A Indústria Têxtil e a Moda Brasileira nos Anos 1960

De Ronaldo Salvador Vasques

Durante a década de 1960, transformações pautaram acontecimentos, inclusive a respeito dos protestos da juventude, sobretudo no que se refere à política. Além disso, a exclusividade da moda lançada por meio da alta-costura foi quase extinta e o prêt-à-porter eclodiu como uma nova proposta de vestir que indicou mudanças drásticas, desde o processo de criação até a adoção de modernas práticas industriais de produção têxtil. Em paralelo, houve um significativo crescimento da indústria têxtil no Brasil, o que inclui uma nova forma de desenvolvimento de métodos de produção, criação e difusão da moda brasileira. O setor têxtil sugeriu, viabilizou e também se adequou aos novos referenciais de moda no período em questão.

Estudantes, pesquisadores e profissionais de Moda encontram na obra A indústria têxtil e a moda brasileira nos anos 1960 um conteúdo que visa a promover, acima de tudo, uma demarcação de um tempo histórico que fornece informações sobre as circunstâncias de desenvolvimento e maturidade mercadológica relativas também à Feira Nacional da Indústria Têxtil (Fenit). Com o término da última edição da Fenit, em 2008, o autor fragmenta a necessidade de indicar uma referência que demarque um relevante período que retrata uma conexão entre a história da moda e dos têxteis no Brasil.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Appris
• Data de lançamento: 4 de dez. de 2018
• ISBN: 9788547316020

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

Caminhos conduzidos

1

A MODA NA DÉCADA DE 1960

1.1 Cultura de moda

1.2 As transformações culturais na década de 1960

1.3 Estilistas das décadas de 1950 e 1960

1.4 Da alta-costura ao prêt-à-porter

2

A INDÚSTRIA TÊXTIL BRASILEIRA NAS DÉCADAS

DE 1950 E 1960

2.1 Os estilistas brasileiros da década de 1960

2.2 A indústria para uma nova moda

3

A FEIRA NACIONAL DA INDÚSTRIA TÊXTIL:

1958–1970

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A MODA MADE IN BRAZIL

REFERÊNCIAS

INTRODUÇÃO

Este livro analisa as transformações da moda brasileira a partir do desenvolvimento da indústria têxtil brasileira na década de 1960. O enfoque destacado sobre essa temática e periodização deve-se ao fato de o corpo documental que embasa esta investigação indicar o conjunto empenhado de empresários da indústria têxtil e segmentos afins no sentido de atualizar e aplicar novas tecnologias, além de conquistar espaços nos mercados nacional e estrangeiro. Além disso, tais documentos apontam os caminhos trilhados pelos atores sociais que mobilizaram profissionais interessados na projeção de um determinado conceito de moda, que, por sua vez, implicou a emergência de avaliações e alterações no campo da produção dos fios, na criação dos tecidos, na concepção de estamparias e texturas e na modelagem e na confecção de roupas. Na tentativa de adquirir reconhecimento nos âmbitos nacional e internacional, bem como maior rentabilidade, administradores, estilistas, técnicos industriais e químicos, e demais envolvidos no segmento que abarca a indústria têxtil, buscaram estratégias para imprimir à moda brasileira um estilo com características singulares e nacionais. Para isso, desejavam uma projeção do produto brasileiro perante o mercado internacional. Isso foi possível devido à união de diversos setores e instituições no empenho de desenvolver os setores de moda e confecção conjuntamente à área