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O Preço da Justiça
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E-book433 páginas6 horas

O Preço da Justiça

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Sobre este e-book

Seu objetivo era solucionar assassinatos - até que o impensável acontecesse...

Recentemente viúvo, o investigador da Polícia de Austin Jason Scarsdale trabalha para solucionar o assassinato de dois pedófilos, enquanto tenta ser pai e mãe de sua filha de cinco anos.

Durante a investigação, Scardale é forçado a cruzar a mira de dois comandantes da polícia que querem acabar com ele.

Encantado pela Analista de Crimes da Polícia de Austin Dani Mueller, quem também passou por uma tragédia, Scarsdale luta contra a atração que sente e a suspeita de que algo não está certo.Ela está guardando um segredo, um que não apenas pode custar seu emprego - mas pode acabar com a vida dela. 

Dani esconde um passado mortal

Depois de sua filha ser brutalmente assassinada, Dani se vingou, mudou seu nome e fugiu para Austin.Mas se seu segredo se espalhar, ela sabe que não haverá como se esconder da família perversa do assassino.Arrastados para uma teia de maldade e mentiras, Scarsdale e Dani descobrem o valor de quebrar a regras.

Então, quando eles achavam que as coisas não poderiam ficar piores...Elas ficam.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento24 de out. de 2015
ISBN9781507123966
O Preço da Justiça
Autor

Alan Brenham

Alan Brenham is the pseudonym for Alan Behr, an author and attorney. He served as a law enforcement officer before earning a law degree and working as a prosecutor and a criminal defense attorney. He has traveled to several countries in Europe, the Middle East, Alaska, and almost every island in the Caribbean. While working with the US Military Forces, he lived in Berlin, Germany. Behr and his wife, Lillian, currently live in the Austin, Texas area.

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    O Preço da Justiça - Alan Brenham

    Ela era analista da polícia Ele não podia acreditar que ela tivesse cometido um assassinato a sangue frio...mas ele também não podia ignorar as evidências.

    Scarsdale tirou uma fotografia de Zarko de seu bloco de notas e mostrou para Loper -Você já viu esse homem antes?

    Loper analisou a foto -Sim, na verdade sim - ele disse - acenando com sua cabeça e devolvendo a foto para Scarsdale -Ele veio na última terça feira perguntando se havia uma vaga no prédio 3. Lopes sorriu -No terceiro andar, na verdade

    - A que horas foi isso? Harris perguntou

    -Ah, eu diria um pouco antes do anoitecer seis ou sete

    - Então, vocês tinham vaga no prédio três? Scarsdale perguntou

    - Nós tínhamos apartamento 310. Mostramos para ele e ele disse que nos avisaria

    Enquanto andava com Harris até o carro deles, Scarsdale comentou: -Zarko não queria alugar aquele apartamento. Ele queria ver como era

    - Você está pensando no que eu estou pensando? Harris perguntou

    -Sim. A Dani era a mulher no armário de Lasiter. e o Zarko quer se livrar dela

    - Então o que diabos ela estava fazendo lá?

    Scardale estalou os dedos Ele se lembrou do que Amanda tinha dito a ele -Você se lembra daquele velho no beco do outro lado da casa do Lasiter? - Você achou que o esboço das luzes traseiras que ele fez pareciam ser de uma Mercedes?

    -Aham

    -Advinha quem vendeu recentemente a Mercedes?

    -Ah, merda

    -Para Scarsdale, se Dani estivesse envolvida, isso iria complicar as coisas No fundo, ele esperava que ela tivesse uma explicação plausível. Como Harris disse, ela era muito refinada para se misturar com tipo como Lasiter e Zarko Mas se ela fosse quem eles estavam procurando, ele não queria Shannon perto dela. Afinal, ela tinha deixado a cidade meio que derrepente.  Se ela voltasse, eles teriam uma conversa séria  sobre o assassinado de Lasiter.

    Seu objetivo era solucionar assassinatos - até que o impensável acontecesse...

    Recentemente viúvo, o investigador da Polícia de Austin Jason Scarsdale trabalha para solucionar o assassinato de dois pedófilos, enquanto tenta ser pai e mãe de sua filha de cinco anos.  Durante a investigação, Scardale é forçado a cruzar a mira de dois comandantes da polícia que querem acabar com ele. Encantado pela Analista de Crimes da Polícia de Austin Dani Mueller, quem também passou por uma tragédia, Scarsdale luta contra a atração que sente e a suspeita de que algo não está certo

    Ela está guardando um segredo, um que não apenas pode custar seu emprego - um que pode acabar com a vida dela.

