Isadora: o valor da amizade
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Sobre este e-book
No segundo livro da série, Isadora finalmente esta feliz, tem ao seu lado seus amigos, e Eduardo, o homem dos seus sonhos que lhe pede em noivado. Serguei seu, melhor amigo, lhe manda uma carta de Moscou, sua cidade natal, contando das emoções de estar em seu país novamente. Tudo parece perfeito! Até que, Isadora se vê ameaçada por Dominique, uma antiga amiga de Eduardo, que chega de Paris, linda, exuberante e cheia de vida. Mas a ameaça parece vir de um lado já conhecido por ela, Raul, seu ex namorado reaparece fazendo uma grande reviravolta em sua vida, deixando Eduardo duvidar de seu verdadeiro amor por ele.
Roseni Kurányi
Roseni Kurányi - Natural de Petrópolis-RJ e reside em Stuttgart, Alemanha desde 1997. Estudou Psicologia e fotografia. Seus contos, livros infantis e romances foram publicados no Brasil e na Alemanha. A autora é premiada no Brasil e na Europa por seus trabalhos literários. No ano de 2012, convidada pela Focus Brazil Londres, junto com outros autores brasileiros, residente no exterior, recebeu da Brazilian International Press Awards em Londres, o reconhecimento especial por seus trabalhos litérários.
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Pré-visualização do livro
Isadora - Roseni Kurányi
Roseni Kurányi
Isadora
O valor da amizade
Smashwords Edition
Copyright © 2013 Roseni Kurányi
Título original:
Isadora - O valor da Amizade
Copyright 2013 © Roseni Kurányi
1ª edição Digital – Agosto de 2013
Produção para E-book:
Rhiza Pixel - Evandro Raiz Ribeiro
Capa:
Luis Felipe Camargo
Revisão:
Michele Paiva
Alex Giostri
Dados Catalográficos
Kurányi, Roseni
Isadora - o valor da amizade: Roseni Kurányi
1. ed. -- Petrópolis, RJ : Árpád, 2013.
Índices para catálogo sistemático:
1 - literatura brasileira (prosa)
2 - novela literária (ficção)
1 -título: Isadora
2 -título: o valor da amizade
Smashwords Edition, License Notes
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teatro1
Isadora acordou cedo. O dia estava tão claro, que ameaçava transpassar as cortinas e encher o quarto com seu brilho intenso. Remexeu–se ainda por alguns segundos em sua cama, mas em seguida se levantou decidida.
Vestindo seu traje esporte, deixou o apartamento em Copacabana, onde morava, e andou pelas ruas rumo ao calçadão onde três vezes por semana fazia sua caminhada. Havia se habituado a caminhar com seu melhor amigo, Sergei, sempre nos finais de tarde, quase à noitinha. Mas, desde que o amigo se fora para a Rússia, seu país de origem, passara a fazer suas caminhadas pela manhã, antes do trabalho. Assim, enquanto caminhava, organizava seus pensamentos.
O dia estava lindo. Algumas pessoas caminhavam, outras se exercitavam na areia, e outras andavam apressadas para o trabalho. Naquela hora do dia, tão cedo, o trânsito já estava intenso. Assim era o Rio de Janeiro, assim era Copacabana – a vida pulsando vinte e quatro horas por dia! E aquilo era só o começo! Isadora era profundamente grata pelo privilégio de poder, antes de um dia inteiro, desfrutar daquela orla tão maravilhosa, com sua brisa reconfortante.
Depois de caminhar durante cinquenta minutos, e tomar sua tradicional água de coco bem gelada, entrou em seu prédio.
– Bom dia, seu Firmino – cumprimentou o porteiro suada e respirando mais forte.
– Bom dia, dona Dorinha!
Dona Filó, a vizinha do térreo que naquele instante apareceu para regar suas plantas, também a cumprimentou.
