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Pluridimensionalidade em Psicologia Fenomenológica::  O Contexto Amazônico em Pesquisa e Clínica
Pluridimensionalidade em Psicologia Fenomenológica::  O Contexto Amazônico em Pesquisa e Clínica
Pluridimensionalidade em Psicologia Fenomenológica::  O Contexto Amazônico em Pesquisa e Clínica
E-book259 páginas3 horas

Pluridimensionalidade em Psicologia Fenomenológica:: O Contexto Amazônico em Pesquisa e Clínica

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Sobre este e-book

A perspectiva da pesquisa de base fenomenológica é, sem dúvida, um caminho à descoberta do ser-si-mesmo. Significa que, além da teoria, tem o ser humano que sofre, que ri, que vai além de si mesmo, que cuida. Um cuidado que pressupõe o Outro, que pressupõe relação, que pressupõe vida.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de mar. de 2020
ISBN9788547344832
Pluridimensionalidade em Psicologia Fenomenológica::  O Contexto Amazônico em Pesquisa e Clínica

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    Pré-visualização do livro

    Pluridimensionalidade em Psicologia Fenomenológica: - Ewerton Helder Bentes de Castro

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO MULTIDISCIPLINARIDADES EM SAÚDE E HUMANIDADES

    A todos que acreditaram em minha forma de fazer Psicologia!

    Especialmente para você, Janderson Costa Meira, por tudo!

    APRESENTAÇÃO

    E diante de mim, a vida! Este livro vem no sentido de redimensionar o que a Psicologia comumente dispõe, ou seja, não se trata de comportamentos e/ou características de personalidade. Não. É de gente que aqui trataremos. Uma gente que ama, uma gente que busca ir além do que está posto. Uma gente amazônida.

    Fenomenologia é cuidar. Fenomenologia é, dessa forma, mesmo diante de quaisquer questões, ir em busca de ser si-mesmo. E foi em busca de compreender cada vivência aqui descrita que nos dispusemos a ir além do que a teoria nos ensinou.

    O contexto amazônico é reconhecido por sua diversidade sob vários aspectos. Dentre estes, o modo muito singular e ao mesmo tempo plural, do amazônida lidar com a diversidade inerente ao cotidiano. Somos seres de profundidade. Nasci em um município onde o rio Amazonas é mais estreito – 1.630 metros de largura – e mais profundo – 73 metros de profundidade, a chamada garganta do Amazonas. Somos seres de solidariedade, de garra, de luta, de vida.

    A vida é simples. E em sua simplicidade nos traz possibilidades e perspectivas. Faz-nos redimensionar o viver e ir além do que normalmente o senso comum, em sua estaticidade, espera.

    Assim, o livro está composto: "Eu e minha mãe, minha mãe e eu: entre dor, amor e busca da compreensão", escrito por Marcia de Lorena Serra Maia, Ewerton Helder Bentes de Castro; "Grupos de idosos, modificando sonhos e perspectivas: um estudo fenomenológico, por Thais da Silva Barreto, Cícero Benedito Vasconcelos Lalá de Oliveira, Larissa Migliorin da Rosa, Janderson Costa Meira e Ewerton Helder Bentes de Castro; Nasf – Núcleo de Apoio à Saúde da Família: a compreensão de experiência interdisciplinar na Atenção Básica em Rio Branco, por Gonçalo Caldeira Bastos da Mata, Amanda Caroline dos Santos Zanetti, Janderson Costa Meira e Ewerton Hélder Bentes de Castro; De cada dificuldade, minha trajetória como discente-empresária-mãe-filha me revelou o mundo: o olhar sobre a díade trabalho-academia, por Ewelem Silva Soares e Ewerton Helder Bentes de Castro; O sentido atribuído à experiência da comunicação do diagnóstico de câncer nos discursos de pessoas idosas sob a ótica do pensamento de Merleau-Ponty e Heidegger", por Márcio Roberto Oliveira da Silva e Ewerton Helder Bentes de Castro; Subjetivação, feminilidade e corpos (trans)formados em tempo de Aids: a escuta de mulheres transgênero, por Rafael Luiz de Aguiar Porto e Ewerton Helder Bentes de Castro; A menor distância entre duas pessoas, ser-clown: a perspectiva merleaupontyana da corporeidade, por Jaqueline de Freitas Figueiredo e Ewerton Helder Bentes de Castro; A clínica psicológica e a pesquisa em seus en-contros, des-encontros e re-encontros: des-velando olhares", por Ewerton Helder Bentes de Castro.

