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O Que Vai na Cabeça de Um Guna
O Que Vai na Cabeça de Um Guna
O Que Vai na Cabeça de Um Guna
E-book107 páginas58 minutos

O Que Vai na Cabeça de Um Guna

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Sobre este e-book

Mais de 60 milhões de visualizações Mais de 340 mil seguidores O guia para "O Que Vai na Cabeça de um Guna" Guna: Jovem citadino, geralmente associado às camadas sociais mais desfavorecidas, de comportamento ruidoso, por vezes desrespeitoso, ameaçador ou mesmo violento, que é vaidoso, mas que tem gostos considerados vulgares.

IdiomaPortuguês
EditoraCultura
Data de lançamento20 de mar. de 2018
ISBN9789898886460
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    O Que Vai na Cabeça de Um Guna - Alexandre Santos

    FICHA TÉCNICA

    * AVISO: contém conteúdo explícito *

    info@culturaeditora.pt I www.culturaeditora.pt

    © Alexandre Santos e Cultura Editora

    Por vontade expressa do autor, a presente edição não segue a grafia do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

    Título: O Que Vai na Cabeça de Um Guna

    Autor: Alexandre Santos

    Revisão: Sérgio Fernandes

    Paginação: Gráfica 99

    Capa e ilustrações: Vanessa Éffe

    Fotografia do autor: Miguel Bello

    1.ª edição em papel: Outubro de 2017

    Impressão e acabamento: Multitipo — Artes Gráficas, Lda.

    Reservados todos os direitos. Esta publicação não pode ser reproduzida, nem transmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo electrónico, mecânico, fotocópia, fotográfico, gravação ou outros, nem ser introduzida numa base de dados, difundida ou de qualquer forma copiada para uso público ou privado, sem prévia autorização por escrito do Editor.

    INTRODUÇÃO

    Ao dares início à leitura deste livro, tens de ter umas coisas em mente… Vais colar o pisto de uma tal maneira, que vais querer subir a postes e apalpar o cu às lâmpadas. Esta leitura não é para qualquer um; já tens de ter um guna/mitra dentro de ti… mas não tanto, senão engravidas. Este livro vai conseguir mexer um pouco com o psicológico do leitor, fazê-lo ver o mundo de outra forma. O vocabulário usado é um bocado agressivo, daí não ser qualquer um que consegue ler esta obra. Mas aviso já: se o leitor for coninhas, I’ve got bad news for you, homie… Porém, não tenham medo, que não vos vai fazer mal; muito pelo contrário: vai nutrir a vossa mente com assuntos da actualidade que foram cuidadosamente aprofundados por uma entidade cuja vida é na street, sem tabus, sem vergonha, e com cadastro. Desfrutem de cada uma das páginas que este livro vos oferece — dá para mortalhas.

    CASAMENTO

    Há dias fui ao casamento do meu melhor amigo. Imaginem só, um gunão a casar-se… Foi estranho ver aquele bandido de fatinho, sem as meias por cima das calças, sem a bolsinha com a merenda toda, sem cheiro a suor… mas sempre de cap pousado na cabeça, oh filho… Guna que é guna tem de manter o seu respeito, estando ou não ao lado da sua sheila… Isso são coisas que não podem falhar, primaço. Até mesmo a sheila dele ‘tava a representar, as argolaças nas orelhas, que quase dão pra pôr uma ave de rapina ao penduro… Até colas o pisto… Aquele casamento parecia uma noite de Carlos Manaça no Hard Club, só comidos, muito fumo, e o fumo não era daquelas máquinas de nevoeiro que costuma haver nessas festas, mas pronto… poupou umas boas massas aí. A ementa era simples, fruta e muita água fresquinha… e, claro, tinha os «temperos» ao lado, se é que me entendes, oh filho… O que cortava a nossa moca eram aqueles familiares mais velhos dos noivos. Os cotas passavam-se quando entrava o hard techno ali pesadão, o cheiro a lenha, e muitos pensaram que havia qualquer coisa ali a queimar agressivamente… E na verdade havia: o nosso cérebro! ‘Tás é maluco, oh sócio. Quando foi pra cortar o bolo, tiveram de chamar pelo Quim Navalhas, porque é ele que domina as lâminas de todo o tipo. Cortou aquela merda duma maneira muito estranha: simplesmente esfaqueou o bolo. Ele sofre de stress pós-traumático… E depois há sempre aquela brincadeira dos amigos dos noivos irem ao carro deles pôr latas agarradas ao pára-choques de trás, fitas de todas as cores, essas paneleirices todas… Mas nós optámos por fazer isso ao estilo das ruas: chegámos ao carro deles, e foi rádio, jantes, pneus, espelhos, volante, estofos… tudo prò saco! Só deixámos a manete das mudanças… Ela pode vir a precisar disso, se é que me entendes!

    RESOLUÇÕES 2018

    Os anos vão passando e nós, gunas, tentamos melhorar sempre a nossa vida à medida que o tempo passa, portanto, vou-vos dar a conhecer algumas das nossas resoluções, que são praticamente as mesmas todos os anos e acabamos sempre por foder tudo logo na primeira semana de Janeiro. Não são fáceis. Então, aqui vai:

    — Deixar de fumar… tabaco.

    — Deixar de roubar… em lojas com câmaras e chineses.

    — Tomar mais vezes banho… com água mesmo, não com desodorizantes foleiros.

    — Ser um gunão mais respeitado.

    — Deixar de ser um pai ausente… Optar por ser apenas distante.

    — Deixar de andar com sheilas… e começar a andar com as meninas da Foz, prò acesso à branca ser mais fácil.

    — Ser menos apanhado pelos goianos (bófia, oh primaço).

    — Conseguir ter mais aptidões e escolaridade… Deixar a trolhice e fazer, pelo menos, o 4º ano.

    Como podem ver, não são fáceis as resoluções

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