
Quando completei 18 anos, finalmente conheci o famoso homem de branco
que morava na imaginação de metade das mulheres cariocas. A fantasia? Médico. Do que ele tratava? Libido. Sexo. Libertação. Autoestima.
No palco, havia um grupo de anônimos e Tony Prado. Longe de mim subestimar o talento dos demais strippers, mas é dele o único nome de que me lembro.
Na época, eu escrevia um livro sobre autoestima e sexualidade feminina e indicava o Tony Prado a todas as mulheres que me perguntavam a respeito de uma válvula de escape, porque ele era o símbolo daquilo que todas nós sempre quisemos: sentir tesão em um desconhecido, apenas por uma noite. Até mesmo para as virgens, como era eu.
Hoje, quase 20 anos depois, ainda desejo que todos os homens que se consultam comigo façam um striptease para suas amadas, mas são inibidos. Não seguem os ensinamentos de Tony Prado.
Por obra do destino, quem chega até mim no momento? O próprio. Não mais de branco, não mais de sunga, não mais se despindo, não mais seduzindo. Opa. Minto! Seduzindo, sim, mas de forma literária.
Tony Prado me surpreendeu mais uma vez ao mostrar que seus dotes vão muito além dos sexuais. É um homem inteligente, maduro, certo do que deseja na vida, focado e muito, muito criativo. Escreveu um livro incrível, uma autobiografia que se confunde às biografias de mais de cinco mil mulheres. Com certeza, muitas vão se reconhecer em suas histórias e serão tocadas, mais uma vez, pelas mãos do médico de atributos únicos, dessa vez pelas palavras instigantes, diretas, verdadeiras e eróticas que escreveu. Tão eróticas que conseguem reviver os gritos ao redor daquele palco.
O livro tem a sensualidade e a fantasia que faltam na vida das cariocas, pois os Clubes das Mulheres já não existem mais, e nossos homens continuam sem entender que cada uma de nós deseja um Tony Prado só para si.
Tenho certeza de que este livro vai ultrapassar os limites da cidade para conquistar o país e, quem sabe, o mundo, pois, por mais que muitos homens possam saber seduzir, ninguém sabe escrever sobre isso como o Tony Prado.
Marianna Kiss
Sex coach e fundadora do Sexsência
A invenção de Tony Prado
Era uma quinta-feira preguiçosa. Eu havia trabalhado na noite anterior, então estava tirando um cochilo safado durante a tarde, assim poderia estar inteiro para a rotina maluca de dança e desejo.
Abri os olhos ainda meio tonto de sono. O celular estava berrando no canto do quarto. Vida de stripper é assim: você nunca sabe realmente quando uma história louca vai cair no seu colo.
Pigarreei para não parecer que tinha sido acordado e olhei para a tela. Não conhecia o número, então deveria ser alguém querendo marcar um show ou uma entrevista.
— Boa tarde — uma voz feminina disse, do outro lado da linha. — É o Tony Prado?
— Sim. — Engoli um bocejo, voltei para baixo do edredom e encarnei o bom moço, porque é disso que as pessoas gostam em alguém que faz show para elas: a bajulação. — Em que posso ajudar?
Esse papo era rotina. Quando a gente faz a mesma coisa por muito tempo, acaba decorando um script com as partes mais importantes: Ah, pegou meu telefone com sua amiga? Fico feliz que tenha gostado. Amo o que faço. Meu show? São cinquenta minutos. Vou vestido de médico e passo leite condensado no meu corpo. Se pode lamber? Olha, eu não obrigo ninguém, mas se quiser... Como é o final? Ah, rola umas brincadeiras bem excitantes. Claro que fico nu. Contato físico? Normalmente, as mulheres gostam muito de participar da coisa toda, então, tem, sim.
Depois disso, de praxe: o preço, número da conta bancária e dia desejado.
A mulher de voz simpática, que não quis me informar o nome, marcou para o dia seguinte. A sorte foi que uma cliente havia cancelado – problemas de agenda, leia-se, marido – e eu tinha um espaço justamente na hora em que ela queria. Ótimo.