    Dani esconde um passado mortal Depois de sua filha ser brutalmente assassinada, Dani se vingou, mudou seu nome e fugiu para Austin. Mas se seu segredo se espalhar, ela sabe que não haverá como se esconder da família perversa do assassino.

    Arrastados para uma teia de maldade e mentiras, Scarsdale e Dani descobrem o valor de quebrar a regras. Então, quando eles achavam que as coisas não poderiam ficar piores...Elas ficam.

    Agradecimentos

    ––––––––

    Eu gostaria de agradecer as seguintes pessoas cujos ajuda e conselho foram essenciais para esse romance: primeiro e principalmente, minha mulher, Lillian, cuja perseverança, apoio e paciencia são apreciados. Dizer obrigado não é suficiente

    Agradeço ao meu irmão, Kevin Behr, presidente do Departamento de Justiça Criminal da Faculdade de Coastal Bend pelos seus conselhos práticos sobre os procedimentos modernos de investigação da polícia;ao Tom Walsh invetigador aponsentado de crimes sexuais do Departamento de Polícia de Austin e o Sargento Scott Ehlert da Divisão de Homicídios do Departamento de Polícia de Austin pelos conselhos e assitência, a Jerry Pena do Departamento de laboratório Forense da Polícia de Austin pela ajuda com a parte forense; e, a David V. Rossi, Analista Senior de cenas criminais, agora aposentado da Delegacia do Condado, por toda a assistencia com as operações em cenas criminais.

    O  PREÇO DA

    JUSTIÇA

    ––––––––

    Alan Brenham

    A BLACK OPAL BOOKS PUBLICATION

    GÊNERO MISTÉRIO/SUSPENSE/SUSPENSE PSICOLÓGICO/CRIME/ELEMENTOS DE ROMANCE{UT1}

    Esta é uma obra de ficção Os nomes, personagens, lugares e fatos são produtos da imaginação do autor ou mera ficção, qualquer semelhança relacionadas a pessoas vivas ou mortas, empresas, eventos ou locais é coicidência. Todas as marcas,marcas de serviços, marcas registradas e marcas de serviços registradas são propriedade de seus respectivos titulares e são aqui mencionadas apenas a título de identificação. O editor não tem controle ou assume responsabilidade alguma pelos websites do autor e terceiros, bem como de seu conteúdo.

    O PREÇO DA JUSTIÇA

    Copyright © 2012 por Alan Brenham

    Design de Capa por by J T Lindroos

    Fotografia de capa por Sara Biörk

    Direitos Autorais da Capa© 2012

    Todos os Direitos Reservados

    Print ISBN: 978-1-626940-83-3

    Primeira Publicação Novembro de 2013

    Todos os direitos reservados pelas Convenções internacionais e Pan- Americanas. Nenhuma parte desse livro pode ser reproduzida ou transmitida sob forma alguma or meios, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópias, gravações ou por dispositivos armazenadores de informações e sistema de recupração sem a permissão do editor.

    ––––––––

    Advertência A reprodução ou distribuição não autorizada dos direitos autorais desse trabalho é ilegal. A violação de direito autorais, incluindo a violação sem ganho monetário será investigada pelo FBI e será punida com 5 anos em prisão federal e multa de US$250,00.

    SOBRE A VERSÃO IMPRESSA Se você comprou a versão impressa desse livro sem a capa, você deveria estar ciente de que o livro é roubado. Foi documentado como não vendido e destruído ao editor e nem o autor ou o editor receberam qualquer pagamento por ele 

    Se você encontrar algum ebook ou versão impressa desse livro sendo vendido ou compartilhado ilegalmente, por favor informar:lpn@blackopalbooks.com

    Publicado por Black Opal Books http://www.blackopalbooks.com

    DEDICATÓRIA

    Aos policiais e investigadores criminais que trabalham incansávelmente para proteger nossas crianças

    de predadores

    Em memória ao meu irmão Roger L. Behr

    Departamento de Polícia de Austin, aposentado.

    CAPÍTULO 1

    Não existe como sair do deserto, exceto passando por ele.