    Possibilidades, sempre possibilidades!

    O organizador

    PREFÁCIO

    Pluridimensionalidade em psicologia fenomenológica: o contexto amazônico em pesquisa e clínica é o resultado de estudos orientados no Laboratório de Psicologia Fenomenológico-Existencial/Ufam (Labfen/Ufam) acerca da temática e tem consolidado a pesquisa em Psicologia da Saúde no Amazonas. Creio que esses estudos propostos por Dr. Ewerton Helder Bentes de Castro são ideias observadas na angústia comum da sociedade, e que quando apontadas busca sempre um colo que tenha compreensão (psicólogo) para deitar a cabeça devido à dor angustiosa que a existência de todos nós transmite. Quer que pensemos, e qualquer que seja a maneira como procuramos pensar, sempre no movimento filosófico há de surgir o pensamento que libera a planificação do futuro, mesmo com ou sem dor.

    A identidade, vamos perceber em cada narrativa na fala dela mesma, ou do outro, e precisamente, por meio de um dito que dispõe, alcança seu lugar no colo que melhor acolher a partir da dor em cada leitor. A abordagem tem de ser rasteira e sintética, por isso peço desculpas se nem todas as ideias estão inseridas nesta apreciação, mas li a todas com atenção e afeto e digo: senti-me inserida nesse contexto poético-hermenêutico-fenomenológico-filosófico, aprecio Heidegger porque sou muito ricoeuriana e ambos foram capazes de entender o outro pela narrativa do si e do outro.

    O nome para todo processo de provocação que os pesquisadores removeram dos escaninhos da memória dos entrevistados, como aqui se viu o de levar pessoas a se confrontarem de natureza tal que alguns chamam de arrazoamento, e é quando o homem e o ser se defrontam, reciprocamente, no universo, para serem lidos ou ouvidos na interpelação que determina a constelação da nossa época, abrir a boca e relatar o bem ou o mal em si mesmos. Aristóteles deu início à questão da fenomenologia do homem, corpo próprio, isto é, pensar a liberdade humana e o que a condiciona em toda esfera afetiva do agir e do parecer. Daí, a fenomenologia de M. Ponty fez refletir sobre a Filosofia da vontade; o Cogito relacional, sobre corporeidade humana na sua excentricidade baseada no homem concreto agente e sofredor. Depois, o filósofo francês Paul Ricoeur integra, no âmbito da fenomenologia, o complexo problema do ser falível, isso quer dizer que a possibilidade do mal moral faz parte integrante da constituição humana, e o mal tem de ser relatado pelo sujeito.

    Martin Heidegger entra na teia discursiva e ganhou corpo no mundo circundante – isto é: no cotidiano das ações mais prosaicas, é aí que Ewerton se encanta e chama adeptos para também abraçar o estudo heideggeriano, que se manifesta acerca do ser dos entes, na presença que está sempre nesse modo de lidar da ocupação cotidiana. E os textos desta obra do ilustre Dr. Ewerton Helder Bentes de Castro como orientador trata das relações com o outro como se observa em: Eu e minha mãe, minha mãe e eu: entre dor, amor e busca da compreensão, que envolve o fatal questionamento: afinal, o que é ser filha? – a mãe reage como dona da filha em todos os relatos desse estudo: "eu não tenho memórias, não tenho muitas memórias com a minha mãe na infância é meio complicado te contar essa parte [...]; Ela não me deixava interagir com as outras crianças, me deixava muito tempo presa em casa". A fragilidade das relações está nos relatos vividos e se percebe a questão da fragilidade uma vez que a identidade é a essência da propriedade do acontecimento-apropriação.

