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Contos de Uma Fada #4 A Nascida das Trevas
Contos de Uma Fada #4 A Nascida das Trevas
Contos de Uma Fada #4 A Nascida das Trevas
E-book103 páginas1 hora

Contos de Uma Fada #4 A Nascida das Trevas

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Sobre este e-book

Algo de estranho aconteceu com a rainha Kathelynn enquanto a princesa Michelle, das fadas e dos elfos, resolvia os problemas da linha sucessória dos humanos em Estamina e ela precisa assumir as rédeas do reino com uma iminente ameaça de guerra entre os humanos e os magos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de abr. de 2021
ISBN9781526040510
Contos de Uma Fada #4 A Nascida das Trevas
Autor

Letícia Black

Letícia Black é natural do Rio de Janeiro, nascida no comecinho da década de 90. Seu primeiro livro foi publicado em 2012 e ela não pretende parar. Autora orgulhosa dos livros Contos de Uma Fada, Garota de Domingo, Safira, Toque de Recolher, Monstro, Deserto e da série Jogando os Dados.

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    Contos de Uma Fada #4 A Nascida das Trevas - Letícia Black

    Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (Decreto Legislativo nº 54, de 1995)

    Black, Letícia

    Contos de Uma Fada: A Nascente das Montanhas / Letícia Black

    Ficção brasileira I. Título

    Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da autora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.

    Dedicatória

    Ao meu irmão Igor e à minha amiga Aline, os primeiros leitores e revisores dos meus contos; tiveram que me ouvir por horas, contando e recontando cada trechinho dessa história até que fosse o suficiente.

    Muito obrigada.

    Sumário

    Dedicatória

    Sumário

    Capítulo Dezesseis

    Capítulo Dezessete

    Capítulo Dezoito

    Capítulo Dezenove

    Capítulo Vinte

    Capítulo Vinte e Um

    Capítulo Vinte e Dois

    Capítulo Vinte e Três

    Capítulo Vinte e Quatro

    Capitulo Vinte e Cinco

    Outros livros da autora:

    Capítulo Um

    A Notícia

    Ainda era começo da noite quando atravessei os portões do castelo. Os humanos estavam correndo de um lado para outro, tentando consertar o que tinha se quebrado, limpar o que manchara e tudo o que eu tinha pensado era em como eu gostaria de ir embora logo. Levaria semanas para que o castelo voltasse à sua glória e a coroação de Melissa fosse realmente consumada e apesar de ter gastado minha lábia e diplomacia por algumas horas, meu trabalho ali estava feito.

    Encontrei meus companheiros em uma barraca improvisada um pouco mais ao leste da entrada do castelo e caminhei para lá, despreocupada. Os humanos mantinham uma distância segura e respeitosa de mim depois de minhas demonstrações de poder e sentia o temor e admiração deles no ar; inesperadamente, isso me deixava confiante.

    — Pela maldita mãe dos infernos — conseguia ouvir o grito de Lorenna alguns passos de distância. — Que merda você está jogando aí? É fogo-vivo?

    Ellen estava rindo enquanto passava seu creme de ervas medicinais nas feridas de Lorenna e por isso a gritaria. Guilherme foi o primeiro a me notar e levantou-se para me dar um abraço e um beijo estalado em minha bochecha. Kieran estava sentado ao lado de Lorenna e tinha um sorriso divertido em seu rosto, deu uma piscadela em minha direção, o que significava que a distração de ver Lorenna sofrer com curativos fizera com que ele me perdoasse por tê-lo afastado da batalha. Meu bom irmão não era de guardar rancores.

    A exaustão me fez apoiar o corpo contra Guilherme, que não se importou. Estava prestes a perguntar sobre como nos organizaríamos para a partida quando um trote rápido chamou a minha atenção e um borrão verde se jogou na minha frente; Sophia tentara desmontar de seu cavalo em movimento como eu fazia e caiu de cara no chão.

    — O que houve? — questionou, sem se abalar com nossas risadas. — Já acabou?

    Nossas risadas aumentaram e eu ajudei Sophia a se levantar e expliquei o que havia acontecido. Agradeci-a por ter atendido o chamado com tanta prontidão. Sentamos ao redor da tenda que os guerreiros elfos montaram e começamos a partilhar a caça que conseguiram enquanto eu estava em reunião com Melissa. Tinha deixado Karmark em meu lugar e agora ele vinha em nossa direção com uma tocha iluminando o caminho da noite que já tinha caído.

