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Black Owl Vol.4
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E-book247 páginas2 horas

Black Owl Vol.4

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Sobre este e-book

Após anos de desafios e descobertas, Nok Theerasak e Dara Natchaya finalmente encontram a liberdade para viver o seu amor sem barreiras. Mas o destino, sempre imprevisível, traz novas provações. Com a graduação concluída, Nok precisa lidar com as expectativas de sua mãe, Chantira, que a vê como a herdeira do império Theerasak. Ao mesmo tempo, Dara luta para construir seu próprio caminho, sem depender do prestígio da família de Nok. Entre responsabilidades, escolhas difíceis e desejos incontroláveis, as duas enfrentam um futuro incerto, onde o amor será testado como nunca antes. Enquanto o passado ainda lança sombras sobre seus corações, o que realmente significa ter liberdade? Black Owl 4 é uma história intensa sobre amor, ambição e a difícil arte de encontrar um lugar no mundo sem se perder a si mesma.
IdiomaPortuguês
EditoraClube de Autores
Data de lançamento1 de set. de 2025
Black Owl Vol.4

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    Black Owl Vol.4 - Ana F. Soares

    Para uma melhor compreensão desta jornada, recomenda-se a leitura de Black Owl 1, Black Owl 2 e Black Owl 3.

    Pode conter cenas íntimas explicitas.

    PRÓLOGO

    O ar noturno de Bangkok era quente e carregado de uma leve eletricidade, um reflexo da cidade que nunca dormia. No alto do hotel de luxo das Theerasak, onde Dara agora morava, Nok observava o horizonte brilhante com uma taça de vinho na mão e um sorriso de contentamento nos lábios. O brilho das luzes refletia-se no vidro da janela panorâmica, criando um contraste entre a vastidão da cidade e a intimidade do momento.

    Desde a primeira vez que se cruzaram na universidade, a presença de Dara na vida de Nok tornara-se algo indispensável. O destino unira-as de uma forma inesperada, uma história marcada por reviravoltas intensas e segredos há muito enterrados. O maior deles fora a verdade que as libertara, não eram irmãs. Durante algum tempo, viveram com essa dúvida a pairar sobre as suas cabeças, um muro invisível que impedia qualquer avanço. Mas quando a verdade veio à tona, aquilo que tinham tentado ignorar tornou-se impossível de conter.

    O amor entre Nok e Dara crescera de forma silenciosa, como algo inevitável. Não era uma paixão descontrolada, mas sim uma conexão profunda, cimentada pela amizade, pela confiança e pelas dificuldades que ultrapassaram juntas. Desde o momento em que Nok decidira enfrentar os seus sentimentos, não havia mais dúvidas. Dara era a sua casa, o seu porto seguro. E agora, estavam finalmente juntas, sem medos ou incertezas.

    Dara continuava a morar no hotel, mas havia um espaço em particular onde gostava de se refugiar: a garagem onde viveu durante anos. Nok nunca entendeu completamente essa necessidade de regressar ao lugar onde tanto sofreu, mas nunca questionou. Aquele espaço, escuro e frio, era um fragmento do passado de Dara que ela não estava pronta para abandonar. Talvez fosse um lembrete da sua resiliência, ou talvez fosse apenas um sítio onde podia estar sozinha com os seus pensamentos. Nok respeitava isso, porque sabia que, no fundo, o passado de Dara era parte da mulher por quem se apaixonara.

    Os últimos meses foram de adaptação. Nok terminava o curso de arquitetura, carregando consigo o peso das expectativas de Chantira e Ananya. Por mais que desejasse construir o seu próprio caminho, sabia que a mãe sempre a veria como a herdeira do império Theerasak. Por outro lado, Dara, mais reservada e determinada, mantinha-se focada no seu futuro, tentando equilibrar a vida pessoal e a profissional sem depender do nome da família da namorada.

    Agora, o próximo capítulo das suas vidas estava prestes a começar. As incertezas ainda existiam, mas desta vez, Nok e Dara estavam dispostas a enfrentá-las juntas. No horizonte, um futuro brilhante aguardava-as.

