Brasil Fintech
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Brasil Fintech - Jihane Halabi
Sumário
Brasil Fintech ebook
SUMÁRIO
BRASIL FINTECH PELAS COORDENADAS
APRESENTAÃO DAS AUTORAS
NOTA SOBRE DIVERSIDADE
PREFÁCIO
I - INTRODUÇÃO
BUILDING BLOCKS: A CONSTRUÇÃO DE CONFIANÇA NO BRASIL Fintech
LIÇÕES APRENDIDAS COM TWIX E INVESTIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS: O PAPEL DAS FINTECHS NA IMPLEMENTAÇÃO DE INOVAÇÕES PELA PERSPECTIVA DA ECONOMIA COMPORTAMENTAL
II - FINTECHS SÃO LEGAL BY DESIGN
OS AVANÇOS REGULATÓRIOS EM PAGAMENTOS DE VAREJO NO BRASIL
UM BREVE OLHAR SOBRE A EVOLUÇÃO DA REGULAÇÃO DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO E SEUS DESAFIOS PARA AS FINTECHS
FINTECHS E MECANISMOS DE CONTROLE PARA AUXÍLIO NO COMBATE DE CRIMES FINANCEIROS
COMPLEXIDADES TRIBUTÁRIAS: DESAFIOS E OPORTUNIDADES, NÃO SOMOS BANCO
TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE PARA O FLUXO INTERNACIONAL DE RECURSOS
III - RETRATO ATUAL DO MERCADO
CARTÃO DE CRÉDITO COMO VIABILIZADOR DAS FINTECHS NO BRASIL
MERCADO DE CRÉDITO: OS PASSOS PARA DESBRAVÁ-LO
O MERCADO DAS WALLETS
PRIMEIROS BANCOS DIGITAIS
OS GIGANTES SE REINVENTAM - A JORNADA DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DOS BANCOS TRADICIONAIS
O MERCADO DE BANKING AS A SERVICE — WHITE LABEL E SEU IMPORTANTE PAPEL NA INCLUSÃO FINANCEIRA
IV - ONDE MORAM AS OPORTUNIDADES
MOVIMENTOS DAS BIGTECHS
A (R)EVOLUÇÃO DO CRÉDITO AGRÍCOLA
OPEN: A ABERTURA DE SISTEMAS, INTERAÇÕES E DECISÕES
NOVAS TENDÊNCIAS DE BANKING AS A SERVICE
MOEDAS VIRTUAIS: MILHAS AÉREAS, GAMES, CRIPTO E CBDC
CRISE DE IDENTIDADE: COMO SER HUMANO NO MUNDO DIGITAL?
V - PROVOCAÇÕES
O MUNDO COMPARTILHADO E DESCENTRALIZADO
FINANÇAS SUSTENTÁVEIS
: INCONGRUÊNCIA OU COMPATIBILIDADE?
O MELHOR AINDA ESTÁ POR VIR
NOTAS
Landmarks
Capa
Sumário
BRASIL FINTECH
Copyright © JIHANE HALABI, MARESKA TIVERON e BIANCA LOPES, 2021
Todos os direitos reservados
EDITORES: Laerte Lucas Zanetti e André Assi Barreto
COORDENADOR DE PRODUÇÃO: Laerte Lucas Zanetti
CAPA: Talle
Ilustração autoral da capa: Dama do Real, por Talle.
DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO: Spress
REVISÃO DE TEXTO: Equipe Filoteia
REVISÃO DE PROVAS: André Assi Barreto e Equipe Filoteia
Imagem no colofão: Fotografia de Virginia Woolf por George Charles Beresford, 1902.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Angélica Ilacqua CRB-8/7057
Brasil Fintech [livro eletrônico] / [coordenado por Jihane Halabi, Mareska Tiveron e Bianca Lopes].
São Paulo : Linotipo Digital, 2021.
15 Mb ; ePUB
Bibliografia
ISBN 978-85-65854-29-0 (e-book)
1. Indústria de serviços financeiros - Brasil 2. Tecnologia e desenvolvimento - Brasil 3. Economia - Brasil 4. Mercado financeiro - Brasil I. Halabi, Jihane II. Tiveron, Mareska III. Lopes, Bianca
21-5603 CDD 330
Índices para catálogo sistemático:
1. Serviços Financeiros
Este livro segue as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, em vigor desde 01/01/2009.
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por quaisquer meios sem a permissão por escrito dos editores.
2021
Todos os direitos desta edição reservados à Linotipo Digital Editora e Livraria Ltda.