    -Antigo Provérbio Africano

    ––––––––

    Olhando para o cano preto de sua arma de serviço, o Detetive Jason Scarsdale viu a promessa de paz. Basta puxar o gatilho, ver as luzes apagarem e descansar. Ele não conseguia dormir, não comia e não conseguia trabalhar Ele viu os dedos de sua mão direita no guarda mato, sua mão esquerda agarrando o cabo. Deliberadamente, ele mudou a arma de mão para ajustar sua aliança de casamento, assim os três diamantes ficariam à mostra. Ela a tinha comprado para o primeiro aniversário deles e, depois do padre abençoa-la, colocou-a no dedo dele reafirmando os votos que tinham feito. Ela disse a ele que os três diamantes representava a santa trindade. Ela disse que a trindade iria protegê-los, mantendo sua união intacta conforme fossem ficando velhos e frágeis

    Agora Charity estava morta morta quatro semanas atrás morta aos vinte e oito anos morta por causa dele

    Quando se conheceram, ele logo soube que queria ficar com ela pelo resto de sua vida, mas demorou algum tempo para conquista-la.  Ele era mais velho e ela tinha suas reservas a respeito de ser a esposa de um policial Mas, no final, ele ganhou o coração dela

    Ele tentou imaginar o futuro sem ela A família e os amigos disseram que o tempo cura tudo, mas o próprio tempo era seu inimigo. Tudo que via era uma eternidade de escuridão e vazio. Para ele, cada minuto de cada dia das últimas quatro semanas pareciam os mesmos: vazios, exceto pela dor. Dia ou noite - não importava

    Ele ergueu a arma e abriu sua boca, sacudindo a violentamente quando seu celular tocou Seus olhos foram para o painel onde ele o guardava. Na tela do celular lia-se Casa

    Ele olhou fixamente, sacundindo sua cabeça por causa daquela palavra Casa Ele respirou fundo e expirou

    Ele deixou a arme em seu colo e atendeu o telefone.

    -Oi Sarah

    Seus olhos estavam grudados na arma, sua voz tinha um tom monótono.

    - Jason, você está bem? Você não comeu Saiu daqui feito um zumbi

    - Não estava com fome

    Sara era sua irmã três anos mais nova. Apesar de todas as coisas horríveis que ele tinha feito pra ela quando eram pequenos, desde colocar sapos e lagartos em sua cama até explodir sua boneca favorita com bombinhas, ela sempre esteve ali pra ele. Ela não era mais forte, mas era mais gentil Ela nunca se apegava às coisas como ele fazia.

    - Acredite em mim - Sarah disse - As coisas ficarão melhores apenas levará tempo.

    Ele passou os dedos pelo contorno da arma -Talvez, talvez não Eu não sei mais

    Passaram-se alguns segundos de silêncio

    - Tem alguém aqui que quer falar com você.

    -Quem?

    - Jason! Quem você acha que é? Por acaso uma menininha de cinco anos chamada Shannon te lembra alguma coisa?

    - Ela está bem?

    -Claro. Ela só quer perguntar uma coisa pra você espera

    Shannon Ele não tinha estado aqui pra ela Nunca foi um bom pai. Agora, com Charity morta, ele não era bom pra nada Ele ouviu Sarah chamando Shannon - Querida, seu pai está no telefone

    - Papai - Shannon disse. - A tia Sarah leu uma história sobre Narnia

    A imagem de Shannon ocupou sua mente. O dia no hospital quando ele colocou os olhos pela primeira vez em sua filha recém nascida, quando ele a segurou em seus braços pela primeira vez. - Ela leu? - Isso é ótimo!

    - Quando você vai vir pra casa, papai? eu sinto sua falta

    -Eu também sinto sua falta princesa, mas eu não posso ir pra casa agora, eu estou trabalhando em um caso mas eu irei assim que eu puder

    -O celular da polícia zuniu Ele deu uma olhada na tela Era seu parceiro, Sean Harris

    -Meu amor, eu tenho que desligar vejo você à noite

    -Papai, você vai ler mais sobre Narnia pra mim de noite?

    -Claro, eu vou

    - Você promete? ela perguntou

    - Eu prometo - ele disse e estava falando sério.

    Ele tirou o celular do ouvido e pressionou o botão de Falar no telefone da polícia.

    - Sim?

    - Houve um momento de silencio na linha e, então, harris falou, sua voz estava hesitante. - Onde você está, parceiro?

    Scarsdale olhou ao redor Em sua frente estava o parque aquático Zilker, que estava fechado pela temporada. Ele se virou e viu um corredor passando por ele  Seus lábios curvaram-se em um pequeno sorriso irônico quando ele avistou um casal idoso passeando pela calçada. Sorrisos em seus rostos a mão dela segurando o braço dele enquanto sua cabeça descansava no ombro dele.  A vida passava alegremente. Ele olhou para a arma que descansava em seu colo.

    -Zilker Park

    - Você está bem para trabalhar em um caso de um molestador de crianças comigo?

