GRIFE DE SUCESSO
Engana-se quem pensa que o caminho até a chefia da operação de cozinha do restaurante Tangará Jean-Georges – localizado no hotel Palácio Tangará, em São Paulo, e o primeiro na América do Sul a integrar o time da Oetker Collection – foi fácil e sem obstáculos para o chef Felipe Rodrigues. Natural de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, Felipe saiu do curso colegial direto para Porto Alegre, onde cursou engenharia de controle e automação, na PUC, e Economia na Universidade Federal. De lá para cá, passou por diversos restaurantes no exterior, adquiriu experiência e, quando decidiu voltar ao Brasil, por saudade do convívio com a família, foi convocado para uma reunião com a equipe do chef franco-americano Jean-Georges, que mantém mais de 30 restaurantes ao redor do mundo.
DE ENGENHEIRO E ECONOMISTA A CHEF
“Gastronomia não foi a minha primeira opção, mas, como a maioria dos chefs, era o que havia no momento”, afirma o chef, que decidiu partir para um intercâmbio com os amigos, no terceiro ano da faculdade. Já em Londres, Felipe conta que estava realizando um sonho, de passar um tempo fora do país, aperfeiçoando o idioma inglês e aprendendo outras culturas. “Vendi meu carro, tranquei a faculdade e me matriculei no curso de Cambridge. Meus pais não apoiaram muito a ideia de trancar a faculdade. Fiquei dois meses estudando muito, fazendo muita socialização em inglês e foi esse o tempo que durou o meu dinheiro. Já conseguindo me comunicar, fui procurar trabalho. E caí naquela velha história, ou eu iria limpar banheiro ou iria para a cozinha, que são os trabalhos que os estrangeiros conseguem. Faço churrasco desde os meus 9 anos, sempre foi tradição na família, cresci vendo minhas avós cozinhar e, assim, comia muito mais do que deveria. Então, fui para a cozinha. Não sabia absolutamente nada do métier, só comer, e o que era comida boa”, diz, divertindo-se.
Felipe relembra que começou no Nandos, uma famosa rede do Reino Unido, especializada em pratos com frango. De lá, partiu para ser aprendiz de cozinha em um hotel e se dividia entre dois empregos, um pela manhã e outro à noite – com os estudos na parte da tarde. “Fiz isso por nove meses e fui pegando a dinâmica de cozinha e me apaixonando pelo setor. Acabei no conceituado restaurante Belvedere, de Marco Pierre White, no qual fiquei até 2007. Era um conceito de cozinha que não existe mais. Daqueles em
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