Rua Álvaro de Carvalho, 48, cj. 21
CEP: 01050-070 — Centro — São Paulo — SP
www.linodigi.com.br — 55 (11) 3256-5823
sumário
BRASIL FINTECH PELAS COORDENADORAS
APRESENTAÇÃO DAS AUTORAS
NOTA SOBRE DIVERSIDADE
Roberta Anchieta
PREFÁCIO
Bedy Yang
I - INTRODUÇÃO
BUILDING BLOCKS: A CONSTRUÇÃO DE CONFIANÇA NO BRASIL FINTECH
Anna Lygia Costa Rego
LIÇÕES APRENDIDAS COM TWIX E INVESTIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS: O PAPEL DAS FINTECHS NA IMPLEMENTAÇÃO DE INOVAÇÕES PELA PERSPECTIVA DA ECONOMIA COMPORTAMENTAL
Priscilla KooWilkens
II - FINTECHS SÃO LEGAL BY DESIGN
1
OS AVANÇOS REGULATÓRIOS EM PAGAMENTOS DE VAREJO NO BRASIL
Jihane Halabi
2
UM BREVE OLHAR SOBRE A EVOLUÇÃO DA REGULAÇÃO DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO E SEUS DESAFIOS PARA AS FINTECHS
Cynthia Almeida
3
FINTECHS E MECANISMOS DE CONTROLE PARA AUXÍLIO NO COMBATE DE CRIMES FINANCEIROS
Luiza Machado e Sandra Bolfer
4
COMPLEXIDADES TRIBUTÁRIAS: DESAFIOS E OPORTUNIDADES, NÃO SOMOS BANCO
Mariana Leite André e Mariana de Castilho Lázaro
5
TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE PARA O FLUXO INTERNACIONAL DE RECURSOS
Kelly Cristina Gallego Massaro e Heloiza Canassa
III - RETRATO ATUAL DO MERCADO
6
CARTÃO DE CRÉDITO COMO VIABILIZADOR DAS FINTECHS NO BRASIL
Raquel Nadalin e Beatriz Tunussi
7
MERCADO DE CRÉDITO: OS PASSOS PARA DESBRAVÁ-LO
Ann Williams
8
O MERCADO DAS WALLETS
Carol Elizabeth Conway e Thais de Gobbi
9
PRIMEIROS BANCOS DIGITAIS
Natália Fritzen e Rafaela Nogueira
10
OS GIGANTES SE REINVENTAM - A JORNADA DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DOS BANCOS TRADICIONAIS
Lívia Belfort
11
O MERCADO DE BANKING AS A SERVICE — WHITE LABEL E SEU IMPORTANTE PAPEL NA INCLUSÃO FINANCEIRA
Mareska Tiveron
IV - ONDE MORAM AS OPORTUNIDADES
12
MOVIMENTOS DAS BIGTECHS
Jacqueline Oliveira
13
A (R)EVOLUÇÃO DO CRÉDITO AGRÍCOLA
Aline Oliveira
14
OPEN: A ABERTURA DE SISTEMAS, INTERAÇÕES E DECISÕES
Julia de Luca
15
NOVAS TENDÊNCIAS DE BANKING AS A SERVICE
Marília de Cara e Salma Mendoza
16
MOEDAS VIRTUAIS: MILHAS AÉREAS, GAMES, CRIPTO E CBDC
Anne Chang
17
CRISE DE IDENTIDADE: COMO SER HUMANO NO MUNDO DIGITAL?
Bianca Lopes e Larissa Medeiros
V - PROVOCAÇÕES
18
O MUNDO COMPARTILHADO E DESCENTRALIZADO
Silvia Valadares
19
FINANÇAS SUSTENTÁVEIS
: INCONGRUÊNCIA OU COMPATIBILIDADE?
Bruna Losada e Claudia Yoshinaga
20
O MELHOR AINDA ESTÁ POR VIR
Carol Strobel
BRASIL FINTECH PELAS COORDENADORAS
JIHANE HALABI, MARESKA TIVERON E BIANCA LOPES
"Trouxemos nossa efígie robusta e tradicional, símbolo de um plano real, concreto, e economicamente revolucionário; mas que ainda nos olhava de lado, um pouco alheia ao redor. Agora, decidimos encará-la, olho no olho.
Aqui a Dama do Real nos enxerga sem medo. Ela é arrojada, inovadora e está posicionada em um novo ângulo, com anseio de mostrar a atual perspectiva do país".
Será o Brasil a maior economia fintech?
Estamos vivendo uma onda de mudanças regulatórias, estruturais e comportamentais que vêm transformando o nosso país. Investimentos e estimativas recentes tornam indiscutível a relevância que o Brasil vem ocupando no retrato mundial do ecossistema fintech. Mas quem controla essa narrativa?
O Brasil Fintech chega para contar essa história: uma evolução econômica e uma força chamada nação fintech.