– Bom dia, Dorinha! Ehh... Dorinha, eu preciso falar com você. Aquele seu amigo, Raul, aquele... o bonitão... Bem... Vocês ainda têm alguma coisa? Ainda estão...
– Dona filó – disse Isadora interrompendo a velha senhora –, desculpe, mas eu não tenho muito tempo. Ainda tenho muita coisa para fazer antes de ir para o trabalho. Eu falo com a senhora outra hora, está bem assim?
Dorinha chamou o elevador.
– Ah, dona Dorinha! – chamou seu Firmino. – Já ia me esquecendo, chegou carta para a senhora.
Seu Firmino, dona Filó e a própria mãe eram os únicos que ainda a chamavam de Dorinha. Ela sabia que sempre seria assim, não podia mudar o modo daqueles três a chamarem. Mas até que, no fundo, Isadora gostava.
O porteiro entregou a ela uma carta selada da Rússia, e ela automaticamente abriu um sorriso ao ver o envelope. Era uma coincidência estar com aquela carta na mão, pois estava mesmo querendo passar no apartamento do amigo do oitavo andar para molhar suas plantas, como fazia todas as semanas desde que ele viajara para Rússia.
– Carta do Russo? – perguntou dona Filó, curiosa, esticando o pescoço para ver o envelope na mão de Isadora.
– Sim... É dele mesmo, dona Filó – respondeu sonhadora.
– É a primeira vez que ele te escreve, não é mesmo, Dorinha? E vocês eram tão agarrados...
O porteiro olhou dona Filó com reprovação. Isadora não respondeu, apenas deu um sorriso balançando a cabeça, sabia que dona Filó sempre estava a par de tudo que acontecia no prédio, e isso também nunca mudaria. No dia em que aquela velha não tentasse se meter na vida das outras pessoas, aí, sim, Isadora estranharia.
Entrou no elevador e subiu, passando direto do sétimo andar, onde morava, para o oitavo. Pegou as chaves do bolso e entrou no apartamento de Sergei. Era estranho, mas naquele dia sentia uma saudade diferente, queria que ele estivesse ao seu lado. Mesmo ansiosa para ler a carta do amigo, foi direto para a cozinha pegar o regador e, só depois de ver as queridas plantas de Sergei regadas e cuidadas, se sentou no sofá e abriu o envelope.
Várias pétalas de rosas secas caíram em seu colo. Isadora sorriu; o amigo não deixaria de mandar flores para ela.
Rosas para minha adorada Isadora
Assim começava a carta na qual ele contava sobre sua estadia na Rússia. Um ano havia se passado desde sua viagem com a ex–atriz Ilona Tavares. Dizia estar feliz. Haviam viajado para São Petersburgo, visitando teatros e velhos amigos, e agora estavam em Moscou, sua cidade natal. Ele visitara o túmulo de sua ex–namorada e o filho que não chegou a conhecer. E Ilona estava lhe dando muita força.
Isadora, querida, acho que me apaixonei novamente. Estou vivo!
Uma lágrima escorreu no rosto de Isadora. Era muito bom saber que Sergei estava bem, ele era muito importante para ela. Sem ele, jamais teria mudado sua vida, seria ainda aquela mulher ingênua e insegura que fora no passado. Ele a ensinou a se ver, a se dar valor. Foi seu professor, seu amigo. Os pensamentos de Isadora se voltaram para a noite em que teve coragem de procurar por Sergei. Bateu bêbada, de madrugada, em seu apartamento, e ele a recebeu assustado, sem imaginar quem seria aquela louca em sua porta. Na época, Isadora acabara de se decepcionar com Raul, seu namorado de anos, e sua melhor amiga, Suzi, com quem Raul a traíra. Ela os pegou em flagrante. Suzi também tentara roubar–lhe o cargo de chefia na redação onde trabalha, abusando totalmente de sua confiança.
Com todo o acontecido, Isadora queria apenas mudar sua vida, ser uma pessoa forte. E só com a ajuda de Sergei conseguira se levantar, ver a vida de uma maneira diferente, ter amigos e ser segura de si.
