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O amor ao irmão
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E-book139 páginas1 hora

O amor ao irmão

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Sobre este e-book

Uma característica da atualidade é o anseio por relações entre pessoas, respeitosas de sua dignidade e diversidade. Como estabelecê-las? Como superar os inevitáveis conflitos? Como torná-las acessível a toda a sociedade?
A presente coletânea de textos de Chiara Lubich leva à descoberta do amor ao irmão e ilumina sua prática. Prática que se revela caminho para a união com Deus, a realização plena de si e a transformação do mundo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de out. de 2015
ISBN9788578211301
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    O amor ao irmão - Editora Cidade Nova

    Título do original em italiano:

    L’amore al fratello

    © Città Nuova Editrice – Roma – 2012

    Tradução:

    Irami B. Silva

    © Editora Cidade Nova – São Paulo – 2012

    Copidesque e preparação:

    Ekkehard A. Schneider

    Revisão:

    Ignez Maria Bordin

    Projeto gráfico e diagramação:

    Lumbudi T. Bertin

    Arte da capa:

    Adda Pompermayer

    Conversão para Epub:

    Cláritas Comunicação

    ISBN 978-85-7821-130-1

    (Original: 978-88-311-4440-7)

    Editora Cidade Nova

    Rua José Ernesto Tozzi, 198

    Vargem Grande Paulista – SP – Brasil

    CEP 06730-000

    Telefax + 55 (11) 4158-8890

    www.cidadenova.org.br

    editoria@cidadenova.org.br

    vendas@cidadenova.org.br

    Sumário

    Introdução

    Agradecimentos

    I. O amor ao irmão na perspectiva do Que todos sejam um. A luz dos primeiros tempos

    1. Um único amor

    2. A partir dos pobres para chegar a todos

    3. Uma luz particular sobre o irmão e sobre como amá-lo

    4. Sementes de novos desenvolvimentos

    II. O irmão, fonte de Deus

    1. Correlação entre amor a Deus e amor ao irmão

    2. O amor ao irmão: uma dinâmica de semelhança com Deus

    3. O amor ao irmão: uma dinâmica de encarnação

    4. O amor ao irmão: uma dinâmica da morte para a vida

    5. O caminho do irmão

    6. Um testemunho pessoal: algumas páginas de diário

    III. Amar: uma proposta universal

    1. Amor por todos e sempre

    2. Um caminho de evangelização

    3. O amor ilumina cada homem

    4. Uma cultura do amor

    Conclusão

    Como se eu fosse sua mãe

    Referências

    Apresentação da coleção

    Deixa a quem te segue apenas o Evangelho.

    Chiara Lubich desdobrou esse Evangelho de muitíssimos modos, concentrados em doze eixos: Deus amor, a Vontade de Deus, a Palavra de Deus, o amor ao próximo, o mandamento novo, a Eucaristia, o dom da unidade, Jesus crucificado e abandonado, Maria, Igreja-comunhão, Espírito Santo, Jesus presente em nosso meio.

    Tais pontos são um "clássico" escrito na alma e na vida de milhares de pessoas de todas as latitudes, mas faltava um texto póstumo em que fossem reunidos trechos, inclusive inéditos, que os ilustrassem por meio de:

    – uma dimensão de testemunho pessoal, ou seja, como Chiara Lubich os entendeu, aprofundou e viveu;

    – uma dimensão de penetração no mistério de Deus e do homem;

    – uma dimensão de encarnação nas realidades humanas, com um cunho comunitário, em sintonia com o Concílio Vaticano II (cf. Lumen Gentium 9).

    A presente coleção contém doze livros úteis para quem deseja:

    – ser acompanhado na vida espiritual por uma grande mestra do espírito;

    – aprofundar o aspecto comunial da vida cristã e seus desdobramentos na Igreja e na humanidade;

    – encontrar Chiara Lubich na vida de cada dia, conhecer o seu pensamento e obter em pormenores elementos autobiográficos dela.

    Introdução

    Os textos de Chiara Lubich sobre o amor ao irmão que apresentamos aqui oferecem, antes de tudo, uma rajada de esperança para o nosso mundo, tornando mais próxima a realização da civilização do amor. Uma esperança nem ilusória, nem utópica, porque, em setenta anos, a proposta de Chiara Lubich convenceu milhares de pessoas que, dia após dia, se colocam e recolocam na escola do amor.

    Essa escola baseia-se nas palavras do Evangelho, entre as quais domina a frase do grande afresco do Juízo Universal: Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos (cf. Mt 25,37-40).

    Ao longo dos séculos, chega a estas páginas um eco de Paulo: Pois toda a Lei está contida numa só palavra: Amarás a teu próximo como a ti mesmo (Gl 5,14). E é possível ler em detalhe a palavra da Primeira Carta de João em sua lógica rigorosa: Se alguém disser: ‘Amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso: pois quem não ama seu irmão, a quem vê, a Deus, a quem não vê, não poderá amar. E este é o mandamento que dele recebemos: aquele que ama a Deus, ame também o seu irmão (4,20-21). Portanto, trata-se de uma rica exegese existencial.