    Um longo silêncio

    Scarsdale colocou o seu revolver no coldre e  o prendeu as duas tiras. -Sim. me encontra na estação

    -Eu já estou lá, parceiro - Harris disse.

    

    Harris se inclinou sobre o assento e abriu a porta do passageiro para Scarsdale. Harris  era um homem gorducho com a barba cinza por fazer nos lados de sua cabeça raspada e olhos que viam o mundo com uma bondade comedida reservada apenas para poucos.

    Conforme afastavam-se de onde estavam, Scarsdale relaxou no banco onde sentava, olhando fixamente para frente e com seus pulsos cerrados em cima de suas coxas. Com uma tremenda força de vontade ele focou seus pensamentos em Shannon. Charity tinha tomado para si o papel de mãe e exemplo para a filha deles. Agora tudo isso caía sobre suas costas e não fazia idéia de como deveria fazer Mas, a partir de agora, nada de noite com os amigos ou futebol aos domingos. Daqui pra frente, Shannon era a razão , o centro de seu universo.

    -Quase comeu sua arma, não?

    Aquilo era mais uma afirmação do que uma pergunta e Scarsdale sentiu o peso daquele fato sendo exposto.

    - Eles digiriam em silêncio por alguns instantes. Scardale olhava fixamente pela janela lateral. A  tarde inteira passou pela sua cabeça, como tinha sido  por tantas vezes quando os policiais da patrulha vieram à sua porta com notícias. Aquilo era estranho pra ele, porque ele sempre imaginava que, por ser um policial, ele quem iria morrer, não Charity.

    -Não foi sua culpa - Disse Harris

    Ele deu uma olhadela rápida para Harris. A culpa foi minha Ela me pediu para - Scarsdal inspirou profundamente e falou ir até a loja. Ele olhou pela janela da frente e depois pela do lado. -Eu me neguei a ir estava muito ocupado assistindo um jogo-ele disse. -Ela me deu um beijo na bochecha, perguntou quem estava ganhando e saiu Ele olhou para o seu anel Era eu quem deveria estar dirigindo aquele carro.

    - Como está a Shannon? Harris perguntou quando eles se dirigiram ao sul da rua um, passando pelo Boulevard Ben White

    -Ela chora bastante durante a noite mas ela está melhorando. A Sarah vai voltar para Waco na quinta feira à noite, então tenho que achar uma babá. você conhece uma boa? Uma realmente boa?

    Não precisei de uma por um bom tempo, mas vou verificar com a Mary você perguntou para o pessoal do departamento? Muitos civis colocam anúncios no quadro de avisos. Faz uma tentativa

    Scarsdale concordou, gravando a sugestão em sua memória Ele precisaria de alguém disponível para buscar Shannon na escolinha também, naqueles dias em que algum caso o impedisse de fazê-lo. Alguém que pudesse vir de última hora quando ele tivesse uma daquelas investigações até tarde da noite

    Quando casos Mitchel empilhou na sua mesa? Harris perguntou

    Muitos Você se lembra daquela reclamação de um civil a respeito de crianças comprando pornografia do Blue Cloud Livros e Vídeos Adultos? Ele olhou para Harris

    Harris lançou um olhar surpreso de lado para ele. - Ele te passou aquela porcaria? A patrulha deveria ter lidado com aquilo

    - É, nem me fale. Scardale endireitou-se - Quantos anos tem a vítima desse caso? Ele perguntou quando Harris estacionou no meio fio em frente a prédio deteriorado. Ele viu três viaturas da polícia estacionados na rua à frente.

    - Três ou quatro, acho - Harris respondeu quando saíam do carro

    Um esquelético cachorro marrom latiu, dando voltas por trás deles e se aproximando com cautela enquanto andavam pela grama morta em direção à porta da frente. Scarsdale se abaixou, fazendo com que o cão se agitasse e latisse furiosamente. Pegou uma boneca barbie nua que estava no jardim, limpou os pedaços de grama e uma pequena mancha de sujeira. Dois policiais uniformizados, protegendo o local, estavam há pelo menos 10 metros do prédio e acenaram a cabeça para eles quando se dirigiam para a porta da frente.

    O supervisor da cena do crime, um sargento uniformizado chamado Daryl Fields, instruiu-os antes de entrarem.  -O pervetido vivia aqui era o namorado da mãe da menina. Quando ela chegou do trabalho às sete, ela flagrou ele no quarto da criança com as calças abaixadas nos joelhos. De acordo com a vizinha - Fields acenou em direção a uma mulher de cabelos grisalhos e ombros caídos em pé na varanda do prédio. - Ruth Short, ela ouviu a mãr gritando como se fosse um banshee, coisas quebrando na parede Quando a Senhora Short veio até aqui, o pervertido passou voando porta afora quase a atropelou

    O nome do pervertido é.... Scardale perguntou.