Lembranças de imagens engraçadas vinham à sua cabeça, e ela terminou de ler a carta. Olhou no relógio e viu que estava na hora de voltar para seu apartamento e se arrumar para o trabalho.
Abriu a porta do seu apartamento, dirigiu–se à cozinha e viu a mesa bem posta do café da manhã. Escutou o barulho da água do chuveiro, sorriu, entrou no banheiro. Olhou para sua escova de dente, que, antes solitária, agora tinha a companhia de uma escova azul. Sorriu. Virou–se para o box e contemplou o perfil maravilhoso de Eduardo, seu namorado, embaixo do chuveiro. Não perdeu tempo – aliás, não tinha tempo a perder, precisava se apressar para o trabalho. Tirou a roupa e entrou.
– Uhmm… Isso é que eu chamo de uma surpresa matutina!!! – disse Eduardo, sorrindo, com seus dentes brancos e em perfeita linha.
– Eu, ao contrário, chamo isso de um bom ordenado por um bom café da manhã com uma mesa bem posta – disse irônica.
– Como queira, patroa, a senhora é quem manda. Sou seu servidor, seu amante, seu escravo! – Os dois deram gargalhadas debaixo d’água, e se amaram com paixão.
teatro2
Isadora e Eduardo chegaram à redação da revista. Alice, antes secretária, agora subdiretora, os recebeu com um sorriso espontâneo. Alice gostava muito de sua chefe, e a respeitava muito. E, para Isadora, era ela seu braço direito. As duas e o time que escolheram para permanecer na central do Rio faziam da revista um grande sucesso, e todos eram valorizados por sua chefe Isadora.
Juntas discutiram alguns detalhes finais para o fechamento da próxima edição da revista. Antes de Alice sair da sala da amiga, virou–se e olhou–a com ternura.
– Isadora... – começou Alice – obrigada por...
– Alice! – interrompeu Isadora. – Vou dizer isso de uma vez por todas. Eu sempre soube do seu potencial, já trabalhamos juntas há tantos anos! Na verdade, escolhi você como subdiretora e meu braço direito não só por você, mas por mim também; assim garanto o bom funcionamento da revista – disse rindo. – Está vendo? Eu sou um pouquinho egoísta também! – As duas riram.
Alice era mesmo uma grande amiga de trabalho. Nos piores momentos, ficou ao seu lado. Isadora sabia que, juntas, elas poderiam construir um excelente time da empresa e havia apostado certo: a revista estava sendo um sucesso desde que tomara posse de seu cargo.
O dia transcorrera normalmente. Eduardo tratou dos assuntos para a matriz de São Paulo.
– Meu amor... – começou Eduardo, ao entrar no escritório de Isadora.
– Eduardo! – exclamou, virando-se para o namorado, que se encontrava à porta.
– Desculpe, querida... Dona Isadora... Está bem assim? – disse ele em tom brincalhão.
– Isadora – chamou Alice, disfarçando um sorriso – vou terminar de fechar essa matéria. Acho que aqui já terminamos – e saiu da sala, deixando os dois a sós.
– Obrigada, Alice – depois falo com você.
– Eduardo, eu não quero que me trate assim aqui no trabalho – disse carinhosa, mas determinada. – Você é o dono da empresa, e eu, a administradora desta sucursal. Aqui dentro trabalhamos juntos, tente separar as coisas, está bem assim?
Eduardo sorriu. – Você tem razão, desculpe, eu nem pensei nisso. É que, quando te vejo, perco a cabeça...
Não tinha jeito, o namorado era um brincalhão carinhoso, e ela o amava.
– Vamos agora para casa? – perguntou ele.
No apartamento de Isadora, Eduardo preparou um jantar fabuloso. Gostava de cozinhar para sua amada e o fazia muito bem.
teatro3
No dia seguinte, de manhã, Isadora não saiu para correr. Deixava as sextas-feiras livres dos exercícios. Mas, mesmo não saindo para correr, acordou cedo. Abriu os olhos devagar e deu um sorriso ao ver seu verdadeiro amor a seu lado.
