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Um crime na cafeteria dos Bolos Mágicos: Uma bruxa no vilarejo inglês
Um crime na cafeteria dos Bolos Mágicos: Uma bruxa no vilarejo inglês
Um crime na cafeteria dos Bolos Mágicos: Uma bruxa no vilarejo inglês
E-book283 páginas5 horas

Um crime na cafeteria dos Bolos Mágicos: Uma bruxa no vilarejo inglês

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Sobre este e-book

Em um flash, ela tinha magia. Ela poderia usá-la para resolver uma morte misteriosa em sua família?

Escalar uma árvore durante uma tempestade sempre seria uma ideia estúpida, mas quando Evelyn Eldritch é atingida por um raio, seus poderes mágicos são ativados. E ela nem sabia que era uma bruxa!

Quando Evelyn descobre que sua mãe biológica morreu em circunstâncias suspeitas, ela faz uma jornada para o pitoresco vilarejo de Maiden-Upon-Avon, onde os moradores são lobisomens, bruxas, vampiros e um policial irritantemente bonito e ranzinza. Mas de quem ela deveria suspeitar? Em quem ela pode confiar?

E como se o malabarismo com seu treinamento mágico, a cafeteria da sua mãe e os moradores excêntricos da cidade não bastassem, outro corpo aparece durante o jogo de críquete local mostra que tudo está definitivamente saíndo do controle ...

Um crime na cafeteria dos Bolos Mágicos é o primeiro livro da adorável série English Village Witch Cozy, que se passa no belo interior da Inglatera. Se você ama heroínas corajosas, policiais de cidade pequena e um toque de nostalgia retro, então você vai adorar a divertida e romântica história de Rosie Reed.

Compre Um crime na cafeteria dos Bolos Mágicos hoje. É simplesmente eletrizante!

IdiomaPortuguês
EditoraRosie Reed
Data de lançamento13 de dez. de 2023
ISBN9781667412245
Um crime na cafeteria dos Bolos Mágicos: Uma bruxa no vilarejo inglês

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    Um crime na cafeteria dos Bolos Mágicos - Rosie Reed

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    Prólogo

    Terça-feira

    Tudo começou com um assassinato, como já era esperado.

    Mas antes disso, um pouco de magia. Escolha uma carta, qualquer carta...

    A veterana bruxa Marilyn Eldritch sentou-se em sua mesa favorita na cafeteria dos Bolos Mágicos e tirou uma carta de tarô de seu antigo baralho.  Era a carta da Morte.

    Ah não! Alguém ia morrer hoje à noite!  Um forte trovão retumbou lá fora.  Tentando acalmar os nervos, Marilyn misturou uma dose de sua bebida favorita em seu café.  Como sua mãe Joanie sempre dizia: Para uma vida longa e um corpo com vigor, esqueça o leite e acrescente o uísque.

    Marilyn tomou um gole de seu café irlandês, se concentrou e tirou as próximas duas cartas de tarô. 

    A Imperatriz e o Valete de Copas.  Maternidade e filhos...

    E Morte?

    Ela olhou para as cartas de tarô. Talvez fosse uma referência indireta a Leia, sua jovem aprendiz. Leia havia deixado o livro sagrado de feitiços de Marilyn em cima do balcão na frente de um cliente mais cedo, e Marilyn falaria sobre isso com ela na manhã seguinte.  Mas, obviamente, ela não planejava matá-la por causa disso.

    Acrescentou outra dose de uísque ao café e tomou um gole.

    O que essas cartas de tarô estavam tentando lhe dizer? Com medo, ela percebeu que isso poderia ser uma referência a sua filha Evelyn. Entregar Evelyn para adoção vinte e sete anos atrás tinha destroçado o coração de Marilyn, mas ela precisava escondê-la Deles.

    E se eles a tivessem encontrado?

    Marilyn agarrou seu espelho mágico e engasgou ao ver uma premonição de Evelyn subindo em uma árvore para resgatar um gato durante uma tempestade com muitos raios. E se Evelyn caísse e morresse? Seria essa a mensagem das cartas de tarô?

    Apesar de nunca terem se conhecido (além daquela vez, é claro) Marilyn decidiu que devia tentar avisar Evelyn. A carta da morte não podia ser ignorada, e claramente envolvia Evelyn de alguma forma. Não que Evelyn fosse tão estúpida para subir em uma árvore durante uma tempestade com relâmpagos - com ou sem gato. Só um idiota faria isso.

