Já faltam adjetivos para definir e caracterizar Luís Pato, a grande referência na produção de vinhos e espumantes da Bairrada, o defensor-mor da Baga como casta de afirmação bairradina, o “Sr. Baga” ou o “Sr. Bairrada”, como preferirmos designá-lo.
A comemorar 40 anos de carreira – que, na verdade, são 42 anos se contarmos com o período da pandemia – Luís Pato fez o seu primeiro vinho em 1980. O regresso a esses primórdios fica aqui registado em discurso direto: “Fiz um vinho como era tradicional, com engaço, em lagares. Até usei gesso enológico para acidificar o vinho, que era o que se usava no tempo da guerra, em tempos de escassez, em vez de ácido tartárico. Aliás, fiz um vinho clássico em lagares e outro mais moderno, para a época, com remontagem mecânica dentro de uma cuba de cimento, mas na mesma com engaço. Depois guardámos esse vinho na cuba de cimento durante 4 anos – porque usar inox era muito caro, nem se sabia o que era isso! Os