– Já está na hora, meu amor? – perguntou Eduardo.
– Não, ainda é cedo, continue dormindo – disse, acariciando seu rosto.
Ele, feliz, esboçou um sorriso, virou–se completamente para ela, apoiando o cotovelo na cama.
– Preocupada com alguma coisa?
– Não. Está tudo em ordem.
E estava mesmo tudo certo. Era como se estivesse vivendo um conto de fadas. Eduardo era carinhoso, a amava muito e demonstrava seu amor. Ela tinha seus amigos, e os encontrava sempre. Administrava uma das mais famosas revistas femininas do país e tinha o homem de sua vida. Mas seu coração estava apertado. Sentia saudades de seu grande amigo Sergei. Um ano. Desejava revê-lo.
Está sentindo a falta de Sergei, não é isso?
Como ele, em tão pouco tempo, já me conhece, sabe tanto sobre mim
Na carta que recebera de Sergei, ele mostrava-se muito feliz, não imaginava quando voltaria ao Brasil. Estava feliz de estar novamente em seu país, e Ilona estava adorando a viagem. Acho que me apaixonei
, lembrou-se das palavras do amigo.
– Vamos jantar fora hoje?
– Vamos – disse, tentando mudar seu pensamento.
– No italiano?
– Boa ideia – disse e se levantou. – Vou escrever uma carta para Sergei.
Eduardo puxou a sua mão, trazendo-a de volta para a cama.
– Mas não agora, não é mesmo? – beijou–a no pescoço. – Fica mais um pouquinho aqui na cama, eu também estou precisando de carinho…
– Eduardo… Temos que levantar...
– Você mesmo disse que ainda é muito cedo...
– Você é um malvado que tira todas as minhas energias.
Os dois se amaram...
Eduardo se levantou, deixando sua amada sonolenta na cama. Quando ela abriu os olhos, viu o namorado com uma bandeja de café da manhã bem à sua frente; no meio dela, entre frutas e pão quente, havia um vaso com uma rosa vermelha.
– Está vendo? Eu não sou tão mau assim. Se acabo com sua energia, a reponho imediatamente...
Ela sorriu. Ele era realmente o homem que qualquer mulher desejaria.
– Te amo, Eduardo.
– Eu também te amo, muito.
Todos aqueles meses estavam sendo como um sonho. Eduardo era carinhoso e lhe dava toda a atenção. Finais de semanas românticos em Petrópolis, e passeios visitando o próprio Rio. Apesar de ser sua cidade, ela só visitara seus pontos turísticos na época da escola, ou com seu pai, que tanto amava o Rio de janeiro. Mas agora, com o namorado, estava revivendo o lado bom de ser carioca e viver numa cidade tão maravilhosa.
Depois do café, Eduardo procurou no armário uma roupa limpa para vestir.
– Qualquer hora dessas terei que voltar para o hotel, não tenho mais roupas.
Eduardo, sempre que vinha ao Rio, ficava em um hotel onde costumava se hospedar antes de conhecê-la. Isadora não dizia nada, eles não moravam juntos, e era bom daquele jeito. Gostava de tê-lo a seu lado, ir para o trabalho junto com ele. Quando ele viajava de volta para São Paulo, ela sentia sua falta. Mas, com tudo isso, Isadora tinha aprendido muito com a vida. Estava bem assim. Apesar de, no fundo, ela querer ficar com seu amor para sempre e morar definitivamente com ele, esperaria que ele falasse no assunto...
No fim do dia Eduardo foi direto ao hotel providenciar sua roupa para o jantar com a namorada. Eles se encontrariam no restaurante.
Isadora havia ligado para Sílvia, sua amiga estilista. Queria comprar algo novo para o encontro com Eduardo. Pensou num belo vestido.