Poesias de segunda
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Sobre este e-book
O livro é divido em três partes, amor, eu e a dor. O "amor" como início da poesia, da minha poesia, e acredito que não seja por acaso, pode ser clichê, mas o amor sempre será início, ainda que tenha um fim.
O "eu" é o que tenho do mundo e o que o mundo tem de mim, sem muita pretensão porque a verdade é que o "eu" é sempre uma construção e sobretudo uma ilusão.
Por fim trago a "dor", não por ser um final, porque isso seria a morte, mas por ser a mola condutora da vida, sem a dor não existe força e nem continuação e a poesia sempre continua.
Coloco aqui meu coração e um pouco das tripas também. O mundo é muito grande e complexo, e a vida muito curta para se escrever apenas na horizontal. Espero que minhas linhas te toquem e te encorajem um pouco a "ser" apenas ser.
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Poesias de segunda - Marina Gonçales Oliveira
Lispector)
AMOR
Amar é sentir-se livre e enclausurado, amar é alívio e sufoco.
Mas sobretudo, amar é poesia.
Decifrando teus poemas,
incubando teus defeitos,
deleitando-me com teus cortes e remendos,
querendo-te ter da primeira à penúltima cicatriz.
Foi assim que me vi,
e assim que me encontrei.
Desde a última penumbra em tua presença que não me afago em vão.
Faria, amaria, abraçaria, contigo é só aço.
Faço, amasso, abraço!
Meus fins mudaram, dei pra gostar do meu riso, e escrever na vertical.
Minha orgulhosa intuição não se envergonha de ter se imposto,
ouvir-te-ei mais cem vezes que me remeterem a ti.
Meu mau jeito com os finais,
e com todo o resto,
continua o mesmo,
mas isso nem me atento a mudar.
Simetria nunca me caiu bem, já as entrelinhas…
E o cheiro de novo logo em agosto,
Tão longe de abril,
Mês daquele que me perdeu
Me fez querer mais
E só porque você apareceu, o coração bateu...
E a Cidade Fria, de repente, tem até cheiro de Bahia.
Te deixei ir e ao te deixar ir sinto que me livrei
No sentido mais cru da palavra
LIVRE!
LIVRE!
LIVRE!
Livre de alguém que me fez acreditar,
Me pediu pra esperar, diz ele que pensou até em casar...
Pobre de mim que acreditei
Pensei ser eu a escolhida
Achei que um dia, de preterida seria enfim a favorita
Enganada, usada, cansada
Cansada de esperar
Me livrei, deixei ele e me olhei
Sou grande, importante, e apesar de não saber amar tão bem
Decidi deixar algum outro me fazer bem.
Vóinha sempre disse:
"Quem vai lhe querer assim?
Menina toda remendada,
dedo roído, unha encardida,
cabelo embromado,
coração embaraçado…"
Pois ele me quis, me encarou
até os dedos em carne viva,
e soltou:
"Te quero toda, até tua pele mais viva,
te quero sofrida, ferida e vivida".
Ele me quis, ainda que infeliz,
eu desmanchei, desembromei
e lhe fui só sorrisos (?)
Quando cê fala que eu sou linda
Quando cê olha assim pra mim
Desse jeito que é só seu, de me enxergar e me guiar
Eu acredito por trinta