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Canção de Aretaeus
Canção de Aretaeus
Canção de Aretaeus
E-book194 páginas1 hora

Canção de Aretaeus

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Sobre este e-book

Canções de Aretaeus é uma obra dividida em duas partes ou dois lados, procura entender um pouco da genealogia humana e a matriz da Sociedade.
Através do amor, do sexo, da bebida, com alguns elementos góticos, outros contemporâneos, o próprio autor diz que seus textos são como surtos psicóticos. Tenta mostrar ao leitor vivências baseadas na verdade e na liberdade.
Na segunda parte do livro, muda-se o tipo de linguagem, pois seu escopo é a sociedade e sua matriz. Surgirão temas ligados à discriminação, política, sociedade e questões mundiais. Aqui, desaparece por completo o assunto Liberdade e o papel burocrático e falido da sociedade ganha força de discussão.
Como num disco de vinil, Canções de Aretaeus, tenta reproduzir para o mundo da literatura a experiência nostálgica de uma obra conceitual.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento14 de mai. de 2018
ISBN9788554542252
Canção de Aretaeus

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    Canção de Aretaeus - Agmar Raimundo

    pai

    Sumário

    Agradecimentos

    Aviso ao leitor

    LADO A [DA LIBERDADE]

    LADO B [DA SOCIEDADE]

    Agradecimentos

    Agradeço, primeiramente, a toda minha família, em especial à minha esposa Catiúcia por sempre estar ao meu lado.

    À Friedrich Nietzsche e Augusto dos Anjos (minhas maiores inspirações); ao bom e velho Rock’N’Roll que sempre esteve a me velar durante as noites de insomnia escrevendo estas páginas suspeitas.

    Aos meus alunos e ex-alunos que me fazem lembrar a importância do meu papel na vida de algumas pessoas.

    À Editora Viseu por ter construído esse Projeto da forma que eu havia imaginado conceber.

    E, por último, mas não menos importante, à loucura, às paixões, à sociedade e a Deus por serem as minhas principais inspirações.

    Se a vida é uma droga, vamos consumi-la

    Agmar Raimundo

    Aviso ao leitor

    Eu realmente não pretendo abrir esse livro com algum poema bonitinho descrevendo como é lindo o Amor, porque ele não é.

    Antes disso, quem estiver com expectativas sobre alguma descoberta fantástica ou alguma EUREKA! específica também se decepcionará.

    Tendo a chamá-los de textos execrados, por muito tempo sepultados nesse cemitério de ideias que é o nosso cérebro, e nessa alcova de lamentos que é o nosso estômago.

    Não sou nenhuma carcaça de poeta, tampouco tenho o clichê da alma do poeta, a única coisa que me filiava a esse bardo era a boemia, mas nem isso eu tenho mais, não vivo mais...isso.

    Maldizem aqueles que escrevem textos poéticos por estarem se abrindo para o mundo, confessando-se, desnudando-se, querendo aparecer... Pergunto-me: Expor-se em câmeras diariamente sem conteúdo algum, é o quê então? Eu não vivo disso, preferi aparecer escondido.

    O que eu vendo aqui são pedaços inéditos, como se fossem meus próprios pedaços, mutilações para posteriores julgamentos daquilo que me desfaço.

    Coloquei um pouco de tudo aqui dentro, cruzamentos esdrúxulos de incoerências de temas, conceitos ora leves, ora violentos. Não sei, às vezes penso que fui amazônico demais, muito verde, muitas árvores, onde só era necessário um terno cerrado. Foda-se! já estou aqui, não volto atrás, nestes pleonasmos que a vida nos dá, ou dejà vús, talvez!

    Este livro foi escrito para Todos – A maioria e as minorias: A maioria dos que me odeiam nesse mundo; e às minorias oprimidas do Mundo – negros, nordestinos, homossexuais, ateus, loucos, pobres [Maioria como substância, minoria como qualificação] e afins... Apesar de não ser território democrático, mas terra dura, como é a caatinga em que moro, lugar onde se devem ter opiniões para todas as pontas do Pentagrama, com respostas blindadas a casaca de couro, para segurar as facadas que levará por saber aonde se quer chegar e estar, morando num lugar onde as pessoas não vivem nos seus corpos, mas nos dos outros.

    Aqui estão reunidas algumas histórias que rompeu a barreira do Ego para o Eu-lírico, e deste, para o mundo físico – O Livro. Não há uma única palavra que tenha sido escrita sem uma réstia de psicose da insomnia, tampouco, não há nenhuma ideia que não tenha percorrido as ondas harmoniosas das canções de Rock.

    Assim, criei uma literatura só minha, intimista, minimalista ao meu jugo e hiperbólica na abundância do abuso coloquial; mínima, divina, diabólica, absurda, surda, mouca, louca, psicótica – Literatura Psicótica! Yeah!!! – manchada de sangue púrpuro e negro ao mesmo tempo - Cruz e Souza - alva, diáfana, entre a cruz e espada, bipolar, literatura sem lei, sem ler, sem leite; apenas com café, para suportar as madrugadas de insomnia. Simplesmente eu fui escrevendo aleatoriamente - como numa hipergrafia louca – escrevendo, escrevendo e parei como se em meus dedos corresse um Forrest, que não parou de escrever porque cansou, mas porque achou que já estava satisfeito.