    Marilyn terminou seu café, apavorada com a carta da Morte. Mas quando uma onda de náusea a atingiu e sua temperatura se elevou a ponto de sentir o corpo queimar, ela finalmente entendeu a terrível previsão do tarô. 

    Ela olhou para a garrafa de uísque. Oh minha nossa ...

    Enquanto se sentia tonta e desmaiava, os pensamentos de Marilyn se voltaram para Evelyn, desejando que sua filha viesse para Maiden-Upon-Avon. Porque, fraca e velha como estava, Marilyn Eldritch não era o tipo de bruxa que deixava uma coisa simples como a morte estragar sua vida.

    Capítulo Um

    Quarta-feira

    Uma tempestade em uma rua escura de Londres. E um acidente quase fatal envolvendo uma gata, uma árvore e um relâmpago ...

    Você pode achar que só um idiota subiria uma árvore durante uma tempestade com relâmpagos - a combinação letal de água e eletricidade era muito bem conhecida por qualquer pessoa com um mínimo de inteligência. Mas aqui estava eu a seis metros de altura, agarrando-me a um galho molhado e me preparando para ser fritada como o monstro de Frankenstein.

    Chuvas em abril? Parece um mês tão quente e aconchegante, não acham? Mas eu estava aterrorizada. Foi tudo culpa da gata estúpida da minha irmã, que fugiu um minuto antes quando saí com o lixo. O estrondo do trovão assustou Princesa e a fez subir na velha árvore. E eu estupidamente subi para resgatá-la.

    A morte parecia estar nas cartas ...

    O vento soprava violentamente, me sacudindo como um cavalo de rodeio. Envolvi meus braços desesperadamente em volta do meu galho, gritando através da parede de chuva. Princesa, venha aqui, sua almofada de pelúcia!

    Ela sibilou quando tentei agarrar sua coleira de brilhantinhos.

    Estou tentando te ajudar, sua gata idiota!

    Ela recuou, então me contorci ainda mais ao longo da madeira escorregadia, me esforçando para agarrar seu pescoço. Ela gemeu quando a puxei em direção a mim e, em seguida, acomodei seu corpo que se contorcia sob meu braço.

    Muito bem. E agora, como é que eu ia descer?

    O vento forte atingiu o galho, fazendo-o ranger. Ah, minha nossa! Me equilibrei em apenas um braço enquanto Princesa lutava, uivando como se fosse minha culpa!

    Bem, por que veio até aqui? Gritei com ela. Sei que não nos damos bem, mas com certeza você não quer que eu seja atingida por um raio

    Em resposta, um enorme raio atingiu meu corpo, eletrificando meus ossos com um solavanco e me iluminando como uma árvore de Natal.

    Ahhhhh!

    Ao menos não precisava mais me preocupar sobre como ia descer agora. Agarrei a gata estridente enquanto caíamos juntas em direção ao chão. 

    Dizem que sua vida passa diante dos seus olhos quando você está perto da morte. Mas, à medida que eu caía meus pensamentos se voltaram para refletir sobre como era anti-higiênico que nosso lixo semanal fosse deixado na calçada todas as quartas-feiras. Felizmente, essa norma anti-higiênica salvou minha vida. Eu caí com um estrondo em cima de uma pilha de sacos de lixo macios - amortecendo minha queda e me impedindo de quebrar o pescoço. 

    Fiquei ali deitada por um momento, encharcada pela chuva forte e prendendo a respiração enquanto o cheiro rançoso entrava pelas minhas narinas. Ainda tinha Princesa em meus braços, e encontrei conforto no seu corpinho encharcado de água - arrepiado pela descarga do raio. 

    Soltei um gemido e me sentei, sentindo-me literalmente eletrizada. Depois, tentando ouvir através do vento uivante, percebi que meu telefone estava tocando no meu bolso.

    Aquele telefonema, eu estava prestes a descobrir, mudaria minha vida para sempre.

    Tirei meu cabelo molhado da boca. Alô, é a Evelyn que está falando?

    A voz do outro lado era jovem e doce. Alô, Evelyn. Você não me conhece, meu nome é Leia Lucas - sim, meus pais são fãs de Star Wars.

    Sim ... tudo bem?

