Os jovens Gustavo Nichterwitz, chef do Agulha Bar, e Ricardo Dornelles, chef proprietário do Firma Bar, Vianda e Baozeria, ambos em Porto Alegre, abriram os trabalhos no segundo dia de evento. Gustavo é filho de cozinheira e confeiteira e aficcionado do imaginário brasileiro. Ele começou na profissão por meio da cozinha asiática, indo logo em seguida para São Paulo para estudar.
Voltou a trabalhar em Porto Alegre, e algum tempo depois embarcou para a Espanha, onde estagiou com os irmãos Torres e, depois, com Albert Raurich, no Dos Palillos, em Barcelona. Ali, nas vielas do bairro Raval, foi encorajado a voltar para o Brasil e a entrar de cabeça na pesquisa. Enquanto Ricardo Dornelles, foi vencedor do Bocuse D’Or Brasil 2019, e tem mais de 11 anos de experiência em cozinha, tendo iniciado a jornada profissional aos 16 anos de idade. Sob seu comando, o Firma Bar vem ganhando prêmios e se posicionando como uma das melhores cozinhas do país. Na aula, falaram sobre o que os imigrantes intelectuais trouxeram na bagagem. “Temos a missão de transformar ingredientes em pratos ainda mais especiais”, disse Ricardo. “É muito importante revisitarmos os pratos clássicos, não deixarmos esquecida essa cultura.” Lembrando que a cozinha sempre funcionou como um condutor social, sempre uniu e aproximou as pessoas, Gustavo discorreu também sobre o milho e sua importância na culinária brasileira e mundial. “O milho é uma fonte inesgotável de assuntos, teve o importante papel de matar a fome ao redor do mundo”, afirma o chef. “E a polenta, um prato rico da culinária italiana, conquistou o Brasil.” Em sua