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Meu Eu, Nós E Eu
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E-book148 páginas2 horas

Meu Eu, Nós E Eu

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Sobre este e-book

Usando o pseudônimo de Henry Mallet, um frustrado escritor brasileiro, decide escrever um desabafo, e expor suas frustrações, mas é atormentado por personagens que ele mesmo criou!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de fev. de 2021
Meu Eu, Nós E Eu

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    Meu Eu, Nós E Eu - Paulo R. G. Silva

    MEU EU, NÓS E EU

    Paulo R. G. Silva

    1ª Edição 2021

    2ª Edição 2024

    Copyright © 2020/2021, por Paulo R. G. Silva.

    Título: Meu Eu, Nós E Eu.

    Texto: Paulo R. G. Silva.

    Revisão: Carolina Fróes e Paulo R. G. Silva.

    Projeto gráfico e diagramação: Paulo R. G. Silva.

    Capa/Contracapa: Paulo R. G. Silva.

    TODOS OS DIREITOS RESERVADOS E PROTEGIDOS PELA LEI 9.610 DE 19/02/98. Paulo Roberto Gomes Silva detém a propriedade intelectual da obra Meu Eu, Nós E Eu.

    Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, distribuída ou transmitida por qualquer forma, ou por qualquer meio, incluindo fotocópia, gravação, ou outros métodos eletrônicos, ou mecânicos, sem a prévia autorização por escrito do editor, exceto no caso de breves citações, incluídas em revisões críticas, e alguns outros usos não comerciais, permitidos pela lei de direitos autorais.

    Contato com o autor:

    paulogomeslivros@gmail.com

    Sumário

    Prefácio

    Capítulo 1 — A Terceira Idade

    Capítulo 2 – Meu Eu, Nós e Eu

    Capítulo 3 — Uma Tragédia Inevitável

    Capítulo 4 – Assumindo O Controle E Mostrando Histórias

    Capítulo 5 – Desistência E O Fim

    NOTAS DO AUTOR

    Prefácio

    Quantas vezes já desejamos voltar no tempo e alterar os acontecimentos? Viajar até uma determinada época e evitar as grandes tragédias que conhecemos hoje em dia? Ainda mais quando se trata de problemas emocionais, familiares, financeiros ou a perda de um ente querido? Muitas vezes, posso categoricamente assegurar.

    Como seria magnífico poder retroceder no tempo! Viajar até o instante antes de algum evento que modificou significativamente nossa vida e impedir que ele tivesse acontecido, não é mesmo?

    Bem que deveria ser possível, simples, rápido e bem seguro. Que um simples friccionar no braço pudesse nos arrastar de uma época para outra. Que bastasse um crepitar de dedos, e pronto! Lá estaríamos! No lugar, no dia e na hora certa para mudar a trajetória e o destino de alguém, consequentemente, da humanidade.

    Tudo seria uma maravilha, se pudéssemos realizar tais coisas! Mas, se você decidisse escrever um livro de viagem no tempo e, de repente, seus personagens passassem a interagir com você? Certamente seria uma aventura para lá de assustadora!

    DEDICATÓRIA

    Meus sinceros agradecimentos, pelo apoio incondicional, à minha esposa, Lúcia, aos meus filhos, Priscila, Plínio, Bárbara e Vinícius. Dedico este livro ao meu neto Enzo e à Carolina Fróes, pela sua revisão.

    Capítulo 1 — A Terceira Idade

    Meu nome é… bom, não importa! Todos saberão, de qualquer forma!

    Alguns anos antes desse tempo, decidi ingressar no mundo literário e escrever alguns livros! Evidentemente, meu objetivo era alcançar o sucesso neste universo único e me tornar um escritor renomado, tanto nacional quanto internacionalmente! Meu desejo era ser reconhecido, conhecido e, claro, ganhar muito dinheiro, garantindo assim meu futuro e mantendo minha mente ativa, já que sempre me preocupei com o dia em que chegaria à terceira idade. Por que não dizer de uma vez: afastar as doenças que sempre acompanham a velhice?

    Acreditava que seria o melhor caminho a seguir, pois, com a idade avançando e sem oportunidades no mercado de trabalho, encontraria o sucesso ao final da jornada. Reconheço agora que me enganei redondamente.