    "Sou uma amiga da sua mãe biológica. Bem, eu era amiga. Lamento dizer mas Marilyn... ela foi assassinada! "

    Capítulo Dois

    Quinta-feira

    Evelyn? Quer um pouco de chá?

    Hã? O que? Por que o mundo estava balançando e fazendo barulho embaixo de mim?

    Abri meus olhos com um sobressalto. Onde eu estava? Ah, isso mesmo, em um trem, indo em direção a uma cidadezinha chamada Maiden-Upon-Avon. Quase não consegui pregar o olho na noite anterior, ainda em estado de choque e não conseguia de parar de pensar no telefonema de Leia. Devo ter adormecido.

    Peguei um pouco de chá para você no vagão-restaurante. Meu sobrinho Luke me entregou um copo de chá em um copo descartável. 

    Obrigada, Titch, exatamente o que eu precisava.

    Muitas vezes as pessoas achavam estranho que eu tivesse um sobrinho de 21 anos, porque eu tinha apenas 27 anos. Mas Luke era o filho da minha irmã Gemma de seu primeiro ... namoro.

    Gemma era dez anos mais velha do que eu, por isso meus pais decidiram me adotar depois que não puderam dar a Gemma uma irmãzinha para brincar. Mas quando Gemma tinha dezesseis anos, ela encontrou seu próprio companheiro de brincadeiras, então Luke e eu crescemos juntos na mesma casa. Com apenas seis anos de diferença, ele era como se fosse meu irmão mais novo. Mas ele era bem mais do que isso. Era o meu melhor amigo.

    E ele estava estudando para ser médico. Estava tão orgulhosa dele!

    Mas, por mais que eu o amasse, era culpa dele que eu estivesse nesse trem, rumo ao meu destino. Ou pelo menos em direção a Swindon - foi onde Leia disse que precisávamos trocar de trem para Maiden-Upon-Avon.

    Vai ser uma aventura, disse ele quando lhe contei sobre o telefonema de Leia. Melhor do que ficar deprimida em Londres. Você disse que queria fugir do caos de ficar com mamãe, Jack e as gêmeas.

    Fiquei grata a Gemma por me acolher depois de mais um relacionamento fracassado, porque não tinha como pagar os aluguéis de Londres por conta própria. Mas eu achava difícil morar com minhas sobrinhas gêmeas. E Princesa...

    Não se preocupe tanto, Evie, disse Luke, acomodando-se no assento à minha frente. Vamos apenas ir até lá e ver do que se trata. Podemos voltar a qualquer momento.

    Esperamos que sim, brinquei, bebendo meu chá. Todos nós sabemos o que acontece em filmes de terror nessas cidadezinhas pitorescas.

    Luke riu, balançando a cabeça. Tenho certeza de que vai ficar tudo bem.

    É o que veremos...

    Quando o trem parou em uma plataforma, meu olhar pousou em dois policiais bem corpulentos, segurando pistolas semiautomáticas. Não consigo me acostumar com eles carregando armas.

    E usando coletes a prova de balas. Luke disse.

    Acho que precisam se proteger em Londres. Precisam lidar com as criaturas mais depravadas e assustadoras.

    Luke concordou. Falando nisso, o que minha mãe disse sobre sua aventura repentina para Maiden-Upon-Avon?

    Soltei um gemido. "Bem, primeiro ela ficou irritada, porque queria que eu fosse buscar as meninas no jardim de infância mais tarde. Mas depois se acalmou e disse que convenceria você a fazer isso."

    Agora é tarde...

    Quando expliquei que você viria comigo, ela disse que eu estava sendo egoísta, e não levando em consideração como mamãe e papai se sentiriam por eu estar desenterrando meu passado.

    Luke revirou os olhos, visualizando claramente a conversa com sua mãe.

    E quando eu estava saindo, Gemma disse que eu estava sendo irracional e imprudente, fugindo assim, quando deveria estar procurando um novo emprego e resolvendo minha vida.

    Sim, disse Luke. Aposto que você mal pode esperar para conseguir outro emprego emocionante como assistente administrativo em uma empresa que fabrica azulejos para banheiros.

    Eu ri. Bem, aquele crédito estudantil para minha faculdade de Psicologia não vai se pagar sozinho. E não é exatamente barato estudar para se tornar um terapeuta.

    Vale cada centavo, disse Luke. Você será uma ótima terapeuta.

    Obrigada, Titch.

