Made in Rio: Casos de sucesso e aprendizados do empreendedorismo tech carioca

De Daniel Orlean e Fabio Rejgen

Imagine ter uma conversa franca com grandes empreendedores do mercado de tecnologia carioca que explicam suas estratégias, suas motivações, seus erros, os livros que leram e a escolha por permanecerem na cidade do Rio de Janeiro. É este o mote da obra organizada por Daniel Orlean (LinkedIn Top Voices) com apoio do Grupo Dialogues.
"Made in Rio - casos de sucesso e aprendizados do empreendedorismo tech carioca" apresenta as histórias das mais interessantes empresas de tecnologia nascidas no Rio de Janeiro que se tornaram referência em inovação.
Conheça a visão daqueles que desafiaram as adversidades e encontraram soluções criativas para os problemas cotidianos, transformando ideias em negócios lucrativos. Aprenda com seus erros e triunfos enquanto eles compartilham suas experiências, lições valiosas e dicas práticas para quem deseja trilhar o caminho do empreendedorismo.
Da concepção da ideia inicial até a busca por investimentos, a criação de uma equipe de talentos, o lançamento do produto no mercado e o enfrentamento das incertezas e competição acirrada, cada capítulo mergulha nos aspectos essenciais do processo de criação de cada um desses negócios. Você descobrirá como esses empresários encontraram oportunidades em meio aos desafios, superaram obstáculos e construíram estratégias de sucesso. E no horizonte do Rio de Janeiro, berço de tantas ideias audazes, o empreendedorismo se encontra com a energia contagiante da cidade maravilhosa, essa metrópole inspiradora que abraça os sonhadores e impulsiona a ousadia. Empresas participantes: BizCapital, Carteiro Amigo, Eu Entrego FazGame, Future Law, Gabriel, Hashdex, Lumx, Mobees, Queremos, Resilia Educação, Sem Processo, Transfero, VTEX, Voltz.

• Idioma: Português
• Editora: INTERMINDS EDITORA
• Data de lançamento: 1 de mai. de 2024
• ISBN: 9786580885633

Pré-visualização do livro

Copyright © Daniel Orlean © Fabio Rejgen

Editor:

Guilherme Tolomei

Texto Final:

Fabio Rejgen

Textos:

Camila Duarte e Cláudia M.

Entrevistas: Guilherme Tolomei e Louise A.

Capa: Géssica

Diagramação:

Verônica Paranhos

Revisão:

Vivian Villalba

FICHA CATALOGRÁFICA

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AGRADECIMENTOS

Este livro é um livro diferente.

Sim, todo livro é um esforço coletivo, com seus diferentes papéis, mas esta é uma obra que envolveu, de verdade, diversas pessoas para que chegássemos a esta versão final, nos relatos e nos empreendimentos, pois, sem eles, não teríamos tantas histórias fascinantes para trazer aqui.

Queria começar agradecendo ao time que comprou a ideia de deixarmos esta publicação como um legado do Grupo Dialogues, um grupo que há anos se propõe a discutir empreendedorismo, política, economia e inovação no Rio de Janeiro e que sentia a necessidade de deixar algo registrado para futuros membros e gerações. Somos dezenas de empreendedores, economistas, advogados e profissionais de todas as áreas engajados em tornar o Rio cada vez melhor para empreender. Obrigado a todos vocês e, em especial, à Paula Guedes que começou toda essa jornada com esse time de feras, aos ex-Presidentes Maria Clara Pessoa de Araújo e Andrew Hancock, que mantiveram o grupo unido e coeso mesmo nos períodos mais duros da pandemia, ao Rafael Menezes e à Yanne Valle Menezes, que cuidaram dos nossos recursos financeiros e processos de trabalho com maestria e ao grupo de voluntários (Rafael Duton, Bruno Cani e Guilherme Pesenti), que toca o grupo em seu dia a dia.

Ao time liderado pelo nosso produtor editorial, Guilherme Tolomei, e aos diversos jornalistas e escritores que trabalharam nos casos. Sem vocês, obviamente, isso não seria nem perto de possível e não teríamos um texto da mais alta qualidade.

A todos os empreendedores e empreendedoras que tiveram a coragem de empreender e que se prontificaram para as conversas de cada um dos casos. Às vezes, o papo era tão envolvente e emocionante que não conseguíamos finalizá-lo.

Aos meus sócios aqui na Voltz, Tiago e Dantas, e aos meus colegas de empresa e de Grupo Energisa, que me ensinam, todos os dias, o valor da estratégia, da liderança e do trabalho em equipe.