Acreditamos em um diálogo aberto que utiliza a educação e se compromete em trazer diversidade e humanidade em sua concepção. Dessa forma, buscamos criar uma consciência coletiva da responsabilidade e do impacto que o mercado financeiro tem em nossa sociedade.
* * *
Quem somos?
Um trio que se uniu com a missão de mudar a percepção e oportunidade para uma nação fintech.
Estamos comprometidas a trazer para nossa comunidade olhares que são referências, com perspectivas locais e atuantes desse efervescente mercado.
Buscamos de forma positiva e pragmática criar um espaço mais do que necessário para que as agentes desta transformação ocupem seus devidos lugares e, juntas, possamos construir novos modelos de negócios.
Apenas o começo
Acreditamos que esse projeto seja apenas o nosso começo. Um veículo de uma mudança necessária e latente, presente na indústria financeira e tecnológica.
Já nascemos diversos, em meio a trinta e uma autoras e suas distintas perspectivas, demonstrando a amplitude que verdadeiramente é a oportunidade fintech para o Brasil.
O que você pode esperar do Brasil Fintech?
Começamos com um livro, pois tudo na vida tem um começo. E nada mais propício do que começar a documentar estes acontecimentos por intermédio de sua história!
Nossa primeira obra foi construída com muita dedicação, tempo e paixão. Nossas autoras, um grupo de profissionais extremamente qualificado, escolhidas a dedo, se uniram alinhadas na responsabilidade de equipar novas gerações e despertar interesse no potencial da nossa nação.
Nosso projeto vem criando conexões e oportunidades, como a história conectada que vivemos nessa evolução da tecnologia em tudo que nos cerca. E acreditamos que estamos apenas no começo dessa jornada.
Oferecemos uma visão consolidada sobre o terreno fértil para diversos públicos, desde potenciais investidores nacionais e internacionais, a incumbentes, bancos digitais, fintechs, órgãos reguladores e desafiadores do atual sistema.
O livro foi construído para sedimentar uma base de conhecimento compartilhado de um retrato macroeconômico e social, seguido pelos seus highlights regulatórios que hoje ainda definem e expandem o mandato do mercado financeiro, de pagamentos, varejo e muito mais.
Como você pode imaginar, daria para escrever uma grande enciclopédia com a missão de cobrir todos os tópicos. Buscamos então, construir uma obra conectada, ainda que trazendo perspectivas por vezes antagônicas, para retratar o presente em áreas de atuação já avançadas como Banking as a Service, Cross Boarder, Bancos Digitais, e trazer temas de um futuro e suas provocações, que não tão distante, se veem presentes e com grande foco e desenvolvimento, como Identidade Digital, Moedas Digitais e a descentralização.
Com intuito de trazer uma abordagem diferente, com valores humanizados e focados em impacto, buscamos parceiros e apoiadores que estão investidos a longo prazo nessa constante evolução e busca de propósito do mercado financeiro.
* * *
Nossa identidade visual
Um outro olhar
Um outro olhar requer sentimento, uma vontade de descobrir novas perspectivas para a construção de uma identidade e o papel do artista em transmitir esse desejo. E nesse projeto, traduzir a potência que o Brasil já é quando falamos de fintech.
Na nossa jornada de contar e dar vida à diversas histórias, não poderíamos deixar de pensar na identidade que exalaria a cara do nosso Brasil Fintech. Com isso, escolhemos a Talle, uma startup brasileira, de presença e atuação global, fundada por mulheres, e liderada por Beatriz Melges, com a missão de transformar o relacionamento do mercado financeiro e da tecnologia com a sociedade por meio da comunicação.
Buscando uma representação mais fiel às transformações econômicas do nosso país, sentimos que era hora de reconstruir um olhar já conhecido trazendo a potência do Brasil.
Com isso, trouxemos nossa efígie robusta e tradicional, símbolo de um plano real, concreto, e economicamente revolucionário; mas que ainda nos olhava de lado, um pouco alheia ao redor.
Agora, decidimos encará-la, olho no olho. A Dama do Real nos chama para a responsabilidade e consciência de que nós, profissionais na linha de frente desse mercado, somos agentes transformadores. E não há mais como darmos às costas para esse compromisso.
Aqui a Dama do Real nos enxerga sem medo. Ela é arrojada, inovadora, e está posicionada em um novo ângulo, com anseio de mostrar a atual perspectiva do país. Como uma personificação da nossa indústria, ela é resistente, efervescente e ágil.
E está pronta para desfrutar das oportunidades do Brasil Fintech.
* * *
E o futuro? Nosso projeto (CTA — getinvolved)
Seguindo a nossa missão, temos certeza que esse livro será apenas o começo. Apoiadas por grandes players do ecossistema, como a Zoop, e consultorias especializadas, como Halabi e Chang Advogados e Talle, continuaremos dedicadas a fomentar essa mudança e abertas a co-criar os próximos capítulos dessa história — o Brasil tem tudo para se tornar uma nação Fintech!