    CAPÍTULO 1

    UMA NOVA VIDA

    A noite caía suavemente sobre Bangkok, envolvendo a cidade numa manta de luzes vibrantes e sombras dançantes. O carro de luxo cortava as ruas movimentadas, deslizava pelo asfalto com a elegância de quem sempre pertenceu àquele mundo. No interior, o ambiente era carregado de um orgulho silencioso, misturado com a leve exaustão de um dia memorável.

    Chantira conduzia com sua habitual postura impecável, os dedos firmes no volante, os olhos dourados atentos à estrada à sua frente. Ao lado dela, Ananya exalava tranquilidade, a mão pousada suavemente sobre a perna da esposa num gesto discreto, mas carregado de cumplicidade. Para os olhos do mundo, Chantira Theerasak era inabalável, mas Ananya sabia que, naquele momento, ela estava feliz. Ver Nok chegar a este marco de vida significava mais do que qualquer palavra poderia expressar.

    No banco de trás, Nok e Dara estavam lado a lado, ainda envoltas na euforia da formatura. Os toques subtis entre elas, os dedos que se entrelaçavam de forma quase inconsciente, denunciavam uma ligação que ia muito além das palavras. A cerimónia havia terminado, e agora a vida adulta estendia-se diante delas, cheia de promessas e desafios, um território desconhecido que ansiavam explorar juntas.

    Foi um dia maravilhoso, comentou Ananya, olhando para trás com um sorriso maternal. Vocês as duas estão oficialmente formadas.

    Sim, agora começa a verdadeira vida, acrescentou Dara, segurando a mão de Nok com um aperto ligeiramente mais forte, como se estivesse a preparar-se para algo.

    Nok assentiu, os olhos azuis brilhando com entusiasmo. E eu vou começar esse novo capítulo passando o fim de semana no hotel com Dara.

    Chantira olhou brevemente pelo espelho retrovisor, sem surpresa. Então devias passar por casa para pegar algumas roupas.

    Nok sorriu, satisfeita com a previsibilidade da mãe. Já tratei disso.

    Ananya conteve um sorriso travesso, sabendo perfeitamente que o fim de semana da filha no hotel seria passado em grande parte entre lençóis e momentos intensos com Dara. Não disse nada, mas um ligeiro arqueamento de sobrancelha entregou-lhe os pensamentos. Nok percebeu e lançou um olhar divertido à mãe.

    Ao seu lado, Dara permaneceu silenciosa, o olhar fixo na paisagem urbana que desfilava do lado de fora da janela. A luz dos néons refletia-se no seu rosto sereno, mas havia algo na sua expressão que Nok reconheceu. Uma sombra de hesitação, um breve instante de introspeção que não passou despercebido. Não era algo que Nok estivesse disposta a pressionar naquele momento, mas ficou gravado na sua mente como uma nota mental a revisitar mais tarde.

    Quando chegaram ao hotel, Chantira estacionou junto à entrada principal. O porteiro apressou-se a abrir a porta, mas Nok e Dara não se apressaram a sair. Chantira virou-se para elas, com a expressão de sempre, calculada e firme.

    Segunda-feira, nove da manhã, na empresa. Não se atrasem.

    Nok revirou os olhos de forma brincalhona, mas com um sorriso que suavizava a provocação. Sim, sim, mãe. Lá estaremos.

    Dara, no entanto, ficou em silêncio por um breve instante. Nok notou, mas não comentou. Ainda.

    As portas fecharam-se e o carro afastou-se lentamente, deixando para trás a silhueta imponente do hotel. Nok e Dara cruzaram olhares por um instante antes de seguirem para dentro. A noite ainda era jovem, mas algo pairava no ar, invisível, mas presente.

    O quarto de hotel era um refúgio de luxo e conforto, envolto em tons suaves e uma iluminação intimista. As amplas janelas ofereciam uma vista panorâmica da cidade, onde as luzes de Bangkok brilhavam como estrelas artificiais. O aroma subtil do jasmim pairava no ar, um detalhe delicado que tornava o ambiente ainda mais acolhedor.

    Assim que entraram, Dara largou os sapatos ao lado do sofá e desabou na cama, soltando um suspiro longo e satisfeito. Finalmente... um momento só para nós.

