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A amante do conde francês
A amante do conde francês
A amante do conde francês
E-book181 páginas2 horas

A amante do conde francês

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Sobre este e-book

Tinha de estar às ordens do conde.
Quando Kate Foster decidiu abrir o seu negócio na casa da sua família numa zona rural francesa, imaginava que aquilo seria como regressar às suas idílicas férias infantis. Mas não demorou a ficar a saber que o resto das propriedades da zona pertenciam agora ao sofisticado conde Guy de Villeneuve, por quem já se tinha sentido muito atraída... Guy estava empenhado em impedir que Kate se estabelecesse nas suas terras... até que descobriu que a rapariga com quem tinha namorado há alguns anos se tinha convertido numa mulher de carácter. Era cada vez mais difícil resistir à atracção sexual que havia entre eles.A ideia de Guy era convertê-la em sua amante fosse como fosse...
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de out. de 2014
ISBN9788468759159
A amante do conde francês
Autor

Susan Stephens

Susan Stephens is passionate about writing books set in fabulous locations where an outstanding man comes to grips with a cool, feisty woman. Susan’s hobbies include travel, reading, theatre, long walks, playing the piano, and she loves hearing from readers at her website. www.susanstephens.com

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    Pré-visualização do livro

    A amante do conde francês - Susan Stephens

    Editado por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2003 Susan Stephens

    © 2014 Harlequin Ibérica, S.A.

    A amante do conde francês, n.º 758 - Outubro 2014

    Título original: The French Count’s Mistress

    Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

    Publicado em português em 2004

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-687-5915-9

    Editor responsável: Luis Pugni

    Conversão ebook: MT Color & Diseño

    Capítulo 1

    – Mas, menina... o senhor conde está numa reunião. Não pode receber ninguém.

    – A mim sim – disse Kate Foster muito segura de si mesma, deixando a empregada para trás, para entrar naquela sala imensa, que parecia não ter mudado nada durante anos.

    Precisamente antes de avistar a sua presa, Kate pensou que ela sim tinha mudado. Já não se deixava intimidar como quando era uma criança, talvez devido ao seu êxito nos negócios. Havia um grupo de homens sentados em volta da mesa da sala, que se puseram de pé assim que a viram aproximar-se, mas só um deles suscitava o seu interesse.

    – Kate? – exclamou ele com suavidade.

    Ao ouvir aquela voz teve de se concentrar para manter o olhar fixo. Tinha-se esquecido de como era alto e impressionante. Guy de Villeneuve não era só bonito, também parecia ser feito de um material perfeito. Tinha a pele bronzeada, o seu cabelo de ébano parecia mais exuberante, as suas pestanas mais longas, o seu sobrolho mais expressivo e os seus lábios... Kate teve de olhar para outro lado ao aperceber-se que ela também estava a ser avaliada por aqueles olhos cinzentos, que eram uma recordação para qualquer pessoa que se deixasse levar pelos encantos do conde de Villeneuve. No entanto, ela recordava que os seus pontos fortes eram a sua vontade de ferro e a sua inteligência, que escondia por baixo de uma aparência elegante e muito sensual.

    Kate procurou outros alvos onde fixar o seu olhar para se esquivar à pessoa que a esperava do outro lado da sala. Embora a cortesia o tivesse obrigado a aceitar a intromissão de Kate, ela sabia que por baixo do seu olhar de falcão se filtravam muitas emoções.

    – Conde Guy de Villeneuve – disse ela com uma frieza intencional.

    O conde olhou-a espantado com a sua entrada tão formal, mas no que a Kate dizia respeito, tinham passado dez anos desde o seu último encontro e aquilo não era nenhuma visita social. Ela tinha seguido a sua carreira de perto e sabia que a beleza e o encanto das mulheres não interferiam quando se tratava de negócios. Enquanto olhava para aqueles olhos cinzentos, recordou que ele tinha tido sempre muita facilidade em ler o seu pensamento. Nesse instante, Kate estava a meio de um jogo que lhe era familiar e no qual ele costumava ter sempre vantagem. Um jogo no qual provocar a jovenzinha que ia visitar a quinta da sua família era uma diversão anual para o jovem conde. Mas tinham passado dez anos, nos quais ela se tinha formado e abandonado uma carreira. Naquele momento, estava no ponto mais alto de outra diferente. Tinham sido dez anos nos quais aprendera a negociar com homens como ele.

    – Kate, passou tanto tempo. Em que te posso ajudar?

    Kate manteve uma distância de segurança e pôs a sua longa cabeleira loira para trás, contente porque agora conhecia as regras do jogo. Mas o que queria de Guy naquele momento era diferente e tinha de resolver as coisas depressa.