Esperamos que esse livro te traga ideias, confirme questionamentos e inspire!
APRESENTAÇÃO DAS AUTORAS
Aline Oliveira Pezente é formada em Administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (São Paulo, Brasil), mestre em Finanças Corporativas pela FIA — Fundação Instituto de Administração (São Paulo, Brasil) e mestre em tecnologia pelo MIT — Massachusetts Institute of Technology. Antes de se tornar a head global do Marketplace na Indigo em 2020, alcançou posições de liderança em algumas das maiores empresas do setor agrícola, como a Cargill, onde foi líder de estratégia de economia digital global. Ela também é cofundadora da principal Fintech no setor agrícola, a TrAIve Finance, onde liderou o desenvolvimento de uma plataforma financeira ponta a ponta para conectar revendas, pequenos e médios produtores com potenciais credores usando uma nova metodologia de score com modelos de inteligência artificial. Em 2018, foi destaque na lista anual do MIT Tech Review 35 Under 35
, sendo apontada como uma das maiores líderes de inovação.
Ann Williams é COO da Creditas, plataforma digital de crédito e soluções que conecta as pessoas aos seus projetos. Foi cofundadora e CEO da Okto e CIO da Spring Mobile Solutions, após a aquisição da Okto. É conselheira independente da Vasta/SOMOS Educação e advisor na RedpointEventures, onde apoia empresas como Venture Partner. Foi membro do conselho da Tiaxa e faz parte do grupo consultivo da Aliança Empreendedora. Graduada em Stanford, tem Mestrado na Universidade do Texas.
Anna Lygia Costa Rego é Doutora em Direito Econômico pela Universidade de São Paulo. Faz pesquisa desde 2005 na área de economia comportamental, regulação e políticas públicas. Professora da FGV Direito-SP, onde coordena o Núcleo de Pesquisa em Regulação, Economia Comportamental e Políticas Públicas. É advogada, formada pela UERJ e economista, formada pela UFRJ. Especialista em Economia da Energia pelo IEE-UFRJ/ANP. Atuou até 2020 como Diretora para Assuntos Jurídicos e Regulatórios na América Latina na S&P Global Ratings. Empreendedora da área de tecnologia, ensino e desenvolvimento cognitivo, fundadora da startup Thinklaw.
Anne Chang é especialista em aquisições e investimentos formada pela USP, mestre pela Universidade da Califórnia — Berkeley e especialista pela LSE. Atualmente, é sócia de Halabi e Chang Advogados, bem como Diretora de Tecnologia e Inovação e Board Member da Berkeley Global Society. É também mentora em diversas instituições, como a Eretz. Bio e B2Mamy, além de professora no Insper.
Beatriz Tunussi é diretora da área de Delivery da Mastercard para projetos de consultoria com ênfase em pagamentos e fintechs. Beatriz é administradora formada pela FGV-EAESP e há 10 anos atua em banking e pagamentos, com passagem pela consultoria Kearne.
Bedy Yang é responsável pelo ecossistema de programas de desenvolvimento da 500 Global, incluindo seus cursos de educação para investidores. Ajudou a lançar parcerias estratégias e programas de aceleração em todo o mundo, além de liderar a startup corporativa da 500 relacionada a inovação e consultoria. Bedy juntou-se à 500 Global em 2011, tornando-se General Partner da sua Global FlagshipFunds. Palestrante na VCUnlocked, em seu programa na Stanford Center for Professional Development, na INSEAD e em Berkeley. Articulista convidada na Forbes. Selecionada pela America Quartely Innovator e considerada como líder feminina pela Forbes. Bedy oferece palestras em programas de treinamentos para investidores em parceria com o Stanford Center for Professional Development, Berkeley e INSEAD.
Bianca Lopes foi criada no Rio de Janeiro e hoje é uma real cidadã global. Empreendedora e comunicadora nata, cofundou a Talle. Em parceria de sua cofundadora, Beatriz Melges, Bianca está mudando as narrativas do mercado financeiro. Sua trajetória nesta indústria iniciou no Royal Bank of Canada, onde trabalhou em diversas áreas, incluindo Capital Markets e Real State Corporate Financing. Contudo, sua expertise e paixão por inovação a fez trocar a vida executiva e startupear
mais uma vez em prol da liberdade, usando a identidade digital como veículo. E assim ela se tornou CIO em uma empresa de multibiometria. Mas foi sua paixão e habilidade estratégica para integrar missões de sustentabilidade e direitos humanos que a fez ser convidada para atuar como embaixadora da IRCAI | International Research Centre On Artificial Intelligence da Unesco. Hoje, ela se dedica a trabalhar com organizações que entendem o impacto e o propósito dessas ações.