    Não busco a redenção pelo que escrevo, é justamente o contrário, espero o desdém ao folheio das páginas desta Obra; e a ânsia do vômito alheio, por sentir o mau-cheiro dos versos que’u aqui vomitei porque não me cabia mais tanta ansiedade.

    Parafraseando Dante: Os que aqui adentrarem, não se esqueçam de amarrarem um pedaço de cordão na ponta do Portão para não se perderem, quando perderem a Esperança por terem lido textos tão vulgares.

    E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.

    Friedrich Nietzsche

    A loucura é diagnosticada pelos sãos, que não se submetem a diagnóstico.

    Carlos Drummond de Andrade

    Os loucos às vezes se curam, os imbecis nunca.

    Oscar Wilde

    LADO A [DA LIBERDADE]

    Canção manifesto

    Nós somos loucos

    e só nós podemos ter certeza disso!

    a sociedade é normal e por isso, rimos...

    Corremos livres pelas estradas de Morrison

    Contemplando nossos ídolos num varal colorido

    Amarrado no cajado de força do mago pinel.

    alpradiazeloraoxazetemabenzodiazepinas... Cérebros em [espirais contínuas!

    Vamos contando por léguas decrescentes,

    Pois a corrida é de espinhela caída sem freios

    rio abaixo até ganhar força suficiente para voar no espaço.

    Hemingway [suicidou-se]

    Virginia Woolf [suicidou-se]

    Ian Curtis-Kurt-Cobain [suicidaram-se]

    Renato Rimbaud Raul [36 37 44]

    Ana Cristina Cesar [suicidou-se]

    Torquato neto [suicidou-se]

    Maiakovski [suicidou-se]

    Van Gogh [suicidou-se]

    Nietzsche [bipolar]

    Edgar Allan Poe [bipolar]

    Apple-júpiter

    Augusto

    Einstein

    Freud

    e

    Dalí.

    [Libertaram-se!]

    Psicadabra!!! – Não precisamos de drogas falsas!

    Transtornados, salve!

    Psicóticos, salve!

    Bipolares, salve!

    Boderlines, salve!

    Esquizofrênicos, salve!

    Dissociativos, salve!

    Depressivos, salve!

    Compulsivos, salve!

    Obsessivos, salve!

    Doentes mentais,

    Mais, mais, mais,

    Ais, ais, ais...

    divalbuprolítiovolpróicarbamazepina... Cérebros em espirais contínuas!

    Olhem para nossas caras e vejam seus narizes vermelhos

    Refletidos no espelho do seu banheiro ao acordar,

    Do retrovisor do seu carro,

    Do banheiro quebrado do bar...

    é a sua realidade! Não a nossa...

    Nós somos loucos!

    e não temos limites,

    Andamos por cima dos fios dos postes

    Pois estamos tão elevados, que levitamos.

    Usamos asas de Nietzsche para o recorte dos mundos,

    Em cada mergulho no pélago,

    Resgatamos do oceano profundo a ignorância,

    e a preenchemos de sabedoria.

    é Kisch usar Kilt, mas a gente curte!

    Nós somos especiais para o nosso clube de idiotas –

    Os grandes hipócrates dos divãs generais.

    - "Do que nos importam lorotas escondidas,

    Se o que nos fascina é o grito da liberdade que não nos cabe mais?"

    o estado foi feito para nos prender, nos oprimir, nos segregar,

    Nós não nascemos para falir ou matar o estado,

    Nossa missão é mostrar que existem bundas de todas as cores!

    Das drogas que nos controlam, heroína é soro fisiológico!

    Em sonhos surrealistas vemos

    Medusa e narciso se olharem no cio

    Dos seus espelhos envenenados;

    o desejo de medusa é ter a beleza de narciso;

    Narciso por sua vez, quer a imortalidade de Dorian Gray

    Congelada no rosto pétreo da bruxa.

    e nós dançamos valsas e polcas austríacas

    Contemplando o ménage perfeito!

    benpeclozahalopeolanrispequetiapina... Cérebros em espirais continuas!

    Quem são os loucos?

    Os poetas românticos? Malditos?

    Os bardos das cantigas de amor e de amigos?

    Os excêntricos componentes de bandas de rock?

    Os viciados em art pop?

    São loucos aqueles esquecidos nas cracolândias da vida?

    Debaixo das pontes, marquises, viadutos, esquinas?...

    Todos nós temos nossas pontes e nossas cracolândias:

    Lugares dentro da gente, onde buscamos soluções rápidas e [instantâneas.

    são mais loucos os ateus de tudo?, ou os que se acham salvos

    Por seguirem um deus silencioso? Eis a questão.

    clonazipraciamefluoxetina... Cérebros em espirais contínuas!

    Sim, somos loucos,

    Como foi nikola tesla - um obsessivo compulsivo -,

    Negligenciado pela história,

    Negligenciado pela ciência,

    Roubado por edison,

    Mas genial, como geniais são todos os loucos que não se [vulgarizam.

    Somos soldados de um exército anárquico,

    Nós somos

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