    Scardale ouviu uma voz anasalada vindo de dentro da casa, de uma mulher com sotaque texano que ele supôs ser a mãe da vítima ameaçando furiosamente o pervertido.

    Fields leu suas anotações -Olsen Terry Wayne Olsen Homem branco Mais ou menos cinquenta anos cabelos castanhos penteados em cima da careca, mais ou menos 183 cm e entre 70 e 75 kilos. Fields acenou em direção à porta. - A voz que você está ouvindo é da mãe, Dory Mabry. A vítima é Beth Ann Mabry, de três anos.

    Scarsdale abriu a porta— uma leve porta de tela mosquiteiro pintada de verde que não fechava completamente Uma vez dentro do apartamento, Scardale viu a mãe e a vítima de três anos - filha dela Beth Ann, a poucos metros de distância. nenhuma delas olhou pra ele

    Dory, a mulher de cabelos loiros, gesticulava usando um cigarro aceso para enfatizar sua história.  - Melhor que vocês achem aquele bastardo antes que eu ache. Ela apontou com o cigarro para a cozinha. Eu tenho algo ali que vai dar um jeito naquele filho da puta

    Ela fez uma pausa longa o suficiente para dar uma tragada no cigarro e soltar a fumaça pelas narinas antes de continuar o discurso. Ela atordoou uma oficial que estava tentando fazer perguntas.

    Dory era uma mulher grande, não gorda, de pele branca e vestida em uniforme de garçonete verde claro. Pelas rugas e vincos nas bochechas e na testa, Scarsdale estimou a idade dela em cerca de 30 a 35 anos.

    Beth Ann parecia pequena para uma menina de três anos, mas era sadia. lindos e grandes olhos azuis bochechas rosadinhas Seu jeans e camiseta tinham algumas manchas. Nada mal para uma criança da idade dela. Shannon sempre parecia achar um buraco de lama no quintal e se arrastar nele.

    Ele olhou so redor da sala O interior do apartamento cheirava a fumança de cigarro. e talvez um pouco de urina Uma enorme TV de tela plana - novinha, de mais ou menos 40 ou 50 polegadas - cobria parede mais afastada e fazia com que a sala parecesse pequena. A sala era limpa, com apenas alguns briquedos espalhados. Nenhuma barata subindo pelas paredes Não havia lixo espalhado pela sala um pouco de poeira se amontoava no peitoril da janela. Uma sala comum com móveis comuns, exceto pela TV. Ele não conseguia tirar os olhos da TV Era muito melhor do que a que ele tinha

    Scarsdale passou na frente de Dory, tirando sua atenção da oficial, a qual tinha desistido de fazer quaisquer perguntas, reconhecendo que seu esforço tinha sido em vão.

    Ela parou de falar e olhou para ele e, dando,outra tragada em seu cigarro, deu a Scarsdale um olhar de aviso.

    Ele olhou para Beth Ann enquanto ela se agarrava nas pernas de sua mãe, escondendo-de parcialmente atrás dela. Ela olhou fixamente para Scarsdale Os olhos dela estavam arregalador - com um olhar assustado.

    - Acho que isso é seu ´-ele disse, entregando a boneca a ela. Quando ele ajoelhou, ela moveu se por trás da mãe até a outra perna. Dory arrancou a boneca das mãos dele.

    - Não. Uma palavra, em um tom que anunciava um aviso ameaçador. Não é bom mais que ela aceite coisas de estranhos

    E Scarsdale sabia que era melhor não dizer nada.

    A oficial olhou para Scarsdale. Os cantos da boca dela curvaram-se ligeiramente pra cima. ela virou os olhos quando se afastou - Ela é toda sua, detetive

    A bola havia passado pra ele. Abrindo seu bloco de notas, ele se apresentou.

    Ela olhou para Beth Ann e deu a ela a boneca Barbie. - Querida, por que não vai ali brincar com a sua boneca enquanto eu e o policial conversamos.