Bruna Losada é docente premiada, palestrante em fóruns nacionais e internacionais e consultora. Atua como financial & M&A Advisor, apoiando negócios e empreendedores em suas modelagens, captações e M&As. É pós-doutora em Finanças pela Columbia University. Autora do livro Finanças para Startups, Mestre e Doutora em Finanças pela FEA-USP. É também vice-diretora geral e COO da Saint Paul Business School.
Carol Elizabeth Conway é mestre em Direito Econômico e Financeiro pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo — USP, diretora de Assuntos Regulatórios e Institucionais do Grupo UOL — PagSeguro PagBank, presidente do Conselho de Pagamentos da Associação Brasileira de Internet — ABRANET, conselheira de Ética e Autorregulação da Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços — ABECS, diretora da Associação Brasileira de Bancos — ABBC e Cofundadora do Womenon Board — WOB.
Carolina Strobel é Operating Partner da Redpoint eventures, com vasta experiência no ecossistema de startups e inovação. Foi diretora da Intel Capital para a América Latina, com foco em Venture Capital, Private Equity e Mergers and Acquisitions por mais de uma década. Mestre em Direito Comercial Internacional pela University de Sheffield e bacharel pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, Carolina é conselheira de empresas, além de participar do conselho consultivo da Anjos do Brasil. Foi também conselheira da Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity (ABVCAP).
Claudia Yoshinaga é professora de carreira em finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). Coordenadora do Centro de Estudos em Finanças (FGVcef) e da linha de Finanças do Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade. Vice-presidente da SBFin. Palestrante de Finanças Comportamentais e consultora em finanças. Quer mais mulheres no mercado e na academia.
Cynthia Almeida é advogada formada pela FGV Direito-SP, com especializações em Direito Penal Econômico pelo IBCCRIM/Universidade de Coimbra, Gestão de Riscos, Fraudes e Compliance pela FIA, Compliance pela FGV. Head de Compliance e Prevenção à Lavagem de Dinheiro da Checkout. com Brasil.
Heloiza Canassa é jornalista especializada em economia e finanças, com MBA em Economia, Gestão e Relações Governamentais (FGV-SP). Trabalhou em grandes veículos de imprensa internacionais e nacionais e nos últimos dez anos se dedica à comunicação corporativa, com passagens pelo Banco Central e conduzindo projetos junto aos ministérios da Economia e da Cultura, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), instituições financeiras globais, empresas e associações de classe.
Jacqueline Oliveira é Administradora de Empresas, com MBA pela FIA/USP. Possui consolidada experiência em pagamentos eletrônicos, serviços financeiros, segurança digital e tecnologia, tendo atuado nos últimos 20 anos em empresas como Redecard (atual Rede), GetNet e Gemalto. Desde 2018 é a responsável pelo time de Parcerias de Pagamentos para o Facebook no Brasil colaborando para o desenvolvimento de iniciativas de pagamentos para a família de aplicativos como Facebook, Instagram e WhatsApp.
Jihane Halabi é sócia do Halabi e Chang. Advogada especialista em regulamentação bancária e de pagamentos e direito digital, com especializações na FGV/SP, Ibmec e Luiss Università Internazionale Italiana, há 15 anos trabalha na área de fintech e pagamentos. Participou ativamente das discussões iniciais para o marco regulatório das fintechs e pagamentos no Brasil, além de atuar como professora convidada sobre estes temas em diversas escolas e é parceira do programa Lift Learning do Banco Central do Brasil. Jihane faz parte do grupo de mentores do curso Ignite a convite da Stanford University, é ex-MeLi e tem experiência como co-founder e vendedora de uma tech company. Atualmente, colabora ativamente em inúmeras frentes para que o Brasil se torne uma nação fintech.
Julia De Luca é Tech Manager no Itaú BBA, antes disso, atuou como Equity Sales Tech na mesma instituição. Julia se juntou ao Itaú BBA em outubro de 2018 como Equity Sales Tech Institucional. Antes disso, trabalhou por um ano e meio em Business Development de Tecnologia na Stone Pagamentos. Ela começou sua carreira em 2011 na Gávea Investimentos, onde trabalhou como Hedge Fund Sales Offshore por cinco anos. Julia é formada em economia pela PUC-Rio.
Kelly Cristina Gallego Massaro é administradora e tem mais de 20 anos de experiência dedicados ao mercado financeiro e de câmbio, com largo conhecimento em compliance financeiro. É presidente executiva da Associação Brasileira de Câmbio (ABRACAM), coordenou ativamente as ações para criação do Selo ABRACAM de Conformidade e a Certificação em Câmbio, as pioneiras do segmento, e preside a Comissão Financeira do Mercosul (Ciasefim).
