Almas Perturbadas: Almas Perturbadas, #1
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Sobre este e-book
ALMAS PERTURBADAS - VOLUME I
Almas Perturbadas é uma série de histórias curtas que se desenrolam à volta de um grupo de amigos e uma casa com um passado sanguinário. O Volume I inclui duas das histórias desta série.
A COISA SEGUE-ME
Uma noite com vários amigos transforma-se numa festa de pijama infernal depois da Brooke Robertson se aperceber de que foi seguida por um espírito maligno.
SETE MINUTOS NO INFERNO
Um jogo entre amigos fica descontrolado quando o passado volta para assombrá-los.
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Almas Perturbadas - Daniele Lanzarotta
DEDICATÓRIA
A todos os leitores que amam uma boa... horripilante história de terror.
ALMAS PERTURBADAS - VOLUME I
PARTE I: A COISA SEGUE-ME
CAPÍTULO UM
BROOKE
Eu ainda mal posso crer que estou no meio desse quarto. Estou girando o meu cabelo com a minha mão enquanto olho para os três buracos de bala na parede, próximos da porta do armário. Eu entro em transe durante alguns segundos antes de ouvir passos. Olho abruptamente para trás e vejo a corretora de imóveis atrás de mim, olhando para o celular dela. Todas as paredes estão tapadas com um papel de parede do tipo florido que foi amarelando com o passar dos anos. Na realidade, você entra e, é como se você entrasse numa máquina do tempo e fosse até aos anos 70.
- Este foi o quarto onde tudo aconteceu? - pergunto eu.
Ela desvia rapidamente os olhos do seu celular e olha para cima. Estou surpresa que ela me tenha sequer ouvido.
- Sim! - ela diz excitadamente antes de voltar a olhar para o celular. Ela olha para mim novamente, mas só o tempo suficiente para se desculpar: - Desculpe. Eu preciso dar uma palavrinha aos seus pais. Estarei lá embaixo se você precisar de alguma coisa.
Os donos atuais têm usado essa casa para ganhar dinheiro com turistas há tanto tempo que nem se deram ao trabalho de trocar o papel de parede. Mas a corretora de imóveis disse que deixar a casa nesse estado na verdade atraiu a atenção dos mídia, o que os ajuda a atrair potenciais compradores. Faz tudo parte do seu charme - suas palavras, não as minhas.
No preciso momento em que ela sai, o ar na sala parece ficar pesadão, ou talvez seja a minha cabeça imaginando coisas, mas mesmo estando aqui no meio do quarto sem nenhum sinal estranho - bem, estranho no sentido sobrenatural - eu fico com calafrios. Eu olho para os três buracos de bala na parede novamente, mas é só quando olho para cima para a ventoinha de teto ainda pendurada por um par de fios, que eu sinto o meu coração acelerando. Lembro-me de ter lido que foram baleados pai e filho e que a mãe se enforcou.
Porque motivo é que alguém iria querer comprar essa casa é algo que me transcende. E o fato de os meus pais estarem considerando fazer isso é doidice total!
Dou por mim olhando fixamente para a ventoinha de teto acima de mim quando ouço o som do chão rangendo. Assustada, pulo e olho para trás.
O meu irmão gêmeo, o Rhys, cai na risada. Eu juro, podemos ter dezesseis anos, mas ele age como se tivesse seis a maior parte do tempo.
- A sério? - pergunta ele.
Eu reviro os meus olhos para ele, saio do quarto e vou para o corredor. Ele segue-me.
- Onde estão mamãe e papai? – pergunto eu.
- Na cave, - diz ele, ainda rindo. - Mas nós os dois sabemos que você tem medo de ir lá.
- Ahah - digo eu, cheia de sarcasmo. Vou lá abaixo e vejo os meus pais subindo para a sala de estar.
- Então, o que vocês acham? - pergunta a corretora de imóveis.
A mamãe e o papai olham um para o outro antes da mamãe dizer: - Eu não sei. Nós não podemos pagar muito por uma casa e o preço é mais do que maravilhoso para uma casa desse tamanho, mas tendo em conta o estado da casa...
A corretora de imóveis interrompe: - O atual proprietário está disposto a pagar pelas obras de remodelação do quarto onde ocorreu o incidente. E o resto da mobília sumirá antes mesmo de vocês assinarem os papéis.
O Rhys cutuca o meu ombro.
- Isso não seria bestial, Brooke? Esse podia ser o seu quarto. Você estava acabando de me dizer o quanto você o amava.
- Cale a boca, Rhys, - passei-me.
Papai abana a cabeça: - Chega, vocês os dois. Esperem no carro.
Eu mando um olhar irritado ao Rhys e, começo rezando para que o papai não esteja realmente considerando fazer isso.
Rhys e eu vamos para o carro, e minutos depois, a mamãe e o papai saem da casa, despedem-se rapidamente da corretora - o que, espero, que seja um bom sinal de que eles não fecharam negócio com