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Moda em diálogos: Entrevistas com pensadores
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Moda em diálogos: Entrevistas com pensadores
E-book137 páginas1 hora

Moda em diálogos: Entrevistas com pensadores

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Sobre este e-book

O livro Moda em Diálogos aborda inúmeras e distintas reflexões sobre o tema, contemplado através de traçados históricos, ideias, análises, críticas, contextualizações econômicas e de mercado, dentre outras abordagens de pensadores de diversas áreas do conhecimento, em especial das humanidades, de diferentes países. Todos - de alguma forma e em um determinado período de suas produções intelectual-profissionais - debruçaram-se sobre o assunto MODA.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de dez. de 2018
ISBN9788589617895
Moda em diálogos: Entrevistas com pensadores

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    Pré-visualização do livro

    Moda em diálogos - Tarcisio D'Almeida

    Copyright © Tarcisio D’Almeida

    Copyright © desta edição Memória Visual

    Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9.610 de 19.2.1998.

    É proibida a reprodução total e parcial, por quaisquer meios

    sem a expressa anuência da editora.

    Produção editorial

    Memória Visual

    Revisão

    Nova Leitura

    Capa, projeto gráfico e diagramação

    Adriana Cataldo e Priscila Andrade

    Zellig | www.zellig.com.br

    Fotografias

    Christian Hallot - H. Stern/Divulgação

    Diana Crane - Claudio Wakahara

    Didier Grumbach - Vincent Lappartient

    Gilles Lipovetsky - Danielle Sandrini

    Massimo Canevacci - Tarcisio D’Almeida

    Ted Polhemus - Danielle Sandrini

    Valerie Steele - Roxanne Lowit/Divulgação

    Produção de ebook

    S2 Books

    CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE

    SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

    D155m

    D’Almeida, Tarcisio

    Moda em diálogos : entrevistas com pensadores / Tarcisio D’Almeida. - 1.ed. - Rio de Janeiro : Memória Visual, 2012.

    (Moda de bolso ; 3)

    Apêndice

    Inclui bibliografia

    ISBN 978-85-89617-89-5

    1. Moda. 2. Moda - Aspectos sociais. 3. Moda - Estilo - História. 4. Intelectuais - Entrevistas I. Título. II. Série.

    12-6395.

    CDD: 646.4

    CDU: 646.21

    04.09.12 06.09.12

    038565

    Rua São Clemente 300 – Botafogo

    22260-004 - Rio de Janeiro – RJ

    Tel.: 21-2537-8786

    editora@memoriavisual.com.br | www.memoriavisual.com.br

    Para aqueles que acreditam que a moda pode ser e

    existir também em um pensamento, anterior ou

    simultaneamente aos conceitos das tendências.

    Sumário

    Capa

    Folha de rosto

    Créditos

    Dedicatória

    Uma breve reflexão

    Prefácio

    As riquezas das ideias dos pensadores das humanidades para a moda

    Entrevista com Gilles Lipovetsky

    Entrevista com Valerie Steele

    Entrevista com Massimo Canevacci

    Entrevista com Ted Polhemus

    Entrevista com Diana Crane

    Entrevista com Didier Grumbach

    Entrevista com Christian Hallot

    Genealogia das obras expressivas das humanidades sobre moda

    Agradecimentos

    Uma breve reflexão

    Este é um livro de estreia e é resultado da convergência de um projeto de entrevistas com inúmeros pensadores, de diversas áreas do conhecimento, em especial das humanidades, e de diversos países que, de alguma forma e em um determinado período de suas produções intelectual-profissionais, debruçaram-se sobre o assunto moda. Portanto, esse projeto tem despertado bastante minha atenção, resultando em um tempo ao qual venho me dedicando há alguns anos a me perguntar, assim como aos autores com os quais dialoguei, questionamentos referentes à moda e como que eles são recorrentes.

    De maneira que, recentemente, o projeto adquiriu um volume expressivo de reflexões acerca da moda, o que lhe propiciou o formato de livro a partir do prestigiado convite da editora

    Camila Perlingeiro, para publicá-lo pela Memória Visual, integrando a Coleção Moda de Bolso. Convite este que fiquei lisonjeado e agradecido ao recebê-lo, aceitando-o com a maior satisfação.

    Os leitores encontrarão nas páginas de Moda em diálogos: entrevistas com pensadores inúmeras e distintas reflexões que contemplam traçados históricos, ideias, análises, críticas, contextualizações econômicas e de mercado, dentre outros tópicos abordados com pensadores, tais como o filósofo francês Gilles Lipovetsky, a historiadora norte-americana de moda Valerie Steele, o antropólogo italiano Massimo Canevacci, o antropólogo anglo-americano Ted Polhemus, a socióloga norte-americana Diana Crane, e o presidente da Federação Francesa da Costura, do Prêt-à-porter dos Costureiros e dos Criadores de Moda Didier Grumbach, assim como o embaixador da marca brasileira de joias H.Stern, Christian Hallot, que mapeia a força histórica das joias nas sociedades ocidentais.