    Ele reverenciou-me ao nos alcançar e era uma cena ridícula, porque ele estava imaculado em suas vestes élficas de alto escalão e eu estava soada e toda suja de gordura de coelho.

    — A princesa Melissa afirma não conseguir dispor de aposentos para todos — comunicou-nos. — Mas um quarto foi oferecido para princesa e seu consorte e outro para o príncipe.

    Torci os lábios e acenei, despreocupada.

    — Agradeço a preocupação, mas vou dormir com minha corte e meus soldados — informei-o.

    Eu sabia que era a decisão certa quando minhas conselheiras me olhavam com os olhos admirados, como se jamais tivessem visto alguém dizer aquilo antes.

    — Ei, onde está Siena? — Sophia finalmente notou sua ausência e sorri amarelo, vendo Kieran se levantar da pedra em que estava para se afastar da conversa que iria iniciar.

    Deixei de prestar atenção na explicação de Ellen quando senti os lábios de Guilherme em meu ouvido.

    — O que há com seu irmão? — perguntou-me, baixinho.

    Suspirei. Ainda era uma surpresa incrível tê-lo comigo em meu mundo e não sabia se iria me acostumar.

    — Ele gosta de Siena — expliquei. — E Siena gosta de um humano. Provavelmente está com ele agora.

    Enlacei meu braço no dele, deixando meus olhos pesarem com o cansaço. Tínhamos passado a noite na estrada e depois de usar um bocado dos meus poderes, achava que poderia dormir por três dias seguidos. Mas eu sabia que dormiria algumas horas e partiríamos de manhã cedo para Lammertia.

    Foi exatamente o que aconteceu. Guilherme perguntou onde poderíamos nos deitar depois que eu quase desmaiei de cansaço em seus braços algumas horas mais tarde. Nos concederam um espaço na tenda que também seria ocupada por Lorena, Kieran, Ília, Ellen, Sophia, Karmark e dois outros guardas élficos que eu não recordava o nome. Em algum momento da noite, Siena também se juntou à nossa tenda e a ouvi negociar com Lorenna para tentar deitar-se ao lado de Kieran, sem sucesso. A cada um que se juntava para deitar, eu despertava, apenas para sentir os dedos de Guilherme acalmando-me e adormecer novamente.

    Levantamos antes do nascer do Sol e partimos em direção à Asa Real sem nos despedirmos. Duvidava que Melissa fosse se importar, seria menos um peso em seu já complicado inicio de reinado.

    Foi com indolência que ignorei o fato que Guilherme se recusava a retornar à Alvorada, apesar dos pedidos de minha mãe, mas como a delegação élfica não seguiria caminho para Agulha sem antes dos deixar em segurança em nossa cidade, não reclamei. Depois, tinha certeza que Karmark conseguiria convencê-lo com alguma mágica que vinha da experiência de centenas de anos.

    Em nosso caminho, percebi o afastamento do conselheiro de meu pai. Ele era sempre falante e gostava de contar histórias e tecer explicações sobre todas as coisas; eu mesma o tinha escutado tentar ensinar algumas palavras em élfico para meu marido enquanto cochilava em seu ombro na noite anterior. Chamei-o algumas vezes para o meu lado, sem sucesso. Ele permaneceu ao lado de Ília com acenos respeitosos.

    Guilherme, ao meu lado, alertou-me todas as vezes em que Siena tentou aproximação com Kieran em nossa viagem, sem sucesso. Meu irmão tinha sofrido pelos últimos meses com a desatenção da rosa, envolvida com a presença constante de seu primeiro amor, o melhor amigo da princesa Melissa. Kieran tinha dito, algumas vezes em alto e bom som que estava ansioso para reencontrar Bel. Esperava que não estivesse fazendo isso apenas para deixar Siena com ciúmes, mas era uma possibilidade.

    Ao nos aproximarmos dos portões de Asa Real, Karmark finalmente aceitou meu convite e veio até meu lado, acompanhado de Kieran. Guilherme abriu um sorriso e soube que os dois já estavam desenvolvendo uma amizade, mesmo que um pouco atrapalhada pelo problema linguístico.

    — Gostaria de ter um momento a sós com a senhora e seu irmão, vossa alteza — disse, formalmente.

    Gui deu de ombros quando olhei para ele, não entendendo muita coisa do que o conselheiro de meu pai tinha dito. Foi Lorenna que traduziu.

    — Ele quer conversar a sós com os príncipes — disse. —

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