Larissa Medeiros é nascida e criada em São João de Meriti, na Baixada Fluminense — RJ. Desde jovem, sempre soube que contaria as histórias que observava e ouvia por aí, por isso o Jornalismo foi a escolha mais natural de carreira. Após se formar em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e atuar com Comunicação Institucional e Cultura, seu caminho encontrou o da Talle. Como redatora da MarTech (especializada em finanças e tecnologia), ela participou de diversos projetos envolvendo as principais lideranças do ecossistema brasileiro e internacional. Seu trabalho pode ser visto em séries como Efeito Open Banking (com participação do Banco Central do Brasil) e Papo Pix. Ao lado da Talle, Larissa segue criando conteúdo e estratégias para bancos, fintechs e empresas de inovação e tecnologia, ajudando a comunicarem suas soluções com expertise e criatividade.
Lívia Belfort é bancária, graduada em Administração, pós-graduada em Gestão de Pessoas e em Finanças & Banking. Ao longo dos últimos 15 anos, dedicados ao Banco do Brasil, passou por diversas funções e áreas: varejo, atacado, comércio exterior, soluções para empresas e negócios digitais. Esteve à frente do Projeto Open Banking e de diversas iniciativas de intraempreendedorismo e inovação. Hoje atua como Gerente de Gente & Gestão e Estratégia Digital do BB.
Luiza Machado é advogada com foco em compliance e prevenção à lavagem de dinheiro, atualmente liderando a área de Governança de PLDFT da StoneCo. Graduada pelo Mackenzie e com MBA pela FGV, Luiza atuou como advogada do Mattos Filho desde o início de sua carreira, até ingressar na StoneCo. em 2020. Ao longo de sua trajetória profissional, Luiza contribuiu para o GT de Integridade do Instituto Ethos e o GT de compliance da coalizão Open Banking.
Mareska Tiveron Salge de Azevedo é Chief Risk & Compliance Officer da Zoop, fintech do Grupo Movile. Advogada graduada pela PUC/SP e com especialização na FGV/SP. Atuante em consultoria empresarial há 20 anos, especialista em regulamentação bancária e de pagamentos e há 15 anos trabalha no mercado de fintechs. Mareska é coordenadora do Comitê de Compliance da ABIPAG e autora de diversos artigos publicados em livros especializados em direito bancário. Atualmente, colabora ativamente em inúmeras frentes para que o Brasil se torne uma nação fintech.
Mariana Leite André atualmente é Gerente Tributário da SumUp para a América Latina. Formada em Direito com MBA em Finanças pela FGV, tem experiência de mais de 15 anos na área tributária, atuando em grandes corporações e diferentes mercados, tais como setor elétrico, indústria, varejo e, nos últimos 2 anos, fintechs.
Mariana de Castilho Lázaro é graduada pela Universidade de San Diego, com MBA pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) Management Sloan School. Tem mais de 20 anos de experiência na área financeira, atuando em empresas multinacionais com cargos nacionais e internacionais. Atualmente ocupa o cargo de CFO da SumUp América Latina, no Brasil. Também tem passagens por organizações como a Unisys e Fiserv.
Marília de Cara é formada em Direito pela Universidade de São Paulo — USP (2007), com mestrado em Direito Comercial também pela USP (2013), LL. M (Master of Laws) pela Universidade de Columbia — NY (2014). Atuou como associada de Pinheiro Neto Advogados por 14 anos e como international counsel do escritório Shearman & Sterling LLP em Nova York (2014-2015). Atualmente é Diretora Jurídica de Pagamentos para a América Latina na Uber.
Natália Fritzen é analista de Políticas Públicas no time de Relações Institucionais do Nubank e graduada em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo — USP.
Priscilla Koo Wilkens é engenheira de produção pela Escola Politécnica da USP e mestre em Administração Pública com ênfase em Economia e Finanças pela Universidade de Cornell, onde se apaixonou pela Economia Comportamental e se tornou Systems Thinker certificada. Já atuou na área de tecnologia da informação (inteligência de negócios e ciência de dados), na área de risco de crédito, e recentemente migrou para a área de pagamentos.
Rafaela Nogueira é Economista-Chefe da Zetta e Relações Institucionais do Nubank. Doutora e Mestre em Economia pela EPGE/FGV.
Raquel Nadalin é vice-presidente, head do time de Delivery da Mastercard que entrega projetos de consultoria, advanced analytics e serviços de marketing. Raquel é engenheira formada pela USP, com pós-graduação pela FGV EAESP e MBA pela Universidade de Michigan, ROSS. Há mais de 20 anos trabalha em banking e pagamentos, com passagens pelo Itaú e Kearney.