    Beth Ann queixou-se -Mamãe

    - Agora vá Coloque umas roupas na boneca antes que ela fique gripada Um minuto ou dois depois de Beth Ann afastar-se, Dary virou-se para olhar Scarsdale. - Eu juro por deus que se eu pegar aquele nojento, eu vou fazer picadinho dele. - ela disse, com a voz controlada. - Pelo amor de deus ela tem apenas 3 anos! Eu espero que aquele imbecil queime no inferno

    Scarsdale suspirou Ele não podia culpa-la. -Ok, Senhora Marbry. Conte-me exatamente o que aconteceu.

    Dory deu a ele todos os detalhes sinistros e Scarsdale a questionou de alguns detalhes que estavam faltando na sua lembrança dos acontecimentos.

    -Onde é o quarto de Beth Ann? Scarsdale perguntou

    Ela fez sinal para que ele a seguisse. Por aqui

    Ele a seguiu pelo corredor para dentro do quarto diminuto. As paredes azul claras cobertas com pessoas desenhadas à lapis de cor. Pedaços de lampadas estavam espalhados pelo chão. Algumas manchas de sangue polvilhadas pelo chão perto da porta.

    - A Beth Ann se machucou?

    Dory olhou pra ele atônita -Machucada? - Você quer dizer com os ossos quebrados, sangrando?

    Scarsdale apontou para as manchas - Sangrando, como aquil ali. De quem é esse sangue?

    Dory inclinou-se, olhando para as manchas de sangue. - Ahh, de jeito nenhum. Esse sangue é dele.

    Ele se preparou para fazer algumas anotações. -Então, você o encontrou aqui.

    -Sim. Quando eu entrei, ele tinha colocado a Beth Ann bem aqui - Dory disse, batendo com as mãos na cama desarrumada. - Ele estava se arrumando para... - Ela deu outra tragada no cigarro. - Me faz querer vomitar só de pensar. Ela soprou uma longa nuvem de fumaça branca em direção ao teto. - Foi quando eu peguei aquela lâmpada ali e dei na cabeça dele. Ela girou ao redor de si mesma como se estivesse balançando a lâmpada. - Eu peguei bem na cabeça dele. O imbecil saiu voando pela porta Ela apontou em direção à sala de estar. - Ele sumiu daqui, correndo mais rápido que um garanhão picado por uma abelha. Eu peguei uma faca da mesa da cozinha e fui atrás daquele desgraçado filho de uma puta.  Mas ele conseguiu fugir antes que eu alcançasse ele

    Ela empurrou os pedaços de lampada com os pés, fazendo uma pilha. - Com certeza a cabeça dele estava jorrando sangue. Espero ter rachado a cabeça dele. Ele nunca mais vai chegar perto de mim ou da Beth Ann de novo. Isso eu posso garantir

    - Quem cuida da Beth Ann quando você está trabalhando?

    - Ele cuidava. A vizinha do lado, Ruth Short, vai cuidar de agora em diante

    - Você tem alguma fotografia do Olsen?

    Ele seguiu Dory até a sala de estar, onde ela pegou um retrato da mesinha de café e entregou para ele. - É ele - Ela disse. -Pode ficar

    - Você sabe para onde ele pode ter ido? Algum amigo? ele tem parentes por aqui?

    - No. Ele não tem nenhum parente por aqui, nunca vi ele com nenhum amigo, mas ele falou de um cara chamado Fergie e não, eu nunca conheci o cara.

    Satisfeito por ter toda a informação de que precisava, ele e Harris saíram e voltaram para o escritório. Scardale tinha um compromisso mais tarde com o promotor para revisar seu testemunho.

    E amanhã, no tribunal do distrito, ele testemunharia a respeito da investigação e prisão do assassino Scott Lasiter. Até sexta feira, ele imaginou que o juri condenaria o réu à pena de morte.

    CAPÍTULO 2

    As mulheres se deleitam com a vingança

    - Senhor Thormas Browne

    ––––––––

    Na terça feira, eu me vi sentado na terceira fileira da sala de audiências do Tribunal do Condado de Travis Scott Dewayne Lasiter era o crminoso que estava sendo jungado pelo assassinato de uma menininha.

    Aquele pervertido sentou na mesa dos reus à minha esquerda  juntamente no meu campo de visão.

    Lasiter esfregou o dorso de sua mão na testa e olhou de relance para a mãe da vítima, Susan Crowell Ele olhou em minha direção e se remexeu na cadeira. Nervoso,Lasiter? Seu doente . Eu caravava minhas unhas  na minha bolsa todas as vezes que olhava pra ele. Em vez disso,eu desejei que estivessem cravadas em seus olhos.

