O milionário Moisés

De Catherine Ponder

Conheça um dos mais importantes milionários do antigo testamento: Moisés.Considerado tanto por cristãos quanto por judeus um dos grandes líderes da história da humanidade, Moisés alcançou sucesso em todas as etapas de sua vida, incluindo os anos que viveu como um nobre no Egito e depois, quando conduziu o povo hebreu para a Terra Prometida.Quando começou a utilizar suas habilidades de acordo com as leis da prosperidade universal, livrou-se das limitações da vida e passou a viver em abundância. Entendendo os caminhos que Moisés seguiu, você também pode alcançar a riqueza e a prosperidade do herói hebreu, da mesma forma que milhares de pessoas conseguiram depois de ler os livros da série Os Milionários da Bíblia.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Novo Século
• Data de lançamento: 19 de abr. de 2013
• ISBN: 9788576799818

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Capítulo 1

A prosperidade em três etapas

Um desenho animado mostrava um preocupado empresário analisando o caderno financeiro de um jornal. Ele resmungava para a esposa: Com esses relatórios sobre as ações, não consigo saber se estamos ‘absurdamente ricos’ ou somente ‘ricos’.

Conforme estudarmos os segredos de prosperidade do milionário Moisés, acredito que eles o ajudarão a se tornar absurdamente rico, e não somente rico, como os descendentes de Moisés!

O milionário moisés

Um milionário, normalmente, é assim considerado quando possui uma fortuna de 1 milhão de dólares ou mais. Em sua raiz, o significado de milionário remete a abundância e felicidade. Moisés era um milionário tanto no sentido financeiro quanto no espiritual. Além disso, era um milionário de primeira ordem, já que ensinava o segredo da verdadeira prosperidade a seus seguidores: como alcançar o sucesso de dentro para fora.

Na corte do Faraó, o contato direto que Moisés teve com a vasta abundância do Egito – a mais rica civilização da Antiguidade – ajudou-o a se preparar internamente para a grande tarefa que o aguardava: liderar os hebreus na fuga da escravidão financeira a que eram submetidos naquele território e conduzi-los em direção a um árido deserto, onde tiveram de aprender a confiar em Deus para que os provesse um dia de cada vez, até chegarem à fronteira de sua Terra Prometida, na qual seriam muito ricos.

A prosperidade no primeiro período

Há um charme permanente na cena do pequeno Moisés boiando no Rio Nilo até chegar à rica e próspera terra do Egito, onde foi resgatado por uma bela princesa que se tornou sua mãe adotiva e estava entre as mulheres mais ricas da Antiguidade, pois era filha do bilionário Faraó.

Assim, o pequeno infante tornou-se milionário já na corte do Faraó, na qual esteve exposto à imensa riqueza e seus vastos benefícios. O jovem Moisés ficou bastante popular naquela corte, sempre visto em seus trajes finos. Recebeu educação digna de um rei e, portanto, aprendeu as boas maneiras e o comportamento aristocrata da família real. Como membro dessa poderosa família, Moisés aprendeu a ser alguém. Desenvolveu sua autoconfiança, treinou sua mente e abrangeu seu conhecimento técnico. Tais qualidades serviriam para ajudá-lo no futuro em seu papel como líder próspero do povo hebreu.

O fato de Moisés ter servido como sacerdote nos templos místicos do Egito ainda é discutido. Porém, é interessante notar que o nome Moisés, em um sentido esotérico egípcio, significava aquele que foi admitido nas místicas academias da sabedoria. Mais tarde, Moisés ensinou aos judeus uma poderosa filosofia de sucesso, na qual, segundo alguns historiadores, estariam contidos os princípios secretos do esoterismo egípcio. Há os que acreditem que, ao fundar as doze tribos de Israel, Moisés criou uma academia secreta de sabedoria chamada os mistérios do tabernáculo.

Segundo a lenda, Moisés, quando estabeleceu sua academia mística, teria passado a alguns iniciantes selecionados certos ensinamentos orais que nunca foram escritos, mas transmitidos de geração em geração somente por meio das palavras. Tais instruções eram dadas em forma de princípios filosóficos baseados na interpretação metafísica, alguns dos quais são conhecidos e ensinados até hoje. Os princípios mais óbvios podem ser encontrados neste livro. Sem dúvida, os cinco primeiros livros bíblicos, cuja autoria é atribuída a Moisés, contêm ainda mais elementos, seja de maneira literal ou alegórica.