Aos meus mentores na PUC-Rio e no Gênesis, que despertaram minha paixão pelo empreendedorismo.

Aos meus pais, que me ensinaram o valor do aprendizado e da educação, à minha família, Ifat, Isabella e Gabriel, que me dão força em tudo que faço.

À esta cidade desafiadora e incrível, em que tive a sorte de viver e escolher como plataforma para meus sonhos empreendedores.

Daniel Orlean

APRESENTAÇÃO

Made in Rio - Inovação, Tecnologia e Pessoas como as alavancas para um novo ciclo empreendedor no Rio de Janeiro.

Daniel Orlean

O que uma fintech de crédito empresarial, uma plataforma para comércio digital de sucesso mundial, uma edtech que tem como propósito incluir profissionais no carente mercado de profissionais de tecnologia e uma empresa que usa IA para aumentar a segurança urbana têm em comum?

As respostas poderiam ser diversas – certas ou erradas - mas, nesse livro, elas encontram um fio condutor comum: todas foram fundadas por empreendedores e empreendedoras que escolheram o Rio de Janeiro como berço de suas realizações, muitas vezes enfrentando velhos desafios, colhendo novos aprendizados e criando vocações antes impensáveis para nossa cidade.

No coração pulsante do Rio de Janeiro, onde a brisa do mar encontra o dinamismo urbano do morro e do asfalto, vem nascendo - muitas vezes longe dos holofotes - uma nova era de empreendedorismo, marcada pela inovação, pela paixão por problemas e por seus públicos, pela resiliência e por um firme compromisso com o futuro.

A cidade, conhecida mundialmente por sua beleza natural, por sua riqueza cultural e pela simpatia e criatividade de suas pessoas, agora se destaca como berço de startups disruptivas que estão redefinindo o panorama empresarial carioca, brasileiro - e até global.

Não é incomum você andar pela orla do Leblon ou chegar ao Parque Madureira e cruzar com um carro de aplicativo exibindo uma campanha de uma grande marca nas telas da Mobees.

Criado para, ao mesmo tempo, servir como um novo meio de geração de renda para os trabalhadores e como uma mídia moderna e programática para que publicitários deem vazão a campanhas out of home, o enxame de buzzers da adtech reconfigurou o cenário carioca, da zona sul ao centro, do centro ao subúrbio.

Do mesmo subúrbio em que se iniciou a jornada da Lumx, onde Caio Barbosa começou a sonhar grande. Sua paixão por tecnologia e inovação encontrou um terreno fértil para o nascimento de uma startup pioneira em cripto e NFTs – que mais tarde seria investida por um grande banco – provando que a criatividade carioca pode abrir novos bolsos e novas fronteiras no mundo digital.

E foi no digital que Geraldo Thomaz e Mariano Gomide viram uma oportunidade de transformar o e-commerce globalmente, com a VTex. Conversar com eles é quase como imergir, em pessoa, nos diferentes ciclos – duros e de aprendizado - que a empresa viveu até abrir capital internacionalmente, sem esquecer por um minuto o quanto os talentos cariocas e sua garra foram importantes nessa empreitada.

Mas a formação de talentos cariocas depende, também, de uma substancial melhora na qualidade da educação, propósito que a FazGame abraçou desde cedo. Carla, a fundadora – que, vale dizer, conheço desde os meus tempos de aluno da PUC-Rio - nos conta como games e aprendizados se interligam e como, hoje, ajudam crianças e jovens a desenvolverem competências básicas para seu futuro.

Foi também na PUC-Rio que conheci os empreendedores que seriam meus sócios assim que completamos a faculdade: primeiro, na Affero, que vendemos para um grupo alemão, e depois, na BizCapital, que tem aqui sua história aqui contada pela ótica de Francisco Ferreira. Chicão, como conhecemos desde sempre, é o visionário de quem ouvi pela primeira vez a frase que uso sempre que me perguntam por que o Rio?. Em um dos papos que travávamos todos os meses no antigo grupo do IFL-Rio - que hoje faz parte do Grupo Dialogues, que apoia esse livro - ele falou algo que que me impactou e que me impacta até hoje: nós não queremos, simplesmente, mudar de cidade, nem de país. Nós queremos mudar a nossa cidade e o nosso país, para que seja cada vez mais oportuno empreender aqui.