Roberta Anchieta é executiva responsável pela administração fiduciária de fundos de investimento. Roberta iniciou sua carreira há mais de 20 anos no mercado de capitais, sendo 16 deles na divisão de gestão de ativos. Atualmente é presidente da Comissão de Administração e Custódia da Anbima e membro do Fórum de Serviços Qualificados da Associação, contribuindo ativamente para o desenvolvimento da indústria brasileira de fundos de investimento. Após fazer parte do Conselheira 101, grupo criado para incentivar mulheres negras a seguirem carreira de conselheiras de empresas, Roberta se tornou membro do Conselho Fiscal da Ânima Educação S. A. Mestre em Modelagem Matemática aplicada a Finanças pela USP, Roberta é graduada em Matemática Aplicada e Computacional pela Unicamp e possui MBA em Finanças pelo Ibmec/Insper.
Sob a perspectiva de diversidade, Roberta é uma das líderes de grupos de afinidade racial e de gênero no ambiente corporativo.
Salma Mendoza é formada em Administração pela Universidad Ibero americana (2013, Cidade do México) e possui um MBA da IE Business School (2018, Madrid). Iniciou sua carreira em consultoria estratégica e pagamentos na Broxel (México), foi head de Fintech para o México e de pagamentos para América Latina na Uber. Atualmente ela é Diretora de Pagamentos Online na Conekta.
Sandra Bolfer é sócia e Diretora de compliance da StoneCo. , onde também atuou como Diretora Jurídica por alguns anos. Advogada de formação, com pós-graduação pelo IBMEC, MBA Executivo pela UFRJ e conclusão do programa de OPM da Harvard Business School, em sua carreira Sandra permeou o ambiente de escritório de advocacia e, posteriormente, da indústria, até ingressar em 2011 na holding de investimentos precursora do grupo StoneCo. Desde então, Sandra se dedica à Stone e à indústria de meios de pagamentos.
Silvia Valadares um dia sonhou em escrever novela e se mudar para o Rio de Janeiro. O vento soprou para a inovação e o empreendedorismo. Filha do Recife, criada no Porto Digital, ajudou a colocar tijolos em um dos ambientes mais vibrantes de empreendedorismo do país. Migrou para o Instituto Nokia de Tecnologia para fomentar a revolução mobile, fazendo a conexão da pesquisa no Brasil com os centros da Finlândia. Na Microsoft, foi pioneira no corporate venture, tropicalizando programas globais e criando outros regionais que impactaram mais de 6 mil startups. Trocou a vida executiva pela de empreendedora e está na segunda startup, a Kozmic. work, fazendo a transição para um mundo descentralizado.
Thais Gobbi é advogada formada pela Universidade de São Paulo (2005), LL. M. pela Columbia Law School, em Nova Iorque (2010). Foi associada estrangeira no escritório White & Case LLP em Nova Iorque (2010/2011), Diretora Jurídico-Regulatório do Grupo UOL — PagSeguro PagBank.
NOTA SOBRE DIVERSIDADE
Roberta Anchieta
Frequentemente me perguntam se diversidade é moda. A resposta é simples, mas o entendimento nem sempre é.
Quando falamos em diversidade, não estamos apenas falando ser que é correto incluir grupos que são maioria no Brasil, como mulheres e negros, mas subrepresentados nos espaços de poder público e privado. Estamos falando em valorizar as diferenças, em dialogar com a população em geral e não somente com uma parcela específica. Estamos falando não apenas em evitar crises reputacionais às empresas, uma vez que a sociedade cobra insistentemente representatividade nas campanhas publicitárias e no atendimento ao público. Estamos falando também em performance. Sempre digo que ao olharmos para um mesmo problema, com experiências de vida diferentes, enxergamos soluções diferentes. Para o líder, um time diverso requer um esforço maior de gestão, pois não é simples convergir em meio a tantas opiniões diferentes. Por outro lado, quando chegamos a uma conclusão, certamente ela será mais robusta e completa. Em um ambiente que requer inovação constante, a diversidade é fundamental.
Sendo assim, minha resposta é simples e consistente: não, a diversidade não é moda. A diversidade é um caminho sem volta para as empresas que querem trilhar o caminho do sucesso.
PREFÁCIO
Bedy Yang
Pessoalmente, sinto-me honrada em escrever o prefácio da obra Brasil Fintech. Como sócia de um dos fundos mais ativos e internacionalizados do mundo — o 500 Global - tive diversas oportunidades de avaliar com profundidade e investir em fintechs. Com mais de 2500 startups investidas em mais de 70 países, nosso trabalho nos coloca em contato com o que há de mais interessante e inovador, seja em gestão, operação ou mesmo órgãos reguladores, sendo também responsável pelo desenvolvimento de relacionamento com vários parceiros ao redor do mundo, grandes empresas, universidades e governos. Enxergo um diferencial no mercado brasileiro.
