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Ao Som Da Gaita
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E-book88 páginas1 hora

Ao Som Da Gaita

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Sobre este e-book

Ao Som da Gaita revela em sua escrita a trajetória de uma menina, e depois de uma mulher, que passou por situações, que revela em nosso país, em algumas regiões, e locais de poucas instruções, que a mulher é ainda, submissa, ou na hipótese mais absurda, um serviçal, uma escrava, uma mercadoria, que as filhas ainda não são bem vindas, e que, os filhos são os desejos prediletos desses homens machistas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de abr. de 2024
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    Ao Som Da Gaita - Jordana Maria

    AO SOM DA GAITA

    AOSOM DA GAITA

    JORDANA MARIA

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    JORDANA MARIA

    AO SOM DA GAITA

    AOSOM DA GAITA

    JORDANA M ARIA

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    JORDANA MARIA

    AO SOM DA GAITA

    Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações terá sido mera coincidênci a.

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    JORDANA MARIA

    Publicado mediante acordo com todos os direitos reservados Título original

    Ao Som da Gaita

    Capa

    Léo Pajeú Di agramação Léo Bargom Revisão

    Léo Bargom Prefaciado r Léo Pajeú

    Imagens e imagem da capa

    Léo Pajeu e Léo Bargom (IA Canva)

    Foto da autora

    Jordana M aria

    Maria, Jordana, 1961

    Ao Som da Gaita – /Jordana Maria – 1.ª Ed. Brasília-DF , 2024 .

    000p.

    ISBN 000000000000

    1 – Ao som da Gaita - Romance - Amor - Medo - Luz - Escuridão - Narrativa - Céu - Paraíso - Inferno - Vida - Jordana – Título. (2024 )

    Todos os direitos desta edição reservado à Jordana M aria

    Rua João Francisco Lopes Número 32 Bairro Centro – Japaraiba - MG

    CEP 35.580- 000

    Tel. (37)9828 3209

    duartejordana1 95@gmail.com

    AO SOM DA GAITA

    Nem todos os livros, pelo seu atributo, são oportunos para serem proporcionados. Este é, seguramente, daqueles que não oferece-se, mas dedicando-o só tive em aspecto contrapesar um pouco das ocasiões que me apartei do convívio familia r concentrado neste infortúnio.

    7

    JORDANA MARIA

    AO SOM DA GAITA

    ÍNDICE

    PREFÁCIO 1 1

    Capítulo I - O SOM DA GAITA 17

    Capítulo II – ATITUDE OU DESESPERO 29 Capítulo III – O PRIMEIRO ENCONTRO 43 Capítulo IV – O VESTIDO 53

    Capítulo V - O ENCONTRO NO CASAMENTO 65 Capítulo VI – A FUGA DA CINDERELA 83

    Capítulo VII – DEPOIS DA TORMENTA 93 Capítulo VIII – UMDESEJO DE LIBERDADE 101 Capítulo IX – QUANDO UMANJO DIZ SIM 113 Capítulo X- UMCASAMENTO POR ENCOMEN DA 123

    Capítulo XI – MISSÃO CUMPRIDA 131 Capítulo XII – ENFRENTANDO A DOR 141 Capítulo XIII – QUANDO OS ANJOS TOMAM ATITUDES 153

    Capítulo XIV – QUANDO NASCE UM MONSTRO 161

    Capítulo XV – A VIDA E O MISTÉRIO DO SOM DA GAITA 169

    BIOGRAFIA 181

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    JORDANA MARIA

    AO SOM DA GAITA

    P REFÁCIO

    Em todas essas civilizações as mulheres estavam em uma situação

    de inferioridade, mas algumas mais que outras. Na Colônia, no Império e até nos primórdios da República, a função jurídica da mulher era ser subserviente ao marido. Da mesma forma que era dono da fazenda e dos escravos, o homem era dono da mulher. Se ela não o obedecia, sofria as sanções.

    As sanções eram pesadíssimas. Os arquivos paroquiais dos séculos 18 e 19 estão - repletos de relatos de senhoras que apanhavam com varas cravejadas de espinhos, que eram obrigadas a dormir ao relento, que ficavam proibidas de comer por vários dias e até que eram amarradas ao pé da cama enquanto o

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    JORDANA MARIA

    marido, no mesmo aposento, deitava-se com a am ante.

    As esposas eram tão brutalizadas que os bispos, em certos casos, atendiam-lhes as súplicas e concediam a separação de corpos. Mais do que individual, a violência doméstica é um fenômeno histórico e social. O conceito de que o homem é superior, deve subjugar a mulher e não permitir que ela decida sobre a própria vida foi construído e solidificado ao longo dos séculos e se mantém até hoje, permeando toda a sociedade. Fatores como bebida, droga, ciúme e desemprego são meros estopins.

    Depois que o patriarcado foi instaurado a mulher passou a ser vista como propriedade privada do homem, primeiro do pai depois de seu marido. Hoje, após vários avanços legais, as

    AO SOM DA GAITA

    mulheres não são mais vistas pela lei como propriedade, mas dados sobre feminicídio e violência doméstica nos mostram que a visão da mulher enquanto posse ainda prevalece na nossa cultura.

    Na sociedade patriarcal ele é o ato simbólico de tirar a mulher do grupo que ela nasceu para anexá-la ao grupo do marido, como se o homem comprasse a esposa, assim como ele compra um escravo, para impor a ela os trabalhos domésticos e a criação dos filhos. A própria cerimônia do casamento na verdade é bem representativa desse fato, afinal o pai leva a filha, que está usando branco, a cor da virgindade, no altar para entregá-la ao seu marido que vai ser o seu próximo dono.

    Nessa nova configuração de família os filhos também passam a serem vistos como

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    JORDANA MARIA

    propriedade do homem e como pertencentes à família do pai, não da mãe. Isso porque eles são os herdeiros e é através deles que os bens e as propriedades serão mantidos na mesma família por gerações.

    Como a mulher é tratada como propriedade, ela deve uma fidelidade eterna ao seu marido e o adultério feminino é muitas vezes punido com castigos, além de ser visto como algo completamente imoral. Por outro lado, o homem pode ter quantas mulheres quiser, afinal mesmo que em tese o casamento seja monogâmico, a sociedade aceita a traição masculina com naturalidade.

    Como é sua propriedade, como o escr avo, o animal de carga, a coisa, é natural que o homem possa ter tantas mulheres quantas lhe apraza; somente razões de ordem econômica

    AO SOM DA GAITA

    limitam a poligamia; o marido pode repudiar suas mulheres segundo seus caprichos, a sociedade não lhes outorga quase nenh uma garantia.

    Em compensação, a mulher é adstrita a uma castidade rigorosa. Apesar dos tabus, as sociedades de direito materno autorizam uma grande licença de costumes; a castidade pré - nupcial é raramente exigida; e o adultério é encarado sem muita severi dade.

    Quando, ao contrário, a mulher se torna a propriedade do homem, ele a quer virgem e dela exige, sob a ameaça dos mais graves castigos, uma fidelidade total

    O invejável patamar de civilidade serve para confirmar que a violência contra a mulher é, sim, uma questão histórica e social. Na era dos vikings, mil anos atrás, enquanto os

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    JORDANA MARIA

    homens se lançavam ao mar, eram as mulheres que tinham a responsabilidade de manter a ilha funcionando. Elas jamais foram vistas como inferiores. Não por acaso, a Islândia foi, em 1980, o primeiro país do

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