As histórias inseparáveis de Márlyson Silva e da Transfero mostram também esse compromisso em modificar não só a cidade mas também o ambiente de negócios na prática, por meio da educação financeira e da formação tecnológica. Em um dos papos mais transformadores e vibrantes do livro ele traça o cenário de fundo para seu empreendimento em blockchain e suas iniciativas em educação financeira, um lugar onde a diversidade e a inclusão se encontram para criar oportunidades únicas de crescimento e desenvolvimento social.

Falando de transformação, a Future Law busca fazer isso em um dos segmentos mais tradicionais do mercado, o do Direito. Com a missão de preparar os profissionais para inovações tecnológicas e exponenciais do mercado jurídico, a edtech acredita que ao conectar o Direito com a realidade 4.0 ela vai desempenhar um papel essencial ao melhorar as condições sociais e econômicas do país. E foi falando sobre Advocacia 4.0 que conheci a Tayná, CEO da empresa, poucos meses antes da pandemia estourar no país, em 2019. A empresa, na época, enchia turmas presenciais com temas inovadores para os profissionais do direito e promovia a Future Law Experience, um evento recheado de surpresas e de inovações, mas queria crescer e expandir seu sucesso de forma exponencial. Ao levar seu portfólio para o mundo online, a junção de visão e timing não só salvou a empresa como permitiu que ela crescesse em todo o país para, como ela mesma diz criar um Direito mais data-driven, criativo e inovador.

E é também do mundo do direito que destacamos a Sem Processo, uma lawtech que surgiu como uma plataforma de acordos entre empresas e clientes e que se transformou em um verdadeiro hub de soluções para o mundo jurídico, indo muito além de sua ideia inicial. No país com o maior número de advogados do mundo, o maior número de faculdades de direito no mundo e, infelizmente, com o maior números de processos judiciais, também, do mundo, as oportunidades são gigantescas.

Foi do Grupo Energisa - distribuidora de energia em 11 estados e uma das empresas que têm promovido algumas das maiores transformações na transição energética do país - que surgiu a Voltz, a fintech das utilities.

Se, das janelas da sede do Grupo podemos ver a belíssima - e reconhecidíssima - paisagem da Enseada de Botafogo, que figura em cartões postais e em praticamente todos os vídeos que retratam o Rio de Janeiro, o propósito da Voltz se aprofunda em incluir financeiramente milhões de clientes que fazem parte daquele Brasil que o Brasil não conhece. Com soluções financeiras, de pagamento e de crédito que resolvem problemas reais e nem sempre disponíveis no sistema financeiro tradicional, o relato da Voltz mostra como mergulhamos nas jornadas dos clientes em todo o país para entender suas dores e para criar soluções inovadoras com tecnologia e mobilidade.

Por falar em soluções inovadoras, a Queremos! simboliza a paixão carioca pela música e pela cultura, transformando a vontade de trazer mais shows internacionais para a cidade em um modelo de negócios inovador, baseado no poder do engajamento e da colaboração de outros apaixonados.

O reconhecimento internacional do Rio como capital cultural e de grandes eventos contrastava com a realidade enfrentada pelos sócios na época de fundação da empresa. Tiago Compagnoni, hoje meu sócio e co-CEO da Voltz, conta de forma incrível essa história – com algumas curiosidades de bastidores que só quem participou do processo poderia relatar.

E que belas histórias podemos ouvir em uma conversa com Marcelo Sampaio, um pioneiro que vem tornando investimentos de qualidade em cripto acessível a todos, com a Hashdex. Com brilho nos olhos, ele conta como começou sua relação com o bitcoin e como entendeu o potencial transformador das criptomoedas.

Por falar em acessibilidade, vale muito a pena também conhecer as histórias da Carteiro Amigo, da Eu Entrego e da Resilia.

No emocionante relato de Pedro Jr podemos ver como uma dor real pode ser o início de uma empresa capaz de chamar a atenção de três empreendedores, da mídia e de captar milhões de reais em aportes. Se você assiste ao Shark Tank é possível que tenha ouvido sobre essa história por lá, mas garanto que não foi com a mesma perspectiva que vai ler aqui.

A Eu Entrego, que se define como uma logtech, é também um exemplo de como grandes desafios podem, com o perdão do clichê, serem transformados em grandes oportunidades. João, um dos fundadores da empresa, nos contou como uniu tecnologia e uma comunidade de pessoas para resolver um clássico problema do comércio digital e das entregas físicas: a última milha.

Como um apaixonado por educação, me orgulha muito poder contar