A tecnologia está mudando rapidamente o cenário econômico e financeiro do país e com isso trazendo ainda grandes oportunidades de transformação. A Creditas, Ebanx, Neon, Nubank, PagSeguro e Stone são algumas das empresas locais com um valor de mercado de mais de um bilhão de dólares e que contribuíram para a expansão dessa indústria, trazendo um mundo de novos clientes para um novo mundo em operações financeiras.
O livro traz uma oportunidade única de entender o cenário do Brasil por intermédio das visões de profissionais que, mesmo quando antagônicas, acabam se somando em um prognóstico realista, e sobretudo rico, também por essa composição heterogênea. As autoras exercem com cuidado o papel de transmitir informação técnica-operacional, detalhes relevantes de regulação e previsões analíticas, mantendo a pessoalidade que acaba afastando o texto daqueles relatórios estéreis e algumas vezes até distantes do caldeirão de mudanças que vêm ocorrendo nessa parte do mundo.
Os textos são compostos por excelentes provocações de líderes que ocupam posições em fundos de investimentos, startups, grandes empresas estabelecidas, escritórios de advocacia especializados, universidades e órgãos públicos, trazendo uma perspectiva completa do ecossistema de fintech no Brasil. Além da representação de stakeholders do ambiente de serviços financeiros do país, as vozes são de mulheres relevantes, o que torna o livro ainda mais preciso. Em venture capital nos Estados Unidos, menos de cinco por cento de sócios e fundadores são mulheres e é comprovado que as investidoras aportam pelo menos duas vezes mais em startups lideradas por elas.
Por meio da obra, tive insights e pude enxergar nuances significativas sob a visão de uma investidora que está sempre em busca de boas oportunidades, e aqui muitas são colocadas à mesa. Mergulhe nessas atuais e precisas provocações para que possamos continuar construindo em conjunto o futuro que queremos ver, um serviço financeiro cada vez mais inclusivo, universalizado, mais gerador de valor e de referência no mundo. Se há o país das fintechs, esse livro seguramente vai te ajudar a dizer qual é.
Estabelecer uma estratégia internacional de investimentos não é tarefa para ressabiados. Exige habilidade para decidir constantemente sob incerteza, num contexto de contratos complexos, custos afundados e informação assimétrica.¹ Há muito ruído, sempre.² Nesse tipo de contexto,³ a literatura econômica antecipa condições ideais para a formação, cíclica, de tempestades perfeitas, oportunismo, bolhas e perdas extraordinárias. Investir em tecnologia, especialmente considerando as transformações trazidas pela Revolução Industrial 4.0,⁴ impõe todos esses desafios. Interessa-nos debater se, no Brasil, investir em tecnologia é particularmente difícil ou arriscado.
Estar em meio a uma revolução industrial significa conquistar avanços incrementais a partir de conhecimentos e sistemas das revoluções industriais anteriores e, no caso desta Revolução 4.0, a partir dos recursos digitais aportados pela Revolução que a antecedeu. Um dos desafios desta etapa é fazer com que os diferentes tipos de tecnologia sejam desenvolvidos de forma integrada, ética, humana e sustentável.⁵ No caso do sistema financeiro, o aprofundamento do uso da inteligência artificial pode — segundo especialistas e observadores — "fragilizar e volatilizar’’⁶ os sistemas econômicos e obscurecer as linhas de responsabilização e transparência das decisões. A computação quântica, por sua vez, pode tornar os protocolos atuais de segurança online inúteis.
Consideremos o caso específico do blockchain.⁷ Neste ambiente, as ambiguidades legais e a ausência de normas, bem como complexa infraestrutura necessária constituem desafios concretos. Adicionalmente, preocupam a regulamentação de dados nacionais e transnacionais, além da utilização desta tecnologia por organizações criminosas, temas estes abrigados nas agendas de políticas públicas ao redor do mundo. Além disso pouco se conhece do risco de controvérsias ou litigiosidade relacionados ao blockchain. Interessante notar, todavia, que a maioria desses aspectos não é peculiar ao Brasil.
Para abordar questões como as mencionadas anteriormente, fóruns de construção internacional de legitimidade⁸ produzem, em conjunto com a academia, indústria e terceiro setor, conteúdo e diretrizes para apoiar formadores de política pública. A jornada de regulação do ecossistema fintech é, contudo, repleta de ambivalências. Convivem, muitas vezes harmoniosamente, o desejo de propiciar o avanço tecnológico em toda sua plenitude, e, ao mesmo tempo, a necessidade de alcançá-lo a partir de bases sustentáveis, considerando a proteção ao indivíduo, à dignidade humana e aos preceitos