    Nok, no entanto, ainda estava cheia de energia. A adrenalina da formatura pulsava-lhe nas veias, e aquele era um marco importante demais para ser simplesmente seguido por uma noite de descanso.

    Temos de festejar! exclamou, com um brilho travesso nos olhos.

    Dara abriu um olho, meio sonolenta, e observou a namorada com um sorriso preguiçoso. Estás a pensar no quê exatamente? perguntou, mas algo na sua voz já denunciava que imaginava a resposta.

    Nok não disse nada. Em vez disso, começou a deslizar as mãos pelo tecido escuro do traje de formatura retirando a faixa cerimonial com um gesto deliberado. O tecido deslizou suavemente pelas suas mãos antes de ser colocado cuidadosamente sobre a cadeira ao lado. Depois, desabotoou a túnica, revelando por baixo uma lingerie preta de renda, delicada e provocadora, em contraste com a sobriedade do traje de formatura.

    Dara prendeu a respiração, os olhos a percorrerem cada linha do corpo de Nok. O cansaço que sentia momentos antes dissipou-se num instante. Mordeu o lábio inferior, sentindo o corpo reagir antes mesmo da mente processar. Nok sabia exatamente o efeito que causava nela e, naquele momento, estava a saborear cada segundo.

    Oh, acho que entendi... murmurou Dara, sentando-se lentamente na cama, os olhos a não desviarem por um segundo da mulher à sua frente.

    Nok aproximou-se, colocando-se entre as pernas de Dara, as mãos apoiadas nos ombros dela. Tens alguma objeção? perguntou com uma voz sedosa, inclinando-se ligeiramente para que os seus lábios roçassem na orelha de Dara.

    Dara soltou um riso baixo. Nenhuma.

    Nok sorriu antes de capturar os lábios da namorada num beijo intenso, profundo, carregado de desejo. As mãos de Dara deslizaram pelas costas de Nok, puxando-a mais para perto, enquanto o calor entre ambas aumentava, cada toque incendiando a pele como brasas acesas.

    Dara desceu as mãos pelo corpo de Nok, sentindo a textura macia da renda contra a pele quente. Nok pressionou o corpo contra o dela, aprofundando o beijo, os lábios explorando cada centímetro do pescoço de Dara até encontrar aquele ponto sensível que a fez arfar baixinho. Dara agarrou-a pela cintura, fazendo-a deitar-se sobre os lençóis de seda, e passou a ponta dos dedos pelo abdómen firme de Nok, traçando um caminho provocador.

    O desejo aumentava entre elas, uma dança de provocações e respostas. Nok deslizou os dedos pela roupa de Dara, puxando-as suavemente para baixo, enquanto os lábios nunca se afastavam dos dela. Dara retribuiu, explorando cada contorno da pele de Nok com a ponta dos dedos, gravando cada toque na memória.

    Os lençóis amassaram-se sob os corpos entrelaçados. Os beijos tornaram-se mais profundos, os suspiros mais intensos. Nok segurou o queixo de Dara com firmeza, dominando cada movimento com precisão, enquanto os seus corpos se encaixavam num ritmo próprio. A temperatura do quarto parecia subir a cada toque, a cada gemido contido, até que o desejo se tornou incontrolável.

    Naquele instante, não havia nada além delas. Apenas o calor dos corpos, a respiração entrecortada e o desejo a guiar cada movimento. Na penumbra do quarto, sob as luzes difusas de Bangkok, Nok e Dara entregaram-se completamente uma à outra, celebrando a noite de uma forma que só elas sabiam.

    ***

    Na casa de Chantira e Ananya, o ambiente era bem diferente do fervor juvenil que, sem dúvida, dominava o hotel. O silêncio ali não era pesado, mas confortável, preenchido apenas pelo som distante da cidade e pelo farfalhar das folhas das árvores do jardim sob a brisa noturna. A iluminação quente e suave do abajur criava um contraste acolhedor com o brilho frio dos edifícios que se avistavam pela janela.

    No sofá amplo da sala, Ananya repousava a cabeça no colo da esposa, os olhos semicerrados num estado de relaxamento absoluto. Chantira, sempre tão austera e meticulosa nos negócios, era agora apenas uma mulher tranquila, perdida em pensamentos enquanto acariciava os cabelos sedosos de Ananya com movimentos lentos e distraídos.

