Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Um mundo chamado Boa Nova
Um mundo chamado Boa Nova
Um mundo chamado Boa Nova
E-book117 páginas1 hora

Um mundo chamado Boa Nova

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

"Um mundo chamado Boa Nova" é essencialmente uma ode à memória. Não apenas àquela memória que cada pessoa normalmente vai construindo ao longo da vida sobre o seu próprio caminhar. Este livro reverencia a memória coletiva de uma cidade, de várias gerações que lá ainda residem ou que se espalharam pelo Brasil, pelo mundo. De maneira leve e com uma veia absolutamente cômica, Edson Messeder reconstruiu lá da França, onde residiu por mais de três décadas, histórias, personagens e cenários da sua pequena Boa Nova, cidade localizada no Sudoeste da Bahia. As 21 crônicas que compõem este livro revelam facetas conhecidas e desconhecidas de pessoas que ajudaram a construir o jeito mui peculiar que os boanovenses têm de ver o mundo e a si mesmos. Uma atmosfera interiorana que, muitas vezes, traz aquele toque surreal da Macondo de "Cem anos de solidão" ou da Giancaldo de "Cinema Paradiso".
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de nov. de 2018
ISBN9788554150273
Um mundo chamado Boa Nova

Relacionado a Um mundo chamado Boa Nova

Ebooks relacionados

Ficção Literária para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Um mundo chamado Boa Nova

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Um mundo chamado Boa Nova - Edson Messeder

    Catalogação

    Copyright by (c) 2018

    Edson Messeder

    Projeto editorial:

    Wilbett Oliveira

    Editoração Eletrônica:

    Revisão Assessoria Editorial

    Editora:

    Lygia Caselato

    Capa:

    Mauro YBarros

    Todos os direitos reservados.

    Proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou qualquer meio eletrônico ou mecânico, sem permissão expressa do autor. (Lei 9.610, de 19.02.98).

    Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)

    Messeder, Edson

    Um mundo chamado Boa Nova. Edson Messeder. 1ª edição - Cotia, São Paulo: Editora Cajuína, 2018.

    ISBN: 978-85-54150-27-3

    1. Literatura brasileira 2. Contos e crônicas

    I. Edson Messeder II. Título

    CDD B869.3

    Todos os direitos reservados

    zLogoCajuinaEbook

    EDITORA CAJUÍNA

    Estrada Velha de Sorocaba, 763 / c 428. Cotia – São Paulo, SP - CEP: 0709-320.

    Home page: www.editoracajuina.com.br / Email: contato@editoracajuina.com.br

    (11) 4777-0123

    Sumário

    Catalogação

    Dedicatória

    Epígrafe

    Avant-propos

    Uma viagem de Maria-Fumaça

    Não um prefácio - simples apresentação

    Prefácio

    Maria, la buenanueveña

    Perfídia

    Uma pensão chamada Benedita

    Água de beber

    Livusias

    Gloria in excelsis Deo

    As invasões bárbaras

    O legislativo no circuito do boi

    O pão nosso de cada dia

    Crenças e descrenças

    Boa Nova ou Verona?

    Assim nasceu o hino à Boa Nova

    Psicoboanovalogias

    Um rio que passou em nossas vidas

    A vida noturna

    Livusias II

    Havia balões no ar...

    Carmosina, quanto vale uma menina?

    Esportes, amor e tatuagens

    Um big sarapatel

    O pau de Gilberto

    Dedicatória

    À minha família, aos meus amigos e a todos aqueles que, passando pela minha vida, beijaram-me a alma. 

    Epígrafe

    Estava de volta a Paris, no mês de setembro de 1849, deixando a Bélgica e Liège, onde fui professor durante um ano. Acho que, às vezes, seria bom para o espírito, fazer todos os anos uma coisa nova e tratá-la como a terra, que semeamos ora de uma maneira ora de outra.

    [Charles-Augustin Sainte-Beuve]

    Avant-propos

    A leitura e a escrita sempre ocuparam um lugar muito importante na minha vida. Nos últimos trinta anos, no entanto, a escrita em língua portuguesa restringiu-se às cartas que escrevia à minha família e aos amigos, tornando-se cada vez mais raras com o desenvolvimento e a facilidade do telefonema internacional. Inútil dizer que não faço uso desta língua com a mesma desenvoltura de outrora.

    O aparecimento das redes sociais, sobretudo do Facebook, e suas miraculosas maneiras de proporcionar encontros e reencontros permitiram-me atender a um convite do Jornal Gamboa e do seu editor, Roberto D’arte, para escrever um artigo sobre a minha história pessoal. Fi-lo com prazer e o resultado foi muito positivo, pois ele provocou em nós descobertas recíprocas.

    Passei a escrever textos e a publicá-los no meu jornal Facebook sobre lembranças de fatos ocorridos em Boa Nova, em diversos períodos, sobretudo nas décadas 1950 e 1960.

    Roberto é professor de Filosofia na Faculdade de Viçosa (FDV-MG). Nada surpreendente que ele se interesse pelas histórias de vida desse povo de uma pequena cidade do interior da Bahia, onde ele mesmo nasceu. Sugeriu-me ele, então, que eu pensasse na publicação de um livro contendo meus textos.