    O trem seguiu fazendo seu som característico. Vai ser bom para você ver onde viveu sua mãe biológica Marilyn. Luke disse.

    Estou animada. Vai ser bom. Passei a noite toda acordada desejando ter me aproximado de Marilyn quando tive oportunidade. Mas deixei mamãe, papai e Gemma me convencerem de que conhecê-la seria uma carga emocional muito intensa para lidar. Intenso para eles lidarem com isso."

    "Você está fazendo a coisa certa. Evie. Nós estamos. Sei como é ter uma mãe ausente. E não sei quem é meu pai. É por isso que sempre fomos tão unidos. "

    Eu sei. Sempre estivemos unidos por esse sentimento de não pertencermos a lugar nenhum

    Mas nos divertimos muito, não acha?

    Sorri. Nos divertimos bastante. Sou grata por você ter estado lá, Titch. E por estar aqui agora.

    Eu também.

    Hoje foi um dia ensolarado - a calmaria após a tempestade da noite passada. Recostei-me e me permiti relaxar na emoção desta aventura; e admirar a beleza da primavera em nossa viagem. Campos verdes e nuvens brancas fofas, emolduradas pelo céu azul, passaram pela janela suja, me transmitindo uma sensação de paz. 

    Luke esticou os pés no assento ao lado do meu. Trens são como máquinas do tempo.

    Sim, portais para lugares mágicos!

    Sim, iguais a Swindon, disse ele, sorrindo.

    "Slough!" Falei imitando minha melhor voz de trailer de cinema. 

    "West Drayton."

    Rimos feito crianças. Era divertido, apenas ficar falando nomes de cidades com Luke.

    Então, o que essa tal de Leia disse quando você ligou de volta?  Luke perguntou, indo direto ao assunto.

    Olhei pela janela observando a vegetação que passava zunindo. "Bem, ela acha que a Marilyn foi assassinada. Mas a polícia e o legista declararam que foi suicídio. "

    Sério? Por que ela saberia mais do que a polícia e o legista?

    Acho que ela conhecia a Marilyn muito bem. Afirmou que ela não era suicida.

    Luke me olhou pensativo. Então, quem é ela exatamente? - Leia, quero dizer

    Esfreguei a testa, tentando reunir todas as informações na minha cabeça. Leia disse que Marilyn era dona de uma cafeteria chamada Bolos Mágicos, que fica em uma antiga casa colonial.

    Legal.

    Sim. E Leia é sua garçonete e aprendiz.

    Luke franziu a testa. Aprendiz? Para que?"

    Não sei muito bem. Ela parece um pouco esquisita, se é que você me entende. Legal, mas...

    "Um pouco esquisita?

    Sim. Ela estava dizendo umas coisas estranhas.

    Uma cobradora de passagens entrou em nosso vagão, então Luke rapidamente tirou os pés do assento. Ele ainda se preocupa em ser repreendido por adultos, mesmo tendo 21 anos. Eu entendia perfeitamente - Gemma era assustadora quando estava de mau humor.

    O que Luke estava esquecendo, porém, era que ele agora era um homem loiro, bonito, forte, de um 1,80m. As pessoas ficavam de boca aberta ao olhar para ele. Uma vez, uma mulher estava tão distraída olhando para ele que bateu em um poste de luz. Luke correu para socorrê-la. Talvez fosse essa a intenção dela...

    Ele era adorável -  tão doce e gentil. Era assim que ele sempre se envolvia em relacionamentos errados. Isso acabava confundindo as pessoas. 

    Quanto a mim, só Deus sabia qual era a minha desculpa. Tive mais relacionamentos tóxicos do que uma usina nuclear.

    A cobradora finalmente conseguiu desviar o olhar do meu sobrinho e carimbar nossos bilhetes. Quando ela se afastou, Luke inclinou-se para mim, baixando a voz. Que coisas estranhas a Leia falou?

    Luke você não pode contar isso a ninguém, mas é incrível ...

    Ele sorriu entusiasmado. O que?

    Leia disse que Marilyn me deixou a cafeteria.

    Luke engasgou. Que legal, Evie! Isso vai ser um desafio - sei o quanto você adora cozinhar. Não, espere, eu disse 'adora', mas quis dizer 'detesta'!

    Eu ri do seu sarcasmo. Sim, sim. Calma, eu vou vender, se valer a pena. Isso vai me libertar da Gemma.