    Em Grupos de idosos, modificando sonhos e perspectivas: um estudo fenomenológico temos autores focados na perspectiva do envelhecimento como um

    processo de maturidade da idade cronológica, biológica, social e psicológica, e que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a pessoa é considerada idosa a partir do 60 anos de idade, mesmo que esse envelhecimento não esteja acompanhando a idade cronológica.

    É interessante observar o interesse do jovem se voltar a esse pensamento do já vivido e pensado, sem ter sido, mas convocar leitores para o que ainda está para ser vivido e pensado no ainda jovem.

    Os pesquisadores chegam à conclusão de que o relacionamento é vínculo que propicia compartilhar sentimento que dá suporte emocional à pessoa, para relevar o passado, em muitas vezes mais sofrido que o presente, ou, em muitos, a angustiosa sensação de estarem isolados do seio familiar, quando na realidade muitos vão parar nas mãos cuidadoras de asilos, onde são vistos como mais um peça a ser trabalhada à espera do fatídico fim.

    E vi o que é trabalhar sobre Minhas possibilidades de Ser-Aí: a história é des-velada, é uma pesquisa e uma autoetnografia que processa o mesmo grau de dificuldade por ser uma confissão. Ewerton abre espaço na Fenomenologia de as pessoas falarem do Outro e do Si, e a razoabilidade está em relatos autênticos e do pathos, e o espanto não está simplesmente no começo da filosofia, como, por exemplo, o lavar das mãos precede a operação do cirurgião. Aqui, o espanto carrega a filosofia e impera em seu interior pelas paixões e pelos sentimentos abordados em plenitude. Vê-se nas confissões a disposição afetiva da dúvida? É o positivo acordo com a certeza. Daí em diante a certeza se torna a medida determinante da verdade. A disposição afetiva da confiança na absoluta certeza do conhecimento a cada momento acessível permanece o pathos e, com isso, a arché da filosofia moderna quando o "ego se transformar no sub-iectum, por excelência e, dessa maneira, a essência do homem penetra pela primeira vez na esfera da subjetividade no sentido da egoicidade e, daí, a certeza se torna a medida determinante da verdade"¹. Verdade tem caráter duvidoso, mas é real ter as reais verdades confessadas diante dos padres que se apresentam neste vasto estudo de muitas verdades fenomenológicas benteanas.

    Obrigada ao querido amigo Ewerton Bentes.

    Francisca de Lourdes Souza Louro,

    Dr.ª da Universidade do Estado do Amazonas

    Sumário

    Introdução 15

    Eu e minha mãe, minha mãe e eu: entre dor, amor e

    busca da compreensão 17

    Marcia de Lorena Serra Maia

    Ewerton Helder Bentes de Castro

    Grupos de idosos, modificando sonhos e perspectivas:

    um estudo fenomenológico 27

    Thais da Silva Barreto

    Cícero Benedito Vasconcelos Lalá de Oliveira

    Larissa Migliorin da Rosa

    Janderson Costa Meira

    Ewerton Helder Bentes de Castro

    Nasf – Núcleo de Apoio à Saúde da Família: a compreensão de experiência interdisciplinar na Atenção Básica em Rio Branco 49