    – Kate? – perguntou ele novamente. Então ela observou que o calor dos seus olhos tinha dado lugar a algo mais frio e pensou se fora uma boa ideia ir ter com ele directamente. A sua voz profunda era muito sedutora e era evidente que nesses dez anos o seu corpo atlético tinha melhorado de forma considerável.

    – Lamento a interrupção, senhor conde, mas tenho de falar consigo.

    – Sobre o quê? – perguntou, enquanto dava indicação aos restantes para que se sentassem novamente.

    – É algo que gostaria de falar em privado – disse aproximando-se dele.

    – Como podes ver, estou numa reunião. A minha secretária...

    – Isto não pode esperar – disse com voz firme enquanto se preparava para o enfrentar. Mas era impossível não ler os seus pensamentos naquele olhar e sentiu-se aliviada quando ele se voltou para, durante uns instantes, estudar uns documentos que tinha em cima da mesa.

    – Se tivesses marcado hora, seria tudo muito mais fácil – disse com voz calma e fogo no olhar.

    Aquele tom provocou em Kate uma maior ousadia e os seus olhos verde-esmeralda brilharam com mais intensidade.

    – Liguei antes de sair de Inglaterra para marcar uma hora e a tua secretária disse-me que tinhas a agenda cheia até ao final do mês.

    Deixou o seu nome, menina? – perguntou de forma provocante e fazendo voz de falsete.

    – É claro que sim – disse ela indignada por ele a considerar assim tão imbecil. Embora, de repente, se tivesse apercebido que ele não tinha motivos para a conhecer e pôs de lado a sua veia competitiva, própria da juventude. Guy de Villeneuve só conhecia a rapariga que ela fora um dia, não conhecia a mulher em que se tinha transformado – disse à sua secretária que o informasse que Kate Foster tinha ligado – continuou satisfeita com o tom da sua voz e com a cara que Guy fez quando se apercebeu que algum dos seus empregados tinha feito alguma coisa mal. Mas era demasiado subtil para demonstrar a sua dissonância em público.

    – Bom, Kate Foster – disse pronunciando cada sílaba com ironia, – não posso pedir a estes cavalheiros que se retirem sem antes saber sobre o que queres falar.

    Kate levantou um sobrolho quando os seus olhares se encontraram, mas o seu desceu ligeiramente para reparar na mandíbula de Guy, rodeada pela barba incipiente. Observou os seus lábios e desviou o olhar com rapidez, mas reparando antes no ligeiro sorriso implacável que surgia na sua boca.

    O facto dele ainda ser capaz de ler as suas respostas excitou-a e, ao mesmo tempo, deixou-a preocupada.

    – Vim para falar de La Petite Maison – disse enquanto, pelo canto do olho, conseguia ver como os restantes homens relaxavam.

    O conde olhou-a intensamente antes de se voltar para se dirigir aos presentes.

    – Cavalheiros, desculpem-me. Continuaremos a reunião amanhã de manhã, às nove.

    Kate pensou que tinha ganho a primeira batalha e relaxou enquanto esperava que a sala ficasse vazia, elevando o queixo numa atitude provocante enquanto os homens passavam ao seu lado e olhavam com interesse para a mulher que tinha ousado alterar a agenda do conde de Villeneuve.

    – Não te sentas? – perguntou o conde depois de fechar a porta.

    Kate olhou para as duas cadeiras que estavam em frente da lareira esculpida num único bloco de mármore de Carrara e depois olhou novamente para o homem. Aceitar o convite significaria aceitar a sua hospitalidade, mais do que envolver-se numa discussão legal, o que com certeza iria acontecer.

    – Prefiro ficar de pé, se não te importas.

    – Como queiras – disse ele e como que reparando na sua inquietude, permaneceu onde estava, suficientemente longe para não terem de se tocar, mas perto para que ela pudesse apreciar a sua deliciosa fragrância de frutas. – Kate, o que aconteceu? Tinhas-te esquecido de mim?

    Kate corou ao ver o seu olhar. Como poderia esquecê-lo?

    – Vieste porque sentiste a minha falta? – perguntou ele com satisfação.

    Os nervos que sentia eram prova evidente daquilo, mas isso serviu a Kate como aviso.

    – Não vim para recordar velhos tempos – negou com firmeza. – Quero falar do presente.

    – Eu também – disse ele com suavidade. Depois, voltou-se e dirigiu-se para a secretária de madeira de cerejeira, atrás da qual havia uma grande janela arqueada. – Não queres vir até aqui e sentar-te? – perguntou enquanto apontava para uma cadeira que estava em frente do seu confortável cadeirão de couro.