    Achas que elas vão reagir bem à proposta de trabalho? Ananya perguntou suavemente, sem abrir os olhos.

    Chantira respirou fundo antes de responder. Elas vão começar como estagiárias e crescer pelo seu mérito. É a melhor forma de entrarem no mundo real sem favoritismos. Mas também está na hora de falar com Nok sobre o hotel. Ele está no nome dela, e ela precisa começar a aprender a geri-lo.

    Ananya abriu os olhos e ergueu ligeiramente a cabeça para olhar para a esposa. Mas Nok não tem experiência nenhuma com gestão, Chantira. E sabes bem que gerir um hotel de luxo não é o mesmo que gerir um pequeno negócio.

    Eu vou ensiná-la, respondeu Chantira, a voz firme, mas sem dureza. É um processo. Ela não precisa saber tudo de um dia para o outro, mas precisa de começar. Ela é a nossa herdeira, a realidade é essa.

    Ananya franziu os lábios, ponderando. E se ela não quiser? Se Nok decidir seguir um caminho diferente?

    Chantira manteve-se em silêncio por um instante, os dedos ainda brincando com uma mecha do cabelo de Ananya. A ideia de Nok recusar aquilo que lhe estavam a oferecer não era impossível, mas também não era uma opção que Chantira estivesse disposta a aceitar facilmente.

    Espero que ela compreenda o que isso significa. Não é apenas uma questão de dinheiro ou poder. É sobre responsabilidade. Sobre garantir que aquilo que construímos não se perde.

    estudou o rosto da esposa, vendo algo ali que poucos conseguiam ver — a preocupação genuína por Nok, camuflada sob palavras práticas e lógicas.

    Seja qual for a decisão dela, vai precisar de nós, disse Ananya, levando a mão ao rosto de Chantira e acariciando-lhe a mandíbula definida. E tu vais ter de aceitar isso.

    Chantira não respondeu de imediato. Em vez disso, inclinou-se ligeiramente, pousando um beijo demorado na testa de Ananya.

    Um dia de cada vez. Foi tudo o que disse.

    Ananya suspirou, mas não insistiu. Conhecia bem a esposa. Chantira era como uma fortaleza — rígida, estratégica, sempre um passo à frente. Mas, por mais que tentasse planear tudo, existiam coisas que simplesmente não podiam ser controladas. E a filha que criaram juntas era uma dessas forças imprevisíveis.

    De volta ao hotel, Nok estava deitada na cama, exausta, mas feliz. O dia tinha sido longo, repleto de emoções, mas nada se comparava à sensação de estar ali, naquele momento, próxima de Dara.

    A porta da casa de banho abriu-se, libertando uma nuvem de vapor perfumado. Dara apareceu à soleira, envolta num robe, o cabelo negro ainda húmido a colar-se levemente à pele. O seu olhar encontrou o de Nok, um brilho cúmplice refletido nos olhos amendoados.

    O banho de imersão está pronto, disse Dara, com um tom suave, mas sugestivo.

    Nok ergueu-se preguiçosamente e seguiu-a. A casa de banho era espaçosa, iluminada por uma luz quente e difusa. A banheira estava cheia de água morna, perfumada com óleos essenciais, o vapor pairando no ar como um véu sedutor.

    Sem hesitação, Nok despiu lentamente o seu robe, sentindo o olhar de Dara acompanhar cada um dos seus movimentos. Entrou na banheira e sentou-se atrás dela, envolvendo-a num abraço quente, os braços a deslizar ao longo da pele suave de Dara.

    Tens ideia do que a tua mãe vai querer falar na reunião de segunda-feira? perguntou Dara, encostando a cabeça no ombro de Nok.

    Provavelmente sobre trabalho. Deve ser uma proposta de emprego.

    Dara ficou em silêncio. Nok franziu a testa e inclinou-se ligeiramente para ver o rosto da namorada. O que foi?

    Dara respirou fundo. Eu não quero que a tua mãe me ofereça um emprego.

    Nok olhou-a, confusa. Porquê?

    Porque não quero que pareça que consegui o trabalho por ser tua namorada. Quero construir a minha carreira pelo meu mérito.

    Nok sorriu levemente,

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