Meu Soldado Austríaco
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Meu Soldado Austríaco - Mônica Custódio E Tainá Custódio
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Meu
Soldado
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Mônica Custódio
Tainá Custódio
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Copyright © 2021 by Mônica Custódio Copyright © 2021 by Tainá Custódio Copyright © by Clube de autores
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida – em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação, etc. – Nem apropriada ou estocada em sistema de bancos de dados, Sem as expressas autorizações das autoras.
Produção independente:
Editora: Tainá Custódio
Revisão: Mônica Custódio e Tainá Custódio Páginação: Tainá Custódio
Capa: Mônica Custódio e Tainá Custódio Custódio, Mônica (Mônica Custódio), Custódio, Tainá (Tainá Custódio). Meu Soldado austríaco / Mônica Custódio, Tainá Custódio –
1.ed.-Rio de Janeiro: Clube de autores,2021.
158p.
5
Sumário
Prólogo...................................................9 p.
Capítulo 1: O exército muda você ...........10p.
Capítulo 2: Inimigos e teorias.................14p.
Capítulo 3: Soberania ..............................17p.
Capítulo 4: Um jantar em família ...........21p Capítulo 5: Despedindo-se de seu país.....26p.
Capítulo 6: Otto Stteiner..........................30p.
Capítulo 7: Ordens brasileiras................32p.
Capítulo 8: Difícil decisão.....................37p.
Capítulo 9: Consequências......................42p.
Capítulo 10: Noite de boas vindas..........45p.
Capítulo 11: Bitte tue das nicht.............50p.
Capítulo 12: Despertar..........................55p.
Capítulo 13: O comunicado..................62p.
Capítulo 14: Esperando... ....................65p.
Capítulo 15: Nova casa e nova vida.....68p.
Capítulo 16: Rumos.............................75p.
Capítulo 17: Novo acampamento.......80p.
Capítulo 18: Tomando conhecimento dos fatos......................................................87p.
Capítulo 19: Senhora Steiner................94p.
Capítulo 20: Anjo da totura.................101p.
Capítulo 21: Psicóloga e psicologia......110p.
Capítulo 22: O ataque secreto..............116p.
Capítulo 23: Tortura do Capturado......123p.
6
Capítulo 24: Quebra de promessa.........134p.
Capítulo 25: Novo abrigo e anfitriões....142p.
Capítulo 26: Providências..................151p.
Capítulo 27: Acertando as contas!.......156p.
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8
Prólogo
Bitte tue das nicht
Maldito dia em que falei aquelas palavras.
Elas seriam a minha sentença para um mundo que nunca sonhei em pertencer, o meu pedido de socorro transformaria meus dias em um inferno.
Como alguém poderia variar suas emoções tão de repente? A loucura e sanidade reunida em um só ser. Seu sorriso não era assustador de início, até descobrir que o Coronel o utilizava até mesmo nas sessões de tortura.
Me pego fazendo a mesma pergunta: Será que existe alguma humanidade no coração do Coronel? Ele dizía que se importava comigo.
Mas, quando realmente se importa com alguém, é preciso entender que o outro é livre e não mais uma de suas posses.
Para o Coronel eu era mais uma de suas medalhas de condecoração, ainda que as pessoas ao redor me desprezassem por não ser uma austríaca. Eu era apenas a Fernanda, uma brasileira que nunca deveria ter se assentado a mesa com eles.
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Capítulo 1: O exército muda você
- O mundo acabando e você aí estudando alemão! – Jorge encarou a irmã com desprezo. – Por acaso não sabe que agora eles são os nossos inimigos?
A mulher desviou os olhos de seu livro e encarou o irmão.
- Sinceramente não me importo com a Guerra. Acho isso tudo uma perda de tempo, recursos e vidas! Qual o sentido de envolver pessoas comuns no meio de uma disputa entre governantes?
- Oh, céus! Você só pode estar brincando? Eu sirvo a nação com muito orgulho! – o jovem soldado parou de acompanhar o deslizar da faca sobre a casca da laranja. A lâmina aproveitou-se do descuido e o feriu no polegar. – MERDA! – praguejou.
Fernanda sorriu. - Está bem, bravo soldado!
Deixa que eu cuido do seu corte.
- Não foi nada.
