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Sinais (Comandante Serralves)
Sinais (Comandante Serralves)
Sinais (Comandante Serralves)
E-book62 páginas48 minutos

Sinais (Comandante Serralves)

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Sobre este e-book

Das minas marcianas às selvas do Vietname há segredos que podem derrubar a Aliança. Infelizmente, na ambição para descobri-los, Serralves por vezes esquece-se que também tem muito a esconder...

IdiomaPortuguês
EditoraImaginauta
Data de lançamento22 de set. de 2016
ISBN9781370947997
Sinais (Comandante Serralves)

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    Sinais (Comandante Serralves) - Vitor Frazão

    Título: Sinais

    Autor: Vitor Frazão

    Série: Comandante Serralves

    Capa: Imaginauta

    Imaginauta

    https://imaginauta.net/

    correio@imaginauta.net

    Acompanha mais aventuras do Comandante Serralves no Smashwords:

    https://www.smashwords.com/profile/view/Imaginauta/highlyrated

    Vitor Frazão © 2014

    Todos os direitos reservados de acordo com a legislação em vigor

    Este ebook respeita as regras do Acordo Ortográfico de 1945

    Sinais

    Vitor Frazão

    – Cabrão!

    – O que… Para que foi isso? – exigiu saber Pivane, levantando-se do devastador gancho.

    – Assassino! – acusou ela, estrebuchando para se libertar do gigante louro que a puxava para trás. – Havia gente ali.

    – Tem calma, Emily! – pediu a colega de pele castanha e olho direito biónico, colocando-se entre ambos.

    – Calma? Viste o que ele fez, Agak? Sabe-se lá quantos morreram por causa dele!

    – Estamos em guerra, Towers. Ataquei o inimigo. Não é motivo para te passares. – Ao contrário da agressora, que mal conseguia ser contida por um latagão com o triplo do peso, o agredido mantinha-se calmo, quase indiferente.

    – O plano era sabotar as máquinas e os depósitos de oxigénio para atrasar a extracção, não rebentar com a mina!

    – Agora, vão ficar ainda mais atrasados. – O nativo-americano mantinha um tom frio e distante, confiante na infalibilidade do que defendia. – Sem a sua preciosa mina os estaleiros marcianos não terão material suficiente para produzir naves nos próximos seis meses. Vais agradecer-me da próxima vez que escapares à Aliança por não terem Patrulhadores suficientes.

    – Havia operários nos túneis!

    – Poupa-me, Towers. Isto é guerra, eles são o inimigo.

    – Eles são inocentes! A maioria deles não quer saber do regime, só se preocupam em meter comida na mesa.

    – Não importa o motivo, eles estão a apoiar a Aliança.

    – É também por eles que lutamos! – A paixão e a tristeza brilhavam nos olhos azuis de Emily, alimentadas pela confiança absoluta na justeza da causa.

    – Não estamos a brincar às revoluções, fedelha! – atirou, sem mais paciência para a birra da colega. – Os fins justificam os meios, se não estás preparada para aceitar isso, volta para as tuas bonecas e livros de colorir. O que fazemos é demasiado importante para ser deixado nas mãos de uma pirralha nascida em berço de ouro.

    – O caminho para a liberdade não pode ser pintado com o sangue de inocentes. Pensas como um cão imperialista! Pior, como um plissado.

    – Puta! Retira o que disseste! Retira o que disseste, já! – Explodiu com tal violência que foram precisos três soldados para conter o corpo franzino. – Lá por abrires as pernas para o Comandante pensas que…

    – Assassino! Larga-me, Björn! Posso com este filho d’um plissado…

    A doca da Bastião mergulhou no caos absoluto, à medida que os presentes tentavam manter os dois tenentes rebeldes separados, no meio de uma gritaria que parecia reverberar por toda a nave. Antes que o conflito se descontrolasse um poderoso assobio encheu o compartimento, paralisando todos. Num misto de surpresa e vergonha, quais crianças repreendidas, os separatistas viraram-se para o assobiador, um homem magro, de delicados traços vulpinos e barba cortada A La Souvarov.

    – Vou mandar um tiro no escuro e supor que a missão a Marte não correu como planeado – comentou, desencostando-se da parede e cruzando os braços. – Alguém me pode fazer o favor de dizer qual é o motivo do arraial? Ei, ei, calma! Um de cada vez! Wilbur?

    – Parece que Pivane decidiu acrescentar fogo-de-artifício à missão no Calhau Vermelho e Towers não achou piada à brincadeira – respondeu um polinésio barrigudo, palitando os dentes.

    – Foi isso que aconteceu?

    – Serralves, ele…

    – Comandante, eu…

    – Chiu! Esqueçam. Nunca fui ama-seca, não vou começar agora – decidiu, tocando no lóbulo da orelha direita para activar o intercomunicador inserido no ouvido. – Ponte, daqui Serralves, leve-nos para lá da cintura de asteróides. Björn, mete Pivane no xilindró. Agak, leva Emily para a enfermaria.

    – Por que é que ela vai para a enfermaria? – questionou o tenente, sentindo-se

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