Revista de Vinhos

REPORTAGEM

O MUNDO GASTRONÓMICO DE
Quique Dacosta
Sem formação especifica, nem meios financeiros que lhe permitisse fazer uma pausa para estagiar em restaurantes estrelados, a aprendizagem é adquirida com a prática, devorando livros de chefes conceituados e visitando os tais grandes restaurantes de cozinha de Espanha, nomeadamente no País Basco e na Catalunha.

A grande maioria dos chefes de alta cozinha da atualidade fez um percurso mais ou menos comum: começaram por aprender o ofício em escolas de hotelaria, estagiaram e evoluíram em vários lugares até se afirmarem em posição de topo num restaurante de referência. Também há os que conseguiram encurtar o caminho, com formações curtas - muitas vezes depois de se formarem em outras áreas – e arriscaram instalar-se por conta própria com aclamado sucesso. Porém, o caso de Quique Dacosta é diferente.

Ele é o exemplo do chef autodidata, sem grandes estudos, que aos 14 anos, numas férias de escola, parte para o sul de Espanha com o sonho de ser DJ e acaba a lavar pratos na cozinha de um restaurante italiano. Até aqui nada de mais, é uma história como a de milhões de invisíveis, sem qualificações, que ocupam funções indiferenciadas na hotelaria. Só que este adolescente extremeño, ainda de ascendência portuguesa (o seu sobrenome vem de “da Costa”) viu-se gradualmente a realizar pequenas tarefas na cozinha e começou a descobrir a vocação. É então que, em 1989, vai parar ao El Poblet, na altura, um restaurante de cozinha espanhola tradicional, já com algum prestígio, situado em Denia, na

Você está lendo uma prévia, inscreva-se para ler mais.

Mais de Revista de Vinhos

Revista de VinhosLeitura de 2 mins
Da Família Tawny, De 1937 A 1997
Vinho do Porto / Fortificado / Niepoort Vinhos Âmbar, reflexos esverdeados. Notas de vinagrinho, noz, amêndoas, tintura de iodo, farmácia. As texturas desdobram-se sem fim, a um ritmo elevado. Tem concentração gigante, equilíbrio entre açúcares e aci
Revista de VinhosLeitura de 7 mins
FRANCISCO MATEUS Presidente CVR Alentejana
DOC ALENTEJO VS. REGIONAL ALENTEJANO. ESTES ÚLTIMOS SÃO EM MAIOR QUANTIDADE E, FREQUENTEMENTE, POSSUEM TANTA OU ATÉ UMA QUALIDADE MÉDIA SUPERIOR. HAVERÁ UMA DISCUSSÃO ETERNA SOBRE O QUE DEVE SER UM DOC ALENTEJO? O Alentejo tem uma só DOC e está divid
Revista de VinhosLeitura de 2 mins
Boas Compras
Regional Tejo / Branco / Casal da Coelheira 8,00€ / 11ºC Cor citrina. Aroma de boa intensidade de pera madura e pêssego, associados a outros, de baunilha e caramelo. Boca gorda com bom teor alcoólico. Tecnicamente bem feito. BA Tejo / Branco / Socied

Livros e audiolivros relacionados