De uma coisa podemos estar certos: Moisés recebeu instruções secretas sobre as leis internas de prosperidade e sobre como utilizá-las. Como príncipe do Egito, Moisés recebeu orientações sobre todos os segredos relacionados ao sacerdócio egípcio, incluindo informações sobre metafísica e sobre o ensinamento de que a substância seria a chave para toda a riqueza. Antes disso, o primeiro milionário bíblico, Abraão, aprendera esse mesmo segredo de prosperidade com os bem-sucedidos babilônios. Ao transmitir tais conhecimentos a seus seguidores, Abraão ajudou-os a também se tornarem milionários (ver Os Milionários do Gênesis: seus segredos de prosperidade!³).

O segredo de prosperidade – a substância seria a base para qualquer riqueza – ensinado a Moisés pelos egípcios foi poderoso o suficiente para ajudá-lo a libertar os hebreus daquele Faraó temido e materialista. Ensinar aquele povo a tratar a substância como o ponto fundamental de sua provisão permitiu que eles pudessem sobreviver em um deserto árido por quarenta anos e chegar às fronteiras de sua lendária Terra Prometida, na qual gozariam de uma riqueza sem precedentes! Moisés não era somente um milionário, era também um excelente professor para a prosperidade cuja filosofia de sucesso influenciou muitas gerações de futuros milionários, proporcionando-lhes uma riqueza inimaginável. Uma realização jamais ultrapassada na história da humanidade!

Como a experiência de moisés no egito pode lhe trazer prosperidade

A história de Moisés está escrita no Livro do Êxodo. A palavra Êxodo significa caminho para longe do mal. Pertencendo ao livro da Lei, o livro do Êxodo descreve as leis universais que podem ajudá-lo a tomar o caminho que o leve para longe do mal e das limitações, começando pelos três períodos da vida de Moisés que nos dão pistas de seu sucesso.

O primeiro período da vida de Moisés, passado no Egito, foi um momento de desenvolvimento mental e intelectual. Aqueles que somente aprendem sobre a vida do ponto de vista mental e intelectual costumam cometer o mesmo erro que Moisés cometeu: tentam usar seu conhecimento para forçar a obtenção de suas realizações. Assim como o milionário, recebem uma reação negativa. Moisés teve de fugir, pois matou um egípcio.

O egípcio assassinado simboliza toda forma de limitação ou de problemas em nossa vida dos quais tentamos nos livrar. Porém, em vez disso, nossa reação pode nos causar ainda mais turbulência. Moisés ainda não havia aprendido que não é possível forçar pessoas ou situações a agirem como desejamos. Ele ainda não sabia que havia uma saída melhor e mais elevada.

A maioria de nós, quando exposta ao poder do pensamento, age como Moisés. Tentamos usar nosso recém-descoberto poder para forçar as pessoas a fazer o que queremos. Dessa maneira, atraímos reações negativas.

Entretanto, como Moisés, quando erramos dessa maneira estúpida, ainda podemos extrair coisas boas do que aparentemente tratava-se de uma experiência negativa! Com esse objetivo, declare: "Extrairei somente coisas boas dessa experiência".

Durante o primeiro período de sua vida, Moisés esteve exposto à consciência material da imensa riqueza desfrutada pelo Faraó e pelos prósperos egípcios. No entanto, foi durante esse mesmo período que ele aprendeu as leis internas da prosperidade e como criar suas realizações mentalmente antes de qualquer coisa, tudo isso enquanto frequentava as academias de sabedoria no Egito.

Avaliar a riqueza material externa e conhecer os métodos criativos internos dessa mesma riqueza foram os dois elementos básicos que deram a ele uma consciência equilibrada de prosperidade. Esse conhecimento conjunto tornou-o mestre e professor em prosperidade no Antigo Testamento.