    No começo não levei a sério a sugestão. Não estava convencido de que esses escritos fossem dignos de publicação e continuei a postá-los no Facebook. Fui surpreendido pelos depoimentos e pelos incentivos a uma publicação que se seguiram. Decidi, então, lançar-me nesta aventura.

    Tento escrever de maneira simples, abordando um estilo leve. Situo-me longe de todo processo intelectual ou intelectualizante. Às vezes brinco com os sentimentos, mas procuro não cair no páthos. As estórias são, na maioria, verídicas. Não obstante, a realidade e a ficção muitas vezes dançam juntas neste balé que eu quero bem boanovense. Cada leitor há de tirar suas conclusões. Parabéns àquele que for capaz de distinguir o que é real do que não o é. Peço desculpas se às vezes me perco nas datas em relação aos fatos e vice-versa.

    As personagens existem ainda ou existiram. Para os que existem, uso os nomes ou pseudônimos se o relato puder tocar, mesmo de leve, a sua integridade moral ou a sua privacidade. Para aqueles que não mais existem, pelo menos materialmente, utilizo seus verdadeiros nomes e sobrenomes. Tenho muito respeito por todos eles e jamais ousaria tratá-los de maneira constrangedora ou com propósitos difamatórios.

    Tudo isto sendo dito, por favor, caros leitores, queiram apertar seus cintos de segurança e... Boa Nova! Perdão... Boa Viagem!

    Edson Messeder

    Uma viagem de Maria-Fumaça

    Quando somos crianças e adolescentes criamos fantasias e mitos mesmo entre aqueles que sabemos serem de carne e osso. Em minha infância em Boa Nova, na década de 1970, conhecia muito bem a família de Seu Bento e Dona Elzita. Mas criança pouco se atina a guardar muitas informações da vida dos adultos, ainda mais naquela época, quando as crianças, de fato, eram poupadas de qualquer conversa mais séria.

    Assim, praticamente não sabia nada sobre o então professor lecionava no antigo 2º Grau da Campanha Nacional de Escolas Comunitária (CNEC). Muito menos poderia imaginar que ele e alguns boanovenses de sua geração estavam envolvidos com o movimento de esquerda que fazia frente à famigerada ditadura militar que dava as cartas desde o golpe de 1964. Digo famigerada com a visão clara do adolescente da década de 1980, já que na infância eu não sabia nem se ditadura militar era homem ou mulher. Aliás, estudei no Jardim de Infância na chamada Escola Municipal Emílio Garrastazu Médice, à qual ingenuamente chamávamos de Garrafazul.

    Edson Messeder só se fez presente para mim e para os amigos da minha geração na adolescência. Quer dizer, fez-se presente apenas enquanto nome, enquanto uma espécie de mito. Neste caso, o mito nada tinha a ver com as histórias que há pouco tempo pude conhecer em detalhes, envolvendo as suas lembranças da época da ditadura e do seu envolvimento com a ideologia de esquerda. O mito girou em torno de Edson talvez por ele ser, pelo menos para mim, o único boanovense que ganhou o mundo literalmente. Sabia que ele tinha ido morar no Chile, na França, que tinha se estabelecido no exterior. Uma informação que soava como conto de fadas para um adolescente oitentista sonhador, que sempre amou conhecer outras culturas, outras paisagens, mas que nunca colocou os pés fora do seu país.

    O Edson Messeder que nos chega através deste livro felizmente se tornou um querido amigo. Ele apareceu para mim nesta segunda década do século 21, já no auge do uso das redes sociais da internet. Ele, ainda morando na França, como leitor do Jornal Gamboa (Grupo dos Amigos de Boa Nova); eu, residindo em Viçosa-MG, como editor desse periódico educativo-cultural. Bastaram algumas mensagens via e-mail e via Facebook do Gamboa para combinarmos uma matéria para o jornal. Desde então foram várias participações suas, verdadeiros presentes para cada boanovense e amigo de Boa Nova, sem falar nas muitas conversas em encontros anuais em nossa terra natal.

    Os textos de Edson são preciosas viagens no tempo. Não viagens jornalísticas, cheias de dados objetivos, às quais me acostumei nas mais de duas décadas como repórter/redator de jornal, mas viagens emocionais, tomadas de referências afetivas para todos os boanovenses (mesmo para os das novas gerações!). Viagens que têm como base o lado cômico da vida, as histórias e personagens que são lembrados e contados por inúmeras famílias de conterrâneos. Sim, o lado cômico conduz os casos e causos deste livro, mas as lágrimas melancólicas também vêm à tona, visto que nas entrelinhas se encontra o passado de toda uma coletividade, com tudo que ele significou e ainda significa para tantas e tantas pessoas.

    Um mundo chamado Boa Nova é uma viagem de trem... Não um trem-bala, de partidas e chegadas rápidas, mas uma Maria-Fumaça, daquelas que nos permitem ver as paisagens passarem vagarosamente. A cada texto surgem pessoas, lugares e referências culturais de Boa Nova que merecem ser entendidas em toda a sua profundidade. Acredito, também por isso, que esta obra possa vir a ser um ótimo instrumento de auxílio pedagógico nas escolas boanovenses, já que ela permite que pesquisas sejam feitas, que outras histórias sejam contadas, que textos e imagens possam ser produzidos. Afinal, não é isso que faz de um livro uma das melhores fontes de conhecimento? Que assim seja.

    Roberto D’arte

    Não um prefácio - simples

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1