O milionário e a camareira
De Maggie Cox
3.5/5
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Sobre este e-book
Piers Redfield estava completamente fora do alcance de Emma. O milionário tinha um poder especial… tanto no escritório como no quarto.
Quando Emma o enfrentou para defender um amigo, Piers teve a certeza de que tinha de conquistar aquela audaz e corajosa rapariga. A primeira coisa que faria seria levá-la para Paris para passar um fim-de-semana romântico.
Contudo, Piers depressa percebeu que o que sentia por ela estava fora do seu controlo…
Maggie Cox
The day Maggie Cox saw the film version of Wuthering Heights, was the day she became hooked on romance. From that day onwards she spent a lot of time dreaming up her own romances,hoping that one day she might become published. Now that her dream is being realised, she wakes up every morning and counts her blessings. She is married to a gorgeous man, and is the mother of two wonderful sons. Her other passions in life – besides her family and reading/writing – are music and films.
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O milionário e a camareira - Maggie Cox
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2004 Maggie Cox
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
O milionário e a camareira, n.º 868 - Fevereiro 2016
Título original: The Wealthy Man’s Waitress
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2005
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-7914-0
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
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Capítulo 1
Apenas uma porta separava Emma Jane Robards da sua meta, mas não era uma porta qualquer. Tratava-se de uma porta muito especial: grande, de nogueira e com um nome escrito em letras douradas que indicava a importância do ocupante do escritório a que dava acesso: Piers Redfield.
Lawrence dissera-lhe que não valia a pena tentar marcar uma entrevista, pois um exército de empregados ocupava-se de afugentar possíveis intrusos, e, naquele instante, Emma perguntava-se porque deixara que Lawrence a convencesse a agir como uma espia amadora.
A resposta era que desejava ajudá-lo. Só por esse motivo estava ali, arriscando-se a que, a qualquer momento, o segurança a expulsasse do edifício. Levantou o queixo, respirou fundo e bateu com os nós dos dedos à porta que protegia a fortaleza.
– Entre!
Emma girou a maçaneta, entrou e ficou paralisada pela surpresa. Diante de si havia um escritório enorme com janelas gigantescas, através das quais se avistava um bosque, e com quadros nas paredes, que até um olho inexperiente como o seu identificaria como sendo originais. Mas, mais do que o ar geral de exclusividade e de riqueza que flutuava na divisão como um perfume intenso, o que lhe tirou a respiração foi o homem que se sentava atrás de uma enorme secretária: Piers Redfield em pessoa.
– Quem é a menina?
Emma sentiu o impulso de sair dali a correr, mas não estava disposta a comportar-se como um coelhinho assustado. Embora tivesse diante de si o presidente multimilionário de uma empresa gigantesca e ela não fosse mais do que uma empregada, não se deixaria amedrontar.
– Sou Emma, uma amiga de Lawrence.
– Lawrence? – as sobrancelhas escuras que emolduravam uns olhos penetrantes cor de safira arquearam-se num olhar inquisidor.
Emma agarrou com força a mala que segurava.
Os batimentos do seu coração aceleraram e sentiu que uma mão invisível lhe apertava a garganta.
– O seu filho.
– Eu sei que é meu filho, mas isso não explica a sua presença aqui. Aliás, como conseguiu evitar o controlo da recepção e da minha secretária?
– Toda a gente está a ver o desfile e, como é sábado, há pouco pessoal...
Ao sair do metro e ao ver-se arrastada pela corrente de gente que se amontoava nos passeios, Emma rezara para que a distracção geral lhe facilitasse a entrada no edifício, e o milagre acontecera. Passara pelo controlo de segurança como se fosse invisível.
– É hoje?
Sem esperar resposta, Piers levantou-se e olhou pela janela. O seu porte era majestoso e Emma surpreendeu-se pelo facto de o seu ar de segurança a perturbar tanto. Contudo, estava ali com uma missão concreta e não pensava permitir que a riqueza e o poder do homem que tinha diante de si a intimidassem. Lawrence já a advertira de que ele era capaz de usar qualquer truque para dobrar a vontade daqueles que o rodeavam. Com ela, não o conseguiria.
– Não acredito que consiga ver alguma coisa. É demasiado alto – comentou, tanto literal como metaforicamente. Piers Redfield ocupava um pedestal inacessível.
– Mas que rico serviço de segurança! Foi Lawrence que a mandou? É uma das suas namoradas?
Uma das suas namoradas. Pretendia ser um insulto e Emma interpretou-o como tal.
– Espero que ele não me veja nessa categoria.
O sorriso cínico que se desenhou no rosto de Piers fez com que se arrependesse imediatamente de ter feito aquele comentário.
– Ele não me disse que tinha uma relação especial – comentou ele, apoiando-se na secretária e olhando-a com ar perscrutador.
– Como poderia ter dito o que quer que fosse, se o senhor nem sequer responde aos seus telefonemas? – a acusação escapou dos lábios de Emma automaticamente e, uma vez mais, teve motivos para se arrepender, quando Piers inclinou a cabeça para trás e deu uma sonora gargalhada.
– Pobre Lawrence! Se é essa a estratégia que pensa adoptar, será melhor ir directo ao assunto. Enviou-a para me pedir dinheiro?