Muitas pessoas obtêm um dos dois tipos de conhecimento: (1) a avaliação da riqueza palpável, mas ignoram sua verdadeira fonte metafísica; ou (2) o conhecimento da fonte da prosperidade metafísica, sem avaliar bem a forma palpável e material. A grandeza de Moisés está em sua habilidade em conhecer os dois lados da prosperidade: o físico e o metafísico. Conhecimento que adquiriu durante sua permanência no Egito. Assim, esse primeiro período de sua vida mostrou-se bastante importante, pois constituiu a base para todos os que o seguiram.

A prosperidade no segundo período

Durante a segunda fase de sua vida, após matar o egípcio, Moisés fugiu para o Deserto de Midiã, onde passou os quarenta anos seguintes, um tempo de reflexão mental e crescimento interior.

Ao chegar naquele deserto, Moisés deparou-se com a boa ventura. Encontrou um raro e precioso poço de águas cristalinas e, junto com ele, a família do próspero Jetro, um bem-sucedido pastor e abastado comerciante. Jetro era uma figura bastante importante, pois atuava como principal sacerdote de sua tribo. Suas maneiras refinadas e sua generosa hospitalidade com Moisés indicavam que se tratava de um nobre árabe. Quando Moisés se casou com a filha desse pastor, posicionou-se muito bem entre a aristocracia midianita.

A paz de espírito, a estabilidade emocional e a maturidade que Moisés adquiriu nesse período o ajudariam em sua futura missão de prosperidade.

O que significam as experiências de moisés no Deserto de Midiã

No Deserto de Midiã, Moisés teve tempo de refletir, meditar e se analisar com o intuito de desenvolver seus mais profundos poderes. A palavra Midiã significa conflito e disputa. Moisés precisava daquele momento de quietude para superar os conflitos e disputas dentro de si. Percebeu que, em vez de tentar consertar as outras pessoas, faria melhor se consertasse seus próprios pensamentos e sentimentos. Foi um momento de disciplinar sua vontade pessoal.

Quando, pela primeira vez, conhecemos o poder de nossos pensamentos, assim como ocorreu a Moisés, tendemos a usá-lo para forçar outras pessoas a atenderem nossas próprias vontades. Contudo, devemos agir diferente. Precisamos voltar a atenção para nós mesmos e buscar superar o conflito e a disputa presentes em nossos próprios pensamentos e sentimentos. Assim que nossa vontade pessoal estiver disciplinada, estaremos prontos para a etapa seguinte de nosso crescimento.

Ao longo desse período de solidão, Moisés adquiriu força interior. As árduas disciplinas de autodesdobramento, que continuariam a acompanhá-lo até o fim da vida, haviam sido iniciadas. Somente através da solitude, depois de ter controlado sua vontade pessoal e obtido paz interior, Moisés estava realmente pronto para o próximo passo em direção à expansão de suas realizações.

Certo dia, enquanto o milionário cuidava do rebanho de Jetro perto do Monte Horebe, Deus apareceu entre os arbustos, que flamejaram, mas não queimaram. A palavra Horebe significa solidão.

O arbusto flamejante simboliza nossa ardente intuição – aquela voz calma e pequena de sabedoria que reside dentro de nossa mente – que começa a tomar vida nessa segunda etapa de desenvolvimento de nossa consciência de prosperidade. Quando isso ocorre, é como aquele arbusto, a natureza intuitiva que surge dali não pode ser consumida nem apagada. Devemos escutá-la oferecendo-nos orientação e sabedoria repetidas vezes.

Enquanto olhava para o arbusto, Deus pediu a Moisés que tirasse os sapatos, pois aquele era um solo sagrado. Os pés simbolizam a compreensão. O ato de retirar os sapatos simboliza a libertação de seu pensamento das ideias limitadas – deixando-as ir embora deliberadamente para, dessa forma, expandir seu pensamento e seu mundo. Quando estiver nesse momento, declare: Minha vida (saúde, riqueza, felicidade) não pode ser limitada. Estou livre de todas as limitações. Sigo em direção à expansão de minhas realizações, orientada por forças divinas e abundantemente prósperas. Tudo está conforme o que é certo para mim, rapidamente e em paz.

Quando aprendermos a escutar as ideias intuitivas que brotam de nossas mentes nos momentos de solidão, seremos sempre guiados até aquilo que representa o melhor para nós mesmos. Não há nada grande demais para se conquistar quando seguimos as orientações da intuição. Nunca discuta com seus pressentimentos. Siga-os sem se desculpar com ninguém. Essa atitude pode levá-lo diretamente à sua Terra Prometida de Abundância!