    Hoje o pior pesadelo de Susan tornaria-se uma terrível realidade, e eu sabia exatamente como ela se sentia quando passou por mim a caminho do banco das testemunhas. Os olhos dos jurados analisaram cada passo que ela dava ao se aproximar do banco das testemunhas, justamente como os jurados do julgamento do Burton tinham feito comigo.  A cadeira ficava atrás de uma simples mesa de pinho branco, próxima à cadeira mais elevada pertencente ao Juiz. Susan seria o centro das atenções, assim como eu tinha sido há dois anos e meio atrás.

    Parecia que ela estava se esforçando ao máximo para se manter calma, mas eu poderia dizer que pelo modo pelo qual ela  se mexia no banco de testemunhas, o modo pelo qual ela alternadamente cobria a boca e brincava com a cruz dourada que pendia de seu pescoço que ela estava tudo, menos calma. Testemunhas era uma experiência desgastante. Não, na verdade, era uma experiência horrorosa - tinha sido assim pra mim e seria para Susan Também.

    Eu imaginei que Susan estivesse com o coração saindo pela boca. O estomago dela revirando tanto que ela provavelmente sentia vontade de vomitar. A perda de um filho era uma dor da qual uma mãe nunca se recuperaria, e ter que revivê-la diante de uma sala cheia de estranhos, ouvindo e analisado cada palavra que ela dissesse, faria com que situação ficasse cem vezes pior. Eu esperava que pelo bem de Susan, o sistema funcionasse dessa vez. Não funcionou pra mim.

    Meu nome é Dani Mueller e eu costumava ser advogada de defesa e analista de crimes em Sacramento, California, usando outro nome -Karla Engel. Mas aquela vida não existe mais. Sete anos exercendo a advocacia e uma vida - uma vida  até então feliz que eu compartilhava com minha filha de dez anos, Katarina - tirada de mim pela loucura de um maníaco doente, um maniaco chamado Doyle Burton.

    Antes de deixar a California, eu preenchi um requerimento para mudança de nome com fundamento na Lei da Segurança no Lar. A lei permitia a mudança do nome em segredo de justiça se eu mostrasse que eu era vítima de um assediador. No meu caso, era a família inteira do Burton - A mãe dele, Mattie, seu meio irmão Phoenix Wilson, e uma irmã louca que eles chamavam de Bunny. Seu outro irmão, um psicopata chamado Parnell, me enviou cartas ameaçadoras da prisão até que o diretor colocasse um fim nisso.

    Por onde quer que eu fosse- o supermercado, meu escritório, no tribunal, e até mesmo na minha casa - esbarravam em mim ou faziam gestos obscenos e ameaçadores.  Eu mantive algumas latas de inflador de pneus de emergência no meu porta malas e me tornei expert em trocar pneus e consertar lanternas traseiras e dianteiras quebradas. O tribunal deferiu o meu requerimento, permitindo uma mudança de nome confidencial de Karla Engel para Dani Mueller, e lacrou os documentos.

    Enquanto me preparava para me mudar para o Texas, eu deixei algumas pistas falsas para que os Burtons nunca descobrissem onde eu fui parar.  Usando a internet, eu criei um escritório de Advocacia para Karla Engel perto de Chicago. Se descobrissem a mudança de nome, eles descobririam que Dani Mueller havia se mudado para Del Mar, no sul da California. Isso, pelo menos, os deteria por algum tempo.

    Por ter experiência anterior como analista da Polícia de sacramento, eu consegui um cargo similar no Departamento de Polícia de Austin há cerca de dois meses atrás.  Usando vários bancos de dados e software para analisar e interpretar as informações sobre crimes, eu desenvolvi o concurso de crimes , paradigmas e perfis de suspeitos a pedido dos investigadores de casos ocorridos pela cidade.  Minha especialidade era molestadores de crianças.

    Mas eu não estava aqui hoje por conta do meu trabalho. Eu vim para ver se o sistema jurídico do Texas funcionava melhor do que na California. Tirando alguns dias de férias, eu vim aqui para ver se Lasiter teria o que merecia.  Ou esse seria o segundo hound do teatro do absurdo? Eu esperava que não.

    Quando fiz aquele longo e assustador caminho até o banco das testemunhas quatorze mezes atrás, meu corpo inteiro tremia com uma raiva que eu nunca havia sentido antes. Meu coração batia mais rápido sabendo que eu finalmente o confrontaria. Meu rosto estava muito quente; eu não podia ve-lo, mas sabia que estava corado. Naquele momento eu queria Burton multilado justamente como ele tinha feito com a minha katarina.

    Eu me senti como um animal de zoológico sendo exibido. Cada lágrima, cada vacilo, cada suspiro que eu dava era analisado por cada um dos pares de olhos naquela sala. Cada palavra que eu dizia era engolida por ouvintes ávidos.

