A Adega Marel é um projeto muito recente, com sangue novo e pode ser vista como uma prova da influência da cultura romana da talha nos dias de hoje. De que outra forma se justificaria a escolha deste caminho por pessoas que poderiam escolher qualquer outro?
David Morgado é arquiteto paisagista e, desde 2018, produtor de vinho numa das zonas mais quentes e mais secas de Portugal, a Amareleja. Foi o pai que o incentivou a tomar as rédeas do projeto familiar que iniciou pelo gosto que foi ganhando pelo vinho de talha. Não é alentejano, mas casou com uma alentejana. A mãe de David é precisamente da Amareleja e o seu pai, o avô António, sempre fez vinho nas suas próprias talhas.
Compraram uma adega existente que estava inativa e começaram a desenhar o conceito. Ao projeto, juntou-se o enólogo Tiago Macena, colega de Agronomia de David. Tiago é de Viseu e o primeiro impulso foi recusar o trabalho pela distância. Mas depois da primeira visita, percebeu que era um desafio que fazia sentido. Primeiro, estava a iniciar o seu percurso profissional em nome próprio. Depois, nunca