No dia da apresentação, fui até o endereço indicado. Nome, documento, autorização do porteiro, elevador. Toquei a campainha e fui recebido por uma coroa inteirona, que me levou até a sala. Além dela, havia outras quatro, que estavam dançando com seus copos de bebida na mão. Pelo jeito, a noite delas iria longe.
Mal entrei, já ouvi a gritaria:
— O doutor chegou, amiga! — disse a loira, virando a moça que estava vestida de noiva em minha direção. — Vai poder curar todos os seus problemas, até os que você não sabe que tem.
Eu ri, simpático. As despedidas de solteira sempre tendiam a ser bem imprevisíveis, dependendo de como a noiva queria deixar de ser solteira, se é que você me entende.
A coroa que havia me recebido indicou onde ficava o quarto. Casarão. Sabe aquela coisa bem grã-fina, bem zona oeste do Rio? Aquelas mansões de novela, em que tem sempre um balde de prata com gelo ao lado da garrafa de cristal com whisky 12 anos? Bem isso.
Fechei a porta, estiquei minha fantasia na cama e respirei fundo. Eu amava o jeito que as mulheres me olhavam, então não tive que me esforçar muito para deixar meu pau duro. As cinco eram bonitas, tinham bocas carnudas, vozes macias e – o melhor – estavam com vontade de me ver, de descobrir o meu corpo. Assim, não seria nada difícil fazer com que elas me desejassem e habitar suas fantasias por uma horinha.
Era eu, Tony Prado, o doutor do sexo.
Voltei para a sala, fui até o som e coloquei o CD com minha seleção de músicas. Quando você é stripper, tem que dar um jeito de controlar a hora que entra e sai. Por mais que, às vezes, a gente queira se perder no meio daquele monte de mulher bonita, ainda é um emprego, pô. Assim, o CD não era de qualquer musiquinha besta, que se coloca para dançar melhor, não. Cada música era pensada para uma parte do meu show, e todas, em conjunto, me ajudavam a medir os cinquenta minutos. Nem mais nem menos.
A primeira música saiu pelo home theater como se fosse invadir a cidade toda. Foi o bastante para as cinco se jogarem no sofá, imóveis, para me observar chegando, me mexendo, meus músculos chamando os nomes delas. Depois do impacto inicial causado por um homão do meu tamanho no meio da sala, foi daquele jeito: cada pedaço da minha pele fazia com que elas gritassem mais, chegando cada vez mais perto do meu corpo, porque meus movimentos eram um ímã, uma força misteriosa que fazia aquela mulherada cheirar a sexo, a buceta molhada.
Naqueles cinquenta minutos, eu ficava à disposição delas, dançando bem perto, trocando olhares, cheirando cangotes. Tirei peça por peça, bem safado e canalha, olho no olho, abusando do corpão que eu tinha e do desejo que explodia dentro delas.
Peguei o leite condensado. Com todo stripper é mais ou menos assim, tem que descobrir alguma coisa para apimentar o show, um truquezinho maneiro para apagar um pouco os limites entre o que era incluso e o que aconteceria à parte. Para que mentir? Eu amava saber que as pessoas desejavam meu corpo, então, quando eu jogava o leite condensado na minha pele, era exatamente para convidar aquelas mulheres a experimentarem quem eu era, porque se tem uma coisa de que eu gosto é mulher; eu gosto de perna, bunda, boca, cheiro, língua. Eu convidava com o leite condensado, porque eu queria transar com todas elas, queria ser o melhor que elas tiveram. E de fato eu era, eu sabia o que estava fazendo, eu desejava, ah, como desejava.
O leite condensado foi a minha sacada de mestre. Ele escorria, esbranquiçado e espesso como porra, alimentando a imaginação delas subliminarmente, criando imagens, descendo pelo meu peito e braços para convidar, sem grandes rodeios, aquelas bocas e línguas, porque esse sempre foi o meu segredo: saber aumentar a fome das pessoas que me viam. E dessa vez não foi diferente. Se eu era carne, e se estava à venda, eu queria é deixar a mulherada com fome, com água na boca, com um apetite tão descomunal, que acabava virando um desejo que durava anos. Anos.