    Uma exegese marcada pelo timbre específico da espiritualidade de Chiara Lubich. De fato, o amor ao irmão enquadra-se na Espiritualidade da Unidade e, nela, compõe um primeiro passo no intuito de realizar o mandamento do amor mútuo (cf. Jo 13,34; 15,12). Chiara jamais perde de vista esse objetivo. Aliás, como poderia ser autêntico o amor pelo irmão se não se desejasse que esse irmão, por sua vez, ame? Se não se desejasse para ele a plenitude da alegria, que emana justamente da unidade (cf. Jo 17,13)? O amor mútuo e a unidade serão objeto de publicações futuras desta coleção.

    Assim, em Chiara Lubich, o conceito de amor ao irmão enraíza-se forte e explicitamente na Palavra de Deus. Entretanto, desde quando, na história do Movimento dos Focolares, se começou a ter contatos com personalidades e instituições mais diversas, Chiara propunha esse amor a cada pessoa – quaisquer que fossem o seu credo e a sua missão na sociedade –, como meio de realização de si mesmo e de felicidade. E transmitia isso com coragem em todas as latitudes e das mais diversas cátedras, as da política ou em templos de religiões orientais e ocidentais, desvendando, ao lado das motivações evangélicas, alguns fundamentos antropológicos do amor.

    De conformidade com esse percurso desenvolvido durante a vida de Chiara e do seu Movimento, a presente coletânea baseou-se em uma linha histórica, documentada principalmente na primeira e na terceira parte. A primeira apresenta textos referentes aos chamados primeiros tempos do Movimento dos Focolares, ou seja, os anos de 1943 a 1962 (data da primeira aprovação por parte da Igreja). A terceira coleta textos relativos às últimas décadas, que podemos datar a partir dos anos de 1980 aproximadamente.

    Tudo isso é expresso mediante textos de grande variedade literária: cartas, diários, discursos oficiais ou mais espontâneos, respostas a perguntas. O estilo literário dos documentos reflete também o período histórico e os destinatários: Chiara não fala do mesmo modo aos seus nos primeiros anos e, décadas mais tarde, a pessoas de outras religiões, a duas mil pessoas do seu Movimento e em um congresso de caráter cultural ou político.

    Mas, a riqueza do pensamento de Chiara não se esgota na linha histórica: restava explorar a especificidade do amor ao irmão na Espiritualidade da Unidade. Será esse o objeto da segunda parte.

    Na perspectiva de Chiara, o amor ao próximo é chamado a também percorrer o estilo do próprio amor de Deus pelo homem. Amar como Jesus amou ou ser perfeito como o Pai celeste, que ama a todos (cf. Mt 5,48), torna-se o critério, a medida do amor ao irmão.

    Por ter como fonte o amor divino, quem ama o próprio irmão permanece em Deus (cf. 1Jo 4,16b) e essa experiência, bem testada nas décadas de vida do Movimento, abre um novo caminho na história da espiritualidade: o irmão como meio de santificação. Novidade, mas também tradição, pois Chiara se une à grande tradição patrística oriental do sacramento (ou mistério) do irmão: João Crisóstomo, comentando a frase já citada de Mt 25,40 – Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos… –, conclui que o pobre é outro Cristo e que o sacramento do altar deve estender-se pelos caminhos mediante o sacramento do irmão.

    Ao expandir a proposta do amor ao irmão para além da cultura judaico-cristã e para além da esfera religiosa, Chiara Lubich segue um caminho de evangelização. Porque – disso ela tinha consciência – quem ama o próprio irmão de modo autêntico nasceu de Deus e conhece Deus (cf. 1Jo 4,7), ainda que não saiba explicitá-lo ou conceituá-lo. E, como o amor não se atua sem a renúncia de si, até mesmo sem que aquele que o vive se dê conta disso, ele possibilita também a participação no mistério pascal, como afirma a Gaudium et spes: o Espírito Santo a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal por um modo só de Deus conhecido (n. 22).

    É este o horizonte que uma vida autêntica de amor ao próximo abre: cooperar com o desígnio de Deus de recapitular tudo em Cristo (cf. Ef 1,10). Era o anseio de Chiara que, ainda em 1946, apontava o caminho certo para realizá-lo: Se todos os homens, ou pelo menos um grupo mesmo pequeno de homens, fossem verdadeiros servos de Deus no ‘próximo’, o mundo não tardaria a ser de Cristo.

    Nota

    O leitor notará que, para esta compilação, baseamo-nos abundantemente nas conferências telefônicas de Chiara com os membros do Movimento dos Focolares espalhados no mundo. A iniciativa de reunir essa família por meio de uma ligação telefônica remonta a agosto de 1980 e existe até hoje, como um momento forte da vida de comunhão entre

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