Pedro Henrique adentrou na cozinha: -
Concordo com nossa irmã. A Guerra nunca trouxe nada de positivo para nenhuma pessoa, somente desgraças.
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O récem chegado puxou uma cadeira e sentou-se com dificuldade.
- Vocês dois ficam falando essas coisas porque não podem servir o exército.
- Graças ao bom Deus! A melhor coisa que ele fez por mim. Deixou-me assim, doente.
Um verdadeiro inválido! E a culpa disso tudo é desse maldito exército.
A irmã correu para perto dele e o abraçou. –
Não diga essas coisas. Você não é um inválido! Você é bastante útil para nós aqui em casa e a mamãe adora nos ter por perto...
Jorge a interrompeu. – Maldito exército?! –
sua voz era desafiante – A culpa de você está nessas condições é única e exclusivamente sua! Se prestasse a atenção nas ordens dos superiores teria feito os exercícios direito e não...
- Não, o quê? Ficado inválido.
- É você quem está dízendo!
- Por favor, parem com isso! Já pensou a mamãe chegar e encontrar os dois aos berros?
- Ainda tem tempo de você mudar de vida, antes que os seus superiores ponham um fim nela.
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- Se eu morrer na Guerra morrerei feliz!
Lutando pelo ideal da nação brasileira. Bom, agora eu preciso ir. Fiquem bem!
Jorge saiu deixando para traz sua família.
Sônia chegou com uma cesta de verduras do quintal.
- O que aconteceu aqui? O Jorge saiu com uma cara aborrecida. Vocês brigaram outra vez? Já falei mil vezes que uma família deve ser unida. Ah, minha nossa senhora! Será que é pedir muito querer um pouco de paz?
- Fica calma mamãe, todo esse estresse só faz mal para a sua pressão, deixa que eu lhe ajudo com o almoço!
- Mas, não vai atrapalhar seus estudos minha querida?
Fernanda tentou traquilizar sua mãe e afastar as preocupações de sua mente.
- Bom, eu também quero ajudar com o almoço. Minha coluna não é grandes coisas, mas, posso cortar, descascar e lavar os alimentos. Não sei se isso é de grande valia, mas é o que está no meu alcance.
- Vocês são a razão da minha vida! Como sinto orgulho de ser a mãe desses filhos maravilhosos. É uma pena que o pai de vocês não esteja mais entre nós, ele ficaria feliz em 12
ver o rumo que cada um de vocês três estão trilhando.
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Capítulo 2: Inimigos e teorias
Enquanto isso na Aústria planos táticos eram tecidos pelo alto escalão do exército das principais potências mundiais.
- Vamos invadir o Brasil! Eles não vão resistir por muito tempo, em poucas semanas esse país estará dominado.
- Eu não tenho tanta certeza assim, capitão Charles. A França é o principal aliado deles.
A armada deles é estruturada e...
- E inferior a nossa! Você está com medo soldado Koning? Por acaso não acredita na capacidade dos seus superiores e na superioridade Austríaca? – Charles ficou de pé e apoiou as mãos sobre a imensa mesa.
Lançou um olhar penetrante sobre o inferior ouvinte.
- De modo algum! – desculpou-se Valentin. –
Sou fiel à pátria mãe e devo obediência aos meus superiores.
- Você sabe o que fazemos com traidores, não sabe? Não há perdão ou justificativa para uma coisa dessa proporção. – continuou o capitão. – Mas, enfim! É nitído como aquele país se recuperou financeiramente depois de anos de instabilidade em todas as esferas. No 14
entanto, ainda lhes falta algo. Um exército como o nosso, experiência de Guerra, a nossa tecnologia. Enfim, a lista é imensa!
Da outra ponta ouviu-se o general japonês: -
Não basta amar seu país, sem organização e disciplina nada se conquista. Podemos contar com a ajuda do Coronel Steiner?
- Com toda a certeza! Nosso melhor estrategista de Guerra não poderia deixar de ser escalado.
- A especialidade dele é a tortura de prisioneiros? – interessou-se o tenente-coronel alemão.
- Digamos que o coronel sabe como obter respostas dos prisioneiros de Guerra. Tortura é algo forte demais! – um sorriso desenhou nos lábios do general Jakob Heinrich.
- Por enquanto os