Quando eu sentia o cheiro no ar, sabia que estava na hora, que poderia atacar. Era o meu momento, eu, lobo mau, grunhindo e mostrando os dentes de desejo. Enquanto eu dançava, eu também me alimentava da vontade delas, porque eu gostava – amava – de me ver refletido nos olhos delas, saber que todas aquelas bucetas estavam molhadas por minha causa. Minha, e de mais ninguém.
Eu me aproximei da noiva, caçador, e ela se abriu, mole, pronta, gazela hipnotizada. Deitei-a no chão e, delicadamente, levantei seu vestido. Pinguei leite condensado em suas coxas, bem devagar, bem sem vergonha mesmo, para ver até onde ela aguentava. Lambi sua pele como se fosse dono daquelas pernas bem torneadas e lisas. Ela gemia e suspirava, de olhos fechados, perdida, arrepiada, sussurrando seu desejo naquela língua que você só aprende a traduzir quando vive e respira o mundo do sexo.
Havia uma eletricidade no ar, um sentimento de poder e de falta de limites que unia todos naquela sala. Eu sabia que podia, que rolaria, e elas concordavam sem dizer uma única palavra. Nu, parado em frente ao sofá como uma promessa do proibido que nunca voltaria à memória delas como repreensão ou arrependimento, lambuzei meu pau com leite condensado e esperei. Elas se cutucaram esperando uma aprovação mútua, como se a primeira que caísse de boca absolvesse a consciência das outras e reparasse a honra de seus amados.
Aqueles momentos antes da primeira língua eram o que mais me excitava, a antecipação da coragem de alguma delas, e isso era o que sempre acontecia nas despedidas de solteira: um monte de mulheres querendo sentir de verdade, querendo uma foda bem-dada, mas sem coragem de admitir que precisavam.
A que estava sentada no meio delas se levantou, muito segura de si, pegou no meu pau com uma mão forte e sem medo, que parecia ter nascido para segurar em mim.
— Deixa que eu começo — ela disse e me olhou como se nunca tivesse comido na vida. Passou a língua pela cabeça do meu pau, olhou para as amigas e continuou: — Venham mais perto. Vou mostrar como se chupa um pau de verdade, com vontade, até o talo.
Ela me puxou para perto dela, e as amigas se aproximaram com um tanto de receio, mas com olhares que denunciavam os vulcões que existiam dentro delas. A mulher não teve dúvida. Se jogou em cima do meu pau como se não houvesse amanhã, como se não houvesse outro pau no mundo. Para cima e para baixo ela chupava, tão gostoso, tão dona de si, que quase me perdi olhando o vai e vem da cabeça dela e sentindo o quente daquela garganta, que parecia mandar na minha piroca mais do que eu. Ela me engolia sem pedir licença, e eu revirava os olhos, maravilhado com a habilidade que aquela mulher tinha e com a cara das amigas, que estavam quase se estapeando para caírem de boca também. Afinal, não é todo dia que uma gatinha delicadinha daquelas se revela com uma garganta profunda o bastante para encarar e conseguir meter meu pau goela abaixo.
As outras quatro chegaram junto, numa mistura de mãos, bocas, dedos e leite condensado que não deu para entender direito. Naquele momento, elas não eram mais cinco amigas, elas eram um animal fêmea, uma fêmea só, enorme, no cio, com fome. E deixei que me usassem, porque eu era carne e ser carne me alimentava também. Naquele momento, em que suas salivas se misturaram, sei que eu as habitaria como uma febre e que seu desejo sempre teria meu nome, a cor da minha pele e o gosto da minha porra. Minha.
No entanto, faz parte da minha profissão, mais do que qualquer coisa, saber os limites e, ali, naquela comoção de sorrisos e suspiros incrédulos, de mulheres que voltariam para casa e dariam nos maridos uma surra de buceta da qual eles nunca mais se recuperariam, eu entendi