    Kate pensou que o seu olhar era como um laço que a arrastava pela sala enquanto ela resistia a mover-se.

    – Aproxima-te – insistiu ele como se estivesse a falar com uma égua selvagem, – aproxima-te e diz-me o que se passa, Kate. Seja qual for o problema, tenho a certeza de que podemos encontrar uma solução.

    A sua calma estava a enlouquecê-la. O seu controlo inflexível arrancava sempre o pior dela. Mas, por mais que se convencesse a si mesma do muito que tinha mudado durante aqueles anos, falava-lhe com a mesma fúria que adoptava quando era uma adolescente.

    – Receio que a falar não vamos conseguir solucionar o problema.

    – E o que é que te satisfaria? – perguntou com um brilho nos olhos que mostrava o muito que desfrutava com o seu desespero.

    Kate ficou alarmada ao imaginar a resposta para aquela pergunta. Guy de Villeneuve tinha trinta e muitos anos e aparecia na capa da Time com uma regularidade monótona. Ela, apesar do seu êxito comercial, tinha penas vinte e seis anos, era escrava do trabalho e não tinha tempo para o romance, excepto para as fantasias que a sua imaginação activa recreava na sua mente, como era o caso.

    – Agora que estás aqui, não há problema algum em relaxares – continuou ele com calma. – Queres aproximar-te mais? Não mordo.

    Para Kate era impossível ler o seu pensamento. Tinha perdido a prática naqueles dez anos.

    Mas não conseguiria pô-la nervosa nem fazê-la esquecer o motivo da sua visita. Caminhou na direcção dele com a cabeça bem alta e com um passo firme de bailarina, que quase ocultava a dificuldade em andar causada pelo acidente que por pouco não lhe custou a vida.

    – Poderias começar por explicar-me porque motivo La Petite Maison está tão abandonada – disse com frieza.

    – Ah, isso – disse ele com um ar distraído.

    – Sim, isso – concordou Kate. – E então? Qual é a explicação? Estive a pagar ao escritório da Quinta Villeneuve durante quase seis meses. Supus que esse dinheiro seria suficiente para cobrir os gastos de manutenção da casa até que eu pudesse vir para tratar do resto.

    Oh, par pitié, Kate! – disse ele com elegância. – Todos os arrendatários sabiam que, assim que devolvesse a quinta ao seu propósito original, as casas de campo teriam de desaparecer.

    – Pois eu não fui informada – disse Kate enquanto se sentava na cadeira. – Dadas as circunstâncias, não achas que o teu comportamento foi um pouco prepotente?

    – Lamento o descuido – disse encolhendo os ombros. – Quando a senhora Broadbent morreu, não recebi notícias do que estava a pensar fazer com La Petite Maison. Não havia motivos para a deixar para ti. Sem um comunicado formal, fiz a única suposição possível.

    – Qual? – interrompeu-o Kate. Não percebia o que lhe estava a acontecer, porque permanecia sempre calma quando havia dificuldades nos negócios. E La Petite Maison representava uma dificuldade, uma vez que tinha deixado que os outros assuntos tivessem preferência. As cartas do advogado da tia Alice coincidiram com o fecho de um negócio que permitiria à sua agência de viagens por internet abrir várias sedes no Japão, por isso não deu atenção aos documentos de França.

    – Deduzi que os herdeiros da senhora Broadbent queriam simplesmente manter a casa em bom estado. Por favor, deixa-me terminar – insistiu o conde ao ver como a agitação de Kate ameaçada explodir. – Como isso não encaixava nos meus planos, dei ordens ao encarregado da quinta para que devolvesse todo o dinheiro. Deve ter havido algum problema no banco.

    – Não podes deixar as coisas assim – insistiu Kate passando a mão pelo cabelo. Não quero o teu dinheiro. Quero tudo o que paguei para ser investido na casa.

    – Não posso fazer isso.

    – Não podes ou não queres? – perguntou ela nervosa.

    – Ah, Kate – disse depois de se inclinar sobre a secretária para olhar para ela. – Sempre foste muito impulsiva.

    – Isso não é uma resposta – avisou-o, tentando não reparar nos seus olhos, rodeados pelas pestanas negras. O seu olhar desarmava-a quando se falava de negócios, mas os efeitos que provocava nos seus não eram nada catastróficos. – Se te recusas a fazer a manutenção da casa, devolve-me o dinheiro que eu trato de tudo sozinha.

    – Muito bem – concordou ele, para surpresa de Kate. – Amanhã terás todo o dinheiro na tua conta, mas a casa volta para mim – acrescentou quando Kate já tinha relaxado. – Aceitarás a minha proposta.

    – Chantagem? – disse ela enquanto se punha de pé.

    Tu exageres!

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