    Mas, anterior às entrevistas, pensei em escrever um breve ensaio que contemplasse uma das questões centrais nesta obra, que trata das relevâncias das contribuições advindas com as reflexões produzidas ao longo dos anos por autores das humanidades, que, de certa forma, podem contribuir para compreendermos o fenômeno moda na nossa realidade moderna e contemporânea.

    Contudo, três entrevistas não puderam integrar esse volume por questões de ordem natural do tempo. Essa lacuna, confesso, deixou-me frustrado no sentido de completude, mas que poderemos suprir, no decorrer do tempo, com os pensamentos sobre a moda que ocorrerão no futuro próximo. Gostaria muitíssimo de ter entrevistado o sociólogo brasileiro Gilberto Freyre (1900-1987) e a filósofa brasileira Gilda de Mello e Souza (1919-2005), além do filósofo francês Jean Baudrillard (1929-2007). Mas, por questões da cronologia natural da vida e do espírito implacável do tempo, fui privado de estabelecer diálogos sobre as ricas reflexões e abordagens desses pensadores sobre a moda.

    Contudo, convido todos para paginar Moda em Diálogos: entrevistas com pensadores e descobrir, refletir, a partir das ideias dos autores com os quais tive a maior satisfação de dialogar, sobre a existência da moda e como ela exerce algumas influências voluntárias ou involuntárias nos nossos cotidianos.

    Boa leitura!

    TD’A, julho de 2012

    Prefácio

    As primeiras informações de moda traziam as novidades desenhadas em jornais e revistas. Mostravam figuras cobertas de babados, plumas e torturantes barbatanas internas. Poucos comentários, de vez em quando alguma frase irônica sobre o visual feminino. Enquanto os homens aperfeiçoavam a alfaiataria, se livravam dos detalhes supérfluos e adotavam cores neutras, as mulheres sofriam nos primeiros tempos do que seria a moda contemporânea.

    Estas diferenças nunca se resolveram, as adeptas das novidades sempre terão mais opções, algumas nem sempre primando pelo conforto, do que os homens, ainda que eles sejam eternamente considerados a bola da vez no consumo de moda. Há muita tradição e medo conservador de serem superados por eles.

    Destes tempos pioneiros, em que a moda ensaiava ser um movimento democrático, sobraram as páginas destas revistas e jornais. Ficam lindas nas paredes de ateliês, dão um ar cult ao ambiente. De vez em quando, algum criador decide se inspirar naquelas primeiras ideias.

    Mas que papo nostálgico é este, esta velharia abrindo um livro sobre uma face tão menos superficial da moda? Justamente começo por aqui, para chegar ao pensamento e questões abordadas por Tarcisio logo depois destas páginas.

    Daquelas primeiras imagens em preto e branco a comunicação de moda evoluiu para um repertório de interpretações variadas. Conceitos tirados de muitas fontes. Apresentações cada vez mais complicadas, em que muitas vezes a roupa quase não tem presença. Divulgar a notícia da vestimenta virou um discurso sobre atitudes e desejos.

    O intervalo de um século entre estes dois extremos conquistou o interesse de um povo estranho. São os chamados jornalistas de moda. Uma imprensa que curte passado, presente e futuro. Que estuda a vida de estilistas e tenta entender de onde vieram algumas ideias, ouve explicações etéreas sobre coleções concretas, feitas para preencherem vazios nas vitrines e guarda-roupas. Um povo que vê moda em todos os setores – se por acaso como repórter cair numa cobertura de campanha política, fatalmente vai decifrar as intenções dos candidatos pelas roupas que vestem. No esporte, será capaz de analisar o design dos uniformes dos times, de descobrir fatos interessantes a partir da mudança do design de uma chuteira.

    Falo também por mim, que faço parte de uma geração anterior à dos grandes eventos nacionais. Se dos anos 1960 aos 1970 era difícil conseguir uma entrevista coerente de um estilista, a partir das semanas de moda criou-se uma rotina de comunicação. A grande inovação dos desfiles não era a série de coleções criadas para inverno ou verão: era a presença de repórteres de todas as regiões do Brasil. Ali, naquelas plateias onde a fila A era disputada como em todos os lugares do universo da moda, surgiu a geração de analistas e pesquisadores neste assunto até hoje considerado frívolo.

    Estes repórteres – basicamente repórteres, porque o bom editor é também um repórter – descobriram valores e pautas novas nos lançamentos. Trabalharam em caminhos paralelos aos seguidos pelos participantes dos eventos, ajudaram a formar imagens de marca. Havia um acordo tácito, um respeito mútuo entre a plateia e os desfilantes, porque era claro o esforço que envolvia a montagem e a produção de uma apresentação.

    Desta visão que superou a velha pauta de contar a quantas andavam as cores, comprimentos e decotes para as leitoras, começaram a ser ampliadas as nossas intenções profissionais. Sentados nas plateias, esperando que as luzes das salas se apagassem e os desfiles começassem, conversávamos sobre

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