Este foi um ano desafiante, no qual as doenças criptogâmicas tiveram “via verde” em muitas zonas do país, a que se juntaram epifenómenos climáticos extremos, que vieram colocar a nu a cada vez mais premente necessidade da viticultura de ponta. No final, o balanço é positivo, o qual se deve, em grande parte, à precocidade do arranque da vindima.
A Revista de Vinhos apanhou boleia de cinco enólogos para percorrer com eles o país. O objetivo da conversa foi o de perceber como correram as vindimas de 2023, um ano que teve um verão ameno mas um ou outro fenómeno que prejudicou a produção. Granizo, escaldão e míldio beliscaram as uvas, mas o balanço é positivo e os públicos consumidores podem estar descansados quanto à qualidade dos vinhos que aí vêm.
“Seria um ano fantástico não fosse o míldio.”
ANTÓNIO CERDEIRA – MONÇÃO E MELGAÇO
“Foi a vindima mais precoce de sempre”, começa por dizer António Cerdeira, produtor do Soalheiro. É uma frase que se repete, vindima após