    Olhando ao redor da sala, eu vi o marido de Susan sentado no banco estofado na fileira da frente à minha direita, logo atrás do Promotores de Justiça. A frieza em seus olhos, os lábios apertados, e as mandíbulas tensas diziam me que uma raiva terrível queimava dentro dele também. Eu o vi olhar furiosamente para o réu, seus olhos de cor carvão fuzilavam o homem, repudiando a sua existência.  Sim, o ambiente daquela sala de audiências estava cheio de ódio - dos Crowells e meu. Eu me perguntava se Lasiter também percebia. Eu esperava que sim.

    Eu analisei Susan quando ela inclinou-se para frente Seus olhos estavam focados no Advogado assistente do Distrito, Rusty Tidwell  Seus lábios se moviam em sincronia às questões feitas por ele como se ela as tivesse repetindo. Tiwell aparentava ter vinte e poucos anos, um advogado novo. Um segundo Promotor de Justiça, Madge Blackmon sentou ao lado dele.

    - Você poderia, por favor, dizer aos membros do juri qual era sua relação com Amy Crowell?

    Eu vis os lábios de Susan tremer antes dela dar um longo suspiro e olhar na direção de seu marido. Quando me perguntaram algo parecido eu desabei e chorei. katarina era a minha vida e aquele pedófilo Burton a tinha tirado de mim. Eu sabia que Susan Crowell se sentia da mesma forma a respeito de Amy.

    O olhar rápido e cheio de ódio que ela lançou para Lasiter antes de virar o rosto para o juri lembrou-me do mesmo olhar de ódio que eu dei a Burton quando eu testemunhei. Ao contrário de Susan, eu continuei com uma carranca. Eu apontei para Burton, chamei ele de açougueiro dizendo que ele deveria morrer pelo que ele fez. Eu nunca vou me esquecer da cara desprezível dele. Quando o júri absolveu Burton, aquela cobra saiu da sala de audiências rindo de mim. A justiça perdeu aquele dia.

    Amy era minha - eu podia sentir as lágrimas quentes  Susan limpou-as de seus olhos  mas ficou firme  e encarou o júri. -Ela era minha filha. Susan olhou para Lasiter novamente, desta vez com os olhos cheios de lágrimas. - Ela tinha nove anos

    Ela disse como se estivesse fazendo uma pergunta a Lasiter. Katarina tinha acabado de fazer dez quando quando aquele monstro Burton a estuprou e a multilou com uma faca.

    Eu vi Tidwell pegando uma fotografia de Amy em cima da mesa e, com a permissão do Juiz, entregando a para Susan. Eu podia sentir sua angústia quando ela mordeu os lábios enquanto olhava fixamente para a fotografia. Acho que era a forma dela de manter o foco e não desabar - de lidar com uma situação horrível.

    Eu também não tinha me saído bem quando o Promotor de Justiça me entregou a foto da Katarina. A Promotora me disse mais tarde que eu estava ali, olhando fixamente para a fotografia da katarina em absoluto silêncio. Ela não sabia como eu estava me sentindo - digo, como ela poderia saber? - Ela nunca perdeu um filho.

    Eu segurei a respiração quando Tidwell perguntou a Susan se ela reconhecia a pessoa na primeira prova apresentada pelo Estado.

    Quando o Promotor da California me perguntou algo parecido, eu lembro da minha resposta - foi rápida e dirigida ao Burton, ao invés do Júri. -Ela é minha filha. Ela era apenas uma menininha

    Sim, - É a minha filha, Amy - Susan respondeu, com o  olhos vermelhos fixos na fotografia.

    Eu não sabia se era possível desprezar o Lasiter mais do que eu já o desprezava. Eu imaginei ele de joelhos, implorando por sua vida enquanto eu enfiava uma lâmina bem fundo no seu corpo. Ele e Burton eram sub humanos - ambos pervertidos e assassinos.

    Tidwell passou a fotografia de Amy para o advogado de Lasiter e a colocou sobre a mesa. O estado oferece a fotografia como prova

    Eu vi Lasiter olhar de relance para a foto e então desviar o olhar. Qual o problema?  Você não quer ver a garota cuja a vida você ceifou? Eu fiquei me perguntando como ele conseguia dormia à noite sabendo do que tinha feito.

    Tidwell colocou a fotografia de Amy no cavalete justamente onde o Juri poderia ver. De onde eu tava sentada, eu também poderia vê-la claramente.

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