Reis de Israel I

De Edir Macedo

Da mesma forma como as cartas apocalípticas dizem respeito à qualidade do cristianismo exercitada por cada cristão, os períodos e as fases de reinado em Israel retratam o tipo de fé devotada a Deus por aqueles que o governaram.As consequências da fé apresentadas pelos governantes influenciaram seus reinos e deixaram sementes até hoje. Tanto os bons como os maus exemplos têm servido de alerta para os que desejam perseverar na fé até o fim e salvar sua alma.

• Idioma: Português
• Editora: Unipro
• Data de lançamento: 15 de jan. de 2018
• ISBN: 9788571406216

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Nota

Introdução

É costume dizer que o caráter de uma pessoa é conhecido quando se lhe é conferida autoridade.

A humildade e, sobretudo, a espiritualidade da maioria dos líderes de Israel foram esquecidas após ocuparem a posição de autoridade máxima sobre o povo escolhido.

Homens simples, como pastores de ovelhas e agricultores, foram ungidos e levados ao cargo de rei. Mas logo se esqueceram de suas origens e descambaram para fazer com seus súditos o que um dia sofreram nas mãos de seus opressores.

O poder dependendo de cada caso, em especial e sobretudo da condição espiritual e emocional do indivíduo, pode vir a se tornar um elemento altamente embriagador e nocivo à própria estabilidade social de seu reino sob vários aspectos.

Da mesma forma como as cartas apocalípticas dizem respeito à qualidade do cristianismo exercitada por cada cristão, os períodos e as fases de reinado em Israel retratam o tipo de fé devotada a Deus por aqueles que o governaram.

As consequências da fé apresentada pelos governantes influenciaram seus reinos e deixaram sementes até hoje. Tanto os bons como os maus exemplos têm servido de alerta para os que desejam perseverar na fé até o fim e salvar sua alma.

A história de Israel retrata dois tipos de reis: os tementes e os não tementes a Deus. A partir daí se desenvolveu a história do reino de Israel. Os tementes prosperavam e os que não demonstravam o temor traziam miséria e destruição àquela Nação.

O Plano Divino

O pecado de Adão e Eva deu origem à corrupção e rebeldia do gênero humano contra Deus. Desde então, a criatura passou a se desenvolver cada vez mais distante de seu Criador, e cada geração emergente era pior do que a anterior.

Qual a solução para reverter esse quadro e abrir um caminho para o ser humano voltar ao Jardim do Eden, ter a imagem Divina e viver eternamente com Deus?

A Lei Divina determina que o resultado do pecado é a morte eterna. Mas a mesma Lei diz que o pecado de alguém poderia ser cancelado se outrem assumisse a culpa e fosse sacrificado por ele.

Observa-se, na mesma Lei punitiva ao pecador, uma saída para a sua salvação. Mas, para isso, há regras a serem obedecidas. Uma delas é que sem o derramamento de sangue não há perdão de pecados. Ou seja, o sacrificado não poderia morrer de doença ou ser enforcado. No sacrifício, o sangue do redentor tinha que jorrar.

Além disso, o candidato ao sacrifício não poderia ter qualquer pecado. Como alguém poderia assumir a culpa de outrem se o mesmo também era culpado? A vida de um pecador não serve para salvar a de outro.

Para dar chance de salvação à humanidade, Deus teria de conseguir Alguém perfeito, que pudesse dar sua vida em favor dos que cressem.

Mas quem seria perfeitamente justo e ao mesmo tempo disposto a assumir a culpa dos outros? Quem seria o bode expiatório?

Não havia em toda a Terra ninguém em condições. Todos eram pecadores e, portanto, nenhum serviria como redentor.

Por conta disso, Deus se dispôs e ofereceu Seu Único Filho à humanidade. Mas como enviá-Lo? Para vir ao mundo servir como Salvador precisava ter a mesma natureza humana e estar sujeito aos seus caprichos.

O Senhor Jesus teve que abdicar Sua natureza exclusivamente espiritual para assumir também a natureza humana. E para tê-la, necessitava ser gerado no ventre de uma jovem virgem e pura.

Mas onde encontrar essa jovem pura na Terra já que todos os povos estavam corrompidos pelo pecado? Como Um Ser Divino nasceria no meio de povos idólatras?

O Salvador tinha de nascer numa nação separada da idolatria das demais nações da Terra. Essa nação não poderia cultuar outros deuses senão o Único e Verdadeiro.

Para construir tal nação foi que o Senhor achou Abraão e Sara. Estes se enquadravam perfeitamente no plano Divino porque formavam um casal singular e referencial da fé em Deus na Terra.

Deles viria nascer uma nação santa e propriedade exclusiva de Deus, berço do Seu Filho Altíssimo. Daí, nasceu o povo de Israel.

Abraão

O Reino de Israel começou a partir do histórico casal Abraão e Sara.

Quando chamado por Deus, Abraão obedeceu imediatamente. Manifestou sua