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Poesias de segunda
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E-book85 páginas26 minutos

Poesias de segunda

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Sobre este e-book

Aqui estão alguns dos meus escritos verticais que gostaria de dividir, todos eles carregam um pedacinho de mim e espero que em breve de você também. Neles estão pessoas, lugares, amigos, dores e amores.
O livro é divido em três partes, amor, eu e a dor. O "amor" como início da poesia, da minha poesia, e acredito que não seja por acaso, pode ser clichê, mas o amor sempre será início, ainda que tenha um fim.
O "eu" é o que tenho do mundo e o que o mundo tem de mim, sem muita pretensão porque a verdade é que o "eu" é sempre uma construção e sobretudo uma ilusão.
Por fim trago a "dor", não por ser um final, porque isso seria a morte, mas por ser a mola condutora da vida, sem a dor não existe força e nem continuação e a poesia sempre continua.
Coloco aqui meu coração e um pouco das tripas também. O mundo é muito grande e complexo, e a vida muito curta para se escrever apenas na horizontal. Espero que minhas linhas te toquem e te encorajem um pouco a "ser" apenas ser.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento1 de jul. de 2019
ISBN9788530007010
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    Poesias de segunda - Marina Gonçales Oliveira

    Lispector)

    AMOR

    Amar é sentir-se livre e enclausurado, amar é alívio e sufoco.

    Mas sobretudo, amar é poesia.

    Decifrando teus poemas, 

    incubando teus defeitos,

    deleitando-me com teus cortes e remendos, 

    querendo-te ter da primeira à penúltima cicatriz.

    Foi assim que me vi,

    e assim que me encontrei.

    Desde a última penumbra em tua presença que não me afago em vão. 

    Faria, amaria, abraçaria, contigo é só aço.

    Faço, amasso, abraço!

    Meus fins mudaram, dei pra gostar do meu riso, e escrever na vertical. 

    Minha orgulhosa intuição não se envergonha de ter se imposto,

    ouvir-te-ei mais cem vezes que me remeterem a ti.

    Meu mau jeito com os finais,

    e com todo o resto,

    continua o mesmo,

    mas isso nem me atento a mudar.

    Simetria nunca me caiu bem, já as entrelinhas…

    E o cheiro de novo logo em agosto,

    Tão longe de abril,

    Mês daquele que me perdeu

    Me fez querer mais

    E só porque você apareceu, o coração bateu...

    E a Cidade Fria, de repente, tem até cheiro de Bahia.

    Te deixei ir e ao te deixar ir sinto que me livrei

    No sentido mais cru da palavra

    LIVRE!

    LIVRE!

    LIVRE!

    Livre de alguém que me fez acreditar,

    Me pediu pra esperar, diz ele que pensou até em casar...

    Pobre de mim que acreditei

    Pensei ser eu a escolhida

    Achei que um dia, de preterida seria enfim a favorita

    Enganada, usada, cansada

    Cansada de esperar

    Me livrei, deixei ele e me olhei

    Sou grande, importante, e apesar de não saber amar tão bem

    Decidi deixar algum outro me fazer bem.

    Vóinha sempre disse:

    "Quem vai lhe querer assim?

    Menina toda remendada,

    dedo roído, unha encardida,

    cabelo embromado,

    coração embaraçado…"

    Pois ele me quis, me encarou

    até os dedos em carne viva,

    e soltou:

    "Te quero toda, até tua pele mais viva,

    te quero sofrida, ferida e vivida".

    Ele me quis, ainda que infeliz,

    eu desmanchei, desembromei

    e lhe fui só sorrisos (?)

    Quando cê fala que eu sou linda

    Quando cê olha assim pra mim

    Desse jeito que é só seu, de me enxergar e me guiar

    Eu acredito por trinta

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