A CALIFÓRNIA na busca do balanço marítimo
Essa ultra valorização da profissão, aliada da natureza competitiva do americano, fazem do país um dos lugares mais ricos para estudar vinhos no mundo. Eu tirei o máximo disso estudando e ainda tive o privilégio de ser convidado a fazer parte de um dos grupos de degustação mais impressionantes que sei da existência. Formado por 15 profissionais que percorriam o árduo caminho em busca do título Master Sommelier. Desses, apenas o amigo Josh Orr conquistou as tão sonhadas iniciais MS. A seguir compartilho um pouco dessa experiência enriquecedora na qual, além do aprendizado de prova, tive a oportunidade de descobrir tesouros californianos.
Não posso deixar de traçar um comparativo entre Borgonha e Califórnia. Se existe um lugar que se sobressai na arte de expressar mensagens únicas de senso de lugar, e que tenho profunda admiração, é a divina Borgonha. Dela surgem duas castas de cores opostas, Pinot Noir e Chardonnay, ambas, veículos de terroir que dividem características de delicadeza, energia, pureza e complexidade. E que nos fazem lembrar porque bebemos vinhos. Porém, hoje, esse duo também se expressa majestosamente fora do seu berço sagrado, lá na Califórnia, que se tornou um dos casos mais bem sucedidos de conexão entre essas castas e as mensagens da terra.
Falaremos dos produtores que mudaram os rumos destas duas uvas na costa oeste norte-americana. Personagens que foram contra a “parkerização” e modernização, e dividem pontos em comum na busca em exprimir a plenitude do senso de lugar, usando de técnicas como: seleção minuciosa de vinhedos designados (parcelas), cultivo orgânico ou biodinâmico, uso intelectual de madeira nova e a renúncia a colagens ou filtragens.
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