    Luke estremeceu. Sim."

    "Mas Leia disse que não foi só isso que Marilyn me deixou."

    O que mais?

    Não fique tão animado - é estranho. Aparentemente, Marilyn também me deixou seu livro de feitiços, uma varinha e um espelho.

    Ah, muito, digamos, útil ...?

    O trem entrou em um longo túnel e o vagão mergulhou na escuridão. A boa e velha ferrovia britânica, sempre tão renomada, era um lixo.

    Queria que acendessem as luzes, falei.

    Luke olhou ao redor do vagão escuro. "Parece que não tem nenhuma luz aqui para ser acesa."

    E aquelas ali? Ah! As luzes acenderam quando apontei em sua direção. Nossa, meu desejo é o comando da ferrovia britânica!

    Você deve ter dedos mágicos, Evie!

    "Dedos mágicos seriam incríveis. Imagine o poder. Sem contar o que eu poderia fazer com.– minha nossa, o que era aquilo?"

    Virei assim que ouvi sussurrarem meu nome do lado de fora do trem.

    Você viu isso, Luke? Tinha um rosto na janela!

    Um rosto?

    Sim. Era uma senhora idosa. Ela parecia ... ela parecia ... morta. Seu rosto estava pálido e assustador.  Tão assustador!

    Olhamos para a janela que agora parecia perfeitamente normal.

    Tem certeza de que não era apenas o seu reflexo?"  Luke perguntou.

    "Não, era horrí...- meu reflexo!"

    Ele sorriu. Desculpe. Deve ter sido um efeito da luz.

    Tem razão, deve ter sido isso.

    O trem saiu do túnel em alta velocidade e ambos relaxamos.  Então, o que você estava dizendo sobre a Leia? Luke perguntou.

    "Ah sim. A varinha, o livro e o espelho. Leia falou como se eu devesse ficar feliz, como se isso significasse algo para mim.

    Luke levantou uma sobrancelha incrédulo.  Nova Era ou algo espiritual? 

    Mordi o lábio, tentando não rir. Não sei muito bem.  Mas também, o jeito como ela falou da Marilyn ... Leia disse que Marilyn só usava os poderes para o bem.  Era como se ela acreditasse que Marilyn era algum tipo de, sei lá ... ser mágico.

    Os olhos Luke se arregalaram em choque. Ela disse isso?

    Não exatamente, só ... ela obviamente a admirava. Sabia que quando você tem um mentor que admira acaba lhe atribuindo essas qualidades incríveis?

    Ele encolheu os ombros.  "A terapeuta aqui é você. "

    Se Leia acha que Marilyn era mágica, ela pode precisar de algo mais forte do que um terapeuta.

    Hospício, camisa de força? 

    Eu ri. Algo parecido.

    Luke recostou-se em seu assento. Bem, se ela é louca por morcegos, vai se encaixar perfeitamente em nossa família. 

    Nós dois rimos. Isso era verdade.

    Capítulo Três

    E assim, a aventura começou.

    Desembarcamos na estação Maiden-Upon-Avon e caminhamos no sol agradável em direção ao vilarejo.  Também houve uma tempestade por aqui na noite passada, pior do que em Londres pela quantidade de galhos caídos, poças fundas e telhas fora do lugar. 

    O vilarejo estava tranquilo agora - parecia uma cidade fantasma. Seguindo as instruções de Leia, Luke e eu descemos a rua principal, que era estreita, cheia por lojas antigas e lindos chalés.  Senti como se tivesse voltado para a década de 1950.  Acalentou minha alma sair do tumulto de Londres. 

    Flâmulas da Inglaterra tremulavam orgulhosamente em todas as vitrines das lojas, me lembrando que o Dia de São Jorge era no próximo fim de semana. Já podia imaginar os moradores de Maiden-Upon-Avon celebrando com orgulho e cantando o hino nacional músicas tradicionais. Esse vilarejo era a essência da Inglaterra, com cabines de telefone vermelhas, restaurantes típicos e ruas de paralelepípedos, – me deu vontade de cantar. Embora eu prefira ouvir o som envolvente do canto suave dos pássaros.

    Carvalhos antigos estavam entre as lojas cobertas de hera, parecendo ainda mais antigos do que o próprio vilarejo, que claramente existia há séculos. 

    Luke apontou para a

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