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Senhor Tempo Bom
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E-book81 páginas1 hora

Senhor Tempo Bom

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Sobre este e-book

Galileu, um meteorologista com medo da chuva, enfrenta um paradoxo curioso. Seu receio não seria um grande problema, exceto pelo fato de que ele está prestes a enfrentar a maior tempestade de sua vida. Quando clima e destino colidem, Galileu se vê em uma jornada inesperada que desafiará suas previsões e revelará segredos escondidos no tempo.
Com um novo prefácio exclusivo da pesquisadora Cláudia Fusco, Senhor Tempo Bom é a novela de Anna Martino que inaugurou a terceira onda da coleção ZIGUEZAGUE com uma narrativa envolvente que explora a complexidade do tempo e da memória.
FINALISTA DO PRÊMIO ODISSEIA DE LITERATURA FANTÁSTICA 2021
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jun. de 2024
ISBN9786586692167
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    Senhor Tempo Bom - Anna Martino

    Um homem no telhado

    Era ridículo que um homem de quarenta anos, ex-militar de carreira, com uma esposa e um filho a caminho, tivesse tanto medo de chuva. No entanto, esse era o problema de Galileu da Silveira: o som de trovoada e a visão de nuvens escuras era uma kryptonita extremamente eficaz para acabar com o dia dele.

    Naquela tarde de fevereiro, ele estava plantado em cima do telhado do laboratório tentando consertar os aparelhos meteorológicos. Falando assim, parecia uma operação complexa, mas era apenas o anemômetro que tinha emperrado e, com isso, parado de passar as informações corretas sobre a velocidade dos ventos. Sempre tinha alguma coisa para consertar por ali — na semana passada tinha sido o termo-higrógrafo que tinha pifado, e cadê o dinheiro para conseguir outro? Esperar a universidade se mexer para comprar outro aparelho seria a mesma coisa que encontrar um unicórnio pastando na entrada da Cidade Universitária.

    E como explicar para que precisavam de um medidor de umidade e temperatura ambiente em um laboratório do tamanho de um armário de vassouras como o dele? Era melhor consertar o aparelho sozinho.

    Era naquilo que Galileu pensava quando escutou o barulho de trovão. Em um décimo de segundo, o pânico se instaurou e, na tentativa de fuga — do quê, exatamente, ele não saberia dizer —, enfiou o pé em uma telha que estava meio bamba e, bem, foi assim que Estevão e Ruben tomaram o susto de suas vidas com uma perna e um pé atravessando o forro de gesso do teto do laboratório sem a menor cerimônia, seguida por uma saraivada de palavrões pronunciados com forte sotaque pernambucano.

    — Que é que te custa prestar atenção onde pisa, pombas? — Ruben bufou, enquanto Estevão enfaixava a perna esfolada de Galileu, vinte e cinco minutos depois. — Você é resistente, meu chapa, mas não é imortal.

    — E tudo o que a gente precisava era dum rombo no telhado justo hoje que tá prometendo cair o mundo — Estevão resmungou. — Tu te metes a fazer tudo à moda Miguelão, que nem dizem na minha terra, e ó aí o resultado: mais estrago do que conserto de

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