– Claro que não! Eu só queria contar-lhe os sacrifícios que ele está a fazer para financiar a sua nova carreira e explicar-lhe que finalmente descobriu a sua verdadeira vocação. Ele disse-me que o senhor está constantemente a subvalorizá-lo. Toda a gente merece uma oportunidade, senhor Redfield. O senhor não recebeu nenhuma ajuda ao iniciar a sua carreira?
O trabalho, a determinação e a capacidade de tomar decisões difíceis sem hesitar tinham-no levado ao topo sem a mais pequena ajuda do seu pai. Piers contemplou a bela mulher de cabelo castanho e olhos cor de mel, com um sinal encantador na maçã do rosto esquerda, e disse para consigo que não podia culpá-la por ter pensado que ele era um pai cruel e Lawrence o pobre filho incompreendido e rejeitado. Se tivesse mais tempo, adoraria mostrar-lhe a verdade e facultar-lhe alguns dados desagradáveis sobre aquele pobre, incompreendido e rejeitado filho, mas Piers pensou que não conseguiria fazê-la mudar de opinião e que, portanto, seria uma perda de tempo.
Viu as horas no seu Rolex de pulso.
– Que sacrifícios fez o meu filho ultimamente? Terá de ser breve. Faltam três minutos para a minha próxima reunião.
Emma tossiu. Daria tudo para beber água e aliviar a secura de garganta que sentia. O que a fizera pensar que poderia conseguir entender-se com o empresário de fama internacional que todos os jovens queriam imitar? E o pior de tudo era que nem sequer tivera em conta que ele também era famoso pelo seu charme.
– Vendeu o carro e a mota, mas não conseguiu reunir o capital suficiente para se estabelecer na Cornualha. Além disso, terá de pagar uma renda e comida. Vai ser preciso algum tempo até que o negócio comece a prosperar, mas asseguro-lhe que será um sucesso. Tem ideia do talento que o seu filho tem?
– Conheço perfeitamente o talento do meu filho, menina...
– Robards.
– Menina Robards. Mas receio que não seja o mesmo a que a menina se refere. E, se por acaso isso lhe interessa, duvido que um negócio de cerâmica consiga ser bem sucedido num lugar onde já há centenas deles. Se quer saber a minha opinião, embora suponha que ela não lhe interesse... – cravou um olhar gelado em Emma, – Lawrence só pretende viver à minha custa. Dei-lhe dinheiro para imensas ideias disparatadas, e esbanjou a herança da mãe em menos de um ano. Considero que fiz tudo o que pude por ele. Lamento que tenha vindo para nada, menina Robards.
Piers contornou a secretária e pousou a mão sobre o telefone.
Emma não podia acreditar que ele estivesse a mandá-la embora com tanta frieza. Afinal de contas, estava ali para falar sobre o seu filho, não sobre um desconhecido. Na noite anterior, tivera pela primeira vez na sua vida um homem a chorar nos seus braços. Lawrence ficara descontrolado e falara-lhe da sua infância infeliz, da morte da sua mãe, das infidelidades às quais esta se vira arrastada pelo vício ao trabalho do seu pai, da frieza deste para com ele. Com olhos cheios de dor explicara-lhe como tudo aquilo o impedira de entrar na universidade. Era um ser desconsolado e ela sentira um desejo intenso de protegê-lo. Inicialmente, não fora mais do que a sua vizinha mas, depois, tinham ficado amigos e mais de uma vez tivera de dar-lhe de comer quando Lawrence ficava sem dinheiro para ir às compras. O mínimo que o seu poderoso pai podia fazer era prestar atenção ao que tinha para lhe dizer!
– Senhor Redfield – Piers ergueu os olhos desconcertado quando Emma atravessou a divisão e pousou a sua mão sobre a dele.
Tinha a pele tão suave como o veludo e uma corrente de sensualidade percorreu-o ao sentir o seu toque. Durante uma fracção de segundo ficou paralisado mas em seguida recuperou o controlo sobre si mesmo e adorou ver que Emma corava intensamente e retirava a mão como se se tivesse queimado.
Podia não respeitar Lawrence mas tinha de elogiá-lo pelo gosto em relação àquela mulher. Evidentemente, era demasiado jovem, teria uns vinte e quatro anos, mas ninguém podia negar que era corajosa e... o casaco justo que trazia sobre o vestido insinuava um busto magnífico... Piers meteu a mão no bolso e respirou fundo para afugentar pensamentos lascivos da sua mente.
– Queria mais alguma coisa, menina Robards?
– Não abandone o seu filho! Ele precisa da sua ajuda, não da sua desaprovação. Pediu-me para lhe dizer que será a última vez que recorre a si. Porque não lhe dedica meia hora do seu tempo?
– E que proveito vai tirar de tudo isto, menina Robards?
– O que quer dizer com isso? – Emma franziu o sobrolho. O seu perfume envolveu Piers e, uma vez mais, sentiu um forte desejo por aquela mulher.
– O que ganha a menina em troca? Quer levar uma vida fácil na Cornualha?
Emma olhou-o, atónita. Pensava que se tratava de um estratagema para ficar com o seu dinheiro? Ela, que sempre prestava ajuda aos outros, que não sabia o que era