    Se eu consultasse um psiquiatra, algo que nunca fiz e nem pretendo fazer, certamente ele diria que sou um desajustado. E, nesse caso, eu seria obrigado a concordar com ele.

    Mesmo tendo estudado e absorvido tantas lições de vida, uma coisa que nunca aprendi de verdade foi como lidar com as pessoas. Principalmente, quando me deparo com situações que me incomodam. A irritação toma conta de mim, corroendo meu interior e vice-versa. Ainda não adquiri o hábito de escutar atentamente antes de falar. Será esse o meu grande defeito?

    Sempre fui ativo e dedicado, contudo, por mais que me esforcei, jamais obtive o sucesso que almejo na vida, em três áreas: profissional, social e, a mais importante de todas, a financeira! O que me frustra é que, até hoje, quando tudo parece estar indo de vento em popa e a realização parece próxima, algo inesperado acontece e tudo desmorona.

    Ao observar meus parentes, vizinhos e amigos com seus carrões, bons empregos, viagens constantes e reformas em suas casas, confesso que a inveja me invade… Não posso negar… É uma inveja que me corrói por dentro! Imediatamente, questionamentos surgem em minha mente. Um deles: por que eles conseguem e eu não? Reconheço que, nesse quesito, sou um invejoso compulsivo.

    Se alguém, a qualquer momento, me questionar: Você não sente vergonha de sentir inveja?, minha resposta será categórica: não! O que sinto é pura e simplesmente inveja, sem sombra de dúvidas! Afinal, enquanto tenho a certeza de ter me dedicado ao máximo para alcançar 1% do que sempre sonhei, outros nem sequer precisam se esforçar para obter resultados positivos e realizar seus sonhos. Isso, inevitavelmente, me faz sentir como um fracassado, de forma automática. Algo que não consigo controlar.

    Será que isso me torna um desajustado, um esquizofrênico, ou talvez um sociopata? Não tenho conhecimento para discernir.

    Sinto cada fibra do meu ser doer, e a indignação pela vida ferve em minhas veias. Meus anseios e minhas incapacidades derramam sobre mim toda a amargura de uma vida sem as definições e os resultados esperados, além de projetarem a sombra de um futuro incerto.

    Ao longo dos meus 65 anos de vida, percorri caminhos que bilhões de pessoas não teriam a coragem de trilhar, talvez por receio ou desinteresse. Mas eu os trilhei de cabeça erguida, até mesmo exaltado, com o único objetivo de honrar meus compromissos. Cuidei da melhor maneira possível dos meus filhos e, no contexto geral, da minha família, vivendo, porém, de forma descuidada em relação a mim mesmo.

    Quantas vezes, em momentos de desajuste, contestei minha esposa sem que ela tivesse qualquer responsabilidade sobre o assunto? Incontáveis vezes! Certamente, essas discussões nunca me levaram a nenhum resultado positivo em relação ao que eu tentava alcançar. Tanto é que resolvi escrever para desabafar. Desabafar? Eu disse desabafar? Parece que errei o termo! O mais correto seria dizer: pôr para fora toda a minha ira contra uma sociedade injusta e desajustada.

    Um dos problemas que mais me atormentou foi o desemprego. Sempre o vi como o maior obstáculo da minha vida. Para piorar, sempre fui vítima dele. Em todas as oportunidades em que isso aconteceu, ouvi o sibilar do desespero a quilômetros de distância. A perda repentina da minha fonte de renda me levava, sistematicamente, ao isolamento. Diferentemente de uma pessoa que passa por um divórcio ou outra experiência dolorosa e tende a compartilhar sua dor com aqueles em quem confia, onde sempre há alguém que a conforta e a aconselha de forma positiva, durante essas perdas, a última coisa que eu desejava era contar meus problemas para alguém. Temia que me interpretassem erroneamente e me colocassem no pedestal dos vencidos. Isso ocorria porque havia uma mudança drástica em todos os setores da minha vida. Na família, meu primeiro plano de estrutura, eu passava a me sentir o pior dos piores. Inevitavelmente, o relacionamento amoroso era o primeiro a sucumbir.