Como a intuição fez com que um empresário prosperasse

Um empresário de Los Angeles contou-me que durante anos suprimira sua intuição, pois ainda não havia notado que ela fazia parte de sua natureza divina e que ele deveria dar ouvidos a essa sensação. Preferia seguir os conselhos lógicos de pessoas que o cercavam, mas nada dava certo em sua vida. Fez fortuna, mas logo a perdeu. A isso, seguiram-se problemas de saúde e uma vida em família bastante turbulenta.

Sentindo-se por baixo, leu As Leis Dinâmicas da Prosperidade,⁴ um de meus livros, que explica que os pressentimentos persistentes que surgiam com frequência na mente dele eram parte de sua natureza divina. Eram seus poderes genuínos de prosperidade e, por isso, o correto seria agir de acordo com eles, e não suprimi-los.

Quando o empresário passou a seguir sua intuição, foi como se colocasse os pés em um mágico caminho de plenitude. Sua vida melhorou e se organizou em todos os aspectos. Suas palavras foram, Pela primeira vez, estou vivendo de verdade. Tudo se torna emocionante e prazeroso quando ousamos seguir a direção de nossa intuição. Ela já me levou à maior abundância que já pude conhecer.

A persistente vontade de agir sempre vem acompanhada do poder de produzir resultados. Portanto, é preciso segui-la.

Por meio da busca pelo pressentimento intuitivo, podemos resolver problemas com os quais jamais nos julgávamos capazes de lidar! Quanto mais fizermos essa busca dentro de nosso corpo – e não fora dele – mais sensível nos tornaremos para escutar a calma e pequena voz e mais nossa intuição nos levará para longe da escravidão de uma vida limitada, encaminhando-nos para a expansão de nossos bens.

Como a intuição de moisés fez com que 2 milhões de pessoas prosperassem

Foi durante o segundo período da vida de Moisés que Deus contou ao milionário sobre sua missão de libertar os israelitas da escravidão no Egito. Num primeiro momento, Moisés duvidou de sua própria habilidade, vendo-se diante de tão gigantesca tarefa, porém, com a garantia do Senhor de que seria capaz, não discutiu, argumentou ou titubeou. Partiu prontamente para sua missão de prosperidade. Nos anos de quietude que passou no Deserto Midianita, ganhou a força interna necessária para se colocar diante do Faraó, ousando persistir em sua exigência: Deixa ir o meu povo (Êxodo 5:1, 7:16).

Seguindo prontamente sua orientação intuitiva, Moisés foi capaz de tirar cerca de 2 milhões de pessoas das garras do mais poderoso monarca daquele tempo. Fez isso usando a intuição.

Sua intuição fará por você o que nada mais é capaz de fazer! Quanto mais tivermos consciência dos poderes de nossa mente por meio da prática do silêncio e da meditação, mais intuitivos nos tornaremos e mais longe nossa intuição nos levará da escravidão de uma vida limitada. A intuição constitui nosso genuíno poder para o sucesso.

A missão de Moisés foi revelar nossa natureza divina

Uma das missões de Moisés foi revelar aos Filhos de Israel a natureza divina que possuíam, chamada de EU SOU e que os tiraria da escravidão.

A maneira mais garantida de desenvolver nossos genuínos poderes intuitivos é rogarmos por nosso EU SOU divino, com frequência, durante nossas meditações. Em seguida, devemos libertar tal poder, repetindo frases com a expressão EU SOU.

No episódio do arbusto flamejante, Deus contou a Moisés que o poder divino universal, que poderia ajudá-los, recebia o nome de SOU O QUE SOU. O poder de Deus que nele residia e que o ajudaria chamava-se EU SOU (Êxodo 3:14).

Os povos antigos conheciam bem o termo EU SOU, pois consideravam-no um elemento carregado de grande poder. Por isso, desde criança, Moisés já estava familiarizado com a força encontrada naquelas palavras, vendo-as escritas nos muros de todos os templos egípcios. Depois das instruções dadas a Moisés, os hebreus usaram o termo tantas vezes que ficaram conhecidos como "o