E-book154 páginas45 minutos
Versos Finais
De Luis Pereira
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Sobre este e-book
Voluptuoso corre solto o meu pensamento e a tarde morna vai fazendo parte da minha insensata vida... não é a ausência do movimento das folhas das árvores que me atormenta, mas sim a saudade que paira como um cisne pensador no meu peito... buliçosas recordações, do bate papo com os amigos numa noite de verão me devora aos poucos. A bela lembrança da imagem da jovem tarde dos folguedos daqueles domingos soltos, fazem de mim apenas um espectador desse entardecer no meu quintal. Não tenho forças para lutar com essa saudade e, nem desejo mesmo lutar, apenas me entrego como um pássaro frágil às chibatadas da ventania que me leva para lá e para cá, como um jovem viajante de trem que não se incomoda com a vibração do comboio que o chacoalha insistentemente até alcançar o fim da viagem. Já fui viril em tempos outrora e enfrentei a solidão das tardes sem você, mas resisti... as pinceladas do tempo, como mechas acinzentadas invadem os meus cabelos e, eu nada posso fazer... Vai longe aquela tarde loura... vai longe a tarde nas cercanias do tempo que não cessa e, que corre distorcido como um rio que abre espaço nos escombros dos vales e das montanhas, como a saudade que roça o meu coração, desfigurando-o, como o dormente que torce ante o bate-bate sem trégua sob a bigorna que será estendido para levar os sonhos dos amantes pela via férrea... Vai longe aquela tarde loura e, então como um sonho desvaído, ainda menino de um tempo longínquo, ouço o som cadenciado do bate-bate na bigorna, que ainda insiste em martelar-me a memória a roubar-me o presente e enviar-me o passado do menino descalço... correndo despreocupadamente nas verdejantes campinas, e ouvindo o som cadenciado do bate-bate na bigorna, de um tempo um pouco distante, numa saudade que afoitamente teima em insistir, à impedir que a noite chegue no entardecer do meu quintal, numa tarde morna de um sonho desvaído, ainda menino atrevido, como o som cadenciado do bate-bate na bigorna que insistentemente, atreve a arrancar dos meus olhos cansados, uma tímida lágrima de uma bonita recordação do alvorecer da minha vida...como o desfolhar das árvores e o esvoaçar dos meus cabelos acinzentados, por meio de um fortíssimo vento no quintal da minha casa do entardecer da minha vida...
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