    Os efeitos do desemprego repentino são expressivos e muitas vezes devastadores. Além da perda da estabilidade financeira, dos confortos e privilégios aos quais estamos acostumados, a diferença no tratamento por parte de amigos antigos, pode ser assustadora.

    O temor de ser considerado incompetente me leva a me isolar em um cone de silêncio. Esse comportamento é contraproducente, pois me afasta das pessoas que estariam mais dispostas a me ajudar. Infelizmente, essa tendência de me esconder atrás de barreiras que eu mesmo crio e de limitar a interação social na busca por outro emprego aumenta consideravelmente a dificuldade da minha nova busca.

    Até então, eu desconhecia a informação que de 70 a 80 por cento de todas as vagas de emprego são preenchidas por pessoas que fazem uma rede de contatos. Agora, percebo que já é tarde demais para mim.

    Está claro para mim! É deveras insustentável, e sei que não vou conseguir levar adiante. Não vamos ter mais renda e não vou ter como sustentar a família.

    A frase acima, (texto original), foi escrita por um pai de família que perdeu o emprego e decidiu que o melhor caminho a seguir, a única solução a tomar, e a decisão final para resolver o problema da perda do emprego era matar a esposa, os dois filhos pequenos e tirar a própria vida.

    Sinto um desgosto profundo por falhar com tanta força e por deixar todos na mão. Mas o melhor é acabar de uma vez com tudo e evitar o sofrimento de todos. — acrescentou ele. (Texto original do autor).

    Eu nasci e cresci em uma família completa, composta por pai, mãe e irmãos. As dificuldades eram tantas naqueles tempos que sempre faltava um pouco de cada coisa. No entanto, a vida era boa. Não tenho do que reclamar, apesar da carência em 90% dos bens de consumo, de certa forma, éramos felizes! Acostumei-me a levar a vida sorrindo e contando piadas. Talvez isso tenha causado um vácuo e a falta de visão nas áreas em que não obtive o sucesso esperado.

    Confesso! Eu acalentava a expectativa de chegar aos 60 anos com uma boa bagagem. Poder desfrutar o resto da vida em momentos agradáveis, viagens, com um bom plano de saúde, para que, se precisasse, não enfrentasse filas em postos de saúde e hospitais que, com licença da palavra, sempre foram, e são uma complicação! Tenho a sensação de que a qualquer momento ficarei perdido no tempo!

    Essa perspectiva não aconteceu! Muito pelo contrário, fiquei longe desse patamar, beirando a queda no abismo, enfrentando, além do monstro do desemprego, dificuldades financeiras sem precedentes. O que posso afirmar do momento atual que enfrento? Teria que escrever outro livro dentro deste. Pelo menos, neste exato momento, estou exercendo alguma atividade remunerada!

    O raciocínio de muitas pessoas que estão prestes a alcançar a terceira idade é que nessa fase da vida acontecerá um dilúvio de doenças. A pele se tornará flácida e haverá a perda gradual dos sentidos. Sabemos que nem sempre isso ocorre. Para muitos, a velhice é assombrosa pela perspectiva de ter menos oportunidades, mais intervenções médicas e tornarem-se vítimas do preconceito dos mais jovens. Eles estão certos quanto a isso!

    Será que há um lado bom em se juntar ao grupo dos grisalhos com mais de 60 anos? A ciência comprova que envelhecer não é um processo de decadência. O melhor da vida pode acontecer bem mais tarde do que imaginamos. É possível obter vantagens após envelhecer, mas isso depende do estilo de vida que a pessoa leva durante esse percurso.

    Estudiosos afirmam que existem alguns benefícios no envelhecimento. Um deles é que nos tornamos mais inteligentes e maduros, com uma carga maior de conhecimentos. O problema está nas expressões que os mais jovens usam para descrever os efeitos destrutivos do envelhecimento, principalmente no cérebro! Essas expressões são frequentemente utilizadas no tratamento dispensado aos idosos, desde velhote até velho ou velha gagá!

    Felizmente, existe uma gama de habilidades vitais para manter as mentes mais velhas inteligentes e ativas

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