    Gonçalo Caldeira Bastos da Mata

    Amanda Carolina dos Santos Zanetti

    Janderson Costa Meira

    Ewerton Hélder Bentes de Castro

    De cada dificuldade, minha trajetória como

    discente-empresária-mãe-filha me revelou o mundo:

    o olhar sobre a díade trabalho-academia 63

    Ewelem Silva Soares

    Ewerton Helder Bentes de Castro

    O sentido atribuído à experiência da comunicação do diagnóstico de câncer nos discursos de pessoas idosas sob a ótica do pensamento de Merleau-Ponty

    e Heidegger 83

    Márcio Roberto Oliveira da Silva

    Ewerton Helder Bentes de Castro

    Subjetivação, feminilidade e corpos (trans)formados

    em tempo de Aids: a escuta de mulheres transgênero 105

    Rafael Luiz de Aguiar Porto

    Ewerton Helder Bentes de Castro

    A menor distância entre duas pessoas, ser-clown:

    a perspectiva merleaupontyana de corporeidade 131

    Jaqueline de Freitas Figueiredo

    Ewerton Helder Bentes de Castro

    A clínica psicológica e a pesquisa em seus en-contros,

    des-encontros e re-encontros: des-velando olhares 157

    Ewerton Helder Bentes de Castro

    SOBRE OS AUTORES 177

    Introdução

    Amazônia. Para alguns algo equidistante, para outros apenas um sonho, imaginário. Para nós, contudo, é poder ir além do místico e do mítico. É criar possibilidades diante de impossibilidades. Dessa forma, ao nos propormos a pesquisa com o homem amazônida em sua pluridimensionalidade, isso significa que em nós habita a verve briosa/vitoriosa do caboclo dos barrancos e beiradões.

    Somos filhos das selvas e da pátria das águas. Somos filhos da várzea e do igapó. Correm em nossas veias o sangue de guerreiros que alhures lutaram por um pedaço de terra nas beiras dos rios, igarapés, furos existentes nessa terra que encanta, desafia, amedronta por sua diversidade e grandiosidade.

    Pesquisar nesse contexto grandioso significa a busca pela compreensão do imensurável, do não ponderável. Contudo apresenta um significado não menos fantástico: é o mergulho necessário em nós mesmos, em nossa ascendência, em nossa possibilidade de ir além dos estereótipos – na maioria das vezes preconceituosos – que lançam sobre nós. Somos mais que etnia, somos um povo que se orgulha de sua origem e vem mostrar sua perspectiva de pesquisa, sua contribuição para a ciência dita científica.

    Nossa proposta é a compreensão, não a mera interpretação. De interpretação já chega o que está aí e vem se repetindo sem quaisquer reflexos no humano que deu origem aos primeiros questionamentos. Torna-se premente retornar ao homem, retornar o conhecimento adquirido àquele que foi o móvel de todo o processo, Husserl sabiamente já dizia: é preciso voltar às coisas mesmas².

    E nessa perspectiva é que este grupo de pesquisadores se reuniu. Buscamos ir além do que aí está posto. Somos pesquisadores que amam sua terra e, a cada dia, lançamo-nos a procurar o conhecimento originário de nossa ancestralidade redimensionado com os aspectos presentes na contemporaneidade. E assim, nessa perspectiva é que surgiram estes textos que, amparados na perspectiva fenomenológica, caracterizam-se por sua amplitude de concepções. Ir além sempre, eis nosso objetivo. Perscrutar as vivências do amazônida, nossa meta.

    Quem é esse outro que vai além do preconceito, discriminação e estereótipo, marcadamente sem razão de ser, experienciados no decorrer do tempo? Pois bem, aqui estamos mostrando nossa cara e nossa perspectiva. Nos recusamos a fazer parte do todo que aí está, somos nós e nossas possibilidades de desenvolver a psicologia que se ampara na vivência do ser-amazônida em toda a dimensão ou pluridimensionalidades que aí estão.

    Somos nós, sempre!

    Ewerton Helder Bentes de Castro, Prof. Dr.

