O deslumbramento visual que se nos oferece a partir da Quinta de Azevedo, em Cheires, Sabrosa, constituída por oito hectares com o rio Pinhão a correr ao fundo, ajuda a explicar a estratégia de negócio da Casa dos Lagares, que parece toda ela direcionada para a manutenção e recuperação do vasto património que constitui esta empresa familiar.
Segundo nos conta José Morais, responsável pela gestão da empresa, a Casa dos Lagares “é um património familiar, herdado dos meus pais, constituído por vinhas, olivais e casas, de habitação e de lavoura e viticultura”; mas também “depósitos para armazenamento e habitação de trabalhadores”.
A propriedade ajuda a contar uma história de quase 250 anos, “que se cruza com a história desta aldeia mas também com a da própria viticultura duriense”, refere José Morais, que aponta o Tratado de Methuen, de 1703 [tratado de natureza comercial entre Portugal e Inglaterra que estabelecia a livre entrada dos lanifícios ingleses em Portugal e a redução nas tarifas