    Organizador

    Eu e minha mãe, minha mãe e eu: entre dor, amor e busca da compreensão

    Marcia de Lorena Serra Maia

    Ewerton Helder Bentes de Castro

    Pré-reflexões

    Vida. Como se constitui? Sob quais parâmetros podemos pensar algo que simplesmente nos é dado para não pensarmos? Eis os questionamentos que surgem. A complexidade do viver é algo que vai além do que está posto, vai além de regras, de imposições, de regras e/ou normatizações. Afinal, o que é ser filha? Sob quais perspectivas vindas de fora estamos falando? Quem é essa outra que, na condição de filha, precisa responder e corresponder ao instituído, ao já posto? Mergulharemos nessas perspectivas a partir deste momento. Afinal, o senso comum já nos diz, não basta ser filha, tem de participar. Participaremos a partir deste momento. Participar é ser eu mesmo, é vivenciar, é como diz a ciência dos fenômenos, fenomenologicamente, lançar-se!

    A Fenomenologia, em sua busca de ir às coisas mesmas, possibilita que possamos ir além da situação em si mesma e redimensionemos o ser e o estar, o pertencer e o sentir-se pertencendo, convida-nos a perceber que viver é, sem dúvidas, imergir na vivência e nos encontrarmos como seres-de-compreensão, como pessoas que conseguem se perceber em condições de superar o momento, a situação em si mesma, aprendendo e apreendendo o viver. É, dessa forma, ser-filha.

    Família. Configuração familiar. Grupo. Relação. Eu e o outro. Ser-com-o-outro. Historicidade. O caminhar se dá com o outro. Preciso que se perceba a pluridimensionalidade do viver e do relacionar-se. Assim, o outro me compõe enquanto humano, o outro é comigo no caminhar. Como nos fala Castro³, o outro me acompanha, não como simples acompanhante, mas como aquele que me vê e me propicia me ver. Com a família, a assertiva não poderia ser diferente.

    O estudo em questão foi realizado com três mulheres que se posicionaram em relação à suas mães. Seus sonhos quanto a relação, suas dificuldades, suas vivências como gênero feminino, suas vivências como ser-no-mundo em relação com uma figura de extrema significação em suas vidas e cujo relacionar foi, de alguma forma, vivenciado à conta de pesaroso.

    Na relação que estabeleço com o outro, eu cresço, desenvolvo, me torno quem sou, consigo me perceber em meu caminhar. E quando esse outro é uma figura significativa em minha vida? Quando esse outro é minha mãe? Como lidar com algumas questões que surgem nessa caminhada? É nesse sentido, a partir de falas de três filhas, que buscaremos compreender essa vivência.

    Compreendendo as vivências

    Castro⁴, amparado na teoria heideggeriana, compreende que um dos aspectos que caracterizam o ser-no-mundo, o Dasein, diz respeito ao fato de que o humano vivencia o cotidiano considerando o tempo, a temporalidade. Assim, o dia a dia dessas mulheres diz respeito ao fato de que lembranças e recordações se fazem presentes. AGVC nos revelou:

    [...] eu não tenho memórias, não tenho muitas memórias com a minha mãe na infância é meio complicado te contar essa parte. Eu lembro que a gente sempre mudava muito de babá, de empregada e elas é que ficavam comigo na maior parte do tempo, e a minha irmã também, a B., eu tenho mais essa imagem dela comigo, cuidando, me fazendo comer, dando bronca, essas coisas eu tenho mais essa imagem com ela, não tenho essa imagem da minha mãe. Eu acho que eu comecei a ter maior contato com a minha mãe quando eu tava no colégio e ela vinha me buscar, e isso eu já tinha uns 11, 12 anos por aí, mas ainda assim era meio estranha a nossa relação.

    SMF, por sua vez ressaltou:

    [...] Eu considero que minha mãe foi um pouco ausente devido ao trabalho e eu convivia mais com meu pai porque depois do trabalho ele que ficava à noite em casa, ela tirava mais plantão, né, e eu não me recordo de sentir essa falta dela... eu vim sentir falta dela assim, perceber que ela era mais ausente por volta dos 9 ou 10 anos. Mas dos meus 2 